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História Scared Of Happy - Seis.


Escrita por: bmt5hh e camilacinica

Notas do Autor


CARALHOS

AQUI ESTOU EU

A MAIOR ATRASADA DA HISTÓRIA QUE VOCÊS RESPEITAM

AINDA BEM QUE EU POSSO EXPLICAR QUE EU E BRUNINHA SOMOS APRENDENTES DE KIM KARDASHIAN MUITO OCUPADAS E NÃO PUDEMOS EDITAR A BOCETA DO CAPÍTULO E EU ESTOU AQUI LINDÍSSIMA CAINDO DE SONO ESCUTANDO MINHAS MÚSICAS DE DEMÔNIO PRA POSTAR PRA VOCÊS

POR QUÊ?

PORQUE EU SOU FODA, BASTA ACEITAR

ANTES DE LEREM O CAPÍTULO EU GOSTARIA DE RESSALTAR ALGO QUE BRUNINHA DISSE HÁ UMAS NOTAS: Estamos tratando de um relacionamento abusivo. Muitas pessoas não percebem, mas eles são muito mais frequentes do que se pode imaginar, ainda que não exista a agressão física. E sim, ao contrário do que eu já vi pessoas falarem por aí, ele existe entre pessoas do mesmo sexo e é MUITO mais frequente do que vocês podem SONHAR, porque a falta de informação e de apoio externo gera um comodismo negativo na vítima que se torna tão normal quanto respirar. Qualquer eventual ódio que vocês possam sentir das decisões das personagens ou da trama é proposital.

RESUMINDO: SE NÃO GOSTAR, NÃO LEIA, PORRA E NEM VAI FALAR BOSTA PORQUE A INTENÇÃO AQUI É APENAS RELATAR O OCORRIDO E NÃO INDUZIR NINGUÉM A VIVER ALGO ASSIM

BOA LEITURA MEUS LUBRIFICANTES DE CAMISINHA DE MORANGO

Capítulo 6 - Seis.


Dinah ficou parada enquanto encarava a amiga tentando manter as lágrimas controladas, até os soluços estavam silenciosos, ela só podia escutar a própria respiração e o choque de realidade lhe atingindo. Camila e Lauren sempre brigavam pelos mesmo motivos e também se resolviam da mesma forma, nunca conseguiam passar mais de uma semana separada, por mais que fosse difícil.

Nem mesmo na época em que a gravadora interferia em casa beijo que elas davam, nenhuma das duas tinham se quer pensado na hipótese de terminar e foi só aí que viu a que ponto a situação estava. Camila vendo a amiga parada tentou agir por si própria, o que foi inútil, uma vez que caiu no primeiro passo que deu. Socou o chão e xingou baixinho com a visão embarcada pelas lágrimas.

- Mila... - Dinah se aproximou incrivelmente mais calma, se abaixou, levantou rosto da amiga e segurou entre as suas mãos. - Quer mesmo fazer isso agora? - Encarou os castanhos perdidos. - Deus sabe como nós estamos sofrendo com tudo isso, mas... você tá bêbada e magoada, não quer esperar até amanhã? - Camila negou limpando o nariz com a manga da blusa. 

- Não, se não todos nós sabemos que eu não vou fazer. - Dinah assentiu. Era uma merda que ela não pudesse mover um dedo para mudar a situação, a decisão era unicamente dela. - Eu cheguei ao meu limite, DJ. - Disse baixo entre suspiros e soluços. - Ela é o amor da minha vida e também o ser humano que mais me machuca. Isso acaba hoje. – Não que a voz de Camila soasse decidida somente porque as palavras pediam que ela tivesse esse tipo de entonação.

Muito pelo contrário. 

- Vamos. - Ajudou a menina a se levantar, a sentou na cama e correu no banheiro pegando uma toalha molhada, limpando seu rosto e arrumando seus cabelos.

Camila sabia que já tinha deixado implícita sua decisão para Lauren quando soltou tudo que estava engasgado em sua garganta, mas não parecia que a outra tinha entendido, ela precisava deixar aquilo claro. Esticou-se o máximo que pode para agarrar a mochila ao pé da cama, abriu sua bolsa com objetos pessoais e de lá pegou o pequeno aro redondo com uma pérola em cima. Deu uma risadinha baixa lembrando de todas as vezes que fora impedida por Lauren de usar sua aliança simplesmente porque acha que as pessoas iriam pensar que eram alianças, mas sabia que: Eles já sabiam. Eles já sabiam de tudo.

Mas Lauren era covarde demais para encarar esses fatos.

Respirou fundo apertando o anel em sua mão e estendeu a outra para Dinah, que prontamente lhe ajudou a levantar. Caminharam até a porta, logo tomando o corredor e indo direto para a porta da morena de olhos verdes. 

Lauren estava sentada na beirada da cama mordendo o lábio inferior tentando entender o que Camila realmente disse com toda aquela gritaria. Negou e começou a caminhar de um lado para o outro com a hipótese que rodeava a sua cabeça.

- Ela não vai fazer isso, ela não pode. - Sussurrou passando as mãos pelo cabelo e os jogando para o lado. 

Nunca desejou tanto que seus fãs começassem a gritar do lado de fora, mas parecia que eles estavam estranhamente calados, embora soubesse que tinha uma multidão ali. Aquele maldito silêncio todo estava fazendo pensamentos nem um pouco legais rodar sua mente. Precisava estourar com alguém, se sentia possessa de raiva e nem sabia do que era, agarrou o celular na intenção de ligar para Clara perguntando o que fazer, mas um número relativamente grande em seu aplicativo do Twitter chamou sua atenção, abriu o mesmo e de surpreendeu com uma hashtag com seu nome: #NudesForLauren estava em primeiros nos trends.

- Mas que porra...?! - Rolou pelo tag vendo mulheres peladas, fazendo piadas e brincadeiras. Era aquilo que ela era, uma brincadeira, um brinquedo na mão das pessoas.

E pior de tudo, estavam fazendo piada com a sua sexualidade, coisa que eles nem mesmo sabiam sobre. Não que necessariamente as suas suposições estivessem erradas, Lauren só não precisava desta porra agora.

Não agora.

Os olhos marejados não conseguiam desgrudar da tela do celular, foi então que uma montagem de Camila completamente nua apareceu, parecia o Tweet com mais rt e isso fez seu corpo tremer. Eles não poderiam descobrir.

E foi ali que descontou sua raiva, tweetando e logo pensando em tacar o aparelho na parede, mas foi interrompida por batidas na porta.

- Me deixa aqui, Dinah. - Camila disse antes de bater na porta. 

- Mas você... 

- Eu vou ficar bem, Dinah. Não quero plateia. - A loira assentiu e saiu, indo para o seu quarto em seguida. 

Camila respirou fundo. Ela iria fazer a coisa mais difícil que já havia feito em toda a sua vida. 

Bateu na porta algumas vezes, querendo somente voltar para a sua cama e esquecer que aquele pesadelo estava acontecendo. 

Merda.

Havia anos que ela amava Lauren mais do que amava a si mesma. Isso precisava acabar. Ela não podia viver em um relacionamento onde ela vivesse se machucando mais do que vivia feliz. Estava cansada de sempre ter breves momentos de felicidade onde ela achava que tudo iria ficar bem e três minutos depois alguma merda acontecia e ela voltava para o seu estado vegetativo de ter que esperar que Lauren fizesse alguma coisa de bom, que resolvesse amá-la sem medo. 

- Camila? - Lauren parecia mais do que surpresa ou triste em vê-la. Ela parecia apavorada. - O-o que faz aqui? - Perguntou de uma forma que parecia que Camila tinha uma arma e iria atirar nela. 

Lauren sabia. 

Que merda. 

- Acho que você já sabe. Me deixa entrar. - A última coisa que Camila precisava era terminar com vinte caras mais parecidos com armários vestidos completamente de preto ouvindo a conversa. 

Lauren abriu a porta como se aquele simples ato doesse. A latina entrou, segurando no portal e cambaleou até a cama. 

- Você tá bem? - A hispânica indagou. Deus, que pergunta de se fazer. A última coisa que ela estava era bem, em todos os sentidos da pergunta. 

- Senta aqui. - Disse vendo a sua namorada caminhar para perto da cama como se ela estivesse caminhando para a forca ou para a morte. 

Não havia uma forma daquilo doer mais, principalmente ao ver que a outra estava sofrendo também. Mas, de qualquer forma, a culpa era de Lauren; única e exclusivamente dela. 

Lauren começou a chorar antes mesmo da outra começar a falar. Ela não queria ouvir o que a latina tinha para dizer - ela sabia. 

A latina pegou uma mão e a abriu, virando a palma para cima. Colocou seu punho fechado sobre ela, abrindo lentamente, deixando o objeto escorregar da sua mão para a da outra. 

Puta merda. 

A hispânica negou fortemente com a cabeça quando sentiu o metal quente escorregando em sua mão. Camila queria pegar o anel de volta e sair do quarto como se ela nunca tivesse entrado, mas ela tinha que fazer isso, por ela mesma. 

- Não, Camz, não. Por favor... - Ela assentiu. 

- Lauren... - As palavras se recusavam a sair de sua boca e as lágrimas corriam soltas pelos seus olhos. - A-acabou. - Sua voz não saiu tão mais decidida do que soou alguns minutos atrás. Não havia nem um pingo de certeza no seu tom. - Eu estou terminando com você. 

- Não faz isso, por favor... - A voz de Lauren não era mais do que um fio, suas mãos começavam a tremer absurdamente. 

- Agora pelo menos você não precisa mais fingir que não tem um relacionamento comigo.

Lauren não sabia o que falar muito menos o que fazer, a situação tinha chego muito pior do que já estava, porque agora estava sozinha. 

- Camz, eu... - Nenhuma das duas percebeu que ainda estavam segurando uma a mão da outra até aquele momento. - Eu não acredito. - Apertou ainda mais a mão da latina. A mesma percebeu e tentou ao máximo puxar a mão, porém, não consegui mover um músculo, principalmente depois que a morena começou um carinho na palma com o dedão. 

- Lauren. - Sussurrou querendo levantar-se, ir embora e deixar de vez todo aquele sofrimento. 

- Camz... - Fungou passando a mão sobre os olhos. - Por favor... - Camila negou finalmente puxando sua mão e cruzando os braços.

- Não tem mais por favor, não tem mais nada. - Quase correu em direção à porta pois sabia que se ficasse ali mais um minuto com certeza cederia a todos os pedidos de Lauren, cederia aqueles olhos brilhantes e verdes, aquela boca rosada que tanto gostava te sentir. 

- Não! - Um corpo passou pelo seu e se jogou contra a porta quando tentou abrir, Lauren se recusava a aceitar aquilo. - Eu não permito que você vá... De jeito maneira, você é o amor da minha vida não há cabimento nesse término.

- Não há cabimento? Eu nem me considero mais sua namorada, Lauren. Você jogou todos os anos, tudo fora por qual razão mesmo?! Qual diferença de fazer com que as pessoas acreditem que você namora com suas amigas ou eu? Não entra na minha cabeça suas atitudes, eu juro que não.  

- Me dê mais um dia, por favor, só mais um dia. - Segurou os ombros de Camila e encarou os olhos castanhos de uma maneira que nunca tinha feito antes. Era agora ou nunca. -Eu... eu não sei, mas eu vou mudar, dessa vez não é mentira, não estou te enrolando. Por favor, eu só te peço um dia. Ficar sem você não é uma opção, por favor. Eu sei de todas as coisas erradas que eu fiz, mas eu vou recompensar você por tudo isso, eu não sei como, não importa. Por favor. - Aquilo era diferente, a latina nunca tinha visto Lauren agir assim. Apertou os olhos se xingando mentalmente por não ter empurrado e saído do quarto quando teve tempo. Encarou os olhos verdes desesperados por alguns segundos antes de semicerrar seus próprios.

- Você só está falado isso por desespero. - Sussurrou enquanto a outra negava rapidamente.

- Eu juro que não estou. - Disse afirmando mais uma vez. - Uma última chance. - Camila piscava lentamente tentando pensar.

###

- Você me teve por mais de três anos... Por que eu deveria achar que você vai mudar em um dia? - Camila disse e sua voz saiu carregada da dor que ela sentia durante todo esse tempo. - Você mudou por uma tarde e eu acreditei em você. Meu Deus, Lauren, como eu finalmente achei que as coisas iriam melhorar. 

- Eu... Eu... Eu vi o que as pessoas estavam falando e de repente eu fiquei com medo. 

- Do que você tem tanto medo? 

- Eu não sei, eu só tenho medo. Eu tenho medo que se a gente se assumir as coisas virem pior do que é. É como a Ally disse, não somos só nós duas, é a banda toda. E as coisas que acontecem com a gente afetam a banda também, tanto de dentro pra fora quanto de fora pra dentro. - Lauren diminuiu a intensidade do choro para conseguir falar melhor. - As pessoas... Eu não me incomodo que as pessoas percebam o quanto eu amo você, porque eu amo mesmo. Mas eu acho que seria tudo sobre nós duas se a gente assumisse, e as outras meninas ficariam apagadas. Eu não quero isso, nós somos um grupo. Você sabe mais do que ninguém do que eu to falando. Já não basta o que a gravadora impõe, isso iria atrapalhar ainda mais. Você... Eu... É disso que eu tenho medo, de verdade. Eu sei que não é justificativa o suficiente, mas é o que eu sinto e é porque eu sinto que não pode ser desse jeito. Mas eu não te amo menos por causa disso... E não é como se não doesse, eu só... Eu penso muito nas outras meninas também, apesar de não parecer. - Lauren tremeu ao terminar de falar e a latina pareceu absorver as palavras por algum tempo. 

- Lauren, eu sei de tudo isso. Eu só não quero que você fique fingindo que está com outras pessoas, isso é uma merda. Você tem alguma noção do quanto me doeu ver você saindo daquele elevador com a Lucy? - A hispânica assentiu. 

- Tenho. - Respondeu com a voz rouca. Camila queria gritar que não, ela não sabia. Mas sim, ela sabia perfeitamente depois da quantidade de vezes que ela teve que ver sua namorada sair com Austin por imposição de pessoas que não tinham nada a ver com isso.

Sua namorada. 

Sua, não dele. 

E depois Shawn. 

Pelo menos ela não teve que fingir que estava namorando com o cara. 

- A gente não precisa mais disso. Já foi ruim demais com o Austin, não foi? Não era tudo pior antes? Por que você tá piorando ainda mais agora? É isso que eu não entendo. Eu não to pedindo pra você me assumir publicamente, não, eu sei o quanto seria ruim. Mas você não precisa fingir que está com outra pessoa por causa disso. Por Deus, eu não quero que você me beije de língua em público, mas eu não quero que você tenha medo de encostar em mim. Eu não quero que você mude de lugar pra não sentar do meu lado. Eu não... Eu só quero que as coisas sejam normais. Não é pedir demais, Lauren. Não é.

Lauren assentia enquanto apertava seus ombros. 

- Você está certa. - Subiu uma das mãos para seu rosto acariciando quase que como se fosse fazer Camila se quebrar, a outra entrelaçou seus dedos. - Só mais uma chance de fazer diferente, é só isso que eu lhe peço. As coisas com a Lucy se esclarecerão e eu vou deixar claro que não temos nada. Eu não aguentaria ficar sem você e você sabe disso. - Camila tinha os olhos fechados por conta do carinho, entortou a cabeça para o lado afim de sentir um pouco mais da carícia da namorada. Lauren sorriu intensificado o toque, aproveitou que estava de olhos fechados e se aproximou para depositar suaves beijos em seu rosto, subiu a mão para segurar sua nuca e então beijou o maxilar da latina, que já tinha os olhos fechados quase totalmente entregue a Lauren. 

Quase.

Camila abriu os olhos quando seus lábios se tocaram a afastando rapidamente pelos ombros, causando um olhar confuso e perdido em Lauren. 

- Você tem mais uma chance, Michelle. Uma. - Dito isso se esgueirou para fora do quarto, caso contrário não conseguiria se segurar, de tanto que precisava tanto de um carinho. 

(...)

Camila sentiu uma mão passando por seu rosto e então indo para seu cabelo em uma carícia suave, por mais que ainda estivesse tecnicamente dormindo o carinho a deixava cada vez mais manhosa e preguiçosa. 

- Eu preciso levantar. - Queria que saísse em tom de reclamação para quem quer que fosse que estivesse ali, mas só conseguiu sair mais confortável que tudo. 

- Anos se passam e continua sendo a minha mesma menininha. - A latina abriu os olhos com tanta força que achou que a cara ia rasgar, pulou no colo de Alejandro e escutou uma alta gargalhada enquanto seus braços apertavam sua cintura. Mal podia falar o quão tranquilizador era o ter ali, quis chorar por todos os dias de angústia que passou antes de ter os braços de seu pai ou de sua mãe para lhe dar calma, porém, não o fez.

- Eu não acredito que está aqui. - Sussurrou sem deixar o homem ao menos respirar direito. - Mama disse que o senhor teve um problema e não viria. - Ele riu. 

- Era uma surpresa. - Acariciou seus cabelos. - Pelo jeito funcionou. - Assentiu. 

- Odeio viajar sem vocês. - Confidenciou ficando novamente em silêncio. Quando se sentiu pronta se separou do abraço para continuar a conversa, mas algo diferente lhe chamou atenção no quarto. Uma mesinha móvel estava parada ao lado de sua cama com vários pratos, suco, café, alguns doces e claro, uma flor. Vincou a sobrancelhas e olhou para o pai.

- Isso faz parte da surpresa? - Sorriu se arrastando até a comida, Alejandro negou com as mãos levantadas.

- Sim, mas não da minha. - A menina vincou a sobrancelha enquanto mastigava um pão de queijo e já se preparava para comer outro. - Cheguei e fui recebido por minha nora desesperada tentando usar um aplicativo para traduzir o que queria dizer a uma camareira. - O homem apontou pro café a sua frente. - E para minha surpresa e estranheza, ela mandou que caprichassem, pois sua namorada precisava de alimentar muito bem. - Camila não conseguiu conter o enorme sorriso que deu, seu coração acelerou e ela olhou pra flor ao lado do café. – Ah, e as flores ela mesma pegou na parte dos fundos... Me diga, quem é aquela morena dos olhos verdes e o que fizeram com a nossa Lauren?

Camila acabou dando de ombros, seu pai iria ter que saber mais cedo ou mais tarde. 

- É complicado, pai. - Flashes da noite passada a invadiram e ela só queria afastar aqueles momentos da sua cabeça. 

- É sempre complicado. O que houve? 

- Eu quase terminei com ela ontem. - Os olhos do homem se arregalaram. - Eu... Eu não sei se quero falar sobre isso. - Disse sabendo que iria voltar atrás na decisão da noite passada se verbalizasse tudo o que aconteceu. 

- Eu vi as fotos. - Foi tudo o que Alejandro disse, como se deixasse implícito que ele tinha entendido o motivo. 

Lucy. 

Restaurante. 

É, não era preciso explicar mesmo. 

- Quem não viu? - Camila perguntou com um sorriso triste, enchendo a boca de pão. 

- Ei, hoje é um novo dia, certo? Quem sabe as coisas não melhoram? - A latina tomou um gole de suco antes de responder. 

- Eu estou cansada de esperar isso acontecer. - O homem pareceu sem ter o que responder. - Você sabe que horas a van vem buscar a gente pro show? 

- 15h. O que significa que você tem mais - ele olhou no relógio. - duas horas pra ficar de pijama e toda desgrenhada antes de começar a se arrumar. - Camila sorriu. 

- E você duas horas pra turistar como se não houvesse amanhã, não é? 

- Porque só duas? Até onde eu sei, eu não faço passagem de som nem Meet And Greet. - Camila soltou uma gargalhada. 

- Você vai descobrir já já o que é Meet And Greet com a quantidade de pessoas que têm lá embaixo que sabem que você é meu pai. - Ele beijou a testa de Camila, se levantando. 

- Vivendo e aprendendo. - O celular de Alejandro vibrou no bolso e ele pegou o aparelho, atendendo-o rapidamente. - Sim, Jerry, eu já estou indo. Me espera aqui no elevador. 

- Já vai? - Camila indagou. 

- Vou sim. Chego lá antes do show, prometo. - A latina levantou uma sobrancelha. 

- Acho bom, pai. Obrigada por vir. - Ele sorriu e beijou o topo de sua cabeça, saindo do quarto em seguida. 

Camila terminou de comer sozinha e estava criando coragem para levantar da cama e começar a tomar um banho quando bateram na porta do seu quarto e ela desistiu. 

Se arrastou tediosamente até a porta, mal pensando no quão desarrumada ela parecia até abrir a porta e dar de cara com Lauren, que não sabia respeitar limites e parecia estupidamente linda ainda que o dia houvesse acabado de começar para a latina. 

- Bom dia? - Lauren perguntou em tom de dúvida, com as mãos enfiadas nos bolsos da calça, erguendo as sobrancelhas como se seu corpo estivesse preparado para todo o tipo de reação vindo da mais nova. 

- Bom dia... - Camila respondeu preguiçosa, esfregando os olhos e abrindo mais a porta. - Pode entrar. 

- Obrigada. - Toda aquela formalidade entre elas estava incomodando ambas, mas não era como se Lauren tivesse certeza que Camila iria reagir bem se ela simplesmente agarrasse a menina e jogasse ela em cima da cama enquanto elas arrancavam roupas. - Você... - Começou a falar, mas foi interrompida. 

- Adorei o café e as flores, obrigada. 

- Eu pude notar... - Lauren disse encarando a bandeja vazia. 

- Muito engraçado. - A hispânica sorriu e a latina lutou para não se derreter. 

- Seu pai... Já foi? - Indagou ao perceber que o homem não estava em canto algum do quarto. 

- Já. Foi turistar com o Jerry. 

Lauren não respondeu nada e se sentou na beirada da cama, sem saber o que dizer. Quase engasgou quando Camila começou a tirar as roupas e jogar pelo chão do quarto. 

- Michelle, nem pense. - A latina disse quando Lauren fez menção de se levantar e ir até ela. 

- Mas... 

- Eu vou tomar um banho. Fica sentadinha aí até eu voltar. 

Para o desespero de Lauren, Camila não fechou a porta quando entrou no banheiro. 

Lauren se esparramou na cama e começou a mexer no celular para se distrair da silhueta de Camila no box de vidro. 

Hoje seria um dia daqueles.


Notas Finais


BOCETA GRANDE

EU ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DESSE CU SUJO EM FORMA DE CAPÍTULO

QUALQUER COISA A GENTE DÁ UNS BEIJO NA BOCA DE VOCÊS PRA COMPENSAR O ATRASO

COMENTEM O QUE ACHARAM

MUITO OBRIGADA POR LEREM

QUALQUER COISA MEU TT É: @ COICEDALAUREN E O DA BRUNA É @ CAMILACINICA

BEIJOS DE LUZ NA ENTRADINHA LUBRIFICADA


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