História Scandal - R.a.I.n

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R.A.I.N

Sobre o salão central da escola, estava a nossa protagonista nesse momento, sentada apreciando uma xícara de um chá qualquer comprado no campus da universidade, por longos tempos sempre era assim, todo dia a mesma coisa. Trabalhar, ir a universidade, ficar sozinha nos intervalos, voltar sozinha para casa.

Porém, aquele dia tinha algo de diferente, uma carga de emoções e sentimentos que embolotavam toda a cabeça e estômago de Yuri Komori, tudo estava tão embolotado quanto a sua vida toda misturada, algo a incomodava, ficar ali sentada sabendo que não se faz diferença nenhuma, sua existência nunca mudará nada do mundo, pessoas continuam a viver, trabalhar, sustentar o grande formigueiro que era a terra, a garota se sentia assim todos os dias, dias de chuva a deixavam tão feliz mas ao mesmo tempo a faziam querer morrer, a noite tardava e estava fria, tão fria quanto a garota nunca sentira novamente.

A vida acadêmica jamais era o que ela queria e a angustia morava em todo seu ser, ela simplesmente não encontrava motivos para continuar ali, incontáveis vezes pensava que se desaparecesse tudo continuaria o mesmo, porque ela simplesmente não existisse.Alguém notaria?

''Não''.-Os pensamentos da garota foram súbita e inesperadamente interrompidos por uma voz mais rouca e masculina, a voz, aquela voz.

A única voz que podia causar calafrios em todo aquele ser, fazer até o último pelo de seu pálido braço levantar-se, aquele que causava grandes arrepios e o frio na barriga, as borboletas no meu estômago já não se incomodavam mais com aquele ser, elas se debateram tanto na minha barriga que acabaram caindo e morrendo por causa do ácido do meu estômago, e o resto vocês já sabem.

''Exatamente o que eu havia pensado''.-O olhar da menor voltou-se a figura mais velha, aquelas vestes vitorianas e seu rosto pálido, olhos em cor vinho fraco, cabelos tão negros quanto o breu mais forte, sua voz grossa e extremamente sedutora certa vez, causaria altos espasmos de prazer em todo o ser da garota na escuridão de um quarto, sozinha. Onde só habitavam ela e suas alucinações pervertidas com os mesmos.

Sim, era certo que o seu gato morava lá também, mas aquele dia ele acabou ficando para fora do quarto.

''Eu estou melhorando nas minhas adivinhações''.-ele falou sentando-se ao meu lado, a garota sentiu uma completa e irresistível  vontade de tocar o mesmo, em um bom sentido é claro, já que seus sentimentos jamais seriam correspondidos de outra forma, era evidente que ela nunca havia tentado se confessar mas, não.Essa era a única palavra que ela conseguia imaginar que sairia dele.

''Você anda me Stalkeando, isso sim''.-A garota falou corando repentinamente, não havia percebido naquela burrice na hora. 

Como a nossa protagonista fica muito envolvida perto do seu amor, eu tomarei as rédeas e a apresentarei para vocês, ela se Chama Yuri Komori, possui dezoito anos e sempre foi uma garota solitária, desde que perdeu os pais em um acidente de carro aos seus 6 anos, sua vida repentinamente mudou completamente, morou a vida toda em um orfanato sem nunca ter sido adotada por ninguém, depois de  completar 18 anos ela passou a  viver em uma parte pequena e esquecida da cidade onde os impostos cobrados por cada casa são de zero, olhando pior este lado parece até que facilita muito a vida de alguém, mas desde que se acostuma com a solidão a nossa auto-estima baixa completamente, esses são detalhes que não discutiremos agora talvez.Isso já está virando uma Sinopse, mas vamos lá, atualmente ela está completa e perdidamente apaixonada por Sakamki Reiji, seu professor de direito. mas acredita ser incapaz e insuficiente para se declarar a ele e por tanto nunca jamais ousa tocar no assunto.

''O não é...evidente''.-A garota proferiu de abeça baixa, suas mãos apertaram forte a madeira do banco, ela se sentia fraca, mas não fraca tipo anêmica.Ela se sentia incapaz e inútil por não conseguir dizer nem sequer um ''Eu Te Amo''.

O mesmo olhou  semblante da menina de cabeça baixa, estalou os dedos á sua frente, a aquela altura os corredores se encontravam quase sem nenhum aluno e ele disse calmo:

''Vá para a sala mocinha, é aula minha agora''.-Ele falou se levantando, me dando um cafuné simples e indo embora, pegamos corredores diferentes.Ele ia rumo a sala dos professores e eu ia rumo a minha sala, se tinha algo que era bem evidente era que eu gostava do Professor e que ele só era gentil o suficiente comigo, era bom ver ele sorrir.Mas eu era e ainda seria muito odiada por isso.

2

R.A.I.N 

I.I

Ao fim do turno de aulas, não havia nenhum aluno na sala e era a última aula, o resto do tempo ia para cursos extra-curriculares ou clubes da escoa e ela, nunca foi aceita em nenhum.Só restava ir para casa.Ela pegou a prova largada em sua carteira, olhou bem a nota em vermelho e bufou, já sabia da nota mas, se sentia frustrada com aquilo, quantas vezes já quis queria ser igual a todo mundo da sala.Respirou fundo e lentamente andou até a mesa do professor, colocando a prova em cima:

''Eu fui a única não fui''.-proferiu baixo, envergonhada e consumida pelo seu próprio sentimento de derrota.

''Sim, suas notas caíram muito Yuri, o que houve?''.-O mais velho olhou bem fundo nos olhos da garota, estremecida e incapaz a mesma deixou cair uma lágrima e lentamente disse: 

''Eu também gostaria de saber''.-Aquele maldito calafrio de novo, toda vez que ela estava perto dele isso acontecia.A Menina se odiava por isso e odiava ainda mais não ser capaz de controlar aquele inútil sentimento dentro dela. ''E-EU...SÓ QUERO IR PARA CASA''.-os soluços tomaram a sua fala, ela tinha que controlar aquilo senão daqui a pouco estaria tossindo e com o nariz escorrendo, coisas que ela não queria que acontecesse porque ia ficar parecendo uma criança.

A garota ouviu o som vazio da chuva lá fora, os braços os meus velho evolveram seu simples corpo, ele era bem mais alto e sua pele por algum motivo  era gelada, sentiu o delicioso cheiro do perfume caro quando ele ofereceu seu ombro, Yuri rapidamente parou de chorar, ficar pertinho assim, se ele fosse exclusividade dela seria assim todos os dias?

''Volte comigo para casa hoje, a chuva está forte.Nunca vai chegar na estação de trem a tempo Yuri.Eu fico encarregado por você hoje''.-A garota só assentiu em aprovação, Uma felicidade inexplicável tomou o seu coração acabado e pesado, era como se ela quisesse ser como aquelas garotas dos clubes, cheias de vida:

O mais velho levou as coisas da mesma para o carro no qual ele dirigia e, a mesma deu somente uma passada no banheiro para limpar os restos das lágrimas, ele havia sido inexplicavelmente mais gentil com a moça hoje, ele sempre fora, isso era evidente. Mas hoje havia sido diferente porque ele, ele estava sorrindo.

''Eu não estou, atrapalhando a sua volta para casa não é?''.-A garota indagou receosa enquanto o mesmo abria a porta do veículo.

''Eu não vou deixar a minha melhor aluna aqui, plantando batatas e esperando a chuva passar sendo que nem sequer faz parte do clube de jardinagem''.-Ele falou e eu ri, ele realmente conseguia me fazer sorrir.

''Você me chama de melhor aluna, minha caderneta está toda vermelha''.-ele fez gesto para que a garota entrasse a mesma assentiu, pegar carona com sue gostoso professor, quem nunca?

O mesmo entrou e deu a partida começando a dirigir em meio a chuva, a conversa animada entre os dois não parou nem um minuto, por algum motivo ele estava feliz hoje, geralmente aquelas conversas eram normais de aluna e professor, raramente ele ria e quando ria, era de alguma piada ruim que a mesma contava para não deixar o clima sem graça.

''B-bem, eu agradeço muito por me trazer hoje e sinto muito se atrapalhei você professor, pode me deixar na próxima parada e eu posso aturar a chuva até em casa, se eu correr não vou me molhar muito''.-A mesma falou, tirando assim o cinto de segurança, sinalizando que realmente queria descer.

''Coloque o cinto de volta, é perigoso''.-O mais velho acelerou o carro ao passar da rua em que a garota pretendia descer.

''A-Ah professor, porque acelerou?''.-A Menina sentiu uma pontada de perigo acelerar o seu coração, fitou o mais velho e o ouviu dizer:

''Eu disse que ia te levar para casa, não disse para qual''.-Ele falou bem sério olhando a estrada, parecia firme e em seguida só disse: ''Por enquanto, durma um pouco ok''.

A garota ficou bem confusa, não sabia o que estava havendo, só que de repente seus olhos ficaram bem pesados, seu corpo todo ficou molenga, para falar a verdade, ela estava indisposta e fraca.Queria revidar, mas antes mesmo que pudesse fazer ou falar algo, já estava a beira...de um desmaio.

Continua...

Agora a titia Mana vai comer pudim :3