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História Scarabocchi - Sorrisi


Escrita por: Shoreline

Notas do Autor


eu deveria atualizar as minhas fanfics? talvez, mas digamos que eu seja uma pessoa irresponsável o suficiente para escrever fanfics novas enquanto as outras pegam pó cofcof oI GENTE, então, pois é né, dessa vez eu vim com uma yoonkook porque digamos que eu esteja me afundando em mais shipps do que o meu coração consegue suportar, porém sigo forte;

de início era pra esse plot ser só uma drabblezinha, mas eu fui escrevendo mais e mais, me animando com a narrativa, e deu nesse tantinho de palavras; tentei não me aprofundar muito em nada, é uma história bem rapidinha de fim de tarde e eu espero que vocês gostem. tenho pego a mania de indicar músicas para fanfics, então estou aqui bem felizinha indicando "jane doe" do never shout never, vou até deixar a tradução pra vocês nas notas finais;

enfim, boa leitura! <3

Capítulo 1 - Sorrisi


Fanfic / Fanfiction Scarabocchi - Sorrisi

Eu queria poder saber seu nome apenas para começar essa carta do jeito certo, mas não é como se eu estivesse acostumado com qualquer situação correta, então vou deixar essa passar ao menos dessa vez.

Sabe, eu nunca tive uma vida fácil, não que eu tenha passado fome, talvez uma vez ou outra por opção, mas mesmo assim continua não sendo fácil ser eu e sempre penso nisso antes de deitar na minha cama em meu quartinho no dormitório da faculdade. Eu não passei por sofrimentos tão marcantes assim, mas como qualquer ser humano eu tenho o direito de reclamar, o que acho que você já deve saber até esse ponto.

Minha infância foi muito boa, não posso negar que cresci sendo muito amado, mas quando eu decidi seguir o rumo das artes meus pais me chamaram de louco mais de uma vez; eu até cheguei a fazer um teste ou outro online pra saber se eu era mesmo um cara insano, mas pelas respostas negativas que vi repetidas vezes optei por chamar meus queridos progenitores de louquinhos da cuca, o que eles achavam absurdo no início, mas passaram a ignorar com o tempo. Foi numa ensolarada manhã de domingo que falei para eles que iria cursas artes visuais na faculdade e após uma longa conversa na sala de casa eles concordaram em pelo menos tentar me sustentar quando eu fosse para a capital.

Não foi fácil, realmente não foi. Não éramos as pessoas mais ricas do mundo, estávamos na classe média baixa nos sufocando com contas e mais contas, teve um mês ou outro que eu deixei de comprar um saco de arroz ou deixei de jantar para poder economizar para comprar o material de alguma disciplina prática e foram muitas as vezes que fui despejado de alguns apartamentos por não conseguir pagar o aluguel na data certa; isso implicou em um Jeon chorando na universidade pra conseguir uma bolsa de auxílio, mas isso não é assunto para agora, apesar de eu querer falar muito da moça que me ajudou bastante.

Eu não poderia dizer com certeza que me acertei, claro que não, vai ser complicado eu me manter são até eu me formar, mas até isso acontecer eu poderia encontrar algum meio de não ficar tão louco quanto meus pais afirmavam, e por isso passei a frequentar uma praça no centro da cidade. O lugar era bem legal, muitos dos meus colegas comentavam sobre ele, e quando fui pra lá com um caderno e uma canetinha preta de um kit infantil qualquer em mãos, quis montar uma barraca para poder morar ali para sempre.

A praça era enorme e muito bem iluminada, dava pra perceber o investimento pesado que fizeram naquele lugar até nos bancos de concreto que estavam, em sua maioria, ocupados, e foi num desses bancos meio apossados por casais que eu te encontrei. Poderíamos ter começado uma belíssima história de amor ali mesmo, foi só eu encontrar o seu olhar desanimado que eu pensei “Uau, eu acho que achei o amor da minha vida”, mas digamos que você não me notou desde o início, então podemos chamar essa nossa historinha de amor à terceira ou quarta vista.

Muitas crianças corriam para ir até o parquinho que havia ali, em um canto ou outro alguns artistas mostravam o que sabiam sem vergonha alguma e eu achei incrível como eu podia ver tantos sonhos em um lugar só. Eu estava perdendo a esperança, quase a um passo de voltar para a casa dos meus pais e fazer logo a faculdade de direito que eles tanto queriam, mas aquela praça me fez ver que eu não era o tipo de homem que se encaixa em ternos, e acho que você também não encaixava, afinal, você estava tão desalinhado em um que tive que me segurar para não ajeitar aquela calça social tão larga nas suas pernas; falando sério, pegou aquele terno emprestado, não é? Tudo parecia tão grande em você que eu tenho vontade de rir apenas de lembrar.

Quando me sentei ao seu lado naquele banco eu tentei calcular bem o que eu faria, primeiras impressões são o que realmente contam de início e eu até tentei parecer super legal quando abri o meu caderno cheio de rabiscos e frases que vi pichadas em muros da universidade, mas o fato de você sequer ter curiosidade sobre meus rabisquinhos me fez desistir de qualquer ideia mirabolante. Eu continuei sentado ali, de qualquer forma, até porque eu estava com dor nas pernas de tanto andar e eu realmente estava achando o concreto confortável naquelas circunstâncias.

Foi assim que eu comecei a rabiscar no papel um cantor de rap perto de nós que você enfim se curvou para ver o que eu fazia com a caneta, e quando eu assinei meu nome no canto do desenho pude ouvir sua voz pela primeira vez. Sua voz é tão linda que eu poderia a chamar de melodia, mas como não sou um estudante de música prefiro dizer que ela é apenas doce.

— Você é artista?

— É, acho que podemos dizer mais ou menos isso.

— Ah, legal! Me desenha?

Qualquer artista teria jogado o caderno na sua cara, conheço muitos caras que provavelmente te mandariam para um lugar não muito agradável, mas a única coisa que conseguir fazer depois de ver o seu sorrisinho foi simplesmente assentir e me ajeitar no banco para ficar de frente para o seu corpo, o qual você logo ajeitou para ficar de frente para o meu também.

Foi ali, naquele banco de praça, que eu tive a certeza absoluta de que eu realmente tinha me apaixonado por alguém que sequer sabia o nome e foi desenhando o seu rosto que pude me assegurar que eu estava em frente a uma pessoa inacreditável demais para existir. Foi difícil desenhar seu rosto, mais complicado ainda seguir as proporções quando a única coisa que conseguia notar era o brilho tão divertido no olhar que direcionava para mim. Tenho certeza que você notou o quanto eu tremia e quis rir, eu vi seus lábios se curvando um pouco numa risada, mas eu só continuei ali passando a canetinha no papel até conseguir chegar num resultado que me agradasse. Não foi um dos meus melhores desenhos, admito; você me deixava tão nervoso que até pontilhismo poderia ser considerado um paraíso.

— Seu traço é muito bom.

Eu quis gritar, quis sair dançando apenas de cueca e salto alto no meio daquela praça, mas a única coisa que consegui fazer foi perguntar por que você usava aquele terno tão largo, o que te causou uma risada que fez meu coração se aquecer durante um tempinho; eu gostei da sua risada logo de cara, ela se encaixava bem em todo você, mesmo aquelas calças que quase caíam pareciam certas em você.

Era claro que poderia ter me mandado ir me ferrar por eu estar sendo tão intrometido, mas você optou por me dar um resumo básico da sua vida naquele fim de tarde e eu me dei o privilégio de ouvir da mesma forma que uma criança escuta uma história nova. Soube ali que você era um artista livre da mesma forma que eu, gostava de música, mais especificamente hip-hop e rap, e tentava se sustentar com a sua paixão, contudo amor não enche estômago e você foi obrigado por seus tios – você não citou seus pais, soube de cara que havia algo errado – a encontrar algo que ao menos ajudasse nas despesas de casa. Quando fez piada sobre todas as dificuldades pelas quais passou tive certeza que havia encontrado a pessoa certa.

Nos permitimos rir pelas coincidências tão bobas durante um tempo. Estudávamos na mesma universidade, se dependesse até mesmo no mesmo bloco, e éramos os loucos da família até que fosse comprovado o contrário. Tentamos nos conhecer naqueles trinta minutinhos até o trânsito se acalmar e quando seu amigo veio te chamar para vocês voltarem para casa – coincidentemente aquele rapper que eu havia desenhado antes! – nos despedimos como velhos amigos fariam.

“Te vejo amanhã?”, “Foi bom conversar com você”, “Nos vemos depois”.

Você não levou o seu desenho, esqueceu em meu papel o seu sorriso e eu fiz questão de decorá-lo até chegar a minha casa. Naquela noite dormi pensando nos seus olhos, quando acordei pela manhã adociquei meu café com uma colher de açúcar cristal que me lembrava sua pele e durante a tarde fui até aquela mesma praça para tentar encontrar de novo o curvar de lábios que já me revirava o estômago.

Não te vi naquele dia e nem no seguinte e talvez seja por essa saudade que eu esteja escrevendo. Eu não sei seu nome, te procurei pela coordenação do seu curso até que o coordenador não suportasse ver meu rosto, mas eu sei descrever bem os seus cabelos descoloridos e os seus lábios finos, sei dizer bem como é o formato de seu nariz e como seu pescoço não foi feito para ser sufocado por uma gravata.

Não sei nada sobre você, mas ao mesmo tempo, com aquela pouca meia hora de conversa, acho que já sei muito. Eu sei que você é o garoto por quem eu não tenho apenas uma queda, mas também um abismo, assim como também sei que se for para te ver novamente um dia, quero que peça para eu te desenhar novamente.

Muitos artistas podem reclamar de pessoas que pedem para ser desenhadas, mas foi te desenhando que me apaixonei e talvez seja colorindo seus lábios que eu enfim possa te ver mais uma vez. 


Notas Finais


Jane Doe; NeverShoutNever: https://www.youtube.com/watch?v=_jvGfMsLiyE
Tradução: http://bit.ly/2dwHP25

romancinho de um dia, quem nunca? já tive vários romances imaginários no ônibus aslçdkj certo, eu tentei ao máximo fazer da fanfic um fluffyzinho bem leve e eu espero que tenha dado certo porque é complicado ir do angst pra fluffy quando você já está totalmente habituada com o sofrimento dos personagens çlskdj
como sempre, caso vocês queiram bater um papinho comigo e falar sobre os seus shipps favs o meu twitter é @Kaigansxn

mil e um beijinhos e até a próxima! <3


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