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História Save Me - I am free.


Escrita por: fa1th

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Capítulo 16 - I am free.


  Justin Bieber – Point Of View

A claridade dos trovões permitia-me olhar nos olhos dela, que pareciam tão tempestuosos quanto os meus; a única diferença era que ela não possuíra conhecimento da escuridão, somente da luz, que a iluminava como se ela fosse um verdadeiro anjo, o que lhe cairia bem, considerando que ela mantinha sua mão estendida em minha direção, determinada a salvar-me de mim mesmo, em uma fé, aparentemente, inabalável, o que me deixa terrivelmente confuso, pois sinto que, apesar de ser eu quem está em ruínas, era ela quem precisava ser salva.

Fecho os olhos enquanto travo uma batalha interna; tento manter-me no controle e escutar a voz que queria levar-me até a luz, todavia, a escuridão parecia ser o meu lar, tão convidativa, que fazia parecer o certo quando, na verdade, era o errado.

Tinha que ser.

Engulo em seco ao lembrar-me de tudo o que acontecera quando eu ainda era só um menino; não tive um momento inteiramente feliz, como se eu não fosse digno disso, o que não era verdade, mas, desde então, quando dou um passo para frente, dou cem para trás.

Passo as mãos no rosto, tentando não ceder ao cansaço. –– Eu era só uma criança.

"Você era mau"

Arregalo os olhos ao escutar alguém sussurrando de volta o que minha mãe dissera antes de cometer suicídio. –– O que você disse?

Bliss coloca uma mão em meu ombro. –– Eu não disse nada. Você está bem?

"Você é mau"

Empurro-a com força, fazendo-a cair no chão. –– Cale a boca!

Ryan correu para ajudá-la enquanto Grace assistia a tudo em silêncio. –– Você enlouqueceu?

"Você é mau"

–– Não, eu... Eu não... –– Caio de joelhos no chão, com as mãos em meus ouvidos, tentando não escutar quem quer que fosse chamando-me de mau, mas eu era, no final das contas. –– Eu sou mal.

–– Não, você é... –– Após uma pausa, Bliss continua: –– Você é um filho da puta!

Escuto sua voz vindo de cima, o que faz com que eu tenha certeza de que ela aceitara a ajuda de Ryan para se levantar. Continuo de joelhos, tentando não perder o controle, mas estou tão cansado que me sinto tentado a render-me ao lobo. –– Me perdoe.

Bliss ri em deboche. –– Perdoar-te?

Sinto um nó em minha garganta então me limito a dizer: –– Sim.

Ela fica em silêncio por um tempo antes de dizer: –– Não perdoo, não enquanto você continuar no chão. Levante-se e encare-me como o meu chefe bastardo costumava fazer!

Levanto-me, ficando cara a cara com ela, que prendera a respiração ao notar-me em sua frente. –– Me perdoe.

Ela ri baixinho. –– Por você ter me derrubado? Tudo bem, eu perdoo.

Suspiro fundo. –– Não estou pedindo perdão por tê-la derrubado.

–– O que? –– Pergunta claramente indignada. –– Você não está arrependido?

–– Estou.

–– Tudo bem. –– Aproximo-me mais, encostando nossas testas. Ela coloca uma mão em meu peito, dizendo: –– Por que está pedindo perdão, então?

Engulo em seco antes de dizer que eu estava pedindo perdão por ser quem era; outro trovão estoura no céu, dando-a a chance de afastar-se para olhar em meus olhos. –– Você não tem que me pedir perdão.

Suspiro fundo. –– Tenho, sim.

Ela sorri de lado antes de, mais uma vez, ficarmos no escuro; sua mão encontrou a minha, apertando-a e dando-me a certeza de que ela era a luz na escuridão. –– Não sou eu quem deve lhe perdoar.

Permaneço em silêncio, tentando entender o que ela acabara de dizer, o que a faz continuar: –– Você é quem tem de se perdoar.

Engulo em seco. –– Acho melhor você ir embora.

–– Não, eu vou ficar com você.

Bufo. –– Eu não quero que você fique.

–– Eu não estou perguntando se você quer que eu fique. –– Rebateu. –– Eu estou dizendo que vou ficar, e não há nada que você possa fazer quanto a isso.

Esfrego os meus olhos. –– Qual é o seu problema?

–– Acho que já deixamos claro o nosso problema. –– Ainda que não pudesse vê-la, eu sabia que ela estava sorrindo, fazendo-me querer retrucá-la, mas alguma coisa dentro de mim silenciou-me em discórdia. –– Podemos resolvê-lo.

Ao perceber que eu continuaria em silêncio, ela coloca uma mão em meu ombro, apertando-o, com o claro intuito de fazer-me falar, o que fora eficaz, mas muito, muito exaustivo física e emocionalmente, pois o controle não estava mais totalmente em minhas mãos, consequentemente, minha voz não passara de um sussurro: –– Você não entende.

–– Conte-me o que não entendo, então.

Bagunço os cabelos. –– Tudo o que sei é machucar os outros, pois fora o que me ensinaram em minha infância, ou só o que me lembro dela. Eu não sei... Não tenho nenhuma memória relacionada ao meu pai, então, às vezes, eu acho que aconteceram coisas boas também, que ele as tenha proporcionado a mim, mas não tenho certeza.

Ela ficara em silêncio por um tempo antes de perguntar: –– E sua mãe?

Balanço a cabeça de um lado para o outro, espantando tudo o que eu via dentro dela. –– Ela cometera suicídio. –– Pauso e, após respirar fundo, confesso: –– Mas antes, ela iniciara toda uma guerra em mim, da qual sabia que eu não venceria.

Ryan pigarreou. –– Ao contrário do que ela acreditava, do que ela o obrigou a acreditar, você pode vencer, sim.

Ignoro-o, dizendo: –– Eu a perdoei.

Bliss jogou-se em meus braços e, com as mãos em meus cabelos, ela pressionou sua boca contra a minha em um selinho demorado antes de morder o meu lábio com força, fazendo-me sentir o gosto de sangue, para só então aplacar a dor acariciando-o com a língua. Sinto o meu coração acelerar ao ouvi-la murmurar contra os meus lábios: –– Esta dor, mais cedo ou mais tarde, ficará no passado, então se prenda a ela, se quiser. Só não continue preso a uma dor que está há muito tempo no passado e que interfere em seu futuro!

Sinto, mais uma vez, o nó em minha garganta, que ocasionou no mais absoluto silêncio, como se eu fosse desmanchar-me ao dizer o que estava atormentando a minha cabeça – e o meu coração – então decido fechar-me dentro de mim mesmo porque era muito mais fácil do que falar abertamente sobre o que me arrasta para trás.

Eu não poderia suportar.

Parece que fora ontem que vi o rosto da mulher que me colocara no mundo; ela sorria debilmente com a solução do problema em suas mãos, que tremiam ainda que estivessem certas do que fariam. As lágrimas escorreram de seus olhos e o sorriso murchara antes de ela entornar palavras cruéis em minha cabeça.

Lembro perfeitamente bem das inúmeras vezes em que ela tentara empurrar-me para fora do seu mundo, como se eu significasse menos que nada, mas mais do que isso, lembro quando tentava demonstrar o meu amor para com ela, o que nunca dera certo, de qualquer forma.

“Você é mau”

Ainda que parte de mim não tenha superado, eu a perdoo, ciente de que o único motivo de eu não tê-la perdoado antes fora porque ela nunca se esforçou para ser uma boa mãe, como se não existisse nada de bom dentro dela que ela pudesse dividir com o seu filho, o que, agora, eu sei que não é verdade, afinal, eu era o problema; ela poderia facilmente ter resolvido, tirando a minha vida, com a solução que estava em suas mãos, mas, ao invés disso, ela acabou com a própria vida.

Bliss continua esperando que eu me pronuncie sobre o que ela falara. Sem pensar duas vezes, coloco a mão em sua cintura, puxando-a para um abraço. –– Eu tornei-me tão ruim quanto a minha mãe. –– Pauso. –– Mas eu não quero continuar sendo assim.

Ela retribuiu o abraço, dizendo: –– Isso é bom.

Arqueio uma de minhas sobrancelhas, apertando-a em meus braços. –– Eu não querer continuar sendo assim, ou o meu abraço?

Ela ri baixinho. –– Os dois.

Suspiro fundo. –– Eu não sei como fazer isso.

Com o rosto colado em meu corpo, percebo-a assentir levemente. –– Eu também não. Mas tudo bem, eu aceito o que você tem de pior.

–– É mesmo?

Ela se afasta, acredito que na tentativa completamente inútil de olhar em meus olhos para só então dizer o que tem em mente, o que a faz bufar antes de beijar o meu queixo. –– Sim, mas eu preciso do que você tem de melhor também.

–– Eu vou tentar.

Batendo palminhas como uma garotinha de cinco anos, ela diz: –– Que bom.

Ryan nos abraça com força enquanto funga baixinho, contente por eu, finalmente, perdoar a mim mesmo, dando-me um novo recomeço. –– Merda, estamos parecendo menininhas.

Empurro-os e coloco minhas mãos nos joelhos, sentindo como se meus ossos estivessem sendo quebrados, no entanto, a dor era o dobro da dor que sentia quando me transformava em lobo, ou quando retomava a forma humana. Sinto meus pulmões arderem pela falta de ar e meu coração acelera na medida em que a dor tornava-se quase insuportável, fazendo os meus joelhos irem de encontro ao chão duro e frio de concreto.

De repente, a luz do poste se acende.

–– Justin?

Suspiro aliviado ao constatar que, além da Grace, a maldição também não estava mais presente. –– Eu estou livre!

Antes que pudéssemos dizer alguma coisa, um rosnado no começo do beco chama a nossa atenção. –– Espera, essa é a Wendy.

–– Amélia.

Bliss franze a testa. –– O que?

Reviro os olhos. –– O nome dela é Amélia.

Bliss abre a boca, mas não diz nada ao olhar a cadela transforma-se em humana. Ryan, por sua vez, diz: –– Você também... Como?

Ela olha nos olhos dele após caminhar até nós. –– Eu também estava sob um feitiço.

Ela sorriu, agradecendo-o silenciosamente por ele ter tirado o casaco e tê-lo dado a ela. Após dar uma última olhada para o casaco, que ia até a metade das coxas dela, ele diz: –– Eu estou vendo, o que quero saber é há quanto tempo?

Amélia brinca com suas mãos, visivelmente desconfortável com a situação. –– Quatrocentos anos.

Bliss coloca sua mão em meu braço direito, entendendo o que acontecera diante de seus olhos. Dou o meu melhor sorriso e seguro sua mão, recebendo um sorrisinho em troca. –– Era por isso que você não me queria em sua vida? Eu não entendo, o que a fez achar que eu não ajudaria?

Ela balança a cabeça de um lado para o outro. –– Não é isso, em nenhum momento pensei que, se você soubesse, pudesse me virar às costas.

–– Era por que, então?

Amélia passa as mãos nos cabelos. –– Não é óbvio? Eu não o queria em minha vida porque não o amava, e você merece alguém que o ame com todo o coração.

Ryan assente e dá um passo para trás. –– Por que está aqui?

Ela coloca suas mãos no bolso do casaco. –– Eu não sei, alguma coisa me disse para segui-los.

Ele sorriu de escárnio. –– Jura? 

Amélia o ignora, olhando em meus olhos. –– Obrigada.

Conto até três antes de perguntar: –– Pelo quê, exatamente?

–– Por me libertar.

Agora, deitado em minha cama, tenho absoluta certeza de que tudo o que passei fora necessário para que eu, finalmente, pudesse me tornar alguém melhor, tanto para mim quanto para os outros, além disso, eu não fujo mais do meu passado porque, aprendi da pior forma possível que, uma hora não há mais para onde ir, consequentemente, encaro o passado, ciente de que não posso mudá-lo e que meu futuro depende exclusivamente de mim.

Mordo o lábio inferior, prendendo o sorriso, ao olhar quem me salvara escorada no batente da porta, de braços cruzados, com um convite silencioso para que eu fosse até ela, o que me faz lembrar que a vida ainda nos danificará muito, mas que sempre podemos ser consertados.


Notas Finais


Antes que perguntem o porquê de a Amélia ter quebrado o feitiço, a resposta está no capítulo 8, em que ela conta: "Eu quebrarei o feitiço quando amar e não ser correspondida".

Henri não apareceu porque estará na minha nova fanfic UHUUUUUUU

Agora sim, VAMOS AO QUE INTERESSA.

EU TÔ BEM TRISTINHA DE DIZER QUE ESSE É O ÚLTIMO CAPÍTULO DE SAVE ME PORQUE, CARACA, EU NUNCA AMEI TANTO ESCREVER UMA FANFIC QUANTO AMEI ESCREVER SAVE ME ENTÃO ESPERO QUE VOCÊS ESTEJAM NESSE BARCO COMIGO, QUE A FICHA DE VOCÊS TAMBÉM NÃO TENHA CAÍDO DE QUE SAVE ME CHEGOU AO FIM.

Eu não sei nem o que dizer. É tão difícil falar sobre o fim de uma coisa que você amou tanto, não é? Mesmo que eu esteja escrevendo uma nova fanfic e amando tanto quanto SM, não vai ser a mesma coisa, o que é bom porque terá muita coisa que em SM não teve; a fanfic será MUITO legal, eu juro.

Como eu disse no capítulo anterior, a fanfic será 85% diferente de SM; mostrará o que aconteceu nessa fanfic, mas esse não será o foco. Eu planejei muito essa fanfic também, tanto que a tenho no computador há uns cinco anos, mas estava esperando SM entrar na reta final para que eu pudesse reescrever de acordo com os acontecimentos de SM.

Acho que vocês vão gostar, até porque gostaram de SM, que é um tema sobrenatural, assim como também será a nova fanfic. Eu já tenho tudo, ou quase tudo, em mente, mas precisarei da ajuda de vocês, como me ajudaram comentando em SM, afinal, estou fazendo isso para vocês. É como se fosse um super bônus ehuehue

Eu quero agradecer a todos os leitores que me acompanharam até aqui, também desejo que os leitores que chegaram agora e os que ainda virão tenham uma boa leitura, assim como os leitores que me acompanharam desde o início, ou perto dele. Não sei se vão gostar do final, mas terminou do jeitinho que eu queria quando comecei a fanfic então espero MUITO que vocês tenham gostado.

Vocês são incríveis; sem dúvida, os melhores <3<3

Enfim, mais uma vez, OBRIGADA!

SINOPSE DA PRÓXIMA FANFIC: Após aceitar o que lhe fora fadado, ela terá de lutar para fazer tudo o que não conseguira fazer por si mesma, mesmo que para isso ela tenha de enfrentar o verdadeiro inferno. Apesar de tudo, ela acreditara que obteria sucesso, mas acabou esquecendo-se de que todo cuidado é pouco e de que qualquer deslize é prejudicial.

VOU DIVULGAR A FANFIC ASSIM QUE POSTÁ-LA. ENTÃO ME AGUARDEM EHUEHEU ESPERO QUE VOCÊS LEIAM, EM. AMO VOCÊS <3<3

AH, JÁ IA ESQUECENDO. COMENTEM MUITO MUITO MUITO, POR FAVOR!!!!!!!!!!!

ESTOU FALANDO COM VOCÊS LEITORES FANTASMAS TAMBÉM EHUEHUE É O ÚLTIMO CAPÍTULO!


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