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História Say You Love Me - Olhe para as flores


Escrita por: cutiepie123

Notas do Autor


Gente, obrigada pelos favoritos e comentários <3 às leitoras fantasmas, peço que se manifestem please \o/

Capítulo 3 - Olhe para as flores


Fanfic / Fanfiction Say You Love Me - Olhe para as flores

Elizabeth's P.O.V

Recobro minha consciência depois de ter sido sedada, e noto que estava na mesma cela de anteriormente. Respiro fundo sentindo minhas costelas doerem, mas nem de longe tanto quanto doíam antes. Mordo o lábio e abro os olhos, encontrando a cela vazia. Um tiro é ouvido e eu me levanto rapidamente -ou pelo menos na velocidade que me é permitida. Saio da cela e olho pros lados, achando os corredores vazios. Vou andando em direção ao barulho e vejo todos em uma cela. Alguns lamentavam, outros choravam, e outros -como o Daryl- apenas permaneciam indecifráveis. Meu olhar encontra com o do Rick e ele vem até mim, umedecendo os lábios antes de pronunciar qualquer palavra. 

-Está se sentindo melhor?

-Estou sim, obrigada senhor. -Sorrio e volto a olhar pro movimento. -O que houve? 

-Gripe. Ele morreu e se transformou. Está se espalhando. -Suspira. 

-Posso ajudar. Costumava ser médica. 

-Não, você precisa se recuperar..

-Eu estou bem. -O corto. -Obrigada. -Olho pra baixo. -Mas quero ajudar. 

-Tudo bem. -Suspira e concorda com a cabeça. -Nós vamos fazer uma reunião logo após o jantar...

Antes que ele possa terminar a frase um grito é ouvido, e nós podemos ver um homem sendo atacado. Em seguida outro. E outro. E outro. Em poucos segundos o lugar vai sendo tomado, então ele me entrega uma arma, que habilmente eu pego. 

-Tire as crianças daqui. -Manda e eu obedeço, correndo atrás de duas meninas loiras que estavam abraçadas chorando. 

-Venham, rápido. -Pego uma delas pelo braço, que puxa a outra. Um zumbi entra na minha frente, com seus dentes podres loucos pra me morder e eu dou um tiro na sua cabeça, ouvindo a mais velha dar um grito. 790. 

Uma menina loira segurava um bebê, então faço sinal pra ela vir até mim e abro o caminho pra ela, que está acompanhada de um rapazinho com chapéu de xerife. Pense, Elizabeth. Certo. Faço sinal pra eles me seguirem e vou abrindo caminho. O garoto vai me ajudando, então os levo até uma das celas, nos trancando lá dentro. Amarro um cobertor como uma espécie de cortina improvisada, impedindo o que estava lá fora de nos ver e vice-versa. Okay. 

Me viro pra eles que me olhavam assustados -com exceção do menino, que acalmava as duas irmãs- e faço sinal pra eles fazerem silêncio e se esconderem embaixo da cama. Obedientemente eles o fazem e eu me mantenho em posição, com a arma apontada pra porta. Os tiros então aos poucos vão cessando e eu arqueio a sobrancelha. Ou todo mundo morreu ou eles conseguiram. Uma sombra pode ser vista através da cortina e eu tiro a trava de segurança da arma, pronta pra matar meu 803º zumbi. 

-Carl? -Ouço a voz conhecida do Rick ao mesmo tempo que ele tira a cortina, me vendo com a arma ainda em posição. Suspiro aliviada e ele sorri, abrindo a cela. Todos saem de baixo da cama e ele dá um abraço no menino e na bebê.-Estão todos bem? -Analisa um por um, até cair o olhar em mim.  -Precisamos conversar. -Assinto com a cabeça e o sigo, mandando um sorriso pras crianças antes de sair. 

Ao sair, vejo vários corpos no chão, com sangue banhando o lugar inteiro. 

-Fiquem ai. -Peço e eles obedecem. Volto a seguir o homem de grandes olhos azuis que para em um canto. 

-Alguma chance de isso ser contagioso? -Quase imediatamente um homem grandão passa abraçado com uma moça, que começa a tossir. Olho pra ele que dá um soco no batente da porta, assentindo. -Tyreese, pode se afastar dela, por favor? -Pede. 

-Por que? -Pergunta confuso.

-Qual seu nome? -Olho pra moça.

-Karen.

-Karen, achamos que você possa ter a gripe. Não é nada demais, mas precisamos isolar todas os contaminados pra não espalhar como uma epidemia, porque se isso acontecer não vamos conseguir cuidar de todos, você entende? 

Ela então assente e dá um beijo no rosto do homem grande, que descobri se chamar Tyreese. Rick se aproxima de mim assim que os dois saem e murmura perto do meu ouvido. 

-Obrigado. -Sorrio e concordo. Por um momento, juro que vi o esboço de um sorriso em seus lábios. -Vou mandar preparar o bloco D. Fale com o Hershel, ele vai te ajudar com todos os remédios que você precisar. 

-Certo. 

Vou procurando o senhor pelos corredores, esbarrando com Daryl no meio do caminho. Por conta da diferença de altura, meu rosto bate no seu peito nem um pouco flácido, me fazendo rir. 

-Desculpe. Sou muito desastrada. -Sorrio e ele parece sair de uma espécie de transe. 

-Claro. Vi que você fez amizade com o Rick. -Trinca o maxilar, me deixando confusa. 

-Acredito que sim. -Franzo o cenho. -Você viu o Hershel por ai? 

Ele simplesmente aponta com a cabeça e eu sigo nessa direção, encontrando o homem grisalho cuidando um homem enquanto as meninas loiras que eu salvei anteriormente choravam em seu leito. Mordo o lábio e suspiro, me escorando no batente da cela. A mordida no ombro do homem é evidente, e as meninas se desesperavam toda vez que os seus olhos entravam em contato com o ferimento. Finalmente o homem para de respirar, começando a ter espasmos musculares, que logo param. Acabou. 

-Olhem para as flores. -Pela primeira vez elas percebem a minha presença. Ainda que confusas, elas me obedecem, olhando pra um vaso de flores que havia ali. Hershel então força um sorriso e enfia a faca na têmpora do infectado. -Agora venham aqui. -Abro os braços e elas correm até mim, me abraçando. -Vai ficar tudo bem. -Murmuro as apertando contra o meu corpo. 

-Meninas? Venham aqui. -Uma mulher de cabelos curtos chama e elas me olham uma última vez antes de ir. Entro na cela e suspiro. 

-A doença é contagiosa. 

-Eu sei. 

-Rick está arrumando o bloco D pra todos os doentes. 

-Eu sei. 

-Eles vão todos morrer. 

-Não se eu puder evitar. -Mordo o lábio e ele olha pra baixo. -O que está matando todos são os sintomas, não a doença. Talvez se abaixarmos os sintomas possamos controlar tudo. 

-Não temos mais antibióticos. Não pra todos. 

-Não tem uma faculdade veterinária aqui perto? -Pergunto e ele se ajeita na cadeira. 

-Tem. Eles podem ter algo lá. Precisamos de antibióticos, remédios pra dor, e tudo que você conseguir encontrar que possa ser usado em humanos. Vou fazer um chá pra diminuir os sintomas até vocês voltarem. -Assinto. 

Saio da cela e vou procurando o Rick pelos corredores, mas só encontro as pessoas arrastando os corpos para fora. Olho pela janela e o vejo no gramado, cavando. Mordo o lábio e corro até lá, tentando normalizar a minha respiração assim que eu paro. Ele me olha confuso e eu peço um minuto com o dedo. Deus, eu estou ficando mole. 

-Tem uma faculdade veterinária alguns quilômetros ao sul. Lá deve ter tudo que precisamos. 

-Ótimo, isso é ótimo. Leve o Daryl com você. Preciso do resto do pessoal aqui comigo, desculpa -Concordo e olho em volta, encontrando o caipira na oficina. 

-Daryl? -Chamo, vendo que ele estava ocupado demais com o motor de algum carro. 

-Liga o carro pra mim. -Pede e eu obedeço, girando a chave, mas o carro não ligava. -Droga. -Dá um soco no capô. Que bom que ele está feliz. -O que você quer? -Volta a mexer no motor e eu brinco com meus dedos.

-Preciso que vá comigo buscar remédios. -Peço. 

-Já vou. -Limpa as mãos sujas de graxa e olha pra mim, fazendo sinal pra eu tentar novamente. Obedeço, mas novamente não dá em nada.

-Já verificou a água? -Pergunto e ele dá risada. 

-Não, eu não verifiquei a merda da água, mas eu sei que..

-Daryl. -Arqueio a sobrancelha e ele suspira, fazendo o que eu disse. 

-Tudo bem, tente agora. -Ligo o carro que dá partida normalmente, me fazendo abrir um sorriso. Ele me olha confuso e eu coloco as mãos na cintura. -Vamos, ou não? 



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