História Save Me - Danger

-Como assim? Tem certeza de que não é algum trote? – Falei como se não estivesse entendendo.

-Não sei... – Ele parecia realmente assustado, o que me cortou o coração. – Espero que seja uma brincadeira.

-Eu também... Jimin, eu preciso ir, combinei de me encontrar com Namjoon. Você vai ficar bem? – Disse colocando uma de minhas mãos em seu rosto.

-Sim, eu vou. Pode ir. – Ele disse me puxando para um abraço.

-Se precisar de algo me ligue, até mais!

Me despedi e fui para casa o mais rápido que pude. Ao chegar joguei minha mochila no chão e corri para o quarto de Namjoon, o mesmo estava arrumando o guarda-roupa.

-Namjoon...                                  

-Ah, oi Emy! Como foi o dia hoje?

-Jimin está sendo ameaçado! – Disse sem demora.

-Como assim? Diretamente? – Ele disse largando o que estava fazendo e se voltando para mim.

-Sim, ele recebeu uma carta hoje.

-Ele ainda está com o sensor, não é?

-Sim.

-Acho melhor você começar a segui-lo de novo.

 

Ficamos dias vigiando Jimin e tentando descobrir mais alguma coisa, mas foi em vão. Não descobrimos nada, e não havia ninguém seguindo Jimin, não diretamente. O que essas pessoas querem tanto com ele?

Depois de mais um tempo pesquisando desisti.

-Namjoon, estou saindo.

-Onde você vai?

-Vou até a casa de Jimin. Não aguento mais ficar procurar algo no escuro desse jeito, talvez se descobrir algo sobre sua família descubra o porque de estarem atrás dele.

Namjoon apenas concordou com a cabeça. Fui para o meu quarto e me troquei, assim que terminei sai da casa. Caminhei devagar, pensativa sobre o que aconteceu desde que Jimin me mostrou a carta, algo não estava conectando. Em meio a meus pensamentos percebi que já estava anoitecendo. Não demorei muito para chegar na casa dos garotos. Estava silenciosa o que era um milagre. Bati na porta e quem a atendeu foi JungKook.

-Ali? Oi! – Ele disse sorrindo.

-Oi Kook, Jimin está?

-Ele saiu junto dos outros, apenas eu e Suga ficamos, mas ele está dormindo... Sinto muito. – Ele falou e me encarou pensativo. – Mas... Você está com tempo?

-Estou sim, por quê?

-Poderíamos fazer logo aquele trabalho, afinal é para esta semana.

Apenas concordei com a cabeça e entrei. Realmente a casa estava bem silenciosa, o que era estranho quando se tratava daquela casa. Me sentei no sofá e JungKook foi buscar seu material e o notebook. Logo em seguida começamos o trabalho e conversar sobre as aulas, não demoramos muito para acabar tudo.

-Então... Você e Jimin estão juntos? – Ele perguntou mudando completamente de assunto.

-Sim, quer dizer não. Aish não sei... – Disse tentando ser sincera. – Foi apenas um beijo, mas parecia que havia algo mais.

-Entendo. Fico feliz por vocês, parecem se gostar de verdade.

Apenas sorri em resposta e suspirei, eu realmente não estava entendendo meus sentimentos, e isso é algo que nunca aconteceu antes. Eu sempre consegui os controlar, nunca tive problemas em fingir que gostava de alguém, ou quando achava que estava gostando realmente desta pessoa apenas desligava isso como se fosse um botão de liga e desliga.

-Ali. – Kook falou chamando minha atenção. – Se não for me intrometer demais, o que foi que você sonhou aquele dia?

Olhei para ele e depois encarei o computador. Eu não havia falado nem para Namjoon sobre isso, mas por que sinto que devo contar para ele? Posso realmente confiar? Por que sinto que posso confiar minha vida a ele?

-Se você não quiser contar tud...

-Não. Não é isso. É que nem eu entendo realmente com que sonhei. Havia uma mulher amarrada em uma cadeira e um cara apontando uma arma em sua direção. – Acabei lhe contando em detalhes meu sonho.

-Por que sonharia com algo assim?

-Eu não sei o porque. Também não sei o que significa. Eu tenho a impressão que conheço aquela mulher de algum lugar, mas não sei de onde. Eu estou confusa quanto a isso.

-Quando você acordou você disse mãe. Não seria a sua mãe que apareceu em seu sonho?

-Eu não sei, nunca a conheci. Não tenho como saber. Meu pai não fala sobre ela então... – Apenas suspirei pesadamente, seria ela realmente minha mãe? Por isso meu pai nunca falou nada sobre ela? Tantas perguntas, nenhuma resposta.

-Saiba que se precisar, não importa o que seja, eu estarei aqui. – Seu olhar parecia preocupado, mas ao mesmo tempo acolhedor.

-Obrigada. É bom saber que posso contar com você.

-E é bom saber que posso te ajudar. – Ele falou e se levantou, abrindo seus braços me convidando para um abraço.

Me levantei e o abracei, e mais uma vez me encaixei perfeitamente em seus braços.

Ouvimos a porta abrir e nos separamos. Eram Jin, Hope e Tae que estavam chegando.

-Meu Deus! Duas crianças sozinhas em casa? – Hope falou fazendo-nos rir. Realmente eu e Kook parecemos mais novos.

-Oi meu anjo! –Disse Jin, sim ele me apelidou assim.

-Oi Ali! – Tae disse dando um sorriso.

-Oi garotos!

-Onde está Jimin? – Kook perguntou ao perceber que eu o procurava com o olhar.

-Ah, ele encontrou um conhecido no meio do caminho, daqui a pouco ele deve chegar. – Explicou Tae.

Apenas concordei com a cabeça e me voltei para JungKook.

-Bom Kook, acho melhor eu ir. Já fizemos tudo, não é?

-Sim, mas você não queria falar com Jimin?

-Eu falo com ele em outra oportunidade. – Droga. Mais uma vez nada.

- Onde você pensa que vai? –  Jin disse se aproximando – Você vai comer com a gente.

-Mas eu ten...

-Você não tem nada, trate de comer com a gente. – Jin continuou.

Como dizer não para o príncipe?

-Tudo bem, eu fico. – Disse e vi Jin sorrir. – Só irei usar o banheiro, já volto.

Jin concordou e foi junto dos garotos para a cozinha. Era uma ótima oportunidade. Subi as escadas e fui em rumo ao quarto de Jimin. Do corredor pude ouvir roncos vindo do quarto de Suga. Entrei no quarto de Jimin e fechei a porta. Comecei a procurar algo que eu pudesse usar, algo útil para descobrir algo. Depois de muita procura, achei um diploma do Ensino Médio onde havia o nome de seus pais. Não podia me demorar mais, então anotei os nomes e quando estava prestes a sair do quarto ouvi o rastreador em meu bolso apitar.

“-L pode falar agora?”

-Sim, Monster. Pode falar.

“-Jimin foi encurralado em um beco ai perto. Não é a facção, mas mesmo assim ele corre perigo, acho que são os caras de quem ele te salvou outro dia. Vá rápido.”

Apenas concordei e desci as escadas correndo.

-Garotos, Namjoon não está se sentindo bem, preciso ir. Sinto muito. – Disse da porta da cozinha.

-Tudo bem. – Jin Disse. – Mande melhoras para ele.

-Pode deixar, mandarei.

Me despedi, peguei minha bolsa e sai rapidamente.

Entrei na primeira rua deserta que vi e me troquei rapidamente. Escalei as paredes, subindo nos telhados, e corri até onde Jimin estava o que não era muito longe. Quando cheguei pulei na frente de Jimin encarando outros cinco caras que o ameaçavam. Liguei meu aparelho de alteração de voz e falei:

-Vão embora, deixe-o em paz.

Eles me olharam e riram, enquanto Jimin apenas parecia confuso. Ao vê-los rindo o sangue me subiu a cabeça. Logo avancei para cima do mais próximo cujo o rosto eu lembrava, dei-lhe um soco nas costelas e um chute na cara do segundo ser que avançava contra mim. Os outros três vieram para cima, apenas me abaixei e dei uma rasteira derrubando-os. Um deles estava prestes a se levantar então chutei seu peito fazendo-o cair novamente.

-Vá, saia daqui. – Eu disse para Jimin.

-Mas... Quem é você? – Ele perguntou confuso e assustado.

-Não importa, apenas vá! – Disse, porem sempre me mantendo de costas para ele.

Ele continuou parado ali, confuso, como se tivesse congelado.

-VÁ LOGO! – Acabei por gritar fazendo-o se assustar e sair correndo daquele lugar.

Me voltei para os cinco que estavam se levantando.

-Quem os mandou? – Perguntei.

-Como se alguém precisa-se nos mandar para bater em um garoto desses. – Um deles disse sorrindo.

-Eu tenho certeza que vocês não tem capacidade o suficiente para pensar em algo assim, vocês não o encontraram por acaso. Quem os mandou?

-Um cara de terno nos pagou para isso. – Um deles disse.

A facção, eles caíram bastante de nível para mandar cinco idiotas, não?!

-Ei, não conte isso. – O primeiro o repreendeu.

-O que? Eu não quero apanhar de novo, nós não podemos com esse ai. – Ele se defendeu e apontou para mim.

-Apenas estejam avisados, se encostarem um único dedo nele, eu juro que faço uma morte bem dolorosa e queimo seus corpos para ninguém nunca os encontrar. Estamos entendidos?

Apenas os vi concordar com a cabeça. Sai dali e fui confirmar se Jimin havia chego em casa. Como havia chego em segurança apenas me sentei em um telhado e fiquei observando o céu que não continha nenhuma estrela devido a luminosidade da cidade. Percebi que uma janela da casa se abriu e Jimin se debruçou nela. Parecia pensativo, confuso. Talvez eu também estivesse assim. Não posso dizer que o amo, pois é um sentimento que não conheço muito bem para afirmar, nunca o senti antes eu acho, e tenho quase certeza de que não o sinto agora, mas se dissesse que não sinto nada estaria mentindo. Não quero dar esperanças nem para mim, nem para ele de algo que não seja tão intenso quanto parece. Mas não é como se eu fosse ficar aqui e viver uma historia de amor, em seis meses irei embora. Parabéns Emily, já não basta ferrar com a sua própria vida você precisa fazer isso com a dos outros também.

Balancei a cabeça tentando me livrar destes pensamentos. Me levantei e fui para casa precisava entregar para Namjoon o nome dos pais de Jimin, não demorei muito para chegar em casa. Ao entrar me deparei com Namjoon jogado no sofá dormindo e o notebook no chão ao seu lado. Devia estar muito cansado, ele não havia parado um minuto sequer esses dias, então apenas o deixei dormindo.

Fui rumo ao banheiro e tomei um banho, o que sempre alivia a tensão de meus nervos e músculos, relaxando meu corpo e minha mente. Com o banho terminado e já trocada apaguei a luz do quarto e me deitei, dormindo rapidamente.

Acordei mais cedo que o normal. Sem sonhos estranhos esta noite. Me arrumei rapidamente colocando uma calça preta, um all star também preto, a camiseta da escola e uma camisa xadrez. No caminho para a cozinha vi Namjoon ainda dormindo no sofá, tentei fazer tudo silenciosamente para não acorda-lo. Preparei meu café e o comi com calma. Antes de sair de casa deixei o café de Namjoon pronto em cima da mesa só então fui em direção as ruas barulhentas da cidade.

Caminhei devagar, mas cheguei na escola a tempo de ver algo bem inesperado e evitar uma possível catástrofe.

De longe pude ver Jimin e Suga discutindo, o que parecia ser bem sério. Me aproximei rapidamente e pude ver Suga tentando acalmar a situação.

-Eu já pedi desculpas, nunca mais faço isso!

-Você tem noção do que fez?! – Jimin disse. Era possível ver que raiva, fúria e ódio transbordavam de seus olhos. Todos os músculos de seu corpo estavam contraídos devido a adrenalina da raiva. – Poderia ter acontecido algo pior, tipo o que irá acontecer com você agora.

Jimin estava prestes a dar um soco em Suga quando segurei seu braço usando um pouco mais de força do achei que seria necessário.

-O que você está fazendo? – Falei confusa.

-Alison, não se meta, me solta!

Ele puxou seu braço para si com violência, e me empurrou para longe, eu teria ido de encontro com o chão se Jin não houvesse me segurado. Senti alguém segurar minha mão e ao olhar para o lado vi que era JungKook.

-Cara, você é um idiota! – Kook disse e me puxou para outro lugar, apenas o segui.

Ele me guiava para longe e eu nem vi para onde íamos, apenas o segui de cabeça baixa ainda segurando sua mão. Chegamos em alguns bancos atrás da escola e ele me sentou lá.

-Você está bem? – Ele me perguntou se sentando ao meu lado.

-Estou Kook. – Disse tentando sorrir.

-Mentira! – Ele disse e eu o olhei surpresa. – Pode me falar Ali.

Suspirei pesadamente e então disse:

-Eu não sei. Estou surpresa pelo modo como ele me tratou mas... eu não sei! – Ele me fitava com aqueles intensos olhos castanhos. – Mas por que ele e Suga estavam brigando?

-Parece que Suga pediu para uma garota dar uma carta com uma brincadeira de mau gosto ameaçando Jimin.

-Então foi por isso... – Agora faz sentido não termos encontrado nada, estávamos procurando nos lugares errados.

Suspirei e abaixei a cabeça. Podia não parecer nada, mas o modo como Jimin me tratou me deixou mal, eu nunca senti algo assim antes...HAAAA. Por que estou sentindo isso? Por que tenho esse sentimentos por ele? Em meio a meus pensamentos confusos senti uma mão repousar em meu ombro. Olhei para Kook e ele sorria pra mim. Um sorriso acolhedor como se dissesse que tudo iria ficar bem, que eu poderia contar com ele, um sorriso de derreter corações.

-Vai ficar tudo bem. Jin já deve estar dando uma bronca nele. – Ele disse passando o braço em meus ombros.

Repousei minha cabeça em seu peito e lá me confortei, como já disse antes eu cabia perfeitamente em seus braços. Ele acariciava meus cabelos enquanto dizia que iria ficar tudo bem. Ficamos assim por um bom tempo, e nesse tempo pude pensar melhor sobre meu “relacionamento” com Jimin. Sim, de certa forma ele me machucou, e não digo fisicamente, quer dizer... também, mas isso não vem ao caso agora. Realmente achei que ele me fazia bem, mas se fez isso agora, quem garante que não fara coisa pior futuramente? Por que estou levando isso tão a sério? Não é como se fosse ficar aqui para sempre.

Senti uma lagrima escorrer de meus olhos indo de encontro com minhas bochechas. JungKook deve ter percebido também pois levantou meu rosto delicadamente e olhou no fundo de meus olhos enquanto secava meu rosto, ele passou as mãos pelo meu cabelo o que me acalmou. Senti Kook se endireitar e suspirar, levantei a cabeça e vi Jimin se aproximar, então também me levantei e me endireitei.

-Ali... Podemos conversar? – Ele disse meio inseguro.

-Sim. – Disse levantando a cabeça e o encarando.

-Eu...Eu...

-Jimin se for falar alguma coisa apenas diga logo!

-Me desculpe. Eu não devia...

Comecei a rir cínica o que o fez me encarar confuso.

-Não devia mas fez. – Falei. – Eu só queria te ajudar, impedir que você fizesse uma besteira, porem acho que não resolveu muito não é?!

Me levantei e continuei a encara-lo.

-Não foi a intenção eu juro.

-E desde quando se resolve as coisas com violência? – Falei como se fosse um exemplo de pessoa, não?!

-Ali eu... – Ele disse se aproximando de mim e segurando minha mão. – Me perdoe, por favor!

-Jimin eu...

Ele colocou uma mão em meu rosto o deixando próximo do seu.

-Alison eu te...

Fiquei com medo do que ele poderia dizer ao final desta frase, porém Kook o interrompeu.

-Não é a primeira vez que você faz algo do tipo Jimin.

-JungKook não se meta, saia daqui! – Ele disse e novamente seus olhos transbordavam raiva.

-Não Kook, você fica! – Disse me soltando das mãos de Jimin e indo para o lado de JungKook que havia se levantado para ir embora. – Quer saber Jimin, acho que não é a melhor hora para esta conversa. Vamos JungKook!

Peguei a mão de Kook e nos guiei para longe dali. Ouvi Jimin me chamar mas o ignorei, nem sequer olhei para trás.

-Bom... – Kook falou meio desconfortável, só então percebi que ainda segurava sua mão, imediatamente a soltei. – Perdemos a hora da aula, quer dar uma volta?

-Pode ser.

Eu pensava na frase de Jimin “eu te...”. Seria o que estou pensando? Não deveria ter deixado chegar a tal ponto.

Eu e JungKook andamos em silencio até chegarmos a uma cafeteria.

-Você tem cara de quem gosta de café. – JungKook disse sorrindo. Seu sorriso era tão contagiante que tive que sorrir de volta. – Eu pago.

Assenti e entramos no estabelecimento. Ele pediu um café grande e um chocolate quente grande também, o que me fez arquear uma sobrancelha.

-O que? Sou uma criança, prefiro chocolate! – Ele disse me fazendo rir. – Adoro te ver sorrir.  – Ao dizer isso eu abaixei a cabeça tímida.

-E eu adoro quando você me faz rir. – Disse e sorri para ele fazendo-o corar. Como uma pessoa consegue ser tão fofa?

Conversamos mais um pouco e pegamos nossas bebidas. Ele deu o primeiro gole e fechou os olhos com força o deixando mais fofo.

-Esta quente! – Ele disse e eu apenas sorri.

Andamos pelas redondezas, conversando sobre coisas aleatórias, e eu até pude conhece-lo mais. Quando me lembrava de Jimin na mesma hora Kook me fazia rir. Algum tempo depois voltamos para a porta da escola ainda conversando.

-Obrigada Kook. – Falei. – Nos conhecemos a tão pouco tempo, mas sei que posso contar com você.

-Me importo com você. – Ele disse sorrindo. – Gosto de te ver sorrir e gosto de ser seu amigo... Gosto de ter por perto.

-Eu também.- Disse sorrindo.

-Estou aqui se precisar. – Ele disse me abraçando.

-Pode ter certeza que vou te procurar. Obrigada mais uma vez. – Disse me afastando de seus braços.

-Não foi nada. – Ele sorriu. Um sorriso sincero e alegre.

Ficamos um bom tempo conversando e “brincando” enquanto esperávamos os outros. O portão se abriu e não muito tempo depois revelou Suga, Hope e Jin vindo em nossa direção.

-Ei, Ali! – Suga gritou ainda um pouco longe. – Você vai pra nossa casa agora!

-Eu vou? – Perguntei confusa.

-Deixa eu ser mais educado. – Jin se manifestou. – Ali, minha linda, vamos terminar o trabalho hoje?

-Ah tá! – Falei, agora compreendendo. – Mas eu...

Senti alguém me abraçando por trás e me levantando do chão. Acabei por dar um grito involuntário.

-Você não tem escolha, vamos! – Hope falou enquanto me carregava.

-Eu vou, eu vou, só me ponha no chão! – Falei rindo. Não tem como ficar séria com esses garotos.

Quando Hope finalmente me soltou fomos em direção a casa dos garotos, parando as vezes para dançar. Na verdade Hope, Jin e Kook dançarem, eu e Suga apenas ficamos observando.

Continuamos a caminhar até que observamos uma fumaça preta no céu. Nos aproximamos e vimos uma loja de conveniência pegando fogo.

-Ligue para a emergência! – Eu disse.

-Já estou fazendo isso. – Jin disse discando um numero em seu celular.

Olhei para a loja e vi Tae sair cambaleando de lá.

-Tae? – Ouvi Kook dizer.

Corremos até ele e Suga segurou seus ombros para que ele não caísse.

-Você esta bem? – Kook perguntou.

-Eu estava na loja com Jimin e ela... – Ele fez uma pausa e tossiu um pouco. – E ela começou a pegar fogo e... E... E Jimin ainda está lá.

Quando ele disse isso eu entrei em pânico. Meus olhos percorreram o local e as ruas até que encontraram dois caras de terno em frente a um carro preto observando a loja pegar fogo, a facção.

-Não. – Murmurei e larguei minha mochila no chão.

Comecei a correr em direção a loja.

-Alison, não, espere! – Ouvi JungKook dizer atrás de mim.

Senti suas mãos tentarem segurar as minhas, mas já era tarde demais, eu estava muito a frente. Corri o mais rápido que pude e pulei de encontro as chamas.