História Say "I love you" - Capítulo Único

O dia estava ensolarado, mas muito quente e sem nenhum sinal de chuva. Eu já me arrependi de ter saído para trabalhar com essa roupa, pois já estou morrendo de calor.

Culpa do Koujaku que sempre me faz atrasar para o trabalho. Sempre pede uns minutinhos a mais ou reclama do pouco tempo que passamos juntos. E eu, sempre me deixo levar.

Já faz algum tempo que estou com ele, mas ainda não me acostumei com o romance e a convivência diária. Minha avó não ficou surpresa quando comentei sobre minha decisãode morar com ele. Disse que estava feliz por mim e que a casa dela ainda seria minha casa, não importava quais problemas eu encontrasse pelo caminho.

Incluiu um imenso sermão à suas falas, o orientando a cuidar de mim e, principalmente não me fazer chorar. Por isso, apareço sempre para dizer um “oi” e matar as saudades dos bolinhos dela.

***

Então avistei o Haga-san em frente à loja, acenando empolgado, me desejando um bom dia como sempre.

- Bom dia Aoba-kun!! Está tudo bem? Você anda chegando atrasado esses dias...

- Bom dia Haga-san! Peço desculpas por isso, mas não vai mais acontecer. - Odeio ter que arranjar alguma desculpa para ele, mas também não posso contar a verdade. Preciso dar um jeito no Koujaku - Já vou começar a trabalhar Haga-san! Hoje tenho que separar algumas peças encomendadas.

- Tudo bem. Eu vou visitar uma empresa pela manhã e pegar algumas peças. Mais tarde eu volto, então tenha um bom dia Aoba-kun!

- Ok, vamos começar!

***

O dia passou como sempre, arrumando algumas coisas e atendendo aos telefonemas rotineiros. A única coisa que movimenta a loja é a presença daqueles pirralhos irritando ao Haga-san e a mim!

Eram 16h17min. Koujaku devia estar em algum canto da cidade, trabalhando, e como sempre, rodeado de fãs. Eu detesto isso porque, apesar de tudo, ele sempre foi mulherengo.

Mesmo quando confessou seus sentimentos a mim, dizendo que eu era seu único amor, senti medo que ele mudasse de ideia. Não entendo como ele suporta estar rodeado de mulheres todos os dias, então sinto ciúmes e preocupação por essa situação diária.

E assim me perdia pelos meus pensamentos durante as horas vagas. Então, o sino da porta tocou. Com certeza algum cliente. Então, como de costume, me virei para recebê-lo e me assustei.

- Seja bem vindo! - Era o Koujaku.

-Yoo Aoba!!

- Koujaku, o que veio fazer aqui??

- Vim dizer um oi, oras!! Não posso sentir falta do meu namorado? - Fico um pouco envergonhado toda vez que ele diz isso.

- Arg... Koujaku!! Não fale essas coisas assim sem mais nem menos!!

-Haha, desculpe! - riu - Você já está de saída ou vai demorar um pouco mais?

-Provavelmente sairei às 18h30min hoje, por quê?

- Não é nada demais. Eu e os uns amigos vamos beber, então eu gostaria de saber se você quer nos acompanhar, depois do trabalho?

- Tudo bem. Assim que eu terminar aqui, ligo.

- Ok! Até mais então.

Saiu pela porta. Fazia tempo que ele não aparecia por aqui, já que normalmente me liga para falar sobre qualquer assunto. Estava com tanta saudade assim de mim?

Bom, já faz tempo que não saímos com todos, fico meio sem graça por não fazer parte do Beni-shigure, me sinto um intruso, mesmo sabendo que não desgostam de mim. Será que o Koujaku contou sobre nosso relacionamento para eles? Fico sem graça só de imaginar, apesar de que, tanto faz.

***

Contudo o tempo passou depressa e terminei meu expediente. Haga-san chegou logo depois que o Koujaku saiu, então pude fazer as entregas e sair mais cedo. Liguei para o Koujaku, avisando que me encontraria com ele no bar.

Todos já estavam por lá, em volta da mesa, brincando e brigando, assim como crianças em seu último dia de escola. Eu olhei a minha volta, cumprimentando as pessoas ao mesmo tempo em que tentava encontrar o Koujaku.

E lá estava ele, ao fundo. Sorriu assim que me viu, acenando para que eu fosse até ele.

-Yoo Aoba!! Sente-se! – Koujaku parecia um pouco bêbado somente pelo jeito de falar -Hahaha, hoje estamos festejando o aniversário de um companheiro, então aproveite! É tudo por nossa conta!! - me deu uma piscadela e voltou à conversa.

Como todos estavam felizes, Koujaku percebeu minha inquietude, então me agarrou pelo pescoço e despejou um vidrinho de saquê na minha boca a força. Todos começaram a rir, pois acabou sujando minha roupa.

- Arg... cof cof... Koujaku!! - Engasguei com essa repentina surpresa, fiquei vermelho e sem graça - Não faça isso!! Engasguei e ainda sujou minha roupa! - disse enfurecido.

- HAHAHA desculpe, desculpe - falou com uma expressão de culpa na cara, mas ainda sorrindo -queria te ajudar a se enturma só. – pegou um lenço do Kimono dele e me entregou.

- Tudo bem, sujou só um pouco mesmo... Obrigado - Digo isso ainda meio sem graça, pego o lenço e começo a me limpar, viro os olhos meio de canto e percebo que Koujaku estava me observando, com um sorriso calmo no rosto. Fico feliz por se preocupar comigo assim.

Depois disso, apenas restava pegarum pouco dos petiscos e bebidasque estavam sobre a mesa e conversar. Na verdade eu precisava me enturmar.

***

Estava escuro, mesmo com os olhos abertos. Percebi que eu estava sendo carregado pelo Koujaku, totalmente bêbado, já que ingeri mais do que devia.

Passamos a noite bebendo e jogando conversa fora. Me lembrei de algo relacionado a irmos embora porque estava tarde eu já havia bebido demais. Fui colocado sobre suas costas com a ajuda dos amigos dele e estávamos a caminho de casa. Eu estava bem agitado.

Ao chegarmos em casa, ele me colocou sobre sofá e foi até a cozinha pegar um copo d’água.

- HAHAHAHA Kou... Sua casa sempre foi brilhosa assim? - Digo meio avoado e sorrindo, olhando a lâmpada da casa, que parecia um pouco diferente.

- Hahaha Aoba, acho que você bebeu um pouco demais - ele me entrega o copo - beba um pouco de água pra ver se melhora.

Bebi e deitei sobre o sofá.

 - Aoba - disse Koujaku - você precisa de um banho, lembra que derrubei bebida em você?

- Agora não!! Vai você primeiro e depois eu vou, quero dormir um pouco... - peguei no sono.

***

Acordei com Koujaku me chamando.

- Aoba, acorda, vai tomar um banho! Ou então... quer que eu te ajude a se banhar? - Ao ouvir isso, fiquei sem graça então me levantei dizendo que já estava indo e ele riu. Gosto dessas risadas. São gostosas de ouvir...

Após o banho, fui para o quarto somente de toalha. O quarto estava vazio, então deduzi que Koujaku devia estar na cozinha. Me deitei do jeito que estava, ainda alterado pela bebida. Estava cochilando quando sentia cama semexer e alguémsussurrando em meu ouvido.

- Desse jeito, não vou conseguir me controlar...  - e recebo uma lambida no ouvido, me arrepiando por inteiro, mas ainda alterado, me viro para o Koujaku com um sorriso pervertido no rosto.

- Koujaku!! - eu estava todo envergonhado, falando baixo, quase sussurrando - Não faça isso, assim de surpresa!!

- Desculpa, é que você estava tão indefeso na cama, que não resisti... - Ele se aproximou mais de mim, e me deu um beijo delicioso.

 Nossas línguas estavam entrelaçadas e os lábios unidos me deixando completamente sem ar. Senti seu toque sobre minha pele, então gemi entre os beijos que estavam me deixando excitado.

Ele desceu seu beijo para meu pescoço até meus mamilos, acariciando um com a ponta da língua e o outro com a mão. As sensações eram muito gostosas, diferente dos outros dias. Será que era por causa da bebida?

Koujaku tinha um cheiro tão bom, era adocicado. Ele deixava um rastro desse perfume por onde passava. E em meio a esses pensamentos, minha excitação só aumentava, ainda mais depois que ele tocou meu membro com a língua.

- Ah! - Soltei um gemido alto, pela sensação de senti-lo lambendo meu membro, então fiquei febril - Kou...ja...ku...!!!Ahhh... não!! Assim... Vou acabar gozando! – Disse com a voz abafada pelo prazer e bebida.

- Não me importo - ele parou por um momento, pegou o lubrificante de dentro da gaveta, jogou um pouco nas mãos. Melevantou um pouco e introduziu um de seus dedos em mim.

- AHHH... - Gemi alto – Kou...ja... aha...!!—Enquanto ele brincava com a minha entrada, enquanto me lambia e chupava. Eu estava perdendo a razão pelo excesso de prazer.

-Kou-ja...ku... – Gemia enquanto ele continuava com os movimentos – Eu... vou...gozar... AHHH! – Meu corpo já não suportava mais e ao tentar alertá-lo, acabei gozando.

Ao fim do prazer, percebi que Koujaku não havia retirado sua boca do meu membro.

Degustava meu gozo.

-Koujaku! Me desculpe!! – Disse com o rosto queimando de vergonha – Não consegui segurar e... – não consegui terminar a frase, pois ele me roubou um beijo. Podia sentir meu sabor em seus lábios, mas não me importei, agarrei seu pescoço a fim de beijá-lo ainda mais. Após uns instantes, disse ofegante:

- Aoba... eu... não aguento mais.... – Mostrou o volume rijo sob sua calça – posso... ah... – pego no volume entre a calça dele.

-Venha... – eu disse a ele abrindo o zíper se sua calça, expressando um misto de felicidade e vergonha.

Então ele me da outro beijo, abre novamente a gaveta e pega uma camisinha. Eu a roubei da mão dele e eu abria embalagem com os dentes.

– Hoje quero colocá-la em você – disse da maneira mais pervertida possível. Coloquei devagar, por todo comprimento enquanto olhava pra ele, deixando-o mais excitado.

-Aoba, realmente não aguento mais! Quero colocá-lo em você.

Ele meu deitou novamente erguendo meus quadris, encaixando seu membro próximo a minha entrada, brincando, mas sem me penetrar. Meus gemidos o instiga a iniciar a penetração. Apesar do cuidado, é uma dor prazerosa.

– Argh... ahhh... – ele para por alguns instantes.

– Esta tudo bem, Aoba? – Me olha com uma cara preocupada, com o rosto corado pela excitação – Estou te machucando?

Olho para ele e fico realmente feliz por essa preocupação. É em horas como essa que eu reconheço seu amor por mim.

 – Tudo bem, pode continuar... – Disse com um sorriso, apesar de estar com os olhos marejados.

Koujaku continua a me penetrar, introduzindo seu membro até a base. Mesmo me sentindo dolorido, eu não liguei porque, com todo o cuidado, se manteve parado, inclinando-se um pouco para me beijar, com carinho. Não resisti e o abracei.

– Pode se mexer. Não me sinto desconfortável.

Então, com uma expressão excitante, recomeça seus movimentos, se colocando dentro e fora de mim.

– AHHH.... ARHG... – Meus gemidos ficavam cada vez mais altos. Eu já estava ereto novamente. Koujaku coloca seus dedos em minha boca, e eu, sem pensar passo minha língua por entre os dedos, deixando-o mais excitado.

– Uhm... humm.... Kou...ku... HAAAA – Ele retira sua mão da minha boca e para me masturbar novamente. Estava deliciosamente intenso. Chorava pela dor, prazer, felicidade de estar ao seu lado e todos os outros sentimentos que transbordavam em mim.

- Kou-...-ku... vou gozar... de novo.. ugn.... – Ofegante, tentava me segurar pra não ser tão precoce.

- Eu-tam...bém....vou... A-o-ba... ugh...

Então ele pega na minha mão. Sempre achei engraçado, mas era delicioso vê-lo com aquela bela expressão de prazer e cuidado, segurando minhas mãos para dividirmos aquele momento de prazer mutuo em todas as nossas transas.

Com uma das mãos, retirei a franja de seu rosto, para observá-lo por completo, suas tattoos, cicatrizes e beleza. Trocamos olhares por alguns instantes, antes dos movimentos se tornarem mais intensos e seu beijo voltar aos meus lábios.

- Kou—ja—ku....eu vou..... uh AHHHHH!! – Agarrei sua mão com força enquanto gozava.

- A-o-baugh... ahh – Koujaku, em seu momento critico, segurou minha mão com a mesma intensidade de seu prazer e gozou.

Após tanto prazer, ele tomou o cuidado de retirar a camisinha com cuidado para descartá-la. Estávamos exaustos porque o sexo hoje havia sido diferente dos outros dias.

-Hein... Koujaku... – digo com uma voz baixa, exausta, enquanto ele voltava para perto de mim.

Ele se aconchegou, deixando as cobertas mais próximas de nós e me abraçou.

- Diga, Aoba... – Sua voz estava calma, mas igualmente cansada. E sorria. Nossa... Como adoro esse sorriso.

- Eu te amo...  – antes de dormir, percebi sua expressão de surpresa, e logo depois de outro belo sorriso, ele se aproxima do meu ouvido e sussurra:

-Eu também te amo! Amo demais, Aoba. – após ouvi-lo, acabei dormindo.

***

Acordei com o sol batendo em meu rosto. Olhei para o lado e o encontro dormindo, lindo e tranquilo. Não resisti em observá-lo dormindo, mesmo que por alguns minutos, mas por conta do horário, ele despertou lentamente.

- Bom dia Koujaku – Disse sorrindo.

- Bom dia A-o-ba – Me respondeu com um longo bocejo e em seguida, com seu belo e doce sorriso.

Me beijou, me desejando bom dia e levantamos. Ele cuidava do café enquanto eu me banhava. Me lembrei da noite anterior e o quanto maravilhosa foi. Estávamos realmente apaixonados, um pelo outro, e para mim, não existia felicidade maior que essa.

Saí do banho e fui me arrumar. Peguei meu coil para ver a hora e me assustei, claro, já havia passado das 8h!! Não acredito que me atrasarei de novo!! Maldito Koujaku, sempre fazendo o possível para me atrasar!!

- Koujaku, hoje não tomarei café!! Estou super atrasado para o Heibon!!! Dormimos demais! – Disse enquanto corria em direção a porta, para calçar os sapatos. Koujaku aparece atrás de mim, me encarando.

- Me desculpe. Apenas me esqueci de colocar o relógio pra desperta hoje... Ontem voltamos meio bêbados... e nem lembramos disso – me disse com um rosto de preocupação e tristeza. Apesar de tudo, não conseguia ficar bravo com ele – Hoje passarei pela loja para levar algo para você comer e a noite, te compensarei por sempre chegar atrasado no Heibon – me disse sorrindo. Fiquei envergonhado por ele ter dito isso, sempre falando assim, tão naturalmente, sem vergonha alguma! Esse mulherengo de merda, viu!!

– Humm....Seu besta, não fale essas coisas logo cedo, me deixa envergonhado!

-Haha desculpa – Ele riu, pegando minha mão e beijando-a. Ele me deixa mais envergonha e arrepiado – Mas é porque ontem, eu fiquei feliz com o que você me disse – Olhava para mim.

Eu estava totalmente corado e surpreso, mas o encarei sem entender o sentido daquelas palavras.

– Eu falei algo pra você ontem? O que eu disse? – olhei pra ele, esperando uma resposta. Então ele se aproxima e me beija, entrelaçando nossas línguas. Estava diferente do habitual, e me deixei levar por esse beijo, esquecendo completamente da hora.

- Se você não lembra... – separando os lábios, me fitando. Eu já estava sem ar - Vou guardar suas palavras como tesouro, até você repeti-las; ou quem sabe, você possa fazer algo que eu queira... hahaha. – Riu, voltando para a cozinha e eu continuei observando-o sem entender.

– Aoba, se você não for logo, se atrasará demais para o trabalho! – Eu ainda estava paralisado pelo beijo e um pouco confuso com essas palavras, que me esqueci da hora. Saí correndo, após um breve ‘tchau’.

Realmente não me lembrava das minhas palavras na noite passada. Lembrava do nosso sexo e do ótimo sono em seguida. Mas tudo bem! Farei o Koujaku falar para mim, mas antes, preciso pensar numa desculpa para dar ao Haga-san.

Fim