- Natsu, você era tão apaixonante e romântico. – Riu.
- Isso não significa que eu ainda não seja.
- Duvido muito disso.
Natsu levantou e foi em direção da loira, a virou e a abraçou.
- Tem certeza de que duvida?
Lucy retribuiu o abraço e afundou seu rosto em seu peito.
- Não.
Ambos agiam como se não tivessem se beijado há alguns minutos. Mas a cena invade teimosamente os pensamentos de Lucy que cora de imediato, e aperta mais ainda Natsu. Ela não queria que ele a visse completamente vermelha.
- Lucy? – Natsu a chamou em meio ao aperto exagerado. – Está bem?
- S-sim... Só, não olhe para mim... – Falou pausadamente.
Apesar de terem se beijado várias vezes, esse foi diferente, foi como o primeiro beijo deles.
Como Natsu é rebelde fora da lei que não segue as ordens, ele se soltou um pouco da loira e levantou seu rosto delicadamente, ela, claro, tentou impedir, mas isso foi impossível.
- Claro que está vermelha. – Ele disse rindo. – Você fica corada muito fácil.
Lucy abaixou a cabeça afundando novamente no peito do rapaz.
- Tsc.
- Por que esta vermelha afinal?
- Você não se lembra o que estávamos fazendo há alguns minutos? – Falou baixo, além de o som sair abafado devido estar com o rosto afundado na blusa do Natsu. Ele conseguiu escutar, e tentou se lembrar o que seria.
Ele pareceu pensar por alguns segundo até se lembrar do beijo.
- Ah o beijo! – Falou na maior tranqüilidade. Ele apoiou seu queixo na cabeça da loira. – Não me diga que está se apaixonando por mim Luce! – Falou rindo.
- O QUÊ?! – Gritou, ela não queria levantar mais seu rosto, queria enterrá-lo em um buraco, e nunca mais tirar. – N-não é isso s-seu idiota. – Ela permanecia apertando-o mais e mais.
- E se eu ainda estiver apaixonado por você Luce!
- Você fica na ilusão. – Riu.
- Ah Lucee! Não faça isso. – Ele praticamente deixou seu corpo solto deixando todo o peso para Lucy.
- EEI, NATSU! Você é pesado! – Falou tentando segurá-lo, e novamente, isso é impossível para a pobre Lucy, que com o peso do rosado, ambos foram para o chão, novamente.
- Você é fraca Loira!
- Você que é pesado.
- Você precisa fazer academia, além de ficar forte poderia aproveitar para perder alguns quilinhos. – O rosado falou, mas logo recebe um tapa da Lucy.
- Olha só quem fala. Você vive comendo. Aliás, qual o motivo de você ter parado aqui no porão da escola? – Ela deu um tempo e quando ele ia responder Lucy o corta. – Isso mesmo, comida, então, xiu!
Ele fez bico. Logo ouvem barulhos da porta sendo destrancada e se levantam correndo até a mesma.
Ao ser aberta não vêem ninguém.
- Ué! – Lucy diz confusa.
- Olhem para baixo seus pirralhos. – O diretor, Makarov diz nervoso e Lucy ri sem graça.
- Desculpe! – Ela disse coçando a cabeça e dando um sorriso amarelo.
O baixinho apenas bufa.
- Como vocês dois foram parar aqui? – Ele pergunta.
- Nos prenderam aqui.
- Recebi um comunicado de que ainda havia alunos aqui, então vim checar. O que fizeram lá dentro, hein?
- Tudo e nada!
- Natsu! Não aconteceu nada senhor.
- Assim espero. Podem ir. – Ele vos deu passagem e os mesmo foram.
[Enquanto isso]
- Hihihihihihi! – Mira e Levy riam malignamente.
- Juvia está com medo delas. – Juvia se afastou um pouco.
- Gostaria de ver o que havia acontecido. – Erza diz. – Ao menos ouvir.
- As paredes são muito finas, qualquer som que soasse lá dentro, escutaria do lado de fora, e qualquer “A” que falássemos do lado de fora poderia ser escutado do lado de dentro. Não queríamos atrapalhá-los afinal. – Diz Mira.
- Ainda não to crendo no que eu fiz. – Gray diz. – Participar do planinho de vocês.
- É, afinal, vocês deviam deixá-los seguirem sozinhos. – Gajeel se pronuncia.
- Sim, eles estavam indo muito bem. – Jellal.
- E devem estar bem melhor agora. – Levy.
- Bem, Juvia não se sente mal, já que Lucy-san e Natsu-san nos ajudaram em tantas coisas, eles realmente precisavam de um empurrãozinho.
- Isso mesmo. – Erza.
- Mas, acho difícil eles saírem comprometidos dali. – Gray.
- Isso é fato. – Gajeel.
- Mas as cartas que eu havia guardado do Natsu no porão da escola, será que ela as encontrou? – Erza fica curiosa.
- Cartas? Que cartas? – Levy pergunta.
- Ah, Natsu era apaixonado pela Lucy quando era mais jovem, e ele escrevia cartas tentando se declarar para ela, só que ele desistia e as jogava fora. Eu sempre via isso e as pegava, eu as guardava numa caixa no porão da escola.
- Espera! – Levy grita. – Por que nunca nos contou isso?
- Eu queria que ele se declarasse sozinho, sem ninguém na cola dele, mas isso não aconteceu. Já havia esquecido as cartas, agora que me lembrei de tê-las deixado no porão.
- Tomara que ela tenha lido. – Mira diz rindo sombriamente.
- Sim, Mira-san! – Levy a acompanha.
- Bom devíamos ter deixá-los lá mais tempo, mas acho que isso roubaria muito do nosso tempo. Fizemos bem em dizer ao Makarov que ouvimos barulho de lá. – Jellal.
- Eles logo virão, não podemos ficar aqui. – Gajeel.
Todos se esconderam aguardando a saída dos dois que momentos depois apareceram.
Eles conversavam sobre algo que não foi possível escutar de onde estavam.
Eles passaram direto.
- Não parece que progrediram. – Levy diz.
- Você que acha. – Todos deram um pulo de susto ao ver Makarov agachado atrás deles, escondido.
- D-diretor. – Erza.
- Não se preocupe, eu penso naqueles dois tanto quanto vocês. – O baixinho disse e todos sorriram.
- O senhor sabe o que aconteceu lá? – Jellal.
- Não ouvi tudo, mas boa parte sim.
- Então nos conte. – Juvia.
- Só lembro que Natsu havia dito que eles se beijaram e perguntou se a Lucy estaria apaixonada por ele... – Makarov contou daí adiante e todos começaram a rir da estupidez do rosado e entre alguns suspiros de cupidos que tiveram um bom dia de trabalho.
(...)
Lucy chegou a casa depois desta longa tarde presa no porão e logo foi para seu quarto, largou seus sapatos em um canto e abriu sua mochila, retirando todas as cartas de Natsu.
Sim, Lucy as pegou, todas. Ela realmente estava curiosa para saber o que estava escrito em cada uma. Eram 16 cartas contando com a que ela já leu.
Ela deixou a lida em um canto e começou com a primeira, seguidamente das outras.
“Lucy,
Saiba que vou ser indiretamente direto,
Eu te amo
Mas somos amigos.
- Natsu”
“Luce,
Sempre quis saber qual era seu sentimento em relação a mim, seu melhor amigo apenas?
O meu em relação a você é indescritível, é algo que me deixa bobo toda vez que te vejo, eu mal consigo olhar para você sem sorrir.
Não preciso dizer o que sinto, estou envergonhado, devo estar da sua cor quando eu lhe dou um beijo na bochecha.
- Natsu”
“ Loira,
Nesta humilde carta, quero dizer apenas coisas doces, nada de xingamentos ou provocações, apenas, o que eu sinto.
Seu perfume é viciante, sua voz é calma, seus lábios são macios, seus olhos são brilhantes, seus cabelos são cheirosos, sua gargalhada é contagiante, seus seios são grandes (apesar da sua idade, os prevejo maiores), você é uma perfeita escultura.
Eu não consigo viver longe de você, apesar de eu ter apenas 15 anos, eu mesmo não sei muito sobre o amor, eu apenas quero estar com você. Pois eu não consigo te tirar do meu coração.
- Natsu”
- Caramba, e pensar que isso foi há dois anos, Natsu estava apaixonado por mim, há dois anos. Isso se ainda não estiver. – Sorriu e continuou lendo.
“Lucinda,
Por mais que eu tente, não consigo escrever algo grande e um tanto profundo.
Apenas você ocupa minha mente e meu coração, como escrever palavras com isso?
Lucy, Lucy, Lucy, Lucy, Lucy e Lucy talvez?
Não acho que dê certo e nem que esclareça algo.
E que tal... Características físicas.
Loira, olhos cor chocolate, seios enormes, corpo lindo, cabelos cor de ouro.
Não acho que irá melhorar, apenas se eu citar suas personalidades e qualidades:
Doce, amável, linda, divertida, engraçada, companheira, linda, bondosa, e muitas outras, são tantas que não irão caber neste pequeno pedaço de papel.
Posso escrever uma com cada letra do seu nome:
L = Linda
U=Ulinda
C=Clinda
Y=Ylinda
É não acho que exista elogios com algumas letras, mas está bom.
Acho que não preciso mais prolongar esta carta.
- Natsu”
A loira ria com a carta.
Ela abriu algumas cartas que tinha apenas uma linha e todas dizendo a mesma coisa:
“Eu te amo!
- Natsu”
- Parece que a falta de criatividade para escrever bateu. – Riu. – Todas dizem a mesma coisa.
Ao abrir a última que sobrava, já estava diferente das outras.
“Fique ao meu lado para sempre.
- Natsu”
Lucy se sentiu mal, pois Natsu era uma Juvia versão masculina. Ele a amava tanto, Lucy não sabia de nada disso, estas cartas, falaram tudo que ela precisava.
Mesmo que ele estivesse perdidamente apaixonado pela loira, e ele mal sabia disfarçar, ela não percebeu.
Ela ficou mesmo triste por não ter descoberto antes, até porque, ela sentia o mesmo.
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