História Save Me - O plano

[...]

Eu estou sofrendo mais que tudo, eu estou sozinho, ao meu redor, todos estão apenas me dizendo para

Me recompor [...]

Os dias têm sido difíceis desde a discussão com a Min Hyorin. Gravamos o nosso MV e no mesmo dia viemos para o Estados Unidos como se nada tivesse ocorrido. Chegamos no dia seguinte no país, fomos para a capital. Fomos primeiro para o hotel, estávamos cansados da gravação.

Dessa vez eu fiquei em um quarto com o Hope e o Monster, fico feliz de não ter ficado em um quarto com o Suga Hyung pois seria muito estranho e eu me sentiria mal.  Assim que adentramos o local em que iríamos dormir por dois dias, fui direto para o banheiro.

― Aah não Jungkook, eu preciso usar o banheiro. ― Hope choramingava batendo na porta, me causando risos baixos.

― Acabei de entrar no chuveiro. ― Já despido, liguei o chuveiro com água morna, entrei em seguida. As gotas d'água caíam sobre meu cabelo pesadamente, ou eram meus pensamentos que estavam fazendo o líquido pesar sobre minha cabeça. ― Vai ter que esperar. ― Berrei abafado. O som da minha voz se encontrou com o eco e se expandiu pelo quarto mas acho que deve ter sobressaído para fora do recinto.

    Depois disso não ouvi mais nada. Ele não fez questão de insistir já que sabe que demoraria muito no banho. Vozes na minha cabeça começam a me perturbar, novamente veio a Hyorin em meus pensamentos. Eu tenho um plano em mente.

Aconteceria uma festa de boas vindas que os organizadores do show estão querendo fazer para a gente e a staff. Estava com ideias para esquecer a Hyorin,  ficaria com qualquer mulher que visse, não iria continuar sofrendo parado pela Min Hyorin. Ela não estava nem aí pra mim. Ela também não tinha planos de terminar a turnê com a gente. Depois do Brasil, voltaria para Coréia. Ela dizia que era um país exótico, que sonhara conhecer.

Depois de alguns minutos, terminei o banho e peguei uma toalha que havia sobre um armário ali no banheiro. Coloquei em volta na minha cintura e me retirei dali. Saindo, avistei o Jimin rindo mexendo no celular deitado na minha suposta cama junto ao Hope que chorava de rir.

― O que eu perdi? ― Acima de qualquer plano, precisava me interagir com meus amigos. Estava diferente nos últimos dias. Os mesmos cobravam mais atenção vindo de mim.

― Você acredita que o Jin Hyung... foi fazer uma piada da roupa do Bang... que estava manchada de… Ketchup, dizendo que alguém havia menstruado na camisa dele. O Bang virou e disse “Pelo menos é minha blusa lava, já seu passado com cabelo de menstruação não será apagado”. ― Jimin ria mais do que explicava, foi impossível não acompanhar os risos do garoto de cabelo rosa que estava a minha frente.

― Você é muito bobo. ― Deixei claro, enquanto me dirigia a uma das minha malas, começando a procurar algo para vestir. ― Não sei o que é pior, as piadas do Jin ou esse seu cabelo de papel crepom. ― Hope soltou uma risada extravagante que se estendeu por cada espaço que havia no quarto.

― Está para nascer alguém que me ame mais que você Biscoito estragado. ― O menor, retrucou sorrindo cinicamente. ― E vencido, ninguém mais quer. ― Isso fez Hope rir ainda mais. Jimin começou a rir da risada do amigo.

Tentei ignorar aquela situação naquele momento. Confesso, ri um pouco. Não ri pela risada do Hope e sim pelo meu papel de trouxa. Precisava me recompor. Caminhei de volta ao local em que estava anteriormente e me troquei, vestindo uma calça moletom cinza folgada e uma camiseta branca. Necessitava dormir e esfriar a cabeça.

[ . . . ]

Essa menina, me deixa louco
Vou me perdendo, bem no seu jogo
Me chamou pra bailar de um jeito envolvente
Com essa mistura de ritmo quente
Olho no olho, corpo no corpo
Estou ficando louco

Rebola pra mim, seduzindo
Com maldade no olhar

[ . . . ]

A cada mulher que passava pela minha frente sentia estar ainda mais em um paraíso. V pressionou seu cotovelo contra minhas costelas com delicadeza e disfarçadamente, me fazendo prestar atenção no olhar dele. Havia uma ruiva que ria com uma morena ao lado. Vestido verde, colado, desenhando seu corpo magro. Ela não usara sutiã, havia o desenho do formato de seus pequenos seios no vestido brilhante em que estava vestida. O cabelo na altura do ombro, liso escorrido. Olhos verdes e chamativos.

― Acha que tenho chances? ― V perguntou esperançoso com um sorriso nos lábios. Foi inevitável não revirar os olhos.

― Você mal sabe falar inglês. ― Bati de leve sobre sua cabeça naquele momento ― Essa daí já está na minha lista. ― Sorri sem mostrar os dentes, confiante.

― Você também não sabe falar inglês. ― O garoto ao meu lado acabou ficando emburrado pela resposta que recebeu de sua pergunta.

― Não temos um integrante e amigo que fala inglês fluentemente atoa. ― Isso ficava cada vez melhor.

Todo mundo sabe que eu sempre fui competitivo. Saber que o V estava de olho na ruivinha e eu querendo ela ao mesmo tempo, é como um bônus que recebi aquela noite. Voltei com minha atenção voltada para a ruiva que ainda conversava e ria com a mulher ao lado.

Caminhei até o Namjoon, que estava pegando uma bebida no pequeno bar que tinha ali.

― Hyung, posso pedir um favor? ― Sorri o mais aegyo que consegui naquele momento, fazendo meu amigo ao lado revirar os olhos.

― O que houve dessa vez? ― Ele apenas brincava com o copo de Whiskey, girando o mesmo lentamente.

― Você fala inglês. Estamos no Estados Unidos da América. Tem uma mulher maravilhosa nesta festa. E para finalizar, eu não sei falar inglês. ― Ele levou sua atenção para mim, me encarando.

― Você sabe que isso é uma festa da empresa né? ― Apenas assenti ― E você sabe que as pessoas da nossa empresa falam inglês e coreano. ― Arqueei uma sobrancelha encarando ele. ― O pessoal da Staff daqui, falam coreano e mais outras línguas. É meio que um quesito que pedem, algo assim. Não prestei muita atenção no que o Bang dissera. ― Voltou com a atenção ao copo. Ele parecia estar desanimado e triste.

― Está tudo bem Hyung?

― Vá se divertir Kook. Estou bem.

Conhecendo o Namjoon, ele não me contaria tão fácil. O único que consegue tirar essas informações sentimentais dele, é o Jin. Assenti com a cabeça, me reverenciei agradecendo em seguida. Olhei em volta procurando minha presa daquela noite.

Avistei o Suga, Jin e Hope bebendo, sentamos em uma mesa. Jimin dançava colado com uma loira falsificada que usava um mini-vestido prata na pista. Hyorin estava caminhando, indo até a mesa dos meninos com bebidas nas mãos. Ela estava incrível, não posso negar. O V estava indo ao encontro do Rap Monster.

Caminhei até a ruiva que se encontrava sozinha, bebendo. Estava sentada com as pernas cruzadas. Ela provavelmente sentiu minha presença pois enquanto eu me aproximava, ela se virou, me encarando.

― Posso lhe fazer companhia? ― Minhas mãos estavam ao encontro com meus bolsos.

― Por que alguém como Jeon Jungkook iria querer a presença de uma simples assistente? ― Ela sorriu de uma maneira desafiadora, como se soubesse onde eu queria chegar.

― Jeon Jungkook é humilde. ― Uma risada graciosa chegou aos meus ouvidos e logo sorri.

― Sente-se, por favor. Será uma honra. ― Senti um tom irônico na última frase que saira pela sua boca. Logo, me sentei.

― Então, quanto tempo você trabalha para BigHit? ― Eu apenas queria puxar assunto, não queria ser tão óbvio. Não queria deixar claro que apenas queria usá-la.

― Por que não pulamos esse papo furado e pulamos para o meu quarto? ― Ela sorria maliciosa.

É óbvio que não é apenas eu que quero usar alguém esta noite. A festa estava acontecendo na cobertura do hotel, ou seja, seria muito rápido chegar a onde eu desejo.

― O que estamos esperando? ― Foi inevitável não morder meu lábio inferior.

[...]

Adentramos o quarto em que ela disse ser o dela. Não demorou segundos, a porta se fechou. A pressionei contra a parede em questão logo em seguida, passo minhas mãos acariciando sua cintura desenhada. Eu a encarava. Olho a olho. Encaro a sua boca coberta por uma coloração vermelha intensa. Fiz questão de remover seu batom.

Não demorou muito para que eu ficasse ereto. Desci minhas mãos até sua bunda mediada. Apertei com força. Eu a desejava. Desci uma das mãos por sua coxa direita, apertei a mesma. Ela suspirava diante aos beijos. Senti suas unhas perfurar meu pescoço, me arrepiando. Separei nossos rostos por um segundo, observando seu batom manchado. Ela sorriu, então voltei a beijá-la. Conduzi-la até sua cama que ficava bem perto da porta. Confesso, nos batemos em vários objetos que foram encontrados ali pelo caminho.

Ao encontrar a cama, deito-a. Havia um sorriso estampado em sua face. Ficando por cima dela, deslizei minha mão por cada extremidade de seu corpo, acariciando. Com as pontas dos dedos, conduzi-me ao zíper, descendo-o. Nos afastamos para facilitar a retirada daquele pano que a cobria. Não demorou muito para que eu pudesse avistar seus pequenos seios e sua calcinha preta, fina. Sorri olhando a mesma, que saudade de momentos como esses.

[ . . . ]

Ela adormeceu em meus braços. Encarando o teto, só me vinha a Hyo em minha mente. Isso é péssimo. No fundo, já sabia que não funcionaria, mas não custou tentar. Pelo contrário, foi excelente. Permaneci ali por alguns minutos. Observo-a, seu sono era tão profundo. Ela até era encantadora.

Fui retirando meu braço debaixo  dela com muito cuidado e lentamente. Assim que consigo me levantei, ela se vira. Rapidamente, peguei um travesseiro e encosto perto dela. Enquanto ela agarrou o travesseiro e abraçou, suspirei aliviado. Começo a procurar minhas roupas, a cada canto que havia naquele espaço.

[ . . . ]

Chegando ao hotel, fui direto para o quarto em que eu estava hospedado. Certifiquei-me se havia alguém naquele local, ninguém. Pegando minhas coisas e indo em direção ao banheiro, fiz toda minha higiene e tomei uma ducha gelada. A tentativa de me despertar para o mundo, é falha.

Já vestido, me direcionei para a frente do espelho. Ajeitei meu cabelo, que até aquele momento, permanecia molhado e pingando gotas sobre minha camisa vermelha. O casaco preto não demonstrava muito aquelas pequenas gotas.

Saindo do quarto, fui para a lanchonete do hotel. No começo, me perdi.

― Bom dia! Poderia me informar onde fica a lanchonete? ― Pergunto para um segurança que encontro pelos corredores. Por um segundo, me esqueço que estou na América e não na Coreia.

O segurança me olhava confuso. ― Eat… ― Começo a fazer gestos. Caso os meninos tivessem aqui, eles fariam questão de me lembrar deste momento tão constrangedor. Sim, estou imitando o Jin. Finjo comer , tentando encenar para o segurança. Ele sorriu como resposta e me chamou com a mão.

Ele começou a andar, então o segui. Adentramos um local depois de uns quatro corredores e dois elevadores. Logo senti o cheiro de várias comidas juntas, o que fez meu estômago fazer barulho, me deixando envergonhado diante do segurança ― que apenas sorriu, prendendo o riso tímido ―. Agradeci, reverenciado e juntando minhas mãos. Novamente, ele sorriu e logo saiu.

Olhando em volta, notei a Hyo, V, Jimin, Suga, sentamos, comendo. Caminhei até eles e me sentei.

― Bom dia Hyungs.. ― Sorri animado, logo fechei o sorriso ao sentir alguém me encarar. Olhei na direção. Meus olhos se encontraram com os delas. ― Bom dia Min Hyorin-agassi. ― Peguei um caderno fino e rosa claro que havia sobre a mesa, provavelmente, o cardápio.

― Bom dia ! ― Todos, exceto Hyorin e Suga, responderam felizes ao notar o bom humor do garoto.

― A noite foi boa em? ― Jimin brinca, rindo em seguida e batendo levemente no meu braço.

― Nem me fale.. ― Não contive um sorriso. Sinceramente, confesso, quero mostrar para Hyorin que estou ótimo. Mas será que estou?

― Você não dormiu no hotel esta noite? ― Hyorin pergunta, ignorando a encarada do Suga sobre ela. ― Onde passou a noite? ― Ela não demonstrava sentimentos, apenas o encarava.

― Não lembro de dever satisfações para você. ― Já não sorria mais.

― Educação mandou lembranças. ― Dessa vez, foi ela quem sorriu. Um sorriso cínico e intimidador. Ela quer brigar? Vamos brigar!

― Gente… ― V começou a falar, ignoramos.

― E sua namora? Ela também mandou lembranças? ― Sorri do mesmo jeito que ela. Meu coração estava partido. Eu mesmo, estou me machucando.

― Perdi o apetite. ― Ela se levanta.

― O meu respeito também.

Senti meu rosto arder. Com o movimento dela, meu rosto havia virado para o lado. O lado direito de minha face queimava. Viro o rosto lentamente. Ela me encara, respirando pela boca e se vira de costas, andando rapidamente até a porta. Saindo de nossas vistas.