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História Say you love me - Sincerity.


Escrita por: LoverA

Notas do Autor


Good Read *_*

Capítulo 2 - Sincerity.


Fanfic / Fanfiction Say you love me - Sincerity.

P.O.V Lauren

- Precisava ser tão fria assim com a moça Jauregui? Ela só estava sendo simpática.

Verô como sempre começou a tagarelar, o almoço já tinha acabado há um tempo e minha prima não parava de me encher a paciência, o foco dela? Minha suposta grosseria com Sinuhe. Só por que não fiquei de sorrisinhos e conversinha fiada eu tinha sido grossa? Eu não tinha por que gostar dela, não tinha por que ser simpática, foi por ela que Michael não voltou, ela lhe deu outra filha, lhe deu outra família e eu? Bem eu fiquei sozinha, enquanto ela levava tudo que era meu.

- Não gosto dela Vero e você sabe disso – Sentei em minha cama e cruzei as pernas, até quando ela ficaria com essa conversinha?

- Você nem a conhece direito Lauren, para com essa atitude infantil e tentar arranjar um jeito de se dar bem com a moça, ela esta sendo gentil com você e você fica olhando com cara de pamonha, que é bem normal por que sua cara já é de pamonha mesmo, mas seu modo de falar foi horrível Laur. Cadê a educação que a tia Clara te deu?

- Chega Verônica, chega de lição de moral, podemos arrumar logo essa bagunça?- Levantei e terminei de guardar alguns cd’s que estavam jogados em cima da cama.

Verônica suspirou e voltou a me ajudar, ela sabia que não tiraria mais nada de mim, sabia que aquela conversa tinha acabado e isso me deixava mais calma, sempre odiei receber lição de moral, principalmente se viesse de Verônica. Ela sempre se achou dona da razão de mais, mas quando a coisa aperta é pra mim que ela corre, pra grossa e fechada prima que a protege de tudo e todos.

(...)

Já tinha anoitecido quando acabamos de arrumar tudo, tanto o meu quanto o quarto de Verônica estavam perfeitamente arrumados, finalmente tínhamos acabado.

- Meninas posso entrar? – Michael bateu na porta, não ousou abri-la oque me deixou satisfeita. Permiti sua entrada e logo ele tomou nosso campo de visão – Vim avisar que já estão matriculadas na Los Angeles High e que o matéria de ambas como viram estão em seus devidos quartos.

Quando ele ia sair do quarto o interrompi, precisava saber onde colocar o resto das minhas coisas de treino, no meu quarto não ia dar.

- Michael tem algum lugar em que eu possa colocar o meu material de luta?

- Claro, peça para Oliver vir apanha-los, sua mãe não me deixou esquecer desse detalhe – Sorriu e esperou por um sorriso de volta, sorriso esse que ele com certeza não recebeu – Pedi que fizessem uma academia lá em baixo, já esta totalmente equipada, Oliver vem pegar o resto ainda hoje.

Agradeci e Michael saiu todo sorridente do meu quarto, eu não agradeci por que quis, mas sim por que precisava ser educada, realmente minha mãe tinha me dado educação, eu que não usava muito.

Avisei a Verônica que iria procurar Oliver e que iria me recolher depois. Minha prima disse que estava cansada e que iria dormir, então a deixei em seu quarto e tomei o corredor do segundo andar. Assim que cheguei à sala vi Camila esparramada no sofá, ela avisou que sairia depois do almoço e pelo visto levou pouco tempo na rua. Como não sabia onde Oliver poderia estar decidi perguntar, Camila estava concentrada no desenho que passava na televisão e não percebeu minha aproximação.

Ela ainda usava o short jeans e a regata de horas atrás, agora os pés descalços livres do all star, os cabelos castanhos longos presos em um coque frouxo e livre do lacinho que ela sempre parecia usar. Continuava linda em minha opinião, com ou sem laço.

- Desculpa interromper, mas você sabe onde eu posso encontrar o Oliver?- Perguntei meio envergonhada, não sei por que estava envergonhada perto dela, ninguém tinha esse efeito sobre mim.

- Claro se quiser te levo até ele.

Camila sorriu de forma gentil, seus olhos castanhos pareciam brilhar e sua voz calma parecia musica em meus ouvidos, quem é essa garota?

- Seria ótimo, obrigada – Agradeci enquanto a seguia pela casa.

 Descemos alguns lances de escada perto da piscina, parecia dar para uma construção embaixo da casa, sem bater Camila abriu a porta preta embutida na parede e sorriu me chamando com a mão para segui-la. Um lance de escadas depois encontramos Oliver e mais três seguranças, o lugar é bem arejado e percebi que o ar-condicionado deixava a temperatura mais aceitável.

Os seguranças conversavam distraidamente, os vários monitores mostravam imagens de todos os castos externos da casa, assim como alguns pontos da floresta, portão e terreno. Realmente Michael era maluco por segurança, não podia culpa-lo na verdade, ser conhecido e ter uma das maiores marcas de automóveis do mundo era perigoso, ele como minha mãe presavam pela segurança, tanto de suas empresas e negócios, quanto de suas casas e vidas sociais.

- Desculpe Oliver – Chamei a atenção do segurança, que parou de conversar e me encarou – Michael disse que poderia lhe pedir um favor, meu material de luta esta no meu quarto e preciso dele na academia, pode resolver esse problema pra mim?

-Claro Lauren, pego agora mesmo em seu quarto – Oliver levantou de imediato, arrumando o terno.

- Obrigada Oliver, vai me livrar de boas horas de arrumação.

O homem riu e pediu para um dos seguranças segui-lo, logo ambos saíram da sala e sumiram pelo pequeno corredor que nos levou até ali. Acompanhei Camila de volta a superfície e fiquei sem saber oque falar, não sabia ao menos como agir. Oque estava acontecendo comigo?

- Bom já que cumpri meu dever te ajudando, por que não te levo em um tour – Camila sorriu de lado e encarou a vista como eu – Você precisa conhecer seu novo lar.

- Claro eu adoraria, mas esse não é meu lar Camila, eu não vou ficar por muito tempo.

Ignorando minha resposta mal humorada Camila me puxou pela casa. A dona dos olhos castanhos me mostrou cada canto, desde a cozinha até a sala de jogos. O segundo andar era tomado pelas suítes, o escritório de Sinuhe e Michael, e a sala de brinquedos de Sofia. O primeiro andar continha a sala, copa, cozinha, sala de jantar, adega e sala de jogos. Do lado de fora a piscina, o “QG” dos seguranças, garagem e academia, os últimos dois lugares foram os que mais chamaram minha atenção, realmente Michael não brincou, eu tinha tudo oque precisava na academia. Já a garagem tinha por volta de uns oito veículos de modelos e cores diferente. Um verdadeiro sonho.

Toda a casa é envolvida em toda tecnologia e luxo que o dinheiro poderia pagar, se tem uma coisa pela qual não posso reclamar de Michael é que ele nunca deixou nada faltar, bem ele nunca deixou que nada material faltasse.

Enquanto Camila me mostrava melhor a casa, decidimos nos conhecer melhor e no pouco tempo de conversa descobri que ela é Cubano-Americana, que gosta muito de One Direction e Ed Sheraan, gosta muito de cantar e sua comida favorita é pizza. Camila me contou que sua melhor amiga se chama Dinah Jane e que ela joga no time de vôlei feminino. Verônica com toda certeza adoraria essa tal de Dinah, já que minha prima pretende entrar no time da escola.

Quando voltamos à piscina me juntei a Camila na borda, sentamos lado a lado e como se fosse combinado colocamos os pés na água

- Então, te contei muitas coisas sobre mim, quando vai me contar algo sobre você? – Camila me olhou curiosa, sempre com o sorriso animado no rosto, ela parecia uma criança grande.

- Pergunte o que quiser e eu respondo – Sorri de lado e comecei a mexer as pernas na água.

- Cantor ou cantora favoritos?

- Lana Del Rei.

-Hobby favorito?

-Lutar.

- Sério?! O que você luta? – Seu sorriso pareceu aumentar e seus olhos brilharam, confesso que me senti perdida.

- Muay thai, luto desde os onze anos.

- Adoraria te ver treinar qualquer dia desses, deve ser divertido – Camila sorriu e encarou a vista da cidade.

- Só marcar e estarei lá – Rimos juntas e quando os olhos de Camila voltaram a tomar os meus, me senti fugindo do mundo, me senti presa às esferas acastanhadas.

O silencio tomou conta e só oque podíamos ouvir era o barulho da natureza e o som de nossas respirações, Camila me encarava de uma forma intensa, ninguém nunca me olhará assim antes, ela me estudava como se eu fosse um grande mistério, um mistério que ela faria de tudo para desvendar. Seu olhar parecia me mostrar sua alma e tudo que eu via era o quanto eles pareciam verdadeiros, o quanto pareciam acolhedores e gentis. Ela era diferente com toda a certeza.

Sem que eu percebesse começamos a nos aproximar, quando percebi estávamos com os rostos muito perto, a respiração de Camila já batia em meu rosto e seu hálito de hortelã me inebriou. Respirei fundo e percebi oque estava a ponto de acontecer e me afastei, oque acarretou em um pequeno susto pela parte de Camila, que voltou ao assuntou anterior. Buscando quebrar o clima tenso que se formou por um tempo.

Eu iria mesmo beija-la?

- E a sua mãe como é, oque faz?

- Ela é Dona da Victoria Secrets, ela tem cabelos curtos, um pouco mais corada que eu e os olhos verdes um pouco mais escuros também – Sorri lembrando de minha mãe e suspirei – Ela é a melhor mãe do mundo com toda a certeza.

- Ela me parece linda, mas é serio que ela comanda a VS?! Como nunca soube disso, sua mãe é super famosa, como você gata desse jeito não é modelo? Dinah vai pirar quando eu contar – Camila começou a falar muito rápido, quando percebeu oque falou por ultimo tampou a boca e arregalou os olhos, como se fosse uma criança que acabará de falar besteira.

- Bom eu nunca curti muito essas coisa de moda e atenção, então nunca me envolvi muito nesse meio – Procurei ignorar o elogio, até por que Camila parecia que ia explodir de tanta vergonha – Gosto da estar atrás das câmeras, não na frente delas.

Sorrio de lado e Camila abaixa os olhos envergonhada. Continuamos a conversar sobre tudo e nada ao mesmo tempo, às vezes sobre coisas serias e outras sobre coisas do cotidiano, como series e filmes. Uma das empregas avisou que iria apagar as luzes e que Michael nos levaria para sair amanha.

Quando a mulher se foi Camila levantou e sorriu de lado ajeitando os cabelos agora soltos. Acompanhei a mais nova até o interior da casa e depois até seu quarto, o assunto entre nós parecia nunca ter fim, tudo parecia bom o suficiente para ser comentado ou argumentado.

Ao chegarmos a seu quarto sorri de lado e me apoiei no batente da porta.

- Boa noite Lauren, durma bem - Camila beijou meu rosto de forma delicada, assim que senti seus lábios em minha bochecha, tudo pareceu parar, senti um friozinho na barriga e parecia que mil borboletas brigavam por espaço no meu estomago.

Oque estava acontecendo comigo?

-B-boa noite Camila, até amanha.

Sorri em despedida e logo a latina fechou a porta do quarto, sorri de lado e segui para o meu.

Decidida a descansar tomei um bom banho, escovei os dentes e coloquei um pijama soltinho de seda preta. Deitei e coloquei meu celular para carregar, liguei o ar e fiquei longos minutos encarando o teto. Não percebi que acabei dormindo com um sorriso bobo  nos lábios.

***

Acordei com o sol invadindo o quarto, me soquei mentalmente por não ter fechado as janelas. Demorei alguns minutos para me situar, levantei bem devagar e fui em direção ao banheiro fazer minha higiene pessoal. Tomei um banho bem demora por sinal, lavei os cabelos e parecia que Camila não saia da minha cabeça, a noite que passamos conversando voltava diversas vezes em minha cabeça, me causando sorriso bobos sem que eu notasse.

Sai do banheiro e entrei apenas com a atoalha na cabeça no closet, pequei minha calça jeans branca rasgada, meu adidas branco e preto de cano medio, regata preta com desenhos brancos e minha jaqueta de couro branca.

Vesti-me, sequei os cabelos, fiz uma maquiagem destacando meus lábios e meus olhos e me olhei no espelho vendo se faltava mais alguma coisa, quando coloquei em minha mente que estava perfeito me perfumei e coloquei um dos meus cordões e anéis prateados, se tem uma coisa que eu adoro é acessório.

Fui ver se Vero já tinha acordado e assim que entrei em seu quarto percebi que acordei muito cedo, como odeio ficar sozinha e amo irritar minha prima decidi acorda-la. Verônica estava toda encolhida e enrolada nos lençóis, quem não conhece até imagina que é um anjo.

Aproximei-me de seu ouvido e gritei com todo o meu amor e carinho.

 - Acorda Verônica, a casa ta pegando fogo anda logo.

Afastei-me e a cena a seguir foi cômica, Verônica se embolou para sair da cama e caiu no chão enrolada nos lençóis, ela bateu com tudo mais mesmo assim levantou e pegou um travesseiro, ela o levantou como se fosse uma espada e olhou em volta de olhos arregalados, como se com aquele objeto fofinho ela pudesse se proteger.

Quando percebeu que estava tudo bem me encarou, seus olhos se pudessem explodiriam minha cabeça, suas narinas estavam infladas e sua respiração estava desregulada. Que orgulho de mim mesma.

 - Porra Lauren qual é o seu problema? – Verô me tacou o travesseiro e bufou – Você podia ter me matado, não se pode acordar alguém assim, por Deus.

Verônica colocou as mãos no peito e respirou fundo

- Você tinha que ter visto sua cara garota – Ri com todas as minhas forças, a cena passado em minha cabeça como um filme, as lagrimas já rolando e a conhecida dor na barriga surgiu – Nem vem me bater por que não da tempo, vai se arrumar senão vamos nos atrasar, sabe o quanto Michael é doido com horários

Continuei rindo da cara dela e sai correndo antes que Verônica me batesse de verdade, passei em frente ao quarto de Camila, pensei em bater, mas logo tirei essa ideia da cabeça, o que eu falaria depois de bater na porta? “Oi Camila, eu estava passando e decidi dar bom dia”, ou sei la, “bom dia Camila, só vim ver se você tinha dormido bem”. Tudo parecia ridículo demais em minha cabeça pra ser sincera.

- Merda Lauren, você parece retardada, bater na porta de uma pessoa para perguntar se ela dormiu bem? Tira isso da cabeça e vai tomar seu café.

Falei comigo mesma e respirei fundo tirando aquelas ideias sem noção da cabeça, devia ser fome com certeza. Não demorei a chegar à cozinha, apenas a empregada estava ali arrumando a mesa. Uma senhorinha que aparentava ter por volta de seus 50 anos, cabelos grisalhos presos em um coque perfeito e diferente das outras empregas, que usavam vestidos simples pretos e avental branco, ela estava com um vestido azul claro soltinho, sapatilhas da mesma cor e com o avental de corpo todo branco.

- Bom dia.

Desejei a empregada e sentei-me sorrindo.

- Bom dia senhorita Lauren – A empregada sorriu, um sorriso caloroso e gentil.

- Desculpe, qual é o seu nome? – Perguntei lhe mandando um sorriso delicado, para não correr o risco de parecer grosseira.

- Meu nome é Maria dona Lauren.

-Bom Maria, vamos fazer uma coisa? Você me chama só de Lauren ok? – Sorri e me servi um pouco de suco de laranja.

Ouvi passou atrás de mim e não ousei virar ao sentir o cheiro amadeirado de Michael.

- Bom Dia Maria – Michael desejou sentando em sua cadeira de patriarca, depois de passar por mim e beijar meus cabelos, ato esse que ignorei com perfeição – Bom dia filha, dormiu bem?

Apenas assenti e continuei tomando meu café, enquanto ele se servia de café e leite, abria o jornal e deixava o silencio reinar. Ótimo não queria conversa de qualquer maneira.

Escutei a porta da cozinha abrindo, Vero e Camila entraram conversando animadamente sobre algo e rindo como velhas amigas.

- Bom dia tio Mike, bom dia pra você destruidora de sonhos – Vero sorriu para o meu pai e mandou língua pra mim. Mandei língua de volta e ela sentou á minha frente, se servindo também.

- Bom dia Lauren, bom dia Mike – Camila deu um beijo na bochecha de Michael e depois se sentou ao lado de Verônica.

- Bom já que as três estão aqui tenho noticias – Michael bateu palmas animado e sorriu – Já que as três tem idade suficiente para ter um carro, decidi leva-las até uma das concessionárias hoje, oque acham?

- Acho que o natal chegou mais cedo e eu fui uma ótima menina.

Verônica brincou fazendo Michael gargalhar feliz. Dei de ombros e diferente de Camila e Verônica pra mim tanto faz.

- Então terminem o café e me encontrem daqui a pouco, tenho que fazer uma ligação e depois poderemos ir – Continuei concentrada em meu café e não respondi.

Apenas Camila, Verônica e Michael conversavam, quando Michael saiu pra fazer sua ligação às únicas vozes que eu conseguia ouvir eram de Verônica e Camila, as duas pareciam animadas em ganhar um carro novo, mas eu não poderia ligar menos, não seriam presentes ou carros que melhorariam minha relação com Michael, espero que ele saiba disso e que não esteja tentando me comprar.

Assim que as duas terminaram o café da manha saímos juntas e esperamos por Michael, que não demorou muito a voltar de sua ligação. Seguimos juntos até a saída e Oliver já nos esperava do lado de uma Land Rover preta com detalhes prateados. Fui a primeira a entrar, Camila e Verônica sentaram atrás comigo, Michael sentou no banco da frente ao lado de Oliver.

Todo o caminho até a concessionária foi feito entre conversas animadas entre todos, menos eu é claro, estava ocupada demais com meu celular para ouvir as piadinhas e conversa animada entre elas, Michael e Oliver, não sei quando alcancei o ponto de não conseguir suportar a voz do meu próprio pai. Não quando há anos atrás eu tinha Michael como meu herói.

Ao chegarmos à concessionaria Michael foi o primeiro a descer, logo depois Verônica, Camila e eu, Oliver disse que estacionária o carro e logo estávamos apenas nos quatro novamente. Michael nos levou ate o interior do lugar e um homem que aparentava seus quarenta anos, de cabelos com alguns fios grisalhos e bem vestido nos recebeu com um sorriso enorme. Ele e Michael pareciam velhos amigos enquanto conversavam, Verônica e Camila já tinham se afastado e eu não estava diferente, diferente das concessionarias que já fui essa tinha carros e motos, da todas as cores que poderiam e não poderia imaginar.

Cada um dos automóveis tinha sua beleza e eu não poderia estar mais animada, se tinha algo que eu gostava era de carros, principalmente motos, eu sempre fui louca por velocidade e tudo que envolve a construção dessas maquinas de velocidade.

- Oque achou?

Michael apareceu ao meu lado, a nossa frente um magnifico Dodge Viper SRT 8.4 V 10, a cor prateada e os detalhes em preto no capô e teto completavam sua beleza, os vidros abertos permitindo que os clientes tivessem uma visão mais privilegiada. Uma verdadeira obra de arte.

- É um Dodge Viper, a única palavra que posso usar pra descrever um carro assim é perfeição.

Olhei todo o carro pela parte de fora, Michael estava ao meu lado fazendo o mesmo. Esse não é meu primeiro carro e todos os carros da minha mãe foram escolhidos por mim, eu sempre fui ótima com essas coisas.

 - O motor é dianteiro, cilindro 10 em V, tem 654 cv a 6200 rpm, uma maquina – Michael falou enquanto analisávamos toda a “estética” do carro.

- Ele tem injeção multiponto não é?

- Pelo visto seu gosto por carros continua o mesmo – Dei de ombros e abri a porta para analisar melhor o interior – Você fica mesmo bem em um desses.

 Michael sorriu, revirei os olhos e senti os bancos de couro, coloquei às mãos no volante multifuncional. Realmente aquele carro não tinha nada de errado, o luxo o revestia de dentro pra fora, sua beleza ia do apoio entre o motorista e o carona, até o equipamento de som. Uma bela peça

- Qualquer um fica bem nesse carro – Sai e fechei a porta com cuidado – Ele é perfeito.

- Por que não escolhe esse, você sempre gostou de carros assim.

- O único problema é que se escolher qualquer carro desses, vou querer deixa-lo ainda melhor e isso custa caro.

Encarei o carro como se fosse um sonho impossível, não é só a melhora do carro que seria cara, o carro em si já era caro e teria custos, custo esse que eu arcaria com minha mesada, então não queria gastar muito e precisar de Michael mais do que já preciso.

- Que tal um acordo? – Encarei Michael e seu sorriso animado me deixou em alerta – Eu pago pelo carro e pelas peças que for precisar.

- Ai tem, você está facilitando demais.

- Você vai arcar com todos os custos adicionais como gasolina, multas e seguro – Michael cruzou os braços em desafio e sorriu de lado – Vai cuidar pessoalmente da troca e revisão do carro, ela vai ser sua responsabilidade.

- Como se eu fosse deixar alguém chegar perto do meu carro sem necessidade – Revirei os olhos e sorri cruzando os braços, olhei o carro mais uma vez e sorri de lado – Eu topo o seu desafio Michael.

- Quem disse que é o único? – Encarei Michael sem entender e me preocupei com seu olhar decidido – Tenho um presente de boas vindas, o carro é um acordo e o presente é outro e ele sim vai te dar trabalho.

Michael fez sinal com a cabeça me pedindo pra segui-lo, descruzei os braços e o segui sem pestanejar, meus olhos grudados em cada carro que passávamos. Verônica e Camila conversavam entre risos perto de uma Mercedes prata. O assunto parecia divertido, por que as duas não paravam de rir envolvidas em sua própria bolha. Logo os carros foram substituídos por motos, cada uma com sua beleza individual, algumas mais brutas e outras mais clássicas. Michael parou em frente a uma Harley-Davidson LifeWire.

Eu não conseguia acreditar, ouvi que o modelo estava em teste, só não sabia que estava a venda.

- Eu não acredito, esse modelo ainda nem saiu, como conseguiram um?

Aproximei-me da moto e analisei cada detalhe da bela maquina preta, com detalhes vermelhos, me apaixonei pela estética e de acordo com tudo que li sobre esse modelo o motor elétrico é magnifico, eu sabia que algumas pessoas foram escolhidas para testar a moto, os comentários eram intrigantes e chamativos demais pra ser verdade. A moto parecia boa demais pra ser verdade e agora ela estava na minha frente, com toda sua elegância e modernidade.

- Esse é o seu desafio, fechei um contrato importante com a HD há alguns dias, como um presente eles me pediram para apresenta-la, como não gosto muito de motos, acredito que possa me fazer esse favor – Michael sorriu e foi difícil conter a animação – Você precisa detalhar suas viagens em vídeo e mandar suas opinião direto ao dono, depois disso ela vai ser sua.

- Oque farei em troca?

- Seja cuidadosa e agradeça pelo presente – Michael sorriu e segurou meus ombros – Você é minha filha, eu não preciso de motivos obscuros para presenteá-la.

Quebrei nossa troca de olhares e me afastei, seu olhar fixo em mim e em minhas ações incomodavam, Michael parecia conhecer todas as minhas escolhas e pensamentos, me lia como um livro. Sempre me disseram que somos iguais em vários aspectos, mas nunca conheci alguém com esse dom de conhecimento pessoal, eu era boa em ler as pessoas e tomar decisões, mas Michael parecia o mestre e eu a aluna. Ele nunca parecia errar e eu sabia que ele demorou para chegar a esse nível.

Diferente da minha mãe que sempre cresceu e até hoje vive em berço de ouro, Michael chegou a América sem nada, lutou muito para subir na vida e luta até hoje para manter seu status.

Essa é uma das poucas coisas que ainda admiro nele.

- Obrigada Michael.

Agradeci em um quase sussurro, alto o suficiente para que ele ouvisse. Eu sabia que ele estava sorrindo, sabia que essas poucas palavras seriam o suficiente agora, eu não era o tipo de pessoa que gostava de mentir ou dar falsas esperanças, então ele sabia que eu estava sendo sincera ao agradecer.


Notas Finais


Hey babes desculpa a demora, cap recem editado e prontinho pra vocês.
Espero que gostem e como perceberam as coisas já mudaram um pouquinho. Essa releitura me fez amar ainda mais a historia e edita-la praticamente capitulo por capitulo. Diferente da primeira essa vai ser um pouco mais longa, tanto nas palavras quando nos capítulos.
Não deixem de comentar suas opiniões e claro favoritar.
XOXO -B


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