1. Spirit Fanfics >
  2. SAVE ME (Vkook - 2 temp.) >
  3. 13. ciúmes, part. 1

História SAVE ME (Vkook - 2 temp.) - 13. ciúmes, part. 1


Escrita por: diskvantae

Capítulo 13 - 13. ciúmes, part. 1


Já havia completado mais de um mês desde que Jungkook havia sido encontrado. Nesse meio tempo que se passou a polícia prendeu o Sean, encontraram ele parado em frente à casa do Jeon de madrugada segurando uma faca. Foi uma noite perturbadora, lembro-me de tia Jess desesperada no telefone falando com a minha mãe, enquanto Jungkook estava encolhido na cama chorando e eu tentando acalma-lo, eu tinha ido dormir lá. Foi horrível. 

 

Mas agora tudo estava bem. 

 

Ok, nem tudo. 

 

Jungkook ainda continuava a não se lembrar de que éramos namorados, o que me rendeu alguns mini-surtos internos de ciúme quando ele se virava para para dizer que tal pessoa era bonita ou que tinha belos lábios, ou que ela era alguém que desejava chamar para sair um dia. Só faltei morrer de ciúmes, desabafando tudo com o Hoseok, que também não estava lá essas coisas já que mal tinha tempo para mim ou ir à minha casa pois estava ocupado demais com sua namorada ultimamente. Me senti abandonado na estrada da vida, meu melhor amigo havia me trocado, vê se pode? 

 

Mas eu não tinha o que reclamar, Jungkook estava bem, se lembrando das coisas devagar, estava em casa, perto de mim, o que era melhor do que qualquer coisa.

 

Voltando ao assunto ciúmes, agora estávamos eu, Jungkook e Hoseok sentados numa mesa de uma lanchonete. Até aí, tudo bem, mas o problema era que a quatro mesas de nós estavam quatro garotas da turma de música do Jungkook, e um dia desses ele disse que queria chamar uma delas — que não me recordo do nome agora, não que eu me importe em guarda-lo, claro — para sair. 

 

— Ela está me olhando hyung — Jungkook se remexeu pela milésima vez no assento ao meu lado, já que envolta da mesa não eram cadeiras e sim um pequeno sofá em formato de U. — Hyung, eu vou até lá... Não, espere, elas são muitas, não posso ir chegando assim. Hyung, o que eu faço? 

 

Ele voltou os olhos brilhantes para mim e eu desviei para o Hoseok em busca de ajuda, mas não adiantou em nada já que ele estava com a cara enfiada na porcaria do celular em vez de estar me ajudando. Eu vou matar o Hoseok. 

 

— Humpff — bufei sem fazer muito caso, mas morrendo por dentro —, faça o que quiser. 

 

— Por quê está assim Tae hyung? Anda muito mau-humorado ultimamente, algo está te deixando chateado? Pode me dizer se quiser — levou o canudo do refrigerante à boca e sugou, atraindo minha atenção para o lugar por uns instantes. 

 

Não sabia ao certo o que estava acontecendo comigo ultimamente mas tudo o que conseguia pensar era em como seria bom beijar aquela maldita boca, tocar aqueles lábios nos meus, vendo-os se tornarem avermelhados por serem maltratados por seus dentinhos de coelho enquanto eu beijava a pele sensível de seu pescoço e...

 

— Hyung? 

 

Tomei um leve susto, já é a terceira vez que sou flagrado nessa semana encarando seus lábios, e ainda é quarta-feira. 

 

Até o Hosoek havia parado de mexer no celular para me encarar como se dissesse "sabe disfarçar não?". 

 

— Você não entenderia — murmurei voltando a olhar para a janela com a minha melhor cara de paisagem. 

 

— Tudo bem então — voltou a encarar a outra mesa quando percebeu uma certa movimentação ali. — Ah...! — Exclamou enquanto agarrava a barra da minha camisa para chamar a minha atenção. 

 

Encarei também, duas delas se levantaram e foram em direção ao banheiro, e a outra foi ao caixa conversar com o garçom, consequentemente deixando uma delas sozinha tomando sorvete despreocupada. 

 

Ele não ia fazer o que eu estava pensando. 

 

— Hyung, essa é a minha chance! 

 

Ah, ele ia sim. 

 

Deu um leve tapinha em meu ombro pendindo-me para desejar-lhe boa sorte e se levantou, andando até a menina solitária do sorvete. Meu coração só faltou sair pela boca quando ela sorriu para ele. 

 

— Ah, Hobi — levei as mãos aos fios agora tingidos de preto —, ele está me deixando louco. 

 

De todos os conselhos e consolos que existiam e que, como meu melhor amigo, poderia dar, Hoseok escolheu o pior de todos, rir da minha cara de trouxa. 

 

— Perdeu — deu um gole no refrigerante me encarando divertido. 

 

— Você tem já tem um cantinho especial guardado no inferno, Jung Hoseok — o fuzilei com os olhos, para então voltar a expressão triste. 

 

— Estou brincando, sabe disso. Mas... Olhe, dê um desconto a ele, o Jungkook acha que vocês são somente primos. Espere mais um pouco e tente conversar com ele, contar a verdade. 

 

O olhei indignado. 

 

— Esperar mais um pouco?! Faz mais de um mês que estou nessa friendzone eterna — gesticulei com as mãos exageradamente — e você quer que eu "espere mais um pouco"?! 

 

Quando ele iria dizer algo o Jungkook voltou para a mesa com um sorriso de orelha à orelha que só faltava lhe rasgar o rosto de tão grande. 

 

— O que houve? — Hobi perguntou. 

 

— Eu consegui o número dela — estendeu um papelzinho com um número anotado, quase esfregando ele na minha cara para limpar as minhas lágrimas de trouxa. Estão vendo essa afronta contra a minha pessoa? 

 

Eu não sei vocês mas achei ofensivo. 

 

— Que bom para você — respondi na cara de pau assim mesmo, curto e grosso, não estava afim de pagar micão na frente do Hoseok e ser motivo de piada pelo resto da semana por ele. 

 

Hoseok às vezes era um péssimo amigo, como agora que deveria estar me ajudando em vez de estar rindo discretamente da minha cara. 

 

— Acho melhor irmos embora, já está ficando tarde, tenho que digitar um trabalho enorme — disse a voz da razão, pela primeira vez desde que chegamos Hoseok disse algo de útil. 

 

Praticamente pulei de tão rápido que levantei quando ouvi aquelas benditas palavras, corri para pagar a conta já respirando aliviado para ir para casa, pelo menos lá não iria ter ninguém para me olhar com cara de quem estava segurando o riso que nem a do Hobi. 

 

Esse traíra. 

 

— Vamos logo — apressei-os para se levantarem quando vi que as meninas da outra mesa estavam se levantando para irem embora também. Não queria encontrar com elas na saída, imagina só que horror. Eu praticamente agarrei os dois pelo braço e os arrastei para fora dali, porque, queridos, eu não sou obrigado. 

 

[...] 

 

Às vezes eu me perguntava o que estava fazendo da minha vida, porque sinceramente... 

 

Não tava dando mais não. 

 

Observava o Jungkook rir do filme que estávamos assistindo, bem, só ele estava, ou será que só eu estar presente também conta...? 

 

Acho que não. 

 

Havia passado todo o tempo do filme até agora encarando o Jeon, que por algum milagre ainda não tinha se tocado de que eu estava o encarando já fazia muito tempo. Ainda bem, imagina o susto que ele ia levar ao ver a cara que eu estava fazendo enquanto o encarava? Só de pensar nisso já me deixava com vergonha alheia. 

 

Enfiei a mão no balde de pipoca e percebi que elas tinham acabado, nem para afogar as mágoas na comida não se podia mais. Que horror. 

 

— Onde é que você está indo hyung? — Ele perguntou quando me viu levantar. 

 

— Vou buscar mais pipoca — murmurei indo para a cozinha. 

 

Enquanto a pipoca estourava no microondas, puxei o celular para ligar para o Hobi. 

 

O que é que você quer?! — Praticamente gritou na minha cara pelo celular. 

 

— Para quê tanta agressividade?

 

Estou numa partida de LOL com o Yoongi à duas horas e se eu perder por sua causa eu vou te matar! Está me ouvindo Kim Taehyung? Mas fala logo o que você quer!

 

— Ah, está tão difícil de aguentar hyung — falei com a voz arrastada, tirando a pipoca do microondas. — Ele está tão desejável hoje e... Ai cacete! 

 

Tento abrir o saco e acabo queimando o  dedo, nem para comida tenho sorte. 

 

Ah, qual é Taehyung! Achei que era algo importante! Eu vou desligar, e se você me ligar outra vez para dizer abobrinha e ficar com viadagem e com cú doce, eu dar na sua cara! 

 

E com essas doces palavras Jung Hoseok desligou na minha cara e me deixou ainda mais na fossa do que antes. 

 

Terminei de despejar a pipoca no balde e voltei para a sala, aproveitando para me sentar mais perto do Jungkook, apoiando minha cabeça em seu ombro e fingir estar prestando a atenção no filme. 

 

Após um tempo algo me chamou a atenção, uma música romântica tocava no fundo e os protagonistas estavam se beijando. Sem querer deixei um suspiro triste misturado com um gemido escapar. No mesmo instante o Jungkook pausou o filme, começando a me encarar com um grande "?" estampado na cara. 

 

Maldita hora para suspirar, Kim Taehyung, maldita hora. 

 

— Me diz logo Taehyung! — Seu tom era de impaciência. 

 

— O que? — Perguntei o encarando também, mas sem tirar minha cabeça de seu ombro, estava tão confortável, seria realmente uma pena me mover se não fosse pela expressão que ele estava sustentando. 

 

Me sento ereto com o coração começando a acelerar e as mãos suarem em nervosismo. Do que ele estava falando? Será que tinha caído no banheiro e batido com a cabeça na privada? 

 

— Não se faça de desentendido! Acha mesmo que eu não percebi os olhares? Ou a sua cara quando vê que estou falando sobre a Suni? — Ah, então era esse o nome dela? — Me diz logo o que está acontecendo antes que eu surte! Não consigo mais aguentar você me encarando o filme inteiro e ainda ficar suspirando de tristeza! Fala logo! 

 

O encarei sem reação. Merda. 


Notas Finais


Oi, oi, estou postando esse capítulo às 4h da madrugada porque tenho problemas, me julguem

Decidir fazer esse capítulo um pouco mais solto para aliviar a tensão que a fic esteve desde o começo.

Uma tentativa falha de um pouco de humor... ou não?

Também dividi esse capítulo em dois porque ficou muito grande

É isso aí, nos vemos na parte dois , vou soltá-la mais tarde

❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...