História Say you love me - Whats wrong with her?

P.O.V Lauren

- Lauren filha acorda, você vai perder seu voo para Los Angeles amor.

Minha mãe praticamente berrou batendo diversas vezes na porta do meu quarto, estava tendo um sonho tão bom e agora ela me acorda lembrando dessa maldita viagem para LA. Deus me da paciência pra aguentar esses dois próximos anos, por que se me der força eu mato. Realmente os sonhos vencem a realidade algumas vezes.

- Okay mama, só para de gritar, por favor - Gritei já levantando da cama e indo para o banheiro fazer minha higiene pessoal.

Sinto muito nem me apresentei, me chamo Lauren, Lauren Michelle Jauregui Morgado. Sou filha única de Clara e Michael Jauregui Morgado, meus pais são bem sucedidos em suas devidas áreas, minha mãe é dona da marca Victoria Secrets, tudo que envolve a VS é comandado por ela e sua sócia. Já Michael, sim eu não chamo meu pai de pai, o foco é que ele é o maior revendedor de automóveis da América.

Eu moro com a minha mãe em Miame, eu e Michael não nos vemos muito e eu tento evitar todas as vezes que ele pede por isso. Michael e minha mãe se separaram há cinco anos, eu tinha onze quando minha vida realmente mudou. Michael mudou para LA, até a separação e o inicio do divorcio eu sentia que tinha a família perfeita, mas quando tudo entre eles acabou aquilo me destruiu, piorou quando Michael se casou com a sócia, não sei o nome dela, até por que a única coisa nesse casamento que me importa é Sofia, que nasceu a três anos, a baixinha é a coisa mais fofa e esperta que eu já vi, mesmo que só tenha visto poucas vezes, fiquei encantada na hora. A mulher de Michael tem mais uma filha, se chama Karla Camila, nunca tive o azar de conhecer nenhuma das duas, nem mãe nem filha, mas parece que minha sorte mudou. Terei que passar dois anos da minha vida com ele e sua nova familia, acreditam que ele quer recuperar o tempo perdido agora? Teve cinco anos pra isso, perdeu tempo né querido, vamos combinar.

Então onde estávamos? Há sim meu voo da morte para LA. Fiz toda a minha higiene matinal e tomei banho como uma lesma, como se aquilo fizesse minha mãe desistir de me deixar ir. Coloquei minha blusa do Guns’ preta, calça rasgada nos joelhos preta e meu all stars branco. Fiz uma maquiagem leve, só pra esconder a cara de sono que não me abandonava e desci para tomar café da manhã.

As poucas malas que arrumei, assim como as malas de Verônica já estavam na copa e o silencio dominava a casa, oque não era normal por aqui.

- Bom Dia mama, dormiu bem?

Beijei o rosto da minha mãe assim que a vi no balcão da cozinha, o balcão estava cheio de papeis e planilhas, ela estava preparando sua viagem de negócios enquanto tomava café da manha, não perde essa mania.

- Bom Dia meu amor, dormi sim e você ansiosa para a viagem?

Sorriu tomando um pouco do suco, ela sabia que não, mas vivia perguntando. Oque ela achava, que minha resposta mudaria do dia pra noite?

- Não mama nada ansiosa, oque aquele homem pensa que eu sou, um cachorrinho que ele sente saudades e manda buscar? Poxa ele nos deixou há cinco anos e do nada me pede pra ir morar com ele? - Reviro os olhos enquanto olho para a expressão séria da minha mãe – Ele acha que eu sou burra? Vou ter que parar minha vida aqui por ele.

- Lauren querida já discutimos sobre isso, ele sente sua falta e essa atitude dele veio bem a calhar no momento, tenho que viajar para a Austrália por tempo indeterminado e saber que estará com ele me alivia muito minha filha. Você vai gostar do tempo em LA meu amor e se algo der errado me ligue, a qualquer hora do dia ou da noite que eu mando alguém te levar até mim minha princesa - Mama levantou e veio até mim, plantou um beijo em minha bochecha. Me presenteando com seu lindo sorriso - E não sei por que tanta preocupação a Vero ta indo com você, com a sua prima lá vai ficar mais fácil não acha? - Mamãe sorriu e me deu um abraço de despedida saindo da cozinha. Ao menos me deu chance de responder a sua pergunta obvia.

Depois de alguns minutos perdida em pensamentos, escuto barulho de passos até a cozinha e Vero aparece já pronta para irmos. Ela estava de short jeans desfiado nas pontas, uma regata branca soltinha, vans vermelho e com os cabelos soltos. Vero é minha prima materna, minha mãe é irmã da mãe dela. Há dois anos atrás, os pais de Verônica sofreram um acidente, o avião deles caiu durante uma viagem pelo pacifico e acabaram não resistindo. Minha mãe agora tem a aguarda dela e cuida da revista da irmã mais nova, enquanto Verô ainda não chegou a maior idade.

- Bom Dia Jauregay, animadinha para ver o papa J?

- Bom dia pra você também insuportável,  se falar jauregay de novo eu quebro seu nariz - Terminei meu café e levantei irritada – Animada é a ultima coisa que eu estou Verô.

- Relaxa Jauregay, sabe que te chamo assim por que te amo né priminha e vai ficar tudo bem, eu vou estar lá com você, vou te proteger daquele safados de LA – Pegou uma maça e rodou meus ombros com um dos braços – Ninguém nos conhece lá, já estou ansiosa para começar outra lista.

Gargalhei negando com a cabeça e seguimos juntas para a saída de casa, as malas não estavam mais na copa, oque indica que o motorista já cuidou delas.

- Ok Veranta, vamos logo senão meu pai liga pra reclamar que eu to inventando desculpas para não ir.

O motorista abriu a porta da BMW preta assim que nos viu sair, entramos e sentamos lado a lado no carro. O homem de terno e gravata, mais parecido com um armário de tão musculoso deu partida no automóvel, é isso ai próxima parada aeroporto e depois LA.

(...)                                

Já estava a umas boas horas no jatinho da minha mãe, a distancia não era muita entre LA e Miame para meu azar, já estavam sobrevoando LA e o desejo de pular daquele avião me consumia a cada segundo, é parece que essa viagem vai acabar comigo, dava pra sentir. Que ódio, odeio quando as coisas fogem ao meu controle. Vero estava com os fones de ouvido ao meu lado e mexendo no celular como sempre perdida em seu mundinho.

Assim que o avião pousou, eu e Vero descemos, já a nossa espera avistamos um homem musculoso, cabelos castanhos claros, olhos cor de mel e terno e gravata. O homem estava encostado em um Jeep renegade todo preto.

- Olá senhoritas meu nome é Oliver e sou segurança do Sr. Jauregui – Oliver sorriu gentil e abriu a porta do carro - Queiram me acompanhar, por favor.

-Oi Oliver, eu sou Lauren e essa é a Verônica, não precisa nos chamar de senhoritas ok, temos nomes e pode nos chamar por eles.

Tentei ao máximo ser gentil e acho que funcionou, por que ele riu. Oliver fechou a porta e demorou um pouco para dar partida, até por que as malas ainda estavam sendo colocadas no porta malas. Depois de tudo pronto Oliver entrou no carro e ajeitou o espelho central para nos ver melhor.

-Ok senho... quer dizer Lauren – Gaguejou nos fazendo rir - Gostariam de passar em algum lugar antes?

- Não vai ser necessário Oliver, obrigada.

Coloco meus fones de ouvido e ignoro o mundo a minha volta, Oliver volta a ajeitar o espelho e logo segue seu caminho. Me perdi observando a paisagem paisagem, não podia negar a cidade é realmente linda, vai ser maravilhoso retrata-la em minhas fotos e desenhos. Pelo menos isso aquela cidade tinha que me oferecer.

Paramos em frente a um grande portão preto, levamos bons minutos do aeroporto até aqui, o portão ficava afastado da cidade, em uma estrada privada. O portão protegido por dois seguranças enormes, pelo material do portão não dava pra ver nada do que tinha atrás. Oliver abriu o vidro do motorista e assim que viram que era ele liberaram a entrada. Oliver seguiu por um caminho de areia, em volta varias arvores e verde, em segundos uma casa incrível surgiu. Continha dois andares e era feita de pedras cinzas e paredes da mesma cor, algumas janelas de vidro apareciam, parecia ter um grande espaço nos fundos também.

Olhei para Verônica e a mesma cena beirava ao ridículo de tão engraçada. Ela estava de olhas arregalados e me cutucando igual uma retardada, como se nunca tivesse visto algo tão bonito na vida.

- Ai Vero, assim você vai abrir um buraco no meu braço desgraça.

Passei a mão pelo braço que doía por causa das diversas cutucadas de Verônica, que continuava encarando a casa parecendo apaixonada.

- Desculpa Laur, mas cara o papa J tá com a bola toda em, ele virou oque presidente?

- Imbecil o presidente mora na casa branca e acho que ser o maior distribuidor de automóveis e dono de uma marca de carros da esse poder a ele - Vero me olha com uma cara feia e me deu um tapa – Filha da puta doeu, por que fez isso?

Oliver parou o carro e desceu para abrir a porta. Verônica me ignorou e desceu do carro me puxando pra fora, em seguida se me deixar ao menos pensar começou a andar afobada em direção a casa, oque me fez perceber Oliver disfarçar um riso. Ai eu mato essa retardada por esse mico, há se mato.

Demos a volta pela parte de fora e não vou negar meu queixo caiu, dava pra ver a cidade toda de onde estávamos, a piscina ficava perto de um pequeno píer suspenso, com duas mesa redondas, uma pequena e outra maior. Na frente um sofá que parecia de ferro, em cima dava pra ver o acolchoamento branco impecável. Podia ver que a sala de onde estávamos, até por que era aberta, sala essa que na frente tinha uma varanda enorme também de frente para a cidade, com uma rede branca linda, alguns pufes e cadeiras longas pretas e prata.

Entramos pela sala, percebi que a casa é ainda maior por dentro. Michael entrou em meu campo de visão, descendo sorridente pela escada, como sempre usando terno e gravata, os cabelos perfeitamente arrumados e os sapatos lustrosos. Antes que pudesse impedir ele me abraça de surpresa, mas diferente de Verônica eu não correspondo.

- Meninas vocês estão lindas, não acreditei ao vê-las pela sacada do meu quarto, estava morrendo de saudades. Como cresceram – Veio com todo aquele papo de pai babão, me fazendo revirar os olhos e preferir o interior da casa a olhar pra ele.

- Tio o senhor esta bonitão em, se não fosse mais velho te pegava - Vero gargalha com Michael, que a abraça mais uma vez.

- Obrigada pequena Vero, você também esta maravilhosa – Michael fez Verônica dar uma volta e sorriu orgulhoso – Então filha, quer conhecer seu quarto, você também Verô?

- Claro ou você achou que dormiríamos no sofá? - Disse rude cruzando os braços, odeio quando ele age como se nada tivesse acontecido.

- Ok irritadinha, deve estar assim por causa da viagem, venha vou levar vocês para seus quartos.

Como sempre Michael dando de cínico, vida seguindo normal. Estávamos subindo as escadas, mas parei com a visão da linda morena que descia. Ela usava um vestido branco rodadinho, um all stars da mesma cor, um laço preto nos cabelos longos e assim que nos viu parou ao lado de Michael, fiquei encantada por seus olhos. Nunca vi castanhos tão bonitos antes.

- Meninas essa é Camila minha enteada, Camila essas são Lauren - Apontou pra mim e a Camila sorriu, meu deus e que sorriso - Essa é Verônica, minha sobrinha - Apontou para a Vero, que como uma boa afobada deu um abraço na menina.

- Olá Vero - Camila se separou de Verônica sorrindo e vei até mim - Olá Lauren.

Meu nome parecia tão mais bonito quando ela falava, disso eu tinha certeza. Para a minha surpresa Camila me abraçou e seu perfume me nocauteou, ela tinha um cheiro maravilhoso de flores, seu cabelo exalava um cheiro hipnotizante de morango. Quem é essa garota?

- Prazer – Forcei a garganta me afastando e tentando manter a compostura - Camila neh? – Fingi não gravar o nome, ela balançou a cabeça em concordância ainda sorrindo - Então foi ótimo te conhecer mais temos que arrumar nossas coisas, não é Michael?

Olhei para Michael, que assente nos levando em direção aos quartos. Michael parou em frente a uma porta preta com um “L” dourado no meio, ficava no final do segundo andar.

- Esse é seu quarto querida, todos os quartos têm essas iniciais nas portas, para não corrermos o risco de nos perdermos ou nos enganarmos de porta, apenas o meu e o de Sofi tem cores diferentes - Michael dava explicações desnecessária sobre portas, cara doido já falei isso? – Bom seus pertences estão ai dentro, enquanto eu levo Verônica ao seu devido quarto, você pode arrumar as suas coisa e descansar um pouco, peço para alguma empregada avisar quando o almoço estiver servido.

Não respondi nada e entrei em meu quarto pelos próximos dois anos. Assustei-me com a bagunça, minha mãe não brincou quando disse que mandou uma lista de compras para o meu pai, tinha literalmente tudo que ela sabia que eu precisaria, vi a quantidade de caixas ali e pensei em como irei arrumar tudo aquilo sozinha, principalmente minhas coisas do muay thai. Tenho que arranjar um lugar onde possa treinar sem fazer barulho aqui dentro, odeio estar treinando e ficar escutando reclamações dos outros me irrita ainda mais.

Parece que Deus ouviu minhas orações, por que Vero entrou no quarto toda animada com o quarto novo, tagarelando e me puxando para me sentar na cama king size, que por sinal era bem macia. Ela estava falando tão rápido que estava difícil entender alguma coisa.

- Vero respira, assim você vai ter um ataque, fala tudo de novo por que você não é o Eminem não gata.

- Essa casa é incrível, me apaixonei pelo meu quarto e que bagunça toda é essa, trouxe Miame inteira pra cá? – Riu voltando a lançar palavras atrás de palavras, sem ao menos me deixar responder continuou – Ficou babando pela nova irmãzinha né vadia, já ta querendo catar a menina no primeiro dia? Não achei que a Jauregay iria atacar tão rápido assim.

- Primeiro Verônica, chega dessa parada de Jauregay, segundo eu não quero pegar ninguém você sabe muito bem que desde o meu termino com Ariana não consigo pensar em ninguém do mesmo jeito, então não pega no meu pé não vadia - Dei um tapa em sua cabeça e levantei para começar a arrumar toda aquela bagunça.

-Ai! Laur doeu ta, você esqueceu que eu sou frágil? E outra já te falei pra esquecer a Ariana, ela te traiu prima. Parte pra outra, deixa ela pra la e segue em frente criatura. Quem vive de passado é museu.

Ainda doía saber que a primeira pessoa por quem me apaixonei me traiu, mais não quero falar disso agora, nem nunca mais, ainda era recente e falar sobre ainda machucava muito. Tirei aqueles pensamentos da cabeça e abri uma das caixas, achando alguns livros da escola e pessoais.

- Verô faz algo que presta e me ajuda, depois eu te ajudo com o seu pode ser? – Fiz biquinho, ela sempre faz oque eu quero quando faço biquinho.

- Ok Laur eu te ajudo, até por que ambas sabemos que você é uma lesma em questão de arrumação, mas assim que almoçarmos você me ajuda com o meu.

Concordei e pedi pra ela ir abrindo as caixas, fiquei com o quarto e ela com o closet, as roupas estavam em cabides plásticos dentro das caixas, para evitar que fossem danificadas ou amassadas.

Pra dar uma animada conectei meu celular na tv e coloquei uma playlist qualquer o Spotify pra tocar, odiava fazer essas coisas no silencio, pareciam demorar décadas em minha opinião.

P.O.V Camila

Meu nome é Camilla, Karla Camila Cabello Estrabão. Pelo amor da santa Gaga me chame de Camila, acho Karla muito formal. Minha mãe Sinuhe casou com Michael Jauregui faz quatro anos, eles são sócios a muito tempo e começaram a namorar depois de um tempo depois da separação de Michael, então aqui cá estou eu. Você deve estar se perguntando “Camilla cadê o seu pai?” A resposta é, meu pai morreu de overdose a alguns anos eu tinha 10 anos de idade quando aconteceu, meu pai Alejandro nunca foi de usar drogas, mas depois de alguns anos isso mudou e acabou que a situação não melhorou e isso o consumiu, eu vi meu pai se acabar dia após dia, vi o homem carinhoso e amoroso que me criou se transformar em minha frente.

Minha mãe ficou arrasada por um longo tempo, na época ela e Michael eram apenas amigos, na verdade ela, Michael e Clara eram grande amigos, quando tudo aconteceu ele estava sempre ali por ela, cuidando dela e protegendo. Michael sempre foi muito presente, sempre ajudou com oque precisássemos. Quando eles se casaram eu não pude conter a felicidade, eu tinha ganhado outro pai. No ano seguinte Sofia nasceu e tudo pareceu ficar ainda melhor. Lauren a filha de Michael nunca nos visitou ou apareceu no casamento, a única que tinha algum contato com ela era Sofia, que falava por vídeo chamada com a meia-irmã, sempre que Michael tentava apresentar outro alguém ou tentava conversar com a filha ela desligava. Deixando claro que a única ali que importava era Sofia.

Sofia é minha pequena princesinha, tem apenas três anos, mas é muito inteligente e arteira para sua idade. Mama diz que ela parece muito comigo quando pequena, temos até a mesma cor de olhos e o mesmo nariz, chega a ser engraçado.

Hoje eu conheci finalmente conheci a filha e a sobrinha de Mike, Lauren tem lindos olhos verdes, dos quais nunca vi igual em minha vida, pareciam esmeraldas que te deixam hipnotizada de primeira. Sofia tinha razão ao achar que ela pintava os olhos com giz de cera, pareciam irreais demais pra ser verdade. Quando a conheci tive a certeza de quanto Lauren é reservada, ela se esquiva quando o assunto é a aproximação de estranhos. Eu não sei o que é, mas estou vidrada nessa garota, o que me é muito estranho, por que nunca senti isso por garota nenhuma na minha vida. Ela é como um grande mistério pra mim. Há Prima dela Vero me parece uma menina muito legal, meio fora da casinha também, mas legal.

Como hoje é sábado e costumamos almoçar em família, estava só esperando isso pra poder sair e encontrar com Dinah, Dinah essa que estava maluca pra saber sobre minha “irmã” e sua prima.

Ouvi batidas na porta e logo Mike apareceu com a cabeça na fresta. Seu sorriso gentil desenhado em seus lábios e agora usava roupas mais confortáveis, livre do terno e da gravata que usava todos os dias.

- Camila, posso entrar?

-Claro Mike entre.

- Poderia chamar Lauren e Verônica para almoçarem, achei melhor mandar você a uma empregada, preciso tirar sua irmã daquele quarto, esta lá a horas com aquelas bonecas – Gargalhei e concordei, Sofia sempre foi muito calma, então nunca dava trabalho quando mama não estava, na verdade ela nunca dava trabalho – Me faria esse favor?

- Claro, quer que eu chame agora?

- Por favor, com aquele som alto tenho medo do que vou encontrar ao abrir a porta – Gargalhou e abriu mais a porta.

Sai de meu quarto junto com Michael, que seguiu para o quarto de Sofia e eu para o de Lauren que era duas portas depois do meu.

Bati na porta e não ouve resposta, bati de novo e sem respostas, então decidi entrar pra ver se estava tudo bem. A música estava alta e elas pareiam ignorar o mundo aqui fora, podiam não ter me ouvido. Assim que entrei vejo Lauren em cima da sua cama pulando e cantando de forma animada, Verônica por sua vez cantava e dançava com roupas nas mãos, rindo junto da prima.

Lauren me percebeu depois de um bom tempo, pulou da cama e abaixou a musica, seu olhar me fez tremer dos pés a cabeça. Por que ela parecia tão raivosa? Gostei mais de quando estava sorrindo e dançando.

- Não sabe bater não minha filha?- Lauren cruzou os braços e levantou as sobrancelhas.

Por que aquele movimento me pareceu tão bonito?

- Na verdade eu até bati, bati duas vezes pra ser sincera, mas não me ouviram por causa da música alta, me desculpe se atrapalhei.

- Não liga não Miss Bundão – Verônica tentou quebrar o clima me fazendo rir, mas Lauren permaneceu quieta, me encarando de cima a baixo – A Lauren só ta nervosa, você vai se acostumar com o humor dessa ai – Lauren revirou os olhos e voltou a arrumar suas coisas pelo quarto.

- Não tudo bem, só vim avisar que vão servir o almoço, costumamos almoçar na piscina aos sábados. Michael me pediu para avisar.

Sorri de lado e virei as costas, estava preparada para sair, mas alguém puxou meu braço e me fez parar.

- Sinto muito por ter sido grossa, só estou uma pouco nervosa com a mudança, não queria ter descontado em você, me perdoa? – Lauren estava muito perto de mim, me perdi naqueles olhos, não conseguiu formular uma resposta descente

Lauren forçou a garganta chamando minha atenção. Oque foi isso?

-N..não tudo bem, eu entendo como deve ser estressante ter que arrumar uma mudança – Disse sorrindo e automaticamente ela sorriu também, realmente ela ficava ainda mais bonita sorrindo.

Lauren sorriu de lado e me soltou, praticamente sai correndo do quarto. Soltei o ar de meus pulmões, ar esse que eu nem sabia que estavam presos, meu coração batia tão rápido e eu não sabia por que.

Estranho eu nuca senti uma coisa dessas antes, que efeito é esse de Lauren? Resolvi deixar isso pra lá e desci para almoçar. Passei pela sala e vi minha mãe e Sofia já sentadas e baixo do guarda sol, a mesa arrumada a sua frente e a bela vista atrás delas. Como de costume os empregados tiraram o sofá e as mesas, colocando uma mesa redonda com guarda sol e as cadeiras em volta.

- Olá mama, chegou agora?

- Sim mi hija, acabei de chegar, sua irmã estava me contando sobre a ida ao zoológico – Minha mãe sorriu para Sofia, que tinha sua pequena ursinha Nala no colo, presente de Dinah quando foi conhecer minha irmã pela primeira vez, desde então a baixinha nunca mais soltou o ursinho – Ela me disse que você colocou nos ombros para ver os ursos.

- Ela me colocou alto assim mama.

Sofia levantou os braços o máximo que podia, arrancando risadas minhas e de minha mãe.

- Vamos voltar no sábado que vem não é Sofi, não conseguimos ver os pinguins.

Minha irmã bateu palmas de forma animada e voltou a brincar com Nala, iniciei uma conversa aleatória com minha mãe, esperando por Michael, Lauren e Verônica aparecerem. Michael foi o primeiro a se juntar a nós, como de costume Sofia sentou em seu colo e fez o pai contar sobre seu dia, Sofia era muito agarrada a Michael. Lauren e Verônica juntaram-se a nós em poucos minutos, a filha de Michael travou ao ver minha mãe e Sofia no colo do meu pai, já Verônica a puxou para sentar.

- minha filha que bom que estamos todos aqui, quero te apresentar minha mulher Sinu – Mike apontando para minha mãe que sorriu, Lauren apenas deu um aceno de cabeça – E essa princesinha aqui é sua irmã Sofia.

Sofia pediu para descer e depois que Mike a colocou no chão, minha irmãzinha correu até Lauren e pediu colo, fazendo Lauren sorrir da mesma forma que sorria no quarto. Quando Sofia sentou em seu colo a filha de Michael pareceu criar uma bolha com minha irmã. Ignorando todos a mesa.

- Bom olá dona Sinu me chamo Verônica, mas pode me chamar de Vero se quiser – Verô se apresentou e levantou para abraçar a minha mãe, que logo retribuiu com um largo sorriso - E você fofinha tudo bem? – Verô quebrou a bolha entre Lauren e Sofi.

Minha irmã sorriu pra ela e a abraçou, logo agarrou o pescoço de Lauren, como se fossem velhas conhecidas.

- Prazer em te conhecer Sinuhe.

Lauren sorriu sem mostrar os dentes, como se fosse horrível ser educada, já minha mãe sorriu feliz, mostrando todos os dentes e liberando aquela aura maravilhosa dela.

- Sinuhe é muito formal, pode me chamar só de Sinu querida.

- Estou bem com Sinuhe – Lauren desviou a atenção para Sofia e sorriu – E você minha princesinha, gostou da surpresa?

- Eu gostei muito, agora eu tenho a minha boo e a minha lern na mesma casa, sou a criança mais feliz do mundo inteiro – Sofia gargalhou abraçando Lauren, que sorriu e acariciou os cabelos da mais nova.

O almoço foi servido e Sofia não desgrudou um único minuto de Lauren, que pareceu não se importar em almoçar e dar o almoço da menor. Verônica e minha mãe pareceram se dar muito bem, Lauren só conversava com Sofia ou Verônica, quando falava alguma coisa era pra responder alguma pergunta ou ser educada.

Oque tem de errado com ela?