Seul, Coreia do Sul, 1998
Gritos de dor, sangue, uma mulher em trabalho de parto. Um último grito antes de uma alegria inexplicável atingir sua alma.
-Parabéns, são gêmeas! Duas lindas garotinhas!
Lagrimas escorrem de seus olhos a caminho de suas bochechas. Mas algo estava errado.
-Isto não é bom! – Disse a enfermeira com um tom de voz preocupado – Levarei ela comigo para ver o que esta acontecendo, aproveite a companhia da outra enquanto isso.
No mesmo momento a alegria se transforma em preocupação.
-Ela vai ficar bem? – Disse a mãe em estado de choque.
-Acho que não é nada grave, mas é bom prevenir, já voltamos!
A mãe abraça sua filha e com certa dor em seu coração entrega para os braços da enfermeira, que sai logo em seguida.
Começa a apreciar sua filha quando percebe a porta se abrindo e um rosto conhecido entrando.
-Olha só o que temos aqui, parabéns Sayu!
-O que você quer aqui? –Disse séria.
-Quero apenas o que você deve para o meu chefe.
-Eu já disse, não tenho dinheiro.
-Mas deve haver outro jeito... – Disse olhando a criança nos braços de Sayu – O maior sofrimento de uma mãe é perder seu filho.
-Não, tudo menos isso.
O homem tira a arma e aponta para Sayu.
- Me dê a criança Sayu, ou irá ser pior.
-Atire em mim se quiser. Mas não a entregarei.
O homem avança em sua direção e arranca a garotinha de seus braços, ainda fraca pelo parto ela nem pode resistir.
-Tenha uma vida longa Sayu! – Disse o homem indo em direção à porta.
-Me devolva ela! ME DEVOLVA MNHA FILHA! – Disse em meio as lagrimas.
O homem apenas sorriu e saiu do quarto. Após um tempo a porta se abre novamente e revela a enfermeira.
-Ela teve um pequeno problema respiratório mas ira ficar bem! – a enfermeira olha para Sayu e a vê em meio as lagrimas sem a outra criança por perto – Senhora, o que aconteceu? Onde esta a outra?
Manhattan, Nova York, EUA, 2016
Olá meu nome é Emily tenho 18 anos e neste momento estou tentando descobrir algo sobre minha família, se o meu melhor amigo chato não ficasse em cima de mim me impedindo.
-Namjoon me deixe terminar a minha pesquisa em paz!
-Emily, se o chefe descobrir vai implicar com você de novo.
-Ele não vai descobrir se você não contar.
-É...
-Namjoon, não me diga que você já contou?!
-Desculpe Emily, mas ele me pediu para contar.
-Namjoon juro que mato você, é bom começar a correr.
-Emily, não. Por favor, não!
Namjoon começou a correr pela sala tentando escapar de mim e desviar dos sapatos que eu jogava nele. Só paramos quando ouvimos uma batida na porta.
-Vou por meus sapatos, atende a porta pra mim X9.
Quando Namjoon abriu a porta olhei para ver quem era, e era ninguém mais ninguém menos que o secretario de meu chefe que prefere que eu o chame de pai.
-Olá Namjoon. Emily seu pai lhe espera na sala dele. – Disse o senhor certinho olhando pra mim.
-Já estou indo. – Disse indo em direção a porta.
-Eu avisei Emily! – Namjoon surrou pra mim.
-Namjoon é bom você preparar o seu caixão.
Então apenas sai de minha sala e segui o senhor certinho pelos corredores da empresa.
Bom vocês não devem estar entendendo nada. Meu chefe ou pai, como queira chamar, é dono da AMS (Agencia Mundial de Segurança), ou seja, fazemos todo tipo de segurança desde objetos a pessoas e eu sou uma agente dessa empresa.
Após andar quase toda a empresa com o senhor certinho, a caminho da sala de meu pai, finalmente chegamos a uma porta com uma plaquinha escrito Sr. Clarke, essa porta também era conhecida por mim como o caminho para o inferno, e lá estou eu com a mão na maçaneta pronta pra enfrentar o fogo.
Para mim, a sala do meu pai é maravilhosa. Paredes claras e móveis escuros, uma estante cheia de livros cobria a parede da direita, enquanto na parede esquerda havia uma estante um pouco menor com papéis e documentos da empresa. Na parede central o enorme símbolo da empresa, e logo a frente a mesa de meu pai estava centralizada na sala, com o mesmo sentado em sua cadeira olhando alguns papéis.
- Pai, o senhor mandou me chamar? – Claro que ele mandou anta, ou você não estaria aqui.
- Emily, sente-se, preciso falar com você.
Ótimo, lá vem o sermão. Com passos lentos cheguei a cadeira em frente a sua mesa e me sentei.
- Então... – Ele disse.
- Então... – Eu continuei. – Pai, eu posso explicar...
- Emily, já é a quarta vez, quantas vezes já lhe disse para não ficar procurando o passado, quantas vezes lhe disse para não procurar sua família de sangue?
- Pai, eu sei tudo isso, mas eu preciso saber o por quê. Por que eles me abandonaram? Eu só quero respostas.
- Eu tenho certeza que junto com essas respostas apenas lhe virá dor, não vê que estou tentando lhe proteger? Emily, nós somos sua família, eu, Namjoon e todos daqui da empresa, não entendo o motivo dessa busca.
Eu apenas fiquei calada, não tinha o que retrucar.
- Apenas me prometa que não buscará mais por essa família.
- Eu prometo, porém com uma condição. – Ele me olhou com uma de suas sobrancelhas arqueada. – Me responda uma pergunta.
- Tudo bem, qual a pergunta?
- Eu tenho uma irmã? E se tenho, qual seu nome?
- Foram duas perguntas Emily.
- Pai... – Protestei, eu sabia que ele iria tentar me enrolar.
- Tudo bem, sim você tem uma irmã e o nome dela é Lee, mas não direi o sobrenome.
- Lee... – Falei pensativa. – Obrigada pai! Era só isso ou havia mais alguma coisa?
- Mais uma na verdade. Todos os agentes da empresa têm um codinome menos você, eu preciso que você pense em um.
- Por que preciso de um codinome? – Sério, eu odeio essas coisas. É estranho e engraçado. O do Namjoon é Rap Monster, não me pergunte o por quê. Eu também não sei.
- Para sua segurança Emily, quantas vezes vou repetir? Ouça, enviarei você e Namjoon para uma missão em Seul, na Coréia, e você não poderá usar seu nome como faz aqui.
- Tudo bem pai, então... – Pensei um pouco, Lee. Lee. L. – Que tal L?
- L? Sério? Tudo bem, não vou perguntar o motivo. Então, agente L, chame Rap Monster e irei passar os detalhes de sua missão.
-Sim senhor!
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