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História Save Me - Im not like you.


Escrita por: fa1th

Notas do Autor


Eu planejei esta fanfic há dois anos, mas só agora resolvi escrevê-la, pois, como estava escrevendo outra, achei melhor esperar, o que eu não sabia era que demoraria tanto, enfim, espero muito que vocês gostem e que comentem o que acharam, ok?
• Eu tentarei atualizar todas as sextas-feiras e, antes de tudo, sim, eu tenho outros capítulos prontos, que só precisam de uma revisãozinha, mas nada além de uma hora.
• Comentários, sejam de elogios ou críticas, serão sempre o estímulo.

Capítulo 1 - Im not like you.


Bliss Montgomery – Point Of View

Em minha opinião, lá fora, no mundo, não há ninguém como ele, o que é bom, pois ele é absurdamente irritante quando quer – e quando não quer consegue ser o dobro só por ser quem é. Sem contar, é claro, em seu histórico gritante de arrogância, como se ninguém no mundo pudesse pará-lo, no entanto, o barulho externo quando colocado lado a lado com o barulho interno, pesando-os como em uma balança, é terrivelmente leve. 

Há uma batalha dentro dele; uma batalha contra si mesmo e que, aparentemente, ele não está disposto a enfrentar, levando em conta o seu martírio contínuo, como se acreditasse não merecer nada, a não ser isso. Sobretudo, eu acho que ele merece mais, muito mais. Por que pular a janela quando a chave da porta está em suas mãos, afinal? 

Não faz sentido. 

Apesar de saber o quão baixo e cruel ele consegue ser, eu não o olho como o monstro que sei que é; inexplicavelmente, eu o perdoo cada vez que saio de seu escritório, de cabeça baixa, odiando a mim por não poder odiá-lo. Ao contrário, coloco-me em seu lugar para entender o porquê de tamanha frieza para com os outros e, sem dúvidas, eu desmoronaria em todos os finais de noite ao ficar sozinha comigo mesma porque acredito firmemente que nós sempre seremos os maiores inimigos de nós mesmos.

Há quem o odeie de fato, mas não posso culpá-los, não quando ele lhes dá motivos para odiarem-no, como se quisesse afastar a todos nós; principalmente aqueles que ousam olhá-lo de forma curiosa e demorada, pois os seus olhos são os únicos a denunciar o caos dentro dele. De resto, tudo parece estar em perfeita ordem. 

–– Bliss?

Pisquei repetidas vezes, levantando-me de modo abrupto, devido ao susto que acabara de levar. –– Sim?

Elle colocou sua mão em meu ombro e direcionou seu olhar para o escritório do meu chefe. –– Ele me chamou?

Ela assentiu antes de dizer: –– Faz dez minutos.

–– Minha nossa!

Caminhei em passos rápidos e desajeitados após passar minhas mãos em meu rosto, sem conseguir esconder o meu nervosismo, o que era um ponto a mais para ele, que sempre elevava os seus lábios em um sorriso debochado, fazendo-me sentir tão pequena diante de si, fora, é claro, a vontade quase incontrolável de virar-me de costas e correr para debaixo da minha cama, o que era, de fato, infantil. –– Se-Senhor Bi-Bieber?

Mordo o meu lábio inferior enquanto os meus olhos descem para os seus lábios a tempo de vê-lo elevar os mesmos em um sorriso debochado antes de formar uma carranca e cuspir: –– Dez minutos de atraso e você estava em sua sala, uh? Por quê?

–– E-E-Eu me distraí... –– Engoli em seco. –– Desculpe, mas isto não acontecerá de novo.

Ele levantou-se de sua cadeira e deu a volta em sua mesa, escorando-se na mesma, de frente para mim, com o seu maldito sorriso bonito, que faz com que minhas pernas fraquejem diante do mesmo. –– Por que eu acreditaria em você? Considerando que você estava em sua sala, você sabe, eu não posso tolerar os seus dez minutos de merda!

Conto até três mentalmente para só então perguntar-lhe: –– Isto quer dizer que estou demitida?

Ele ri como se acabara de escutar uma excelente piada. –– Oh, você não gaguejou. Vejamos, este emprego é importante para você? –– Assenti. –– Então, responda, por que demorou?

Abaixei a cabeça. –– Eu disse, eu me distraí.

Com toda a certeza, ele caminhara em minha direção como um felino, arrogante, como se fosse o dono de tudo e, tecnicamente, ele é.

Francamente, eu estava esperando que ele segurasse o meu braço e jogasse-me para fora do seu escritório, como uma verdadeira perdedora, mas ao contrário disto pude ver os seus pés, em um par de sapatos caro, diante de mim e escutá-lo sussurrar: –– Olhe para mim!

Ergo minha cabeça, olhando para cima, com o intuito de olhar em seus olhos caramelados, afinal de contas, ele é muito maior que eu. –– D-Desculpe.

Sorriu de escárnio antes de dizer: –– Me dê um bom motivo.

Abaixei a cabeça. –– Eu não tenho um bom motivo.

Bufou. –– Eu disse, olhe para mim, não disse?

Ergo minha cabeça novamente, atendendo ao seu comando, vendo-o olhar-me com uma carranca. –– Desculpe.

–– Você tem um bom motivo. –– Ele passou sua língua em seus lábios ressecados. –– Você se distraiu, não é? Pois bem, conte-me o motivo.

Arregalo os olhos. –– O que? –– Engulo em seco após alguns minutos em que permanecemos em silêncio; ele, de fato, esperando que o respondesse. –– Certo, não deve ser tão difícil.

Ele arqueou uma de suas sobrancelhas. –– Estou esperando!

Suspirei fundo. –– Eu estava pensando o quanto me odeio por não conseguir odiá-lo, mas eu coloco-me em seu lugar e penso que há um motivo que tenha o tornado assim.

Ele olhou-me impassível. –– Assim como?

Mordi o meu lábio inferior. –– Você não vai querer saber o que acho sobre você.

Ele assentiu. –– Está demitida!

Justin Bieber – Point Of View

Ficamos encarando-nos cerca de cinco minutos, como dois verdadeiros loucos, querendo proferir o que achávamos um do outro, mas não era nada que ambos não tivéssemos conhecimento, portanto, continuamos com os olhos fixos um no outro, furiosos de fato.

Riu sem humor. –– Bem, você é mesmo um bastardo de merda!

Sorri de escárnio. –– É mesmo?

Deu de ombros. –– De qualquer forma, eu não o odeio.

Franzi a testa. –– Não?

Neguei. –– Não sou como você.

–– É claro que não. –– Ri de modo debochado. –– Você não é nada além de uma empregadinha. Bem, agora você está demitida, portanto, não tem um emprego, mas quando o tiver não se esqueça de que você sempre será substituível. 

Eu não pude deixar de sorrir de lado ao ver o seu lábio inferior tremer e os seus olhos cheios de lágrimas, consequentemente, eu senti o peso de minhas palavras sob os seus ombros fracos, pois, ela fora à única, dentre todas as minhas secretárias, que não tentou esconder o quanto minhas palavras haviam a afetado, no entanto, com o pouco resquício de dignidade virou o rosto, com o intuito fracassado de não deixar-me notar que é apenas uma menina de seis anos no corpo de uma mulher de dezenove.

–– Com licença?

Elevei minha sobrancelha ao ver uma mulher desconhecida, que possuía um belo par de pernas e seios além de olhos incrivelmente azuis e confiantes, entrar em meu escritório, roubando inteiramente minha atenção.

Sem disfarçar, eu a olhava dos pés a cabeça, enquanto minha mente alertava-me, crente que a conhecia, mas ela não era nada além de uma estranha para mim; uma estranha que sabia de suas armas de sedução e que, com elas, estava jogando comigo.

Ela caminhava e olhava em minha direção com um sorriso maldoso em seus lábios em um vermelho chamativo; ela, que entrara sem ser convocada, direcionava olhares significativos para mim, todavia, como uma boa adversária, não me permitia ter conhecimentos dos mesmos.

Mas o que mais me chamou a atenção foi à mudança de seu sorriso no mesmo instante em que seus olhos se encontraram com os olhos da Bliss, tornando-se terno, como se soubesse o que a mesma passara antes de sermos interrompidos; uma mudança radical, sem dúvidas, como da água para o vinho.

–– Você é...?

Suspirou fundo. –– Bliss.

–– Você pode nos dar licença, Bliss?

–– Eu vou pegar as minhas coisas... –– Bliss olhou uma última vez para mim e sussurrou antes de sair do meu escritório: –– Com licença, senhor.

–– Com sorte você nunca mais o verá. – Bufei ao ouvir a loira, que acabara de entrar em meu escritório, dizer. –– Com sorte.

Esperei Bliss sair do meu escritório para perguntar: –– Quem é você?

Ela fez uma expressão triste, completamente cênica, para depois rir e passar seu dedo indicador em meu peitoral. –– Você não sabe?

Segurei seu pulso, afastando-a de mim. –– Eu deveria?

– Considerando que você destruiu a minha vida... –– Pausou, mordendo o lábio inferior.  –– Você deveria, sim, amor.

Franzi a testa. –– O que?

Ela balançou sua cabeça de um lado para o outro, negando. –– Eu escutei tudo o que você disse a Bliss.

Bufei. –– Você só pode estar brincando!

Ela riu como se acabara de escutar uma excelente piada. –– Eu não estou brincando, amor.

Segurei o seu braço, sem me importar se ficaria a marca de meus dedos no mesmo. –– Quem é você?

–– Grace Hastings.

Soltei o seu braço antes de sussurrar: –– O que?

–– Eu estou aqui em nome de todas as mulheres que você fez sofrer... –– Sorriu de lado. –– Eu estou aqui para um acerto de contas.

Grace Hastings – Point Of View

Flashback

Sete anos atrás.

Eu recuso-me a fechar os meus olhos porque ainda posso vê-los apontarem os seus dedos e escutá-los rindo de mim após o saudarem por ter vencido a aposta; ele, que jurou amor eterno por mim, dizendo ser o primeiro e único homem em minha vida, agora estava com um sorriso triunfante em seus lábios bem desenhados, comprovando que fazia parte da aposta e que convocara a presença de todas as pessoas em sua casa, para que vissem com os seus próprios olhos que ele conseguira o que fora apostado: eu.

–– Justin? –– Sussurrei, prendendo o choro, que lutava para ser libertado, enquanto cobria-me com o lençol e o segurava com força entre os meus dedos trêmulos. –– O que está acontecendo?

Eu sei o que está acontecendo, mas preciso escutá-lo dizer com sua própria boca; escutá-lo dizer que tudo o que aconteceu entre nós dois não passou de uma aposta. –– Justin?

Eu e todas as pessoas presentes em seu quarto esperávamos por sua resposta, que não tardou a vir; uma resposta carregada de escárnio e que de fato eu nunca esquecerei. –– Você acha mesmo que eu, Justin Bieber, ficaria com alguém como você, Grace Hastings?

Senti as lágrimas escorrerem, molhando minhas bochechas e embaçando os meus olhos. –– Por que eu ficaria com você? Eu posso ter qualquer mulher. –– Sorriu presunçoso. –– Olhe-se no espelho, Grace!

Engoli em seco. –– Você está mentindo!

Ele riu, jogando sua cabeça para trás. –– Você sabe que não, Grace. Por que está colocando-se nesta situação? Não seja ridícula!

Balancei minha cabeça de um lado para o outro, negando. –– Você me colocou nesta situação.

Limpei minhas lágrimas com as costas da minha mão enquanto a outra continuava segurando o lençol com firmeza para cobrir o meu corpo, mas as lágrimas desceram interruptamente ao escutá-lo dizer: –– Eu não forcei você a abrir suas pernas, amor.

Levantei-me correndo da sua cama, segurando o lençol com firmeza, preparada para quaisquer brincadeiras dos seus amigos que, como o esperado, tentaram puxá-lo de mim, mas consegui recolher minhas roupas e correr para o banheiro sem que o lençol fosse tirado de meu corpo.

Eu liguei para a minha melhor amiga, que não tardou a vir, avisando-me que esperava por mim do lado de fora da casa do homem que amo e que me apostara com os seus amigos.

Contei até três antes de sair do banheiro, vendo-os o parabenizar por ter conseguido colocar-me em sua interminável lista de mulheres que estiveram em sua cama, enquanto algumas mulheres estavam sentadas na mesma, alisando-o, como se fossem o seu troféu após ter ganhado a aposta, fazendo-me sentir enjoada.

–– Vamos lá, amor, por que está com ciúme? –– Riu. –– Eu sou como um lobo e sempre terei uma matilha atrás de mim, você sabe, eu nunca ficarei sozinho e tampouco terei uma única mulher em minha vida.

Atualmente.

Ele jogou-me sob sua matilha e eu voltei comandando-a. –– Espero que tenha se lembrado de mim, amor.

Ele continuava olhando-me incrédulo. –– Faz sete anos, Grace!

Sorri de escárnio. –– Foi há muito tempo, eu sei, mas não importa porque, você sabe, nós sempre iremos colher o que plantamos. 

–– O que você quer?

Coloquei meu dedo indicador em seus lábios, calando-o. –– Eu vou fazê-lo ser aquilo que você tanto se comparava, amor.

Franziu a testa. –– Do que você está falando?

–– Você dizia ser como um lobo. –– Sorri de modo debochado. –– Que assim seja.


Notas Finais


Eu quero muito continuar escrevendo esta fanfic, mas peço que comentem, pois, como o tema é diferente, preciso da opinião de vocês, sejam boas ou ruins, enfim, espero que tenham gostado szszszsz


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