História Save Me - Knowing the territory

-Eu odeio aviões!                                                                        

-O que você não odeia sem ser computadores Namjoon?

-Acho que nada!          

Olhei incrédula para ele enquanto me sentava em minha poltrona do avião e Namjoon se sentava ao meu lado.

-Então você me odeia?

-Claro,  você é uma chata, mandona, irresponsável que consegue ser uma das melhores agentes da AMS e ainda é minha melhor amiga, por que gostaria de você? – Disse rindo da minha cara.

Apenas dei um tapa em seu braço como resposta.

-Mas me diga Emy, por que escolheu L como codinome?

-E você, por que escolheu Rap Monster?

Olhei desafiadora pra ele.

-Serio mesmo que você vai responder minha pergunta com outra? – Apenas o encarei esperando uma resposta – Ta bom, eu digo, é porque eu sou o monstro do rap.

Ele disse rindo da minha cara, apenas dei mais um tapa em seu ombro.

-Vamos dormir senhor Monstro do rap.

Apenas me virei e fechei os olhos, dormi rapidamente.

“Sonho On”

-Me devolva ela! ME DEVOLVA MINHA FILHA!

“Sonho off”

Acordei assustada. Por que eu sonharia com algo assim? Olhei para o lado e vi Namjoon dormindo em sono profuundo. Então simplesmente me virei novamente para dormir, tentei ao máximo não pensar naquele sonho. Rapidamente cai em sono profundo.

-Ei bela adormecida, acorda chegamos!

Abri meus olhos lentamente ainda tentando me acostumar com a claridade. Saímos do avião e fomos de encontro com a esteira de malas. Pegamos nossas coisas e fomos em direção ao taxi que nos esperava para nos levar a nossa nova casa em Seul.

Ao chegarmos fui analisar a casa já inteiramente mobilhada. Ela era bem pequena, havia uma sala com um sofá, uma televisão e uma mesinha de centro, dois quartos ambos suítes, a diferença entre o meu quarto e o de Namjoon era que o dele havia muitos computadores e eletrônicos em geral. E havia uma cozinha para completar a casa.

-Tudo bem Namjoon, vamos começar o trabalho. Que tal revisarmos a missão primeiro?

-Como quiser.

Pegamos a papelada que meu pai havia nos entregado e fomos para a mesinha de centro.

-Então vamos lá. Meu pai nos mandou para Seul, Coreia do Sul, confere? – Perguntei

-Confere!

-Teremos que passar seis meses aqui, confere?

-Confere!

-E proteger esse tal de Park Jimin que é um estudante de música, e quando digo proteger digo até mesmo de uma mosca, confere?

-Confere!

-Tudo bem, qual foi o preço que meu pai disse que fechou com os clientes?

-1 milhão de dólares.

-Isso dever dar uns 160 mil por mês mais ou menos, é um bom preço.

-Não o anta, você não prestou atenção no seu pai, não é mesmo? – Não respondi, me recuso. – Você é uma irresponsável mesmo, é 1 milhão de dólares por mês.

Quando Namjoon disse isso meu queixo caiu. Seriam 6 milhões de dólares para proteger um estudante. COMO ASSIM? Minha cara devia estar bem engraçada pois Namjoon ficou rindo por um bom tempo.

-Tudo bem ai Emy? – Disse Namjoon abanando as mãos em frente ao meu rosto – Podemos continuar ou você quer continuar a calcular o preço?

-Podemos voltar ao foco.

-Tudo bem, então o plano é o seguinte. Você ira estudar na mesma escola que Park Jimin, já arrumamos um jeito de você cair na sala dele, e a partir de agora seu nome é Alison Thorne.

-Serio Namjoon? Alison?

-Era isso ou Katrina Shield, mas se quiser podemos troc...

-Eu fico com Alison, obrigada!

-Ótimo, aqui estão seus novos documentos e seu horário de aulas.

Namjoon me entregou alguns papéis. Nos horários de aulas vi que algumas delas eram canto e dança.

-Maravilha, em canto provavelmente aprenderemos ópera e em dança ballet, estou muito animada. – Tentei ser o mais sarcástica possível. Namjoon apenas revirou os olhos.

-Vá dormir senhorita Alison, amanhã você tem aula!

Bufei em resposta e me levantei indo rumo ao meu quarto.

-A Emy – Namjoon me chamou e me virei em sua direção – Não esqueça, tente ser amiga do Jimin.

-Tá, tá. Boa noite senhor monstro do rap.

-Boa noite pirralha. – Namjoon disse e logo depois bagunçou meu cabelo.

-Você não cansa de me irritar não é?

-Eu vivo pra isso! – Disse se jogando no sofá e pegando seu celular – Até amanhã!

Me virei e fui rumo ao banheiro tomar um banho antes de me deitar. Em baixo do chuveiro me veio a memoria a frase com que sonhei no avião. O que aquilo poderia significar? Bom, não pensei muito nisso, senti que não iria me fazer bem. Logo sai do banho, vesti meu pijama e me joguei na cama. Só ai percebi o quanto ela é confortável. Comecei a analisar o quarto de ponta a ponta. Era um quarto bem simples, com um guarda-roupa consideravelmente grande, uma cômoda e uma cama de casal. Estava cansada demais por conta da viagem, fuso horário e tudo mais, então apenas me virei e simplesmente capotei.

“Sonho On”

-Você não pode vê-la. – Ouvi uma voz masculina e rude.

-Eu tenho esse direito, ela é minha filha! – Por que essa voz me parece tão familiar, mas ao mesmo tempo tão estranha?

-Sinto muito, isso atrapalharia nossas investigações, e temos ordens para não deixa-la ter contato com nenhum familiar de sangue. Isso é para segurança dela, e sua também. Agora me acompanhe até a porta. – Disse em um tom mais suave.

-Mas senhor, eu imploro, isso é tudo o que eu mais quero, por favor...Acorde.

“Sonho Off”

Senti uma mão mexer em meus braços me balançando.

-Emily se você não acordar agora eu juro que te jogo da cama! E não duvide de mim!

Abri meus olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade que emanava da janela.

-Calma seu ogro tecnológico, já estou indo.

-Que coisa feia se atrasando logo no primeiro dia.

-Cala a boca! – Falei jogando meu travesseiro na cara dele – Agora me dê licença, quero privacidade para pelo menos me trocar.

-Já vou. Me esqueci que você acorda de mau humor.

Mostrei a língua pra ele que logo em seguida saiu do quarto fechando a porta.

Me levantei fiz minha higiene matinal e me troquei rapidamente. Coloquei uma calça jeans escura, a blusa da escola e um all star, afinal preciso parecer uma estudante comum que não usa armas e sabe lutar.

Sai do quarto e fui rumo a cozinha. Vi Namjoon fazendo o café da manhã.

-Olha só que bonitinho, sabe cozinhar.

-Na verdade só estou colocando no prato, o entregador acabou de chegar com a comida.

Revirei os olhos e me sentei para comer. Comi rapidamente pois percebi que estava quase na hora de sair.

-Namjoon estou indo. – Disse me levantando e pegando minha mochila.

-Espere ai o apressadinha, tenho que te dar uma coisa. – Ele disse colocando um ponto em meu ouvido. – Pronto, assim posso me comunicar com você.

Ele pegou um microfone e gritou.

-ESTÁ FUNCIONANDO?

A sua voz estourou em meu ouvido.

-Namjoon, você quase estourou meu tímpano! – Disse batendo em seu braço.

-Para de frescura e vai logo. A e não se esqueça, faça amizade com ele.

-Valeu mãe!

Me virei e sai da casa. Fui em direção a escola que não era muito longe da casa onde estávamos. Alguns minutos depois já estava no portão.

“-Emy está me ouvindo?”

-Sim, pode falar.

“-Eu invadi as câmeras de segurança da escola, então vou estar te monitorando.”

-Ótimo, terei um ogro tecnológico me vigiando.

“-Eu sei que você me ama. Agora entra logo nessa escola.”

Entrei na escola e fui direto para a sala, o professor me esperava na porta e me explicou que era um costume coreano os novos alunos se apresentarem para toda a sala e que eu teria que faze-lo. Ótimo, era só o que faltava, depois é o que? Valsa?

Eu e o professor entramos na sala e todos dirigiram seus olhares curiosos pra mim.

-Classe, hoje temos uma nova aluna, ela irá se apresentar. – Ele se direcionou a mim fazendo um movimento com a mão para eu prosseguir.

-Olá, meu nome é Alison, e eu vim de Nova York, espero me dar bem com todos, obrigada! – Tentei ser o mais breve e simpática possível, o que não deu certo.

“-Ai que orgulho da minha menininha!”

Eu juro que quando chegar em casa atravesso a cabeça de Namjoon naqueles computadores.

Fui me sentar no único lugar vazio da sala, próximo a parede.

“-Tudo bem, voltando ao foco. Tente localizar Jimin na sala, ele tem cabelo laranja.”

Ele diz como se fosse fácil, esse lugar parece uma plantação de cenouras!

Estava distraída procurando por ele que nem percebi quando o rapaz a minha frente se virou em minha direção. Até levei um susto.

-Olá, sou Park Jimin.

Tirando o susto eu encontrei o que procurava.