História Say Something - Enquanto neva minhas lagrimas caem

Luna on

Fomos para escola com nossos pais e não conversamos o caminho inteiro, eu não queria, mas depois dessa noite alguma esperança tinha crescido em mim, algo que fez meu peito inflar de felicidade. Eu não queria me iludir apenas com isso, mas eu não conseguia, estava perturbada e não via a hora de puder conversar com Matteo.

XX: Luna, Luna – Sophie estalava os dedos na minha frente – Menina tu me conta isso tudo e fica fora do ar.

Luna: Só estava pensando

Sophie: No beijo?

Luna: No que vai acontecer daqui para frente

Sophie: Ah amiga, eu espero que aconteça só coisa boa.

Luna: Eu não estou sentindo isso

Sophie: Pare de bobeira, pense positivo.

O sinal tocou e nos encaminhamos para sala de aula.

Matteo on

Já estava na hora do intervalo, desde hora que eu acordei não conseguir parar de pensar um momento se quer no que tinha acontecido, eu não acreditava que eu tinha sido tão fraco e me entregado a algo tão errado. Eu não podia continuar com aquela palhaçada e acabaria com aquilo agora

Matteo: Vou ali

Rique: Se for para conversar com a baixinha não precisa – olhei para ele confuso

Luna: Precisamos conversar – ela apareceu na minha frente me assustando

Matteo: Eu já ia te procurar – me levantei – vamos? – ela afirmou com a cabeça

Fomos para um jardim que fica bem escondido, poucos sabiam sua existência e era proibida a entrada de qualquer pessoa, mas nos não importávamos, só precisavam de um tempo sozinhos.

O jardim era lindo, tinha um pequeno lago no centro, e era cheio de verde e flores, e quando o arco Iris aparecia deixava tudo mágico, mas naquele dia o que tinha era neve, mas isso não o deixava feio, sim elegante.

Sentamos em um banquinho que ficava de frente para lago que no momento estava congelado, respirei fundo tentando achar as palavras certas para começar a conversa.

Luna: Matteo, eu...- a cortei

Matteo: Deixa-me falar primeiro, por favor – ela afirmou com a cabeça – eu espero que você me entenda e que não acabe o que temos – ela me encarou pedindo que eu prosseguisse – Você é muito bonita, uma beleza que quase ninguém vai conseguir ter no mundo, meiga, carinhosa, especial e diferente de qualquer outra pessoa que já conheci nessa vida, carrega um brilho próprio e um sorriso único – vi que seus olhos brilhavam por causa das lagrimas acumuladas – Mas eu não sinto o que você sente por mim, eu não posso negar que sinto desejo, mas não passa disso e sei que seu sentimento por mim é forte, esta apaixonada e eu não quero te machucar por não sentir o mesmo, você é minha irmã e esse é único amor que eu posso sentir por você, me desculpe.

Luna on

Ouvir tudo aquilo não era fácil, mas sempre soube que essa possibilidade era grande, ele estava sendo sincero e sensato e mesmo estando destruída por dentro, eu não poderia continuar o machucando e obrigando sentir algo que só eu sinto.  Me fiz de forte e sem deixar uma lagrima cair comecei a falar.

Luna: Você esta certo – ele ficou surpreso – tudo isso passa de uma loucura da minha cabeça, nos somos irmão e assim seremos para vida toda e pode ter certeza que isso não vai acabar por uma bobeira como essa – juntei todas as minhas forças e sorri – eu torço muito que encontre alguém que você vai amar de verdade e serei uma ótima cunhada.

Matteo: Eu também Luna, espero que encontre alguém e se esqueça desse mal entendido – isso me destruía cada vez mais - Não quero que se machuque mais – o sinal bateu.

Luna: Eu não estou machucada, não se preocupe, eu estou bem – continuava sorrindo.

Matteo: Então já vou indo – ele acenou e saiu dali a passos rápidos

Eu sentei no banco, assim deixando as lagrima escorrerem por minha face e deixando a dor que havia escondido aparecer em pequenos soluços que saiam no meio do meu choro, eu o amava não tinha duvida alguma a isso, mas iria esconder isso no fundo do meu coração e começar a seguir minha vida. Senti braços me rodeando e puxando para seu colo e ali chorei por muito tempo.

Matteo on

Eu não conseguiria prestar atenção na aula então fui a um canto isolado da escola, mesmo que tinha feito o que queria e resolvido tudo com Luna, me doía e uma grande vontade de chorar me acompanhava desde que sai daquele jardim, eu tinha feito o certo, continuar com aquilo era uma loucura, eu não a amava como mulher, sei que tinha um desejo forte por ela, mas não se passava disso. Talvez essa dor seja por causa dela, vejo que esta machucada mesmo tendo demonstrado a poucos minutos atrás que esta de bem com tudo mas eu sabia la no fundo que ela tinha uma veia artística que a fazia disfarças sentimentos. Eu achava que tudo ia ser mais fácil depois da conversa, mas tudo se tornou mais confuso.

Senti alguém sentando ao meu lado e me puxou para um abraço reconfortante, que me fez soltar pequenas lagrimas pela face.

XX: Mesmo sendo o maior idiota de todos, você é meu irmão e te ver sofrer me deixa mal.

Sorri fraco ao perceber quem era, aquele momento era único e especial.