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História Save The Day - Quatro


Escrita por: LikeFawkes

Notas do Autor


SURPRESAAAAAAAA!!

Demorei, né? Eu sei. É que fiquei de férias no serviço e fui viajar e viver e tal, ai a escrita foi ficando para depois, depois e depois... Enfim.
Embora hoje seja meu aniversário (Sim, pois é, a idade chega para todos), quem vai ganhar presente são vocês!
E ah, talvez saia The Middle 2.0 a qualquer momento ;)

Boa leitura e desculpa o feeling da capa.

Capítulo 4 - Quatro


Fanfic / Fanfiction Save The Day - Quatro

- E corta! - Meu sorriso se espatifou no instante que ouvi Harold gritar.

- Acho que esse foi o melhor. - Selena disse ao lado do homem. Seus braços estavam cruzados e os olhos fixos no monitor de filmagem. - Mande para os editores conforme o combinado, okay?

- Você quem manda, chefe. - Harold revidou e eu rolei os olhos, puxando o pino auditivo da orelha.

Todos, sem exceção, pareciam encantados com a mulher. Ao contrário de mim, que só a enxergava como uma abusada presunçosa metida a besta. Sorrisos eram exibidos, elogios eram derramados e pensamentos positivos verbalizados a todo o momento. Tentei fugir do local o mais rápido possível para enfim ter o meu momento de paz naquela sexta feira a tarde, mas uma mão leve segurou em meu cotovelo, fazendo-me girar sobre os calcanhares e encontrar o rosto bonito da produtora.

- Aonde você pensa que vai? - A latina estreitou os olhos e eu copiei seu gesto.

- Para qualquer lugar longe de você. - Ela ergueu uma sobrancelha, mas permaneci com meus olhos estreitos. - Não era nem para eu estar aqui. Você sabia que eu nem sequer almocei? Bom, eu não almocei. E sabe como eu fico quando estou com fome?

- Insuportável? - Rolei os olhos pela milésima vez antes de lhe dar as costas e continuar o meu caminho para fora do cenário. - Hey, espera. Você não pode ir embora agora. Precisamos organizar o seu novo figurino.

- Que se dane o figurino. - Eu rosnei, girando outra vez e a fazendo quase se chocar contra o meu corpo devido a parada abrupta. - Eu só quero ir embora e não ter que olhar para essa sua cara presunçosa. - Apontei e uma das sobrancelhas perfeitas se ergueram. - Ai! Está vendo?! - Apontei para seu rosto que franziu em confusão.

- Não sei do que você está falando, mas, realmente, deve ser muito ruim olhar para alguém como eu e não poder agarrar. - A latina comentou cruzando os braços, deixando-me boquiaberta.

- É muito ruim não dar uns tapas nessa sua cara, isso sim! - Esbravejei, erguendo o indicador quando Marissa se materializou ao nosso lado.

- Hey, o quê está acontecendo aqui? - Minha amiga perguntou em um tom baixo. – Está todo mundo olhando.

- Demetria quer me beijar, mas não quer admitir. - Selena respondeu da maneira mais simples e eu abri a boca.

- Eu não quero nada, sua imbecil! - Quase gritei, enquanto os olhos de Marissa revezavam entre Selena e eu como se assistisse a uma partida de ping-pong. - Quer saber? Eu não vou discutir com você.

Fiz menção de dar as costas para as duas, mas mais uma vez a mão de Selena me segurou no lugar.

- Odeio ter que cortar o seu barato, ou não, mas você não pode ir embora. Realmente precisamos arrumar o figurino hoje. - A latina disse com os olhos castanhos sérios, abandonando a pose debochada e petulante, o que me fez erguer uma sobrancelha em análise. - Iremos ao ar na segunda pela manhã. Não teremos outro tempo livre.

Voltei a cruzar os braços e lancei um breve olhar para Marissa que se mantinha quieta, mas com um olhar de súplica para que eu colaborasse.

- Hoje eu não posso. Preciso resolver alguns problemas no Bistrô. - Informei não dando muita importância ao fato porque eu realmente não enxergava a urgência em trocar minha vestimenta.

- Então, eu preciso que você me dê carta branca para fazer as compras. - Selena gesticulou e eu franzi o cenho.

- Oi? - Perguntei confusa.

- Bom.. Você não poderá estar presente, então..

- Nã-não. - A cortei antes mesmo de começar a explicar. Eu não deixaria minha imagem nas mãos daquela mulher. Entendia que precisava acatar suas ideias, mas não aquilo. Aquilo não. - Você não vai fazer nada sem mim, entendeu? - Apontei para Selena e logo em seguida para Marissa. - Anote isso na sua prancheta, Marissa: Não está permitido que a produtora imponha vestimentas sem o consentimento da apresentadora.

- Eu não sou sua secretária. - Marissa respondeu confusa e Selena riu.

- Cala a boca. - Cuspi, cruzando os braços.

- Okay, okay. - Selena falou, erguendo as duas mãos em sinal de paz. - Tudo pode ser resolvido na conversa. O que me diz de resolvermos essa questão amanhã, Demetria?

Estreitei meus olhos para a mulher que ainda mantinha o sorriso leve na boca cor de vinho.

- Sábado? - Indaguei e ela ergueu os ombros.

- Eu não tenho nada para fazer, você tem? - Neguei com a cabeça e ela me ofereceu sua mão para que selássemos mais um acordo. - Às dez da manhã nos encontramos na sua vaga do estacionamento e vamos para as compras, tudo bem?

Cogitei a oferta por cerca de cinco segundos e, então, apertei a mão macia.

-x-

Já passava das dez da manhã do sábado e eu estava confortavelmente sentada no sofá de minha sala, dentro de um moletom cinza e com uma xícara de chocolate quente entre as mãos. Havia desconectado o telefone da tomada, desligado a campainha e meu aparelho celular afim de impedir que me encontrassem. Àquela altura Selena já teria entrado em contato com a CIA e FBI, mas o que me preocupava realmente era qual seriado escolher para assistir no catálogo da Netflix.

Buddy, meu pequeno companheiro em forma de Maltês, estava enrolado em minhas coxas expostas pelo short curto, mastigando um osso proporcional ao seu tamanho, enquanto eu decidia por assistir Scandal como o de costume.

Meus sábados eram resguardados à sofá, comida ruim e maratonas de filmes e seriados. Eu não tinha do que reclamar, Buddy também, mas havia uma pessoa que odiava essa minha rotina autodestrutiva.

- Eu juro por Deus que às vezes imagino você criando uma BatCaverna e colocando uma roupa de Robin nesse cachorro.

Rolei os olhos para a voz irritante de minha irmã e Buddy pulou de meu colo para recebê-la com suas gentis lambidas.

- E eu juro por Deus que vou trocar as fechaduras dessa casa. – Respondi entediada para Dallas que se materializou em minha frente, segurando o pequeno cachorro branco em seu colo e lhe coçando o pescoço.

- Faça isso e eu chamo a mamãe. – Ameaçou, pescando o controle remoto de meu colo e desligando o televisor. – Vá se arrumar. Tem um evento na empresa que Mike trabalha essa tarde e você irá conosco.

Ri, largando-me ainda mais no sofá ao ponto de estar completamente deitada. Dallas era quatro anos mais velha do que eu, o que a fazia já estar na casa dos trinta e casada com Mike, um técnico de informática que parecia ter se encontrado dentro de uma empresa em ascensão. Mike era um cunhado legal, bom gosto para música, gostava da minha culinária e acima de tudo, aturava minha irmã, o que de fato merecia minha admiração. Já Dallas era a perfeita personificação da irmã chata. Minha vida parecia frustrá-la, não realmente, mas a mulher imaginava um casamento e filhos para mim antes mesmo de ela ter os dela.

- Hoje eu não saio desse sofá por nada nesse mundo. – Falei despreocupada, colocando uma almofada entre as pernas e abraçando a outra. – Saia com seu marido, transe bastante e seja feliz.

Dallas suspirou meio cansada, meio irritada e colocou Buddy no chão que saiu galopando da sala em direção à cozinha, provavelmente atrás de seu bebedouro.

- Vamos com a gente, Dems. Você é jovem e linda, merece viver e ser feliz.

- Olha.. – Olhei para minha irmã com um sorriso contido no canto da boca. – Eu tenho salgadinhos, coca-cola, internet e uma conta na Netflix. Eu sou feliz. – Gesticulei. - Me deixe ser feliz em paz, Dallas.

Minha irmã permaneceu com as duas mãos na cintura me analisando de cima por cinco segundos e então puxou a almofada que eu abraçava, seguindo para a que estava entre minhas coxas para só então tentar me puxar do sofá. Permanecemos naquela luta por alguns minutos, ela me puxando para fora do sofá e eu a puxando para se deitar comigo. Risadas se misturavam aos nossos protestos assim como o latino fino de Buddy que viu de nossa batalha uma pequena brincadeira, mas o som da porta da sala sendo esmurrada fez com que Dallas e eu olhássemos para a entrada de maneira assustada.

- Você trancou o portão? – Perguntei ofegante para a mulher ao meu lado.

- Óbvio que eu tranquei. – Franziu o cenho, procurando respirar fundo. Pelos olhos castanhos agitados minha irmã estava raciocinando sobre o que fazer. Embora nós sempre divergíssemos sobre bastantes assuntos, ela era a irmã mais velha e eu sempre era a protegida que obedecia. – Eu vou dar uma olhada no olho mágico. Fique aqui.

Ajoelhei-me no sofá e apoiei minhas mãos no encosto do estofado enquanto Dallas se colocava na ponta dos pés para olhar o que tinha do lado de fora. Suas sobrancelhas franziram e seus olhos rolaram de volta para mim, sussurrando que era uma mulher. Desci do sofá e ocupei o lugar de Dallas, encontrando o que não estava esperando encontrar.

- Não acredito nisso. – Sussurrei, afastando-me da porta.

- O quê? Quem é? – Dallas perguntou no mesmo tom.

- Minha produtora. – Respondi, abrindo a porta para uma Selena descabelada e ofegante parada na varanda. A camisa do Guns n’ roses preta estava suja de terra assim como a legg que abraçava suas pernas. E mesmo assim ainda continuava sexy.


Notas Finais


Beijinhos de luz para todos ;***
@LikeFawkes


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