O encarei sem reação. Merda.
— Não é nada disso que você está pensando Jeon — comecei a dizer abanando o ar a minha frente, como se dispensasse seus pensamentos.
— Me diz logo!
Cocei a nuca sem saber o que fazer. Deveria contar à ele? Contar tudo?
— Estou esperando.
Se era a verdade que ele queria, então era a verdade que ele iria ter. Inclinei-me no sofá até alcançar seus lábios, que selei aos meus. Sua boca ainda tinha a mesma maciez de sempre, fazendo meu coração desacelerar de prazer com um simples toque de peles.
Ele ficou surpreso com a aproximação repentina e simplesmente paralisou no lugar feito uma estátua.
Quando me afastei pude ver seus olhos arregalados e sua boca se abrindo aos poucos.
— P-por que você fez isso?
— Essa é a verdade Jungkook, antes de tudo isso acontecer estávamos juntos, como um casal e você não faz ideia do quanto eu estive me segurando nesses últimos dias para não te agarrar sem mais nem menos — despejei as palavras de forma rápida vendo ele se acalmar aos poucos.
— Eu sabia que tinha algo por de trás de tudo isso — disse se levantando. — Então... nós namorávamos?
— Sim.
— Eu sinto muito por não me lembrar — sua expressão se tornou triste.
— Eu sei — suspirei. — Acho melhor eu ir embora.
— É, talvez seja uma boa ideia.
Calcei meu tênis de qualquer jeito querendo ir embora o mais rápido possível. Jungkook estava parado ao lado da porta em silêncio me observando.
— Até mais — digo passando por ele.
— Até.
Ouvi a porta se fechar atrás de mim e chutei a pilastra da varanda com força, me arrependendo em seguida quando a dor se alastrou pelo meu pé esquerdo.
Por que eu tinha que estragar tudo?
Segui para a minha casa me sentindo um derrotado.
[...]
— Alô?
— Tia Jessie? — Perguntei.
— Tae, oi! — A ouvi rir de leve. — Como vai você querido?
— Ah, sim, vou bem, acho.
A noite anterior havia sido um completo desastre, o que eu tinha na cabeça quando pensei que beijar o Jungkook seria uma boa ideia? Estrume, só pode!
— Será que eu posso falar com o Jeon? — Encarei o teto do meu quarto quase morrendo. — Ele não atende às minhas ligações.
A linha ficou silenciosa por alguns instantes, como se ela tapando a sair de som para falar com alguém.
— Ele não quer falar com você — disse assim mesmo, curta e fria, pensei ia começar a nevar no quarto depois dessa.
— Ah — mordo o lábio inferior.
— Sinto muito Tae.
Ficamos em silêncio por um tempo.
— Tudo bem então, vou desligar.
— Fique bem querido.
Encerrei a chamada olhando indignado para o Hoseok.
— Viu só? Eu disse que ele está me ignorando.
Hoseok desviou o olhar da tela do celular e riu alto.
— Ele deve ter ficado assustado, coitado, e quem não ficaria depois de receber um beijo de Kim Taehyung? — Me olhou debochado. — Eu sairia correndo para a montanha mais próxima — riu alto da sua piada sem graça, como podem ver, Jung Hoseok não sabe fazer piadas. Alguém ajuda o menino, por favor.
Joguei uma almofada em seu rosto.
— Não enche.
Ele deu de ombros e se sentou na cama ao meu lado.
— Hyung... — gemi arrastado. — O que eu faço agora? Ele não quer nem olhar na minha cara.
— O jeito é esperar — bagunçou meus fios.
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