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História Save me - Cap. 8


Escrita por: synystrona

Notas do Autor


Hey, hey, hey! Quem achou que eu tinha morrido? Pois é, cá estou eu depois de anos para voltar a postar, nunca abandonei a fic, de coração! Vamos rumo ao fim dessa história... simbora! Ah,e puder, por favor, comenta o que tá achando, bjjjjs!

Capítulo 8 - Cap. 8


Pov. Michelle

 

- Brian, você tá de brincadeira comigo? - o olhei confusa e desacreditada.

- Porque raios eu brincaria com uma coisa dessa? – ele franzi o cenho e me encara meio chateado.

- Chelle, eu quero ficar com você, eu nunca falei tão sério na minha vida! – falou me olhando nos olhos, sendo o mais doce que conseguira ser.

- Então... – pensei nervosa, avistando vários pontos do quarto sem prestar atenção em nenhum deles.

- Então?! – ele me olhou pensativo, me trazendo de volta pra ele.

- Brian, vou falar com o meu pai. Mas antes, preciso vestir minha roupa, né? – falei rindo tentando quebrar o clima tenso que havia se instaurado.

- Olha, tecnicamente não! Se você for com minha camiseta e cueca, já dá a entender que você está com alguém de muuuuito bom gosto. Daí seu pai vai se amarrar e vamos ser felizes pra sempreee! Acho que ele vai amar o look! – gargalhamos, Brian como sempre um palhaço nato. Joguei um de seus travesseiros em sua cara em sinal de reprovação a tal ideia ‘genial’.

- Vou me trocar! – me levantei e sinto um ‘puxavão’.

- Ah, não! Fica mais um pouquinho! – ele fez cara de pidão, e por mais que quisesse ceder, eu não podia.

- Não Brian, hoje é o dia de folga do meu pai, tenho que aproveitá-lo em casa. – falei decidida a ir, me levantando.

- Mas que droga! – ele praguejou.

- Sim, mocinho, quer me namorar?! Agora aguenta! – eu ri com ironia.

- Tá bom, não me faça desistir! – ele entrou na onda.

- Como que é que é? – falei estreitando os olhos e metendo um tapa em um dos seus braços. Ele tentava se esquivar, em defesa. Estava sentando de frente para mim, na cama.

- Amor, tô brincando!- me derreti ao ouvi-lo me chamar de amor. Ele me agarrou pela cintura, me trazendo pra perto e assim me fazendo inclinar e beijá-lo.

- Briaaaan- protestei, sendo levada pelo beijo doce e sensual.

- Hmmm- ele respondeu sem me dar muita atenção.

- É sério, eu preciso ir. – tentei me afastar, mas ele ainda me manteve colada nele e olhava nos meus olhos.

- Chelle, como você é linda! – ele me olhava com ternura e afeto. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Sorri sem jeito, como eu amava aqueles olhos castanhos.

- E você é um gostosão! – falei mordendo o lábio inferior, Brian riu sem graça e deu um tapinha na minha bunda.

- Eu sei! Sou irresistível. – falou convencido.

Me afastei e fui me arrumar, troquei de roupa e tive de aturar uma despedida de meia hora porque Brian não queria me largar. Caminhei até em casa, já que não morávamos longe, e ele havia ficado lá em sua casa, pois eu havia pedido. Já que no dia em que o Chris me viu com ele não deu muito certo. Bom, eu estava nervosa. Brian não era o tipo de garoto o qual meu pai sonhava pra mim. Era visto como problemático, louco e irresponsável. Só porque tinha algumas tatuagens e se metia em confusão na época da escola. Fazia um tempo que havíamos saído do high school, mas em relação aos meninos, era o high school que não saía deles. Digo, as pessoas da vizinhança, não se esqueciam do Brian, Matt e sua trupe na época do colegial, e não era por menos. Aprontavam demais! Eu sabia que papai não via o namoro da minha irmã com bons olhos, eu ouvia inúmeras discussões deles, o papai sempre dizendo que ela ia acabar grávida e abandonada. Valary se enfurecia e saía em disparada. Eu não gostaria de passar por isso também, mas já estava me preparando, ou não. Cheguei em casa e subi para o meu quarto, meu pai lia um jornal sentado na sala e assim que entrei senti seus olhos me seguirem, mas paguei de louca e passei em direção às escadas. Sentei me minha cama sentindo o peso em meus ombros da minha tensão, respirei fundo e decidi tomar um banho. Quando olhei o relógio, ele marcava 15:47, levantei-me e se segui para o chuveiro. Tomei um banho longo e decidi esperar até depois do jantar para poder falar com o papai. Enquanto o momento não chegava, fiquei pensativa em minha cama sobre como iria dar essa notícia de modo melhor.

(...)

Ouvi a mamãe nos chamando para jantar e saí dos meus devaneios, olhei no relógio e marcava 18:24, dei uma leve checada no espelho sobre como meu cabelo estava, me certificando se minha roupa estava legal, vestia uma calça legging preta e um camisetão que cobria até o meu bumbum, de cor cinza mesclado. Desci as escadas rapidamente, tomando meu lugar à mesa. Estava ao lado do papai, à sua direita, mamãe estava no meu sentido contrário à sua esquerda, Chris estava ao meu lado e Valary nem aqui estava...

- Cadê a Valary? – papai perguntou à mamãe.

- Não sei, querido. - ela respondeu prontamente e papai bufou. Ficamos em silêncio por um tempo. Até que papai o quebrou.

- Deve estar com aquele garoto, que inclusive eu a disse que não queria com ele. Valary sempre desobediente e afrontosa. Não me agrada nada aquele namorico, ela vai acabar grávida e sozinha. Eu estou avisando! – mamãe fez uma cara de quem detestou o comentário e eu arregalei os olhos discretamente, Chris fingia estar indiferente.

- Mas querido, eles são jovens, a Valary é uma garota esperta. Tenho certeza que nada de ruim acontecerá. – mamãe buscou defendê-la.

- Incrível como você defende esses meninos. – papai bufou novamente, agora o jantar estava começando a ficar indigesto.

- Não é defender, eu confio nos meus filhos! Eu os criei bem! – mamãe retrucou.

- Se os tivesse criado bem, de fato, sua filha não estaria nesse momento com um troglodita aspirante a rockeiro meia boca que está! – papai esbravejou e nesse mesmo momento Valary entrou pela porta da sala e pela sua cara algo me dizia que ela tinha ouvido aquilo. Todos a olhamos.

- O troglodita tem nome, pai, é Matthew! E queira o senhor ou não, eu estarei com ele. – ela falou entredentes.

- Só porque acha que é maior de idade pode fazer tudo que quer? Nem pensar mocinha! Você mora debaixo do meu teto e come da minha comida, portanto saiba que nunca aprovarei esse seu namoro sem futuro. Continuo não querendo você com ele, mas te aviso, quando acabar grávida, não me peça ajuda. E chegue nas horas das refeições! – papai disse possesso de raiva.

- Eu peço esmola, mas não peço ajuda do senhor se acabar grávida! Não se preocupe- Valary disse frígida. A confusão estava feita.

- Como ousa me retrucar desse jeito, garota?! Perdeu o juízo? Quer que eu te quebre os dentes? Você merece uma surra e de cinto! – papai levantou-se da mesa com raiva tentando tirar o cinto, mamãe e Chris interviram e eu permaneci sentada assustada sem conseguir me mover.

Eu pensava: ‘’Meu Deus, papai vai me matar quando descobrir que estou com o Brian!’’.

Papai tentava bater na Valary, ele nunca havia nos batido, estava uma gritaria e eu não conseguia absorver mais nada do que estava sendo dito, minha cabeça girava.  Valary subiu as escadas correndo com raiva, ouvimos a porta do quarto bater de lá de baixo. Permaneci imóvel. Olhei para mamãe, que estava nervosa e se sentara novamente, Chris e papai fizeram o mesmo. Como conseguiríamos voltar a comer? Impossível! Levantei-me indo em direção à meu quarto. Quando papai me chamou sem nem sequer tirar seus olhos do seu prato.

- Um momento moça! Aonde pensa que vai sem terminar seu jantar? – o vi franzi o cenho quando olhei para trás já na ponta da escada.

- Perdi a fome, pai! – falei abafadamente, mas ainda audível.

- Volte! – ele ordenou e eu voltei. Sentei-me novamente me frente ao meu prato. Não conseguia tocar nele, estava muito nervosa, só pensava na minha questão com o Brian. Papai me encarou sério.

- Já que partimos para essa conversa... eu fiquei sabendo que você anda se engraçando com um rapaz! – disse sério.

- E-e-eu... – eu mal conseguia falar.

- Não quero você namorando, foque na faculdade. A pagarei para que você se forme. – disse frio e decidido. Nada saiu de minha boca.

- Pai, você sabe de quem se trata? – Chris abriu a boca ironicamente e recebeu um olhar mortal da mamãe e um perplexo meu.

- Quem é?- papai disse enquanto comia.

- O Haner filho! – Chris cuspiu suas palavras, mamãe levou as mãos na testa largando seus talheres de qualquer jeito no prato fazendo barulho. Papai parou de comer, largou seus talheres calmamente e me olhou fuzilante. Eu me encolhi na cadeira.  

- Eu não consigo acreditar que você, está fazendo isso comigo! – respirou fundo, irritado.

- Minha filha... – mamãe tentou me ajudar, eu senti.

- BASTA! – papai esbravejou. – Eu não quero você com esse moleque de jeito nenhum, entendeu? Será que eu vou ter que proibir você de falar com sua irmã, para que você não tenha más influências? – seu tom estava alterado, algumas lágrimas quentes desciam pela minha face. Eu estava triste e assustada.

- Mas, querido... – mamãe novamente tentou interceder, mas falhou.

- Nada de mas, ela vai estudar e eu estou pagando por isso, não quero outra de minhas filhas metidas com essa trupe sem futuro! Eu joguei pedra na cruz pra merecer isso? Esse garota não tem nada de bom pra oferecer à você! Ele vai te magoar e te deixar quando bem entender. Fique longe dele, é uma ordem! Ouviu? – olhou pra mim bravo e decidido, dando a entender que a conversa estava encerrada. Saí da mesa o mais rápido que pude, sentindo uma cachoeira jorrar dos meus olhos, subi as escadas tão rápido que nem percebi, tudo que pude ouvir foram as vozes de quem estava lá embaixo e mamãe parecia repreender Chris e papai o defendia. Entrei no quarto soluçando, e Valy estava lá.

- Eu ouvi tudo! Papai é bem idiota, às vezes, sinto muito. – ela disse solidária, em puxando para sentar em minha cama, já que eu estava tão em choque que havia ficado em pé atrás da nossa porta.

- Tudo tava correndo tão bem... – eu falei e voltei a chorar desesperadamente.

- Calma, tudo vai se acertar! Eu só fiquei aqui porque ouvi brigar com você, eu ia pular a janela e me mandar. – ela falou afagando meus cabelos. Você estar se perguntando como Valy pulava uma janela do primeiro anda, o que vocês não sabem é que ela era engenhosa. Havia uma árvore próxima a nossa janela... Aí já viram, né?! Valary era maluca.

- Eu não acredito que isso vá acontecer, Valy! – falei me acalmando.

- Vai sim, ele fica de chilique no começo, mas depois os chiliques diminuem como é comigo! – falou em tom de brincadeira e rimos tensas.

- Você não viu a forma como ele me olhava...– falei olhando pro nada amedrontada, Valary me olhou fazendo careta.

- Michelle! Ele pegou o cinto pra me bater! – ela afirmou como se fosse óbvio que sabia, nós rimos baixo. Ela voltou a me abraçar.

- Mana, vai ficar tudo bem! Acredite! – deitei minha cabeça em seu ombro.

- Assim espero! – falei tentando me manter positiva, mas estava tensa e péssima por dentro. 


Notas Finais


E aí, galera? Quanta dificuldade, né? Quando será que nosso casal lindão vai ficar, de fato, junto?


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