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História Save me - Uma luz azul


Escrita por: mLiang

Capítulo 8 - Uma luz azul


Fanfic / Fanfiction Save me - Uma luz azul

Quanto tempo eu estive nessa tempestade?

Tão impressionado com o oceano sem forma

Está ficando mais difícil andar na água

Com essas ondas quebrando sobre minha cabeça.

(Storm - Lifehouse)

 

- Por que me trouxe aqui? – perguntou Lawton atônito.

- Nós precisamos falar a verdade para a Jéssica – respondeu Kara apreensiva – Uma hora todo mundo ficará sabendo.

Floyd olhou de um lado para o outro como se estivesse à procura de algo. Kara persistiu:

- Vou falar para ela. Tudo bem para você?

Ele olhou firme para Kara e disse:

- Lembra-se do que Hal falou sobre confiar nas pessoas? Se ela realmente lhe traz confiança fale. Ou espere.

Em seguida pegou o celular e começou a digitar o número do esconderijo para deixar todos da equipe apostos. Kara mirou seu olhar em Jéssica que continuava mergulhada nos códigos.

Estavam todos muito próximos de libertarem Batman. Kara estava com muita fé que isso em breve aconteceria, mas ainda receava contar para Jéssica sobre quem realmente é. Lembrou-se se como confiou cegamente em Diana e Adão e se decepcionou com eles de uma hora para a outra. Mas decidiu que iria dar uma chance e confiaria em Jéssica.

Foi até ela e sentou ao seu lado. Jéssica esboçou um sorriso e perguntou:

- Segredos da insurgência?

- O que?

- Você e o Floyd foram num canto conversar... Heróis e vilões cheios de segredos.

- Ah... – murmurou Kara sem graça – me perdoe por fazer isso com você é que...

- Eu sou nova e não conseguem confiar em mim com tanta rapidez. Tudo bem eu entendo vocês.

- Jéssica – Kara mudou o tom de voz – preciso te contar uma coisa.

- Pode dizer – disse Jéssica parando de digitar e esperando Kara falar algo.

- Eu... Eu não sou Leona... Eu sou a Supergirl.

Jéssica começou a digitar novamente e seus olhos estavam presos na tela e um sorriso se formou em seu rosto. Kara estranhou a falta de reação de Kim e perguntou:

- Você não vai dizer nada?

- Eu sabia que te conhecia de algum lugar. Agora eu tenho certeza.

Kara soltou uma risada. Jéssica continuou:

- Quando soube da sua fuga pensei que não demoraria muito para você vir parar aqui. Você estará lá no resgate do Bruce?

- Com certeza! – respondeu Kara enfaticamente.

- Se der quebre a cara da Diana para mim.

- Pode deixar – disse Kara abraçando Kim.

Jéssica tinha uma mágoa profunda de Diana, pois ela foi responsável pela morte de seu primo simplesmente  por ele se opor ao regime de Superman. Kim sabia que tinha que curar aquela ferida em seu coração, mas ainda não sabia lidar com aquela dor.

 

Lawton estava com Hera no telefone. Ele a esperava impaciente para decidir as coordenadas do plano de resgate do homem morcego.

- Vocês precisam me passar o resto do plano para eu não fazer nenhuma merda!

- Calma, Pistoleiro! – disse Hera com sua voz aveludada – a Harley está falando algo pra mim que não estou conseguindo entender.

Ela o fez esperar mais alguns instantes. Floyd murmurou:

- Já conseguiu decifrar o que ela falou?

- Sim - Hera respondeu – pedimos que não leve a Supergirl com você.

- Por quê? – perguntou Floyd atônito enquanto olhava Kara e Jéssica conversando.

- Achamos melhor ela ficar aqui no esconderijo. – sussurrou Hera – Se a pegarem eles a matam, tenho certeza disso! Hal conseguiu falar com Iroque, uma lanterna índigo, que vai trazer Kara e ficar com ela aqui.

- Kara não vai gostar nada disso.

- Mas é pela própria segurança dela. Se conseguirmos resgatar Bruce ela ficará conosco, senão ela volta para a igreja.

- Vou passar isso para ela.

- Certo – respondeu Hera – provavelmente Iroque já está chegando aí.

- Que hora é para eu ir para o ponto de encontro?

- Às quinze horas, estaremos todos lá.

- Até lá - disse Floyd desligando a ligação.

 

Kara percebeu o olhar decepcionado de Lawton e ficou preocupada. De onde estava perguntou:

- O que foi?

Ele se agachou enquanto lustrava uma das suas pistolas semiautomática e disse:

- Você não poderá ir com a insurgência na missão de resgate.

- Por quê?

- Você ainda precisa ficar escondida. Se te pegarem com certeza irão te matar.

Ele colocou a mão sobre o ombro da kryptoniana e murmurou:

-É para o seu próprio bem!

Kara mordeu o lábio inferior e anuiu com a cabeça. Floyd continuou:

- O Lanterna pediu para Iroque vir te levar para o esconderijo.

- E quanto a Jéssica? – perguntou Kara preocupada com sua nova amiga.

- Jéssica terá que ficar aqui para conseguir quebrar a criptografia do aparelho que controla o cérebro de Bruce. Assim que terminar pedirei a Iroque que a leve ao esconderijo também.

Kara olhou para Jéssica que apenas baixou a cabeça. Kim respirou fundo e continuou a digitar.

 

Era por volta de duas e meia da tarde, Floyd acabara de partir. Kara andava de um lado para o outro esperando a Iroque aparecer. O fato de ela não poder ir para a missão a deixou com um sentimento de impotência e não queria conformar-se com aquela decisão de a deixarem de lado. Jéssica percebeu o comportamento de Kara e disse com um sorriso entre os lábios:

- Vocês kryptonianos são todos iguais.

- Por quê? – perguntou Kara parando onde estava.

- O ego de vocês é muito inflamado! Não conseguem aceitar um não e já ficam nervosinhos. É por isso que isso tudo está acontecendo.

- Do que você está falando? – perguntou Kara com um leve tom irado na voz – Você acha que sou igual a Kal?

Jéssica parou o que estava fazendo e respondeu:

- Eu já vi seu primo matar apenas por olharem torto pra ele. Você tem que aprender a ser mais obediente e não questionar sempre.

Kara ficou parada onde estava e começou a refletir no que Kim dizia.

De repente uma luz azul escuro fez-se aparecer no chão do pátio. Os outros cristãos estavam em outra parte do salão e não perceberam o fenômeno. Dessa luz surgiu uma mulher magra, com a pele rosada, tranças feitas por todo o cabelo, vestia um top azul escuro e uma tanga que deixava as pernas à mostra. Do seu pulso até além do cotovelo era enrolado por faixas de linho. Na perna direita, no meio da testa e no top em usava havia o símbolo dos lanternas índigo. Ela trazia um cajado da mesma cor da roupa feito de um material semelhante a algo rochoso.

A figura aproximou-se de Kara e perguntou com uma voz suave e doce:

- Você deve ser Kara Zor-El, certo?

- Sim sou eu. – respondeu Kara com um olhar temeroso.

- Sou Iroque – se apresentou a mulher estendendo a mão - vim te leva-la ao esconderijo da insurgência.

Kara se sentiu um pouco assustada, mas ao ouvir a voz de Iroque se acalmou. Jéssica apenas observava as duas, orando para que ninguém visse o que estava acontecendo. Se levantou e certificando-se que ninguém estava próximo disse as duas:

- Vão logo, pois alguém pode aparecer!

- Mas e você? – perguntou Kara preocupada.

- Eu vou ficar bem!

Iroque segurou a mão gélida de Kara e as duas desapareceram diante de Jéssica que deixou uma lágrima escorrer pela maçã  de seu rosto. Um medo lhe invadira o coração de acabar numa prisão ou ser executada em público. Mas um versículo de um salmo veio em sua mente e ela mexeu os lábios dizendo:

- O Senhor é minha luz e minha salvação, de quem terei medo?



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