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História SAVING ME Justin Bieber - III


Escrita por: rizzlemarz

Notas do Autor


[ESTA FANFICTION CONTÉM LINGUAGEM E CENAS SUSCEPTÍVEIS QUE PODE FERIR A SENSIBLIDADE DOS LEITORES]

Capítulo 3 - III


- o Bieber quer-te agora na entrega, ou então não aceita a carga!

Cameron desligou logo o telemóvel não me dando tempo de protestar, enquanto Taylor esperava impaciente que lhe explicasse a origem do telefonema:

- Era o Cameron – vi-a ficar mais aliviada – o Bieber quer-me na entrega, caso contrário não aceita a encomenda.

- E estás a espera de quê? – apontei para os sacos dando a perceber que queria ficar com ela – eu vou ligar ao Frank, ele precisa de saber desta situação.

- Tens a certeza? – perguntei ainda com um pé atrás.

- Sim e aproveita para descobrir se foi com ele que dormiste.

Não foi, disse para mim mesma. Fui até casa trocar de roupa, ao contrário da noite passada, hoje vestia algo mais simples, idêntica a que vestira de manhã. Coloquei um pouco de maquilhagem para disfarçar as marcas e pintei os lábios de um vermelho forte. Soltei o cabelo e fui em direcção a um outro carro, o que usara para transportar o homem iria ter de levar uma limpeza a fundo. Recebera a morada para onde me deveria dirigir por mensagem privada, felizmente sabia onde ficava. Em menos de dez minutos tinha chegado ao local combinado, um armazém de enlatados, o carro do Cameron estava lá, de certa forma fez-me sentir segura. Entrei no armazém, só lá estavam homens, o Bieber e o Cameron estavam a conversar, pela postura irrequieta do Cameron pode perceber que não era algo agradável. A minha entrada fez vários homens olhar para mim, fazendo os outros dois aperceberem-se da minha presença.

- Mrs.Smith – cumprimentou-me com o sorriso mais safado que poderia existir – seja bem aparecida.

- Mr. Bieber – sorri de volta – James – falei para Cameron

- Ainda bem que chegaste, assim podemos despachar esta merda de uma vez por todas! – disse Cameron enervado, dirigindo-se para o camião.

- Sigam por favor o Mr.Smith – disse Bieber para os seus homens – a senhora fica.

Todos saíram, deixando-me sozinha com aquele anormal incrivelmente irresistível.

- Precisa de alguma coisa Mr.Bieber?

- Por favor trate-me por Justin – passou a mão pelo meu rosto ao que eu me afastei.

- Vim para tratar de negócios – falei seco.

- Não mistura trabalho com prazer, percebo – afastou-se um pouco - sabe Karen – soletrou o meu nome sílaba a sílaba – não pensei que gostasse de masoquismo, tem mais ar de sádica – passou-me o dedo pelo lábio arrebentado.

- Há muita coisa sobre mim que você não sabe! Agora com a sua licença, já o presenteei com a minha pessoa, vou agora retirar-me – viro-me para sair.

-Sei o suficiente para ficar intrigado acerca da sua pessoa - recuei e olhei-o- talvez ainda não saiba muito sobre as suas escolhas sexuais ou a razão pela qual tem a cara nesse estado. – sentou-se - Essas são informações que pretendo averiguar mais tarde.

-Com tanta mulher a querer dar-lhe em cima porquê eu?

-Porque você se faz de difícil- passou a mão em seu queixo e lambeu seus lábios - chame-me de masoquista.

- Você não me atrai, simples- menti.

- Tem certeza? - Aproximou-se e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, me fazendo fraquejar - Não é isso que está a demonstrar - passou a mão pela minha face.

-Nem todas caem na sua laia, viva com isso - tirei a sua mão da minha cara - meu marido me espera.

-Ah pois, o meia-leca - olhou para a minha mão - Não anda com aliança!

-Não preciso de andar por aí esfregando na cara do povo. -tentei justificar-me.

-Caí fora, chega de teatrinho, acha que eu sou burro? - falou zangado - Brenda Mitchell quanto tempo achava que ia durar o seu disfarce?

-Meu querido - aproximei-me do seu ouvido - eu não lhe devo explicações sim?

-Putas como tu eu como a toda a hora - amarrou na minha cara com uma mão - Só estou a perder o meu tempo consigo- largou com força, fazendo-me cair.

-Hoje tirei o dia para matar cobardes, queres seu o próximo Bieber?- peguei na minha arma.

- Puta e corajosa - lambeu seus lábios - se não fosse esse mau feitio a esta hora já estavas de quatro a gemer o meu nome.

- Mau dia para brincar comigo Bieber- disparei fazendo a bala passar rente a sua perna deixando-o ferido.

-Sua vagabunda - caiu no chão - nem penses que isto fica assim - contorceu-se de dores.

- Sádica, sim tem mais haver comigo....adeus, Mr.Bieber –digo e retiro-me para fora do armazém em direcção ao carro.

Não esperei pelo Cameron, não o iria fazer de qualquer maneira. Entrei no carro e fiz os pneus chiarem com a sua fricção com o solo. Fodasse Brenda, tu baleaste mesmo o nosso maior cliente? Foi um ato bastante precipitado admito, mas não estava de todo a ser um bom dia e tudo me deixava fora de mim. Bati com as mãos no volante várias vezes, zangada comigo mesma. Como é que eu vou explicar isto ao Frank? Ele vai matar-me, porque de certeza perdemos o negócio, quando chegar a casa irei entregar-lhe a minha arma, do modo que eu andava ultimamente não faltava muito para mandar a Samantha para os anjinhos. Tentei colocar de parte todos os meus pensamentos homicidas e foquei-me em algo que iria trazer muita alegria ao nosso grupo, a possível gravidez da Taylor. Esta questão já me andava a passar pela cabeça há algum tempo, pois eu conheço-a como a palma da minha mão, os seus comportamentos estavam a mudar de dia para dia, porém tudo se tornou mais claro depois da nossa conversa à tarde. Estava a ficar entusiasmada com a ideia de poder ser tia emprestada e por isso a minha vontade de chegar a casa aumentava. Aliás isto até me podia ajudar bastante, vai que o teste dá positivo e o Frank fica extasiado com a notícia, seria a forma de não me dar na cabeça por causa do incidente com o Bieber. Cheguei a casa e entrei de rompante pronta a receber um abraço e um sim de Taylor, mas pelo contrário, estava tudo calmo e as luzes apagadas. Das duas uma ou estavam a comemorar ou a arranjar forma de tornar o teste positivo. Dirigi-me ao quarto, tomei um banho rápido, vesti o pijama e deitei-me. Sentia-me cansada, mas estava difícil de conseguir adormecer. Na minha cabeça passavam imagens do homem a quem tirara a vida, a Jade a chamar-me mãe, a briga com o Bieber e imaginava a Taylor grávida. O dia em que demos fim a uma vida e provavelmente inicio a outra. Queria o Cameron novamente ao meu lado, antes tinha-o a ele para me enroscar sempre que me sentia em baixo, não precisava de pedir, ele sempre se apercebia quando eu estava mal. Acabei por adormecer com todos estes pensamentos nostálgicos.

-Brenda acorda - senti alguém tocar-me - Brenda – voltei a sentir novo toque e finalmente consegui despertar.

- Fodasse o que é? – abri os olhos com alguma dificuldade e vi Taylor com a cara quase colada à minha – que queres?- falei rude.

- Tens de deixar de ser tão mal disposta- sentou-se na cama junto a mim - é que se um dia calha de ser o teu sobrinho a acordar-te, não o podes tratar assim...

Acabei por nem ouvir o resto que a Taylor me estava a dizer, ainda não estava totalmente acordada, mas posso jurar que ouvi a palavra sobrinho. Sobrinho? Espera!

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh - gritei, levantando-me e ficando sentada na cama - tu ... tu... não - abri ainda mais a boca - caralho Taylor tu estás grávida?! - ela assentiu e eu puxei-a para um abraço.

- O que é que te levou a comprar aqueles testes? - afastou-se.

- A nossa conversa, as minhas desconfianças por causa do teu comportamento, o aumento desse peitão e sei lá, não posso propriamente dizer que estás magra - brinquei e ela deu-me uma tapa no braço.

- Eu estou com medo - baixou o olhar - e seu não for uma boa mãe?

- Não tens como não ser – confortei-a.

- Pensa, nós vivemos do crime - meteu as mãos à cabeça - O que é que eu vou dizer ao meu filho quando ele perguntar qual é a profissão dos pais?

- Que são comerciantes! – ri-me da minha própria tentativa de piada e ela também – ele é capaz de não perceber no início, mas quando chegar a adolescência vai agradecer o dinheiro que vai poupar.

- Eu não quero que o meu filho seja um drogado. - falou descontente.

- Estava a brincar palerma – ri-me da sua cara– arranjarás uma maneira de fazer as coisas da melhor forma, tu consegues sempre – abraçamo-nos uma última vez – aliás, boa com tu és vais meter inveja a todas as outras mães.

- Pronto chega de lamechices, põe-te pronta que está toda a gente na sala à nossa espera - levantou-se - inclusive a piranha, por isso quero ver-te linda de morrer - manda um beijo e saiu.

O que é que ela fazia na minha casa? Este é o meu território, por isso ela que nem tente mexer comigo, ainda tenho a arma na minha posse. Pára Brenda, viras-te assassina em série agora foi? Sacudi a minha cabeça afastando estas idiotices da minha cabeça e dirigi-me para o banheiro. Fiz a minha higiene, prendi o meu cabelo num rabo-de-cavalo perfeito, coloquei uma calça justa preta e uma camisa branca com um decote sexy mas não demasiado provocador. Sai do quarto e dei de caras novamente com Taylor, que não gostou da minha escolha de indumentária, mas que podia eu fazer, estava sem paciência para me aperaltar.

- Bom dia - falei ao entrar na sala.

- Bom dia? Bom dia? - disse Samantha aumentado o volume - Já viste o estado do meu namorado? - disse quase gritando.

- Hou! Mais baixo, voz de burro não chega ao céu! - sentei-me e dei uma beijo no rosto de Frank.

- O que é que vocês andaram os dois a fazer ontem à noite? - falou Frank olhando para mim e para Cameron - Sexo selvagem? - gozou.

Olhei finalmente para Cameron, ele estava a fuzilar-me com o olhar. O seu rosto estava que nem o meu, ou talvez pior, estava todo arrebentado. Eu não fui por isso aquela piranha não precisa de estar a vir para cima de mim.

- Pergunta para a tua amiguinha Frank - disse Samantha a apontar para mim - É que o Cameron saiu de casa direitinho e quando voltou estava num estado lastimável.

- Queridinha o Cam tem boca para falar não precisa de advogada de defesa - disse Taylor sentando-se ao meu lado.

- Eu estou aqui sim? - disse Cameron finalmente.

- Vamos ter calma - disse Frank levantando -se - tu, o que se passou para estares neste estado? -falou para mim.

- Tu pediste para arranjar forma de entrar na esquadra sem que ninguém o desconfiasse e eu assim o fiz - justifiquei-me.

- Não precisava de tanto né? Podias ter dito apenas que foste roubada - prossegui Frank - agora tu Cameron, fala em tua justiça.

- Foram os capangas do Bieber! - olhou o chão.

Como assim os capangas do Bieber? Será que o Cameron arranjou merda ou foi mesmo por minha causa? Eu não esperei pelo Cameron depois do que aconteceu e talvez por isso ele tenha ficado com as culpas do meu ato precipitado. Eles nunca mais me iriam perdoar por esta atitude, principalmente porque um de nós se saiu mal com a brincadeira. Estavam todos à espera que Cameron continuasse a explicar o que aconteceu, todos menos eu pois já sabia como isto ia acabar.

-Isto não é nada de mais - fez-se de forte - Estavam sem nada para fazer e por isso acharam divertido entrar numa briga comigo.

Ele estava mentir, seria para me proteger ou ele não sabia mesmo o motivo pelo qual fizeram aquilo? Era agora que eu devia intervir e contar a verdade, mas primeiro queria tirar a história a limpo com o Cameron e também não estava para aturar a sua namoradinha a vir para cima de mim. Estou a ser cobarde eu sei, mas vou acabar por contar mais tarde ou mais cedo.

- E onde estava a Brenda? Em casa a dormir sossegada enquanto ele levava porrada da velha - falou Samantha abraçando a cintura do Cameron.

-Eu não sabia - encarei o chão - eu já tinha feito a minha parte por isso vim embora.

- Vamos deixar isto para depois, eu logo penso numa maneira de resolver as coisas com o Bieber, isto se ele ainda quiser levar o acordo para a frente - Frank falou calmamente - por enquanto vocês os dois deixam de ir lá fazer a entrega.

-Podemos mudar de assunto? - falou Taylor colocando-se de joelhos no sofá - tenho uma coisa para contar, era para ser surpresa para todos mas bem eu sou uma boca aberta e por isso já contei para meio mundo - riu-se.

- Fala logo - disse Cameron interessado.

- Vais ser padrinho moleque - olhou para Cameron à espera de uma reacção.

- Como? - parou para pensar - tu? Não pode! - tapou a boca - Vou ser padrinho! - Abraçou a Taylor, levantando-a do chão e fazendo-a rodar.

- Ai sempre quis um afilhadinho - disse Samantha batendo palmas.

- E vais continuar a querer querida - respostou Taylor - ou estava mesmo a pensar que serias tu? - Samantha assentiu - interna-te! É claro que será a minha melhor amiga, a Brenda - abraçou-me.

E a partir daquele momento foi só celebração, as horas foram passando e por instantes os problemas tinham desaparecido. Frank estava como eu previa, completamente em êxtase, a Taylor, bem essa eu nem tenho um adjectivo que descreva o que ela estava sentir, o Cameron ia fazendo uma lista de todas as coisas impróprias que ia ensinar para a criança, a Samantha estava constantemente a arranjar forma de se integrar no grupo, já eu fui-me colocando de parte, primeiro porque estava farta de ser a vela de serviço e depois porque a história da gravidez me estava a deixar com muitas saudades da Alba. Hoje eu não podia ir visitá-la, pois é dia de tratamento, logo não é permitido visitas, mas amanhã iria comprar alguma coisa para lhe oferecer, talvez um peluche bem grandinho, quer dizer devido ao seu tamanho o peluche iria sempre ser grande, comparado a ela. Sem que ninguém desse por mim saí de casa e fui em direcção ao telhado, era para lá que eu ia sempre que precisava de meter as minhas ideias em ordem ou simplesmente afastar-me de tudo. Deitei-me no chão e olhei o céu, o dia começava agora a dar permissão à noite para ocupar o seu lugar, as horas tinham passado a voar, o dia tinha sido tirado para celebrar o acontecimento, já há muito tempo que não estávamos em convívio apenas por prazer, colocando o trabalho de parte. A noite trouxe consigo uma aragem gelada, o meu corpo estava arrepiado com o frio, mas logo eu senti algo quente me cobrindo. Era o casaco do Cameron, só ele sabe que este é o meu esconderijo, quando estávamos juntos, tínhamos a mania de vir cá para cima olhar as estrelas e as vezes acabávamos mesmo por nos envolver à luz da lua.

- Já devias saber que este sítio é bem esfriado - sentou-se a meu lado.

- Acho que estava a precisar de arrefecer as minhas ideias - falei e logo depois um silêncio se instalou.

- Porquê que atiraste no Bieber? - disse quebrando a ausência de som.

- Pessoa e momento errado -juntei as mãos na minha boca para me aquecer - Cam desculpa eu não sabia que ele ia fazer isto contigo - olhei o chão.

- Bem que ele estava a merecê-las - riu-se - Ele fez-te mal?

- Não, acho que eu descontei em cima dele o que estava a querer fazer com outra pessoa - olhei-o.

-eu? - olhou-me profundamente e eu assenti - essa doeu.

- Eu não estava realmente a pensar meter-te na cova, mas sim gostava de te dar uma liçãozinha - dei-lhe um leve empurrão com o ombro e ri.

- Ainda estás zangada?

- Não diria zangada, mas sim desiludida.

- Eu também estava a pedi-las, fui um porco desculpa - pegou no meu rosto fazendo-me encara-lo - eu vacilei, o que aconteceu na outra noite não devia ter acontecido, mas tu sabes que eu não consigo estar perto de ti, que o teu toque me deixa louco e... - aproximei-me ficando a centímetros da sua boca.

-Então porquê que me trocaste por ela?

- Porque era um puto que não podia ver um caralho de um rabo de saías à minha frente que ia logo atrás, mas agora é tarde percebes? Eu habituei-me à ideia de que sou feliz com ela e também não a quero fazer sofrer -meteu as mãos à cabeça - tu sempre serás tu e eu nunca te irei esquecer.

Eu aproximei-me ainda mais e sussurrei um fica comigo. As mãos de Cameron pousaram em minha cintura e ele me puxou colando nossos corpos, estávamos prestes a deixar-nos levar pelo momento quando ouvimos barulho nas escadas, logo de seguida Samantha entra que nem um furacão no telhado e puxa Cameron para perto de si. Não proferiu uma palavra apenas o levou de lá para fora dando-lhe apenas tempo de pedir desculpas com os lábios. E mais uma vez eu estava prestes a entregar-me a ele, à pessoa que eu tanto amava e mas que muito me fazia sofrer. Deixei-me ficar ali mais um bocado enroscado no seu casado e sentindo o seu cheiro. Voltei para casa uns minutos depois, despedi-me de Taylor e Frank, entrei no quarto, estava sem fome e tinha a minha cabeça envolvida em mil pensamentos, tirei a roupa e deitei-me semi-nua, queria apenas relaxar um pouco mas acabei por adormecer assim.

O som do meu telemóvel fez -me acordar de relance, olhei o ecrã que marcava 03.47H e uma mensagem de número desconhecido.

                    "Para toda a ação existe uma reação.

                                                             3ª Lei de Newton."

Não estava nem ai para charadas, nem jogar de detective, desliguei o telemóvel e dei ordem ao meu cérebro para esquecer o assunto, amanhã poderia acordar com mais vontade para partidas de criança, mas por agora iria apenas entregar-me a um sono profundo.

 


Notas Finais


CONTINUA...


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