1. Spirit Fanfics >
  2. Scared Of Happy >
  3. A investigação, possível suicídio.

História Scared Of Happy - A investigação, possível suicídio.


Escrita por: FuckingYoo

Notas do Autor


Olá! Seja bem-vinda(o), ao meu universo sobrenatural. Explicando aqui rapidinho:
ABO: Alfa, Beta, Ômega.
Híbridos: Neste caso, é a mistura de humanos com lobos.

O resto, vocês vão descobrir no desenrolar da estória. Então se tiverem alguma duvida, podem dize-las nos comentários, eu as tirarei.

Há, eu não posso esquecer! Pudins, se vocês estiverem ai cremosas, eu avisei que traria uma ABO S2~ Espero que gostem!

Boa Leitura S2~

Capítulo 1 - A investigação, possível suicídio.


                                                               Narrador POV~

 

 

                        Naquela tarde fria de Seul, ninguém mais que Namjoon, um alfa puro nascido de pais puros, estava mais entendido e cheio de trabalho, torcendo para que a hora de chegar em casa não demorasse mais. Foi quando Hoseok entrou pela porta do escritório do investigador, e pôs sobre sua mesa, uma fixa numa pasta marrom, desbotado, que estava carregada de informações de vítimas. Namjoon respirou fundo, vendo que não iria para casa tão cedo, e isso não passou despercebido por Hoseok, que era um tipo de policial, ou melhor, ele fazia um pouco de tudo. Hoseok era um beta, e estava sempre a trazer casos difíceis para Namjoon, por saber que apenas ele poderia resolver, sabia que era único a pensar além das provas.

-O que tem pra mim hoje? – Perguntou Namjoon, pegando a pasta, deixando tudo que estava fazendo anteriormente, apenas para prestigiar outro caso difícil.

-Um possível suicídio, mas desconfio que tenha sido assassinato. – Disse Hoseok, sentando-se na ponta da mesa, deixando ainda uma perna apoiada no chão. Namjoon folheava as fotos e arquivos daquela pasta marrom, cuidadosamente.

Nada fora do normal. Pensou ele ao analisar todas as fotos da cena do crime.

-Seguindo os extintos? – Perguntou Namjoon, ao descartar anormalidades.

-Tsc. Os policiais descartaram esse caso mais rápido que nossos imprints. – Reclamou Hoseok, mexendo em uma caneta um tanto divertida, tinha uma bolinha dentro dela que estava ´´solta´´, quando virava a caneta, ela seguia a gravidade e ia para a ponta, e isso encantava Hoseok, Namjoon sorriu ladino ao ver aquela cena, o outro parecia até uma criança.

-Talvez porque seja mesmo um suicídio. – Disse sério, porem brincando, apenas para ver a reação alheia.

-Não, você também não Namjoon! – Hoseok levou a brincadeira a sério, ele não percebeu o sorriso sarcástico do outro, caindo assim na brincadeira.

-Calma. Eu vou investigar. – Anunciou, pegando seu bloco de anotações e sua caneta, qua inda estava com Hoseok, e mais um caderno, ele levava tudo isso para não perder os detalhes, que as pessoas não enxergavam. - Alguma testemunha?

-O filho encontrou os pais mortos, sem testemunhas, o quarto estava todo lacrado, não houve sinais de arrombamento e de acordo com os vizinhos nenhuma suspeita. – Respondeu Hoseok, se levantando da mesa, assim que Namjoon levantou e tomou o rumo da porta. Namjoon parou por um instante analisando tudo que havia sido dito.

-Você já começou a investigar, certo?

-Não resisti, desculpe. – Disse Hoseok rindo.

-Tudo bem. Me dê os endereços. – Disse, dando ao outro o bloco de anotações.

-Certo. – Pegou o bloco que foi estendido a si, e anotou os endereços e nomes. Devolvendo quando o pedido foi realizado. Hoseok sorriu, e isso incomodou Namjoon, porque aquilo não era qualquer sorriso, era o sorriso de..... -Boa Sorte Kim Namjoon!

 

-~-

 

 

 

 

             Namjoon, dirigia por conta própria, rumo ao endereço que lhe foi dado, vez ou outra ele olhava para o banco do passageiro, onde se encontravam as fichas, abertas, olhava rápido, de relance, para ver algum detalhe que talvez, tivesse deixado passar; obviamente, não.  O Alfa era conhecido com um dos melhores detetives, ele olhava atentamente para cada detalhe do caso que lhe era entregado, nunca, nunca e mais uma vez, nunca havia deixado um assassino escapar, havia resolvido de forma correta, casos que foram fechados, tudo porque além de ser um ótimo observador, tinha uma equipe toda apenas, a sua disposição.

             Min Yoongi, o legista/médico, um alfa também, cuidava para examinar todos os corpos que chegavam para si. Com seu sexto sentido -assim como Namjoon-, observava cada centímetro, sentia cada cheiro/odor, não deixava nada passar, era conhecido por ficar noites, olhando para um cadáver, a fim de desvendar até mesmo seus sentimentos antes da morte; assustador? Não, necessário. Tudo até um simples pedaço de célula, era importante, para que todos os casos fossem resolvidos com excelência.

           Park Jimin, além de ser assistente do legista Yoongi, também era o analisador das provas, analisava cada objeto entregado a ele, meticulosamente. Era um ômega. E por isso, se dava bem com Yoongi e Hoseok, nunca, deixava nada escapar, houve sim alguns erros cometidos por ele, mas o mesmo sempre conseguia burlar seus erros, através de incontáveis métodos, feitos por ele mesmo, evitando assim, que pegássemos o suspeito errado.

           Jeon Jeongguk, esse era o garoto que adorava brincar com sentimentos alheios, adorava ficar em uma sala, trancado com o suspeito, fazendo-o questionar sua existência e todos seus erros. Jeon, gostava de brincar com a mente das pessoas, adorava torturar os suspeitos, até que os mesmos dissessem a verdade. Alfa, travesso e jovem. Nunca fez uma pessoa admitir crimes por acidente ou medo, ele sim sabia fazer jogo de palavras.

          Kim Taehyung. Esse é o hacker da nossa equipe. Ele busca informações até mesmo do inferno, analisa o que é verdadeiro, e descarta as falsas. Ele também é responsável por analisar comportamentos dos suspeitos, enquanto estão presos com Jeon. Esse é um incrível ômega, nunca deixou os demais sem informações, nunca deixou nada passar pelos códigos da internet, e muito menos, ele digamos, é um pouco instável, se não ficar satisfeito, desliga todo o computador, ou a energia da cidade, obviamente, não admite erros. Um ômega, um pouco diferente dos demais, se brincar, ele vira o ativo da relação.

           

                E esta era a equipe perfeita de Namjoon. Sempre, a sua disposição.

 

           Chegando a primeira casa, no caso, a casa onde aconteceu o suposto suicídio. Bateu na porta, porque ainda residia uma pessoa ali. O filho do casal. O silencio total estava irritando Namjoon, ele poderia arrombar a porta, ele poderia voltar mais tarde, porem estava impaciente, carregava a pasta marrom abaixo do braço, junto dos blocos, e na outra mão, segurava seu distintivo, pronto para mostrar a pessoa que abrisse a porta. Impaciente com a demora ou com a possibilidade do filho dos falecidos, não se encontrar ali, começou a balançar a perna, batendo o pé freneticamente no chão. O alfa olhava em volta, e podia ver olhares curiosos sobre sí. Mas não se importava, tudo que importava agora a ele, era olhar a cena do crime.

           Passos em direção a porta puderam ser escutados, Namjoon se virou para a porta, e a mesma foi aberta vagarosamente, então, uma figura masculina ou parte dela, pode ser vista. Um garoto de pele clara, boca rosada, um olhar cansado, cabelos caídos sobre a testa, o rosto do garoto ainda estava meio inchado, indicando que acabara de levantar, o cheiro predominante de um ômega, entregava sua classe, mas isso pouco importava aos olhos de Namjoon.

Ele acabou de acordar, ótimo. Pensou o alfa, obviamente o garoto ainda estava lerdo, ou coisa similar, se não isso, estava chorando deitado, pela perda dos pais. Não é culpado por chorar, mas isso deixava Namjoon impaciente e frustrado, ele deveria mencionar o assunto com delicadeza, com cautela, para não fazer o menor cair aos prantos, ou até mesmo, lhe expulsar do local. E ser expulso ele não podia, afinal, ele tinha, não, ele precisava olhar o local.

-Boa tarde. Eu sou Kim Namjoon, detetive do caso dos seus pais, eu vim analisar o local uma última vez. – Disse, erguendo o distintivo. O garoto não estava com medo, afinal, mesmo sabendo que alfas tinham um comportamento explosivo ou grosseiro, também sabia que policiais não podiam usar suas classes ao seu favor, então não se encolheu, na verdade, apenas encarou o maior, e aos poucos, as palavras foram chegando ao seu ouvido. Isso porque ele ainda estava catatônico, não fazia nem um dia que seus pais haviam se ´´suicidado´´, e pessoas não paravam de lhe ligar ou bater em sua porta desejando-lhe os pêsames, e entupindo sua cozinha com diferentes tipos de comida. Ele estava cansado, triste e cheio de tantos sentimentos falsos de todos que batiam em sua porta.

-O que tem para analisar? Não foi um suicídio? – Questionou o ômega, assim que todas as palavras lhe fizeram sentido.

-Supostamente foi um suicídio, mas para ter certeza, eu queria analisar todas as outras opções. – Disse sinceramente, olhando nos olhos do outro. Não estava nervoso, e deixou a impaciência de lado, afinal, não podia ficar impaciente diante de um caso, ou isso poderia lhe afetar.

-Tsc. Entre. – Disse abrindo a porta para que Namjoon entrasse.

-Te identificaram para mim, como filho dos falecidos, Kim Seokjin, é isso?

-Haram..... O que exatamente quer olhar? – Perguntou, ficando nervoso. Estava sozinho em sua casa, com um alfa, obviamente mais forte que si, e bem.... Ninguém escutaria seus gritos, já que era filho de um músico, então as paredes eram a prova de som. Isso lhe deixava cada vez mais em alerta, não queria vacilar.

-Se não se importar, gostaria de ver o lugar onde seus pais foram encontrados. – Pediu, olhando para o outro, notando o nervosismo alheio, afinal, híbridos podiam sentir o que o outro sentia através do cheiro. Jin, assentiu com a cabeça, e caminhou para o segundo andar, sempre alerta, vez o outra olhando por cima do ombro. Chegou até a porta do quarto de seus pais e travou, não queria abrir, afinal fora ele quem encontrara os corpos, ainda estava em choque. Namjoon anotou isso.

O filho dos falecidos, se encontra em choque. Ele é desconfiado. Não é dado como suspeito.   Anotava em seu bloco. O alfa pediu licença e abriu a porta. Lembrou-se das fotos, e as assimilou com o local, os pontos cegos, analisou-os. Olhou o guarda-roupas, que ainda não havia sido tocado, a cama, também intocada. A mancha de sangue havia sido limpa, porém, o cheiro ainda era recente no local. Foi até o banheiro da suíte, analisou-o, não haviam tirado fotos do banheiro, então, pegou a câmera do próprio celular, e tirou fotos, que lhe davam total visão, assim como tirou fotos dos pontos cegos.

-Já tiraram fotos, pra que mais? – Perguntou Jin, quando reuniu toda coragem e colocou minimamente a cabeça para dentro do cômodo.

-Descartaram todas as outras opções, assassinato, homicídio ou armação. Então tiraram mínimas fotos, apenas para fazer um arquivo. Como eu resolvi analisar as outras opções, preciso de ver e ter os mínimos detalhes. Pra descartar todas as hipóteses. – Namjoon falou calmo, anotando algumas observações. -Se não se importar poderia responder algumas perguntas?

-Eu não me importo, mas também pode responder uma minha? – Jin ousou perguntar, estava curioso, porque decidiram abrir o caso, se tudo estava mais que óbvio para todos, havia sido suicídio.

-Certo, eu repondo a sua pergunta, faça-a. – Disse Namjoon parando tudo para fintar o mais novo, um ômega a esse ponto estaria encolhido, mas Jin não se deixava afetar pela presença alheia, Namjoon sorria minimamente, quase não era possível notar.

-Porque reabriu o caso quando tudo aponta para suicídio? – Namjoon riu com a pergunta, uma risada nasal, rápida, sarcástica, que causou uma pontada em Jin, porque ele está rindo? Era o que Jin se perguntava.

-Seus pais pareciam infelizes nos últimos cinco meses? – Namjoon perguntou, pensando em responder Jin com perguntas, que tinham uma fácil compreensão.

-Não.

-Eles viajavam muito, certo? – Namjoon, não precisava de saber a reposta para essas perguntas, ele mesmo já tinha as respostas, tudo porque pediu para que Taehyung lhe enviasse, todas as compras nos últimos cinco meses, de acordo com Namjoon, para o comportamento das pessoas mudarem assim, levaria ao menos cinco meses, onde um ciclo de angustia e agonia se instalaria e o isolamento começaria, mas na verdade, o casal seguia feliz com a rotina, uma rotina um pouco diferente na verdade. Não era nem uma rotina ao certo…. ; pensava Namjoon ao analisar a lista entregue por Tae.

-Haram.

-Eles eram do tipo que brigavam muito? – Namjoon, agora buscava saber do intimo, em sua mente, essa pergunta faria sentido, resolver brigas por dividas com a morte, uma hipótese que não foi descartada

-Não.

-Então, porque se suicidariam se estavam felizes? Porque se suicidariam, e deixariam o filho para trás? Porque fariam isso em casa? – Questionava Namjoon, olhando firmemente para Jin, fazendo com que o mesmo se questionasse sobre o que passou pelas cabeças dos pais ao se suicidarem, mas ai caiu a fixa. Tudo não passou de uma armação, mas quem faria isso? Jin questionava, quem? Porque? Sendo assim, deixou o medo de lado, deixou a agonia e a tristeza, agora só pensava em uma coisa. Tenho que achar quem matou meus pais, a todo custo! E assim, retribuiu o olhar a Namjoon, um olhar determinado, que brilhou na cor castanha, como se um feixe de luz houvesse atravessado a janela fechada, mas não era nenhum feixe de luz, era apenas raiva, ódio, ira, tudo misturado para apenas um objetivo.

-Tem ideia de quem fez isso? – Perguntou Jin, cerrando os punhos com raiva, Namjoon obviamente sentiu o comportamento do outro, desde da raiva até o remorso, manteve a calma diante da situação, sabia que aquele poderia ser um momento explosivo para o ômega, e para que Jin não cometesse besteiras, Namjoon pensou cautelosamente nas palavras que diria a partir de agora, nas informações que deixaria escapar.

-Infelizmente não. – Respondeu suspirando. – Tenho uma lista de suspeitos, mas acho que ela está incompleta, preciso agora, que responda as minhas perguntas. – Pediu, tirando o bloco de notas de baixo do braço, e segurando a caneta fortemente, pensou nas palavras para usar na pergunta, para que assim não houvesse duplo sentido ou entendimento. – Quem eram as pessoas mais próximas deles, nos últimos cinco meses?   - Questionou, e assim que Jin começou a falar a lista de pessoas, Namjoon começou a anotar cada nome e sobrenome, vez ou outra perguntando sobre como se escrevia aqueles nomes. Isso levou alguns demasiados minutos, mas a lista não foi nem um pouco pequena, era muita gente para apenas um investigador. Namjoon suspirou frustrado, afinal, ele tinha que analisar pessoa por pessoa junto a Jeon, para descobrir algum deslize.  – Seus pais foram para quais locais nesses últimos meses? – Perguntou, virando a página dos blocos que foi totalmente completa, e lá se foi outra pagina, agora com os lugares onde os pais de Jin haviam ido.

           Como ele sabe de cada local, cada pessoa que os pais foram? Namjoon se questionou, botando novamente o ômega na lista de suspeitos. Tudo até agora podia não ter passado de um teatrinho, todas as teorias eram vistas por Namjoon, não importa o quanto ele deveria ser frio com os outros, ele só queria duais coisas.

Um. Achar o culpado e coloca-lo na cadeira, após torturar ele com as perguntas de Jeon.

E dois. Ir para sua casa, tomar um banho longo e quente em sua casa, enquanto apreciaria um vinho caro, dado a ele por algum rico por compensação ao seu excelente trabalho, escutando alguma melodia que lhe fosse agradável num momento.

           Mas ao invés de tudo isso, estava trabalhando. Mas ele não podia reclamar tanto, afinal, os intervalos entre seu caso anterior e seu novo caso foram tão longos quanto umas férias. Ele sabia disso, então apenas aceitava seus casos, sem reclamar, sem deixar de dar tudo de si.

 -Como você sabe de tudo isso sobre seus pais? – Questionou, recebendo um olhar zangado de reprovação do outro. Obviamente, Jin estava nervoso com a pergunta, afinal estava sendo acusado de algo, era evidente, mesmo que as palavras não quisessem dizer exatamente isso. – Quero dizer, nem mesmo um filho dedicado, que amava muito os pais, saberia tanto assim....

-Eu fui em algumas viagens, e em algumas aproveitei a casa para ficar com meus amigos. Meus pais me apresentavam a todos que eles conheciam, pois eu herdaria a empresa. Mais alguma pergunta, detetive? – Jin respondeu, obviamente cuspindo as palavras de maneira grosseira, estava ofendido com a insinuação. E mesmo que na metade do tempo morresse de medo de alfas, não deixaria que um lhe manchasse a imagem.

            Namjoon entendia, o desconforto que sua pergunta causava ao outro, mas não podia descartar nenhuma ideia. Jin se tornou mais suspeito ao mencionar a empresa. E isso não foi deixado de lado, Namjoon anotou esse detalhe também. Mortos por dinheiro? Quem se beneficiaria, além de seu filho? Quem se beneficiaria com isso? Namjoon se perguntava encarando o bloco.

           Obviamente, ficar encarando o bloco, com várias dúvidas na cabeça, não ajudaria em nada. Ergueu o olhar, respirou profundo e novamente, pensou nas palavras antes de se dirigir ao ômega.

-Já terminei por aqui. Se me dá licença. – Disse Namjoon, andando em direção a saída, conhecida. Namjoon tinha uma boa memória, um bom senso também. Não só porque era alfa, mas porque seu pai era um cientista, e como sempre estava perto de seu pai, acabou descobrindo os porquês da vida.

´´Não se chega a resposta sem se perguntar o porquê dela, mesmo que fique cada vez mais confuso, uma hora vai descobrir todas as respostas para suas dúvidas.´´

               Era uma coisa que seu pai costumava lhe dizer o tempo todo, e assim ele descobriu sua vocação. Digo, isso ajudou em parte. Sua mãe era uma psicóloga, ela analisava os comportamentos de criminosos, seriais killers, e assim ele aprendeu como a mente de um criminoso se porta. E foi assim, que Kim Namjoon se tornou um detetive impecável, com taxa de sucesso alta.

-Espera. – Jin pediu, antes que Namjoon entrasse em seu carro, e deixasse a casa para trás.

-O que foi? – Perguntou, calmo. Parando com uma das pernas dentro do veículo. Namjoon, só parou para analisar a expressão do outro, ele queria ver cada movimento de musculo da face alheia se mover, porque sabia que naqueles movimentos estavam escondidos, motivos ocultos, sentimentos ocultos além do aroma/odor que os híbridos exalavam, ou demonstravam no momento.

-É só isso? Vai voltar aqui? – Jin questionava, não porque faria algo de errado, ou porque era culpado, mas porque queria saber o que aconteceria, queria saber se o detetive encontraria algum culpado. E esperaria se ele dissesse que sim, e caso dissesse não, ele iria visitar, diariamente a delegacia, apenas para ter notícias do caso.

-Talvez. – Foi a única coisa que pode responder, afinal, nada era certo. -Passar bem Kim Seokjin. – Desejou, entrado dentro do carro, e dando a partida, deixando o local para trás, e várias dúvidas e incertezas para trás.

                        Um erro? Talvez. Agora Jin não pararia de pensar nisso, ficaria perturbado, sonhando com a morte dos pais, assim como na noite anterior, e na anterior a essa, quando dormiu na delegacia, ao recém achar os pais naquele estado.

 

~~

 

 

 

 

-Sabia que a cafeína pode fazer mal. Ainda mais na quantidade que você toma. – Disse Jimin assim Namjoon adentrou o necrotério com o copo de café, recém adquirido -café era de graça para policiais-; o café de Namjoon era forte, muito. Porque ele queria estar acordado a todo vapor sempre que resolvia um caso, e todos seus parceiros sabiam muito bem disso.

-Obrigado pela preocupação Jimin. Agora o que tens pra mim além de dica de como cuidar da minha saúde? – Namjoon nunca foi preocupado com a quantidade de cafeína que tomava em um dia, e não seria agora que se preocuparia. Há coisas mais importantes para se preocupar. Dizia a si mesmo, enquanto leva o copo até a boca, ingerindo outra dose, de seu amargo e delicioso café. Jimin abriu a ´´gaveta´´ do necrotério, e outra similar a primeira, a única coisa que diferia eram os corpos, um era um homem, beta e uma mulher, também beta, a aliança em seus dedos, mostrava que pertenciam um ao outro, além da marca no pescoço feito durante o sexo, amor ou sinônimos. Onde os lobos se entregavam por inteiro a seus parceiros, durante o ato carnal.

                 Namjoon já estava acostumado a comer no necrotério, assim como Jimin e Yoongi. Eles não se importavam com o cheiro, isso já não os afetava, a não ser que eles quisessem. Não se importavam de degustar de suas comidas, enquanto corpos gélidos estavam presentes, de certo modo, eles até se sentiam bem com aquilo, os corpos em silencio, contando uma história, apenas com suas marcas expostas. Incrível.

-Bem, primeiro eu combinei as marcas deles, do pescoço, com os dentes que supostamente seriam, os causadores da marca. Eles batem, não há traição nesta parte. Os anéis, estavam cheios de pólvora, sabe o que isso significa? – Perguntou Jimin, mesmo sabendo que o outro não sabia a resposta, isso era apenas um jeito de intrigar Namjoon, ou fazer ele pensar, dependia do momento, mas neste caso era realmente uma pergunta retórica. O alfa, não sabia a resposta e deixou isso claro quando ergueu a celha para que o outro prosseguisse.  – Se eles têm pólvora nas mãos, e supostamente foi um suicídio, as roupas, os pulsos e parte do antebraço, teriam resíduo de pólvora, o que não é o caso. A pólvora só é encontrada nos braços. Então achei que suas roupas cobriam as partes que a pólvora em que a pólvora não se encontrava. E nada. As roupas não cobrem os braços, eram camisas. – Concluiu Jimin, dando assim a Namjoon a resposta que ele queria.

Felizmente ou infelizmente, Hoseok estava certo, não foi suicídio. Namjoon pensava consigo mesmo, agora mais perguntas surgiam: Quem, porque e o que ganharia com a morte dos Kim? O alfa teria de descobrir, mas num momento ele sentia a falta de alguém ali....

-Cadê o Yoongi? – Questionou, olhando a redor, procurando pela presença do outro.

-Ele foi atrás da fixa médica desses dois. O hospital deles tem muitas regras e papeladas para serem preenchidas, e Yoongi não queria que eu ficasse a deriva de alfas enquanto estivesse lá. Por isso foi no meu lugar. – Respondeu Jimin, voltando os falecidos para a escura gaveta. Namjoon saiu em silencio do local deixando Jimin preenchendo alguma fixa, pois, ainda tinha muito o que se questionar. Afinal ele não estava brincando de ser detetive.

             Entrou em sua sala, encostando a porta, isso indicava, que só em casos de emergência poderiam lhe chamar. Começou a mexer nas provas que já tinha, imprimiu as fotos que estavam em seu celular, e em seguida, após ter todas em mãos, deletou todas de seu aparelho. Reviu, pelo menos três vezes cada foto, anotando anomalias, ou coisas que seriam deixadas de lado por detetives normais. Checou a lista, e procurou por cada nome, verificando antecedentes. Tudo isso enquanto esvaziava seu copo de café, enquanto mexia freneticamente a perna, por questionar-se se havia deixado algo para trás. Será que mais alguém corre perigo? Pensava, afinal, como já dito antes, ele não descartava nenhuma hipótese, até mesmo as teorias conspiracionitas, vagavam por sua mente, tudo para achar a resposta. A cada passo que dava para frente, voltava dois, estava ficando em um beco sem saída, e tudo só apontava para o filho dos mortos. Isso não estava certo, era óbvio demais.

                Ficou lá, a noite toda. Acabou pernoitando sobre sua mesa, sobre os documentos, e por ter dormido com tantos questionamentos, acabou sonhando com aquilo. Seria um pesadelo, se aquilo não tivesse lhe dado uma ideia.

                Uma ideia um tanto louca devemos ressaltar, ele teria de pegar seu carro e as chaves, de cada apartamento comprado pelo casal, que fora visitado nos últimos cinco meses. Porque? Apenas Namjoon sabe o porquê. Suas ideias malucas, acabavam o levando a alguma resposta, e se caso não a encontrasse nesses locais, o que teria a perder? Tempo. O tempo, no caso era precioso, então era bom achar algo, que indicasse o culpado.

              O alfa, pegou o telefone e ligou para Hoseok, pediu que o mesmo comparecesse com urgência em sua sala. E não demorou muito, visto a velocidade dos híbridos, e o fato de Hoseok ser beta, tudo isso ajudava muito.

-Eu vou sair, e vai demorar alguns dias para meu retorno. Quero que analise os casos que chegarem durante meu período fora, sabe o que tem de fazer né? – Perguntou Namjoon, recolhendo suas notas, fotos e colocando tudo dentro da pasta marrom. Vestiu seu sobretudo e parou quando notou a demora do outro para lhe responder.

-Sim, sim eu sei. Checar as testemunhas, revisar as cenas e não descartar detalhes que parecem bobos, deixar que Jeon interrogue os suspeitos, mas só utiliza-lo caso as provas deem 50% de certeza. Não interromper o Min e o Park enquanto estiverem analisando os cadáveres. Eu sei cada regra que você me passou da última vez que resolveu sair por conta própria. – Respondeu Hoseok, deixando Namjoon mais tranquilo. Afinal, não era a primeira vez que Namjoon tinha uma dessas ideias malucas. E Namjoon confiava em Hoseok, apenas gostava de fazer esse tipo de preção, para que o outro usasse o máximo de suas capacidades. Namjoon pôs se a andar rumo a porta, parou por um instante, pensando que deveria reforçar alguma coisa.

-Se eu ligar? – Namjoon esperou pela resposta. Se Hoseok soubesse do que se tratava não erraria a resposta, mesmo a pergunta sendo tão aberta.

-Ou um, você quer algo, ou dois é para confirmar suas credenciais. – Hoseok, astuto, respondeu todas as opções por via das dúvidas, Namjoon sorriu da esperteza do colega, um sorriso divertido também veio da parte de Hoseok, ele sabia o que tinha feito, se lhe acusassem, seria culpado de não saber do que o outro realmente falava. Mas estava certo, querendo ou não, havia acertado. Hoseok, Jeon, Tae, Jimin e Yoongi mentiriam por Namjoon, se ele pedisse, porque confiavam que ele sempre faria o certo, então se preciso até contariam uma estória, para burlar os demais.

                       E assim Namjoon acena positivamente com a cabeça, e continua seu caminho até o carro, onde coloca as fichas novamente no banco do passageiro, liga o veículo e toma o rumo de sua casa, afinal, se fosse viajar, precisaria de roupas.

                       O estado tinha dinheiro suficiente para gastar com essas viagens que Namjoon faria, porem ele acreditava que enquanto estava na estrada, dirigindo seu carro, sua mente ficava mais clara. Então ao invés de passagens na primeira classe, ele viajava em seu carro -que era confortável em seu ponto de vista-; e parava em hotéis, não os cinco estrelas, nem os mais baratos, apenas um que atendesse aos seus desejos, e que tivesse uma higiene adequada. Namjoon não era tão difícil de agradar, ele nunca ligou para as coisas mundanas, pouco lhe importava status, ele só queria resolver o caso.

                     Parou em casa, que não era tão longe de seu escritório, correu até seu guarda-roupas, separou algumas mudas de roupas, parou, respirou fundo e pegou outra muda, mas está última, ele usaria durante sua curta viagem de uma cidade e outra. Despiu-se, e caminhou para o banheiro carregando a muda de roupas limpas. Pôs as mesmas sobre a pia, ligou o chuveiro, e não se importou com as gotas geladas, apenas queria ser rápido.

                     Antes de sair da cidade, pensou em dizer algo para o filho do casal, Jeon não seria adequado para lidar com Seokjin, e Hoseok também não era recomendado. Sendo assim, se dirigiu a casa do garoto. Saiu do carro pensando se aquilo era um erro ou não, e no final, estava lá batendo na porta do ômega. Não sabia o que dizer, ou melhor, não sabia se o que diria teria finalidade, mas ele pensava além disso, precisava das chaves. E a porta também não demorou a ser aberta.

-Descobriu algo novo? – Os olhos de Jin brilhavam, ele havia passado o dia em casa, sem receber visitas, sem falar com ninguém, apenas esperando por uma notícia, seus olhos brilhavam em curiosidade, tudo que ele queria, era saber quem havia feito tal coisas com seus pais.

-Como eu disse antes, não foi suicídio. Estou indo agora investigar os locais que seus pais visitaram nos últimos meses. Preciso das chaves. – Pediu, sem dar mais nenhuma informação, sem deslizes, não podia deixar uma pessoa furiosa ou sem razão.

                           Jin entrou, deixando a porta aberta para que o detetive entrasse, mas Namjoon não o fez. O ômega pegou as chaves penduradas na cozinha, e retornou ao ver que não fora seguido. Entregou as chaves ao alfa, que agradeceu e deu meia volta. E quando Jin viu as costas de Namjoon, sentiu que seria deixado para trás....

-Por favor..... Me leve com você. – Pediu Jin, Namjoon não sabia o que responder, mas não poderia levar o ômega com sigo, afinal o ômega estava sendo egoísta, não estava pensando em tudo, estava deixando-se levar pelo sentimento de raiva.

-Não posso te levar comigo. – Namjoon respondeu simplista, há quem diga, que ele não tem empatia, mas é apenas a razão falando mais alto que os sentimentos.

-Eu juro que não te atrapalho. Por favor me leve. – Insistiu, fazendo o outro suspirar já irritado, mesmo que não transparecesse em suas feições, o alfa estava irritado;

-Desculpe-me, mas eu não estou para brincadeiras. Quero resolver isso logo, você só vai atrapalhar. – Concluiu por fim, fazendo o ômega gesticular com a mão, abrir e fechar a boca diversas vezes, mas Jin não sabia como convencer o outro.

                         Namjoon deu partida, e seguiu o rumo na velocidade da via. Jin não estava contente, então se transformou, sua pele foi rasgando dando lugar a uma longa pelagem castanha, quase rosa, uma pelagem lisa, magnifica aos olhos dos que estavam em volta. Namjoon pode o ver pelo retrovisor, mas não ligou. Logo ele cansa. Pensava Namjoon seguindo pela principal, deixando de lado Jin. Mas Jin não iria desistir tão cedo, essa ideia de desistência nem passava pela sua cabeça, tudo que ele pensava agora, era em alcançar o carro.

                          Ou o destino estava sendo muito maldoso com Jin, ou ele não estava assistindo a previsão do tempo. Começou a chover, gotas fortes caiam, causavam uma pequena coceira por seu contato grosseiro com a pelagem de Jin, que estava começando a ficar encharcada. Namjoon ligou o limpador do vidro, continuando sua viagem, ele achava que Jin já havia voltado para sua casa, pois, estava escuro, era noite, apenas as luzes dos outros carros podiam ser vistas, naquela escuridão. Algumas placas brilhavam na beira da pista, apontavam uma lanchonete, que seria ignorada por Namjoon, se seu estomago não reclamasse por ter recebido apenas cafeína naquele dia.

                Droga! Pensou consigo, preparando-se para virar à esquerda na próxima curva. E assim fez quando ela chegou, estacionou o carro, levantou a gola do sobretudo, pegou a chaves da ignição, e saiu do carro correndo em direção a entrada da pequena lanchonete na estrada.  Entrando lá, notou alguns alfas, que exalavam repugnarão, não se importou, afinal era um policial em serviço, poderia usar da força se necessário. Sentou-se afastado dos demais, e logo a garçonete veio lhe atender, com um sorriso no rosto. Pediu um sanduiche e café, simples, sem olhar nos olhos da moça, ela era uma ômega, e estava dando em cima de Namjoon, ele deixou claro ao não estabelecer contato visual que não queria nada a mais além de comer. Não pediu qualquer sanduiche, pediu o maior, ainda ficaria longas horas na estrada, queria se preparar. O pedido foi anotado, e levado ao balcão, pela garçonete um pouco frustrada. E não demorou muito para ela retornar com o pedido em mãos.

                 Agora, a mesma, não se insinuou para Namjoon, apenas o serviu, perguntou se o mesmo queria algo mais, e saiu quando foi respondida negativamente. Namjoon degustou do sanduiche, tomou seu café com calma, sem se importar com os olhares mortais lançados pelos outros alfas.

                  Demorou um pouco para ele terminar de comer, então, quando sentiu-se satisfeito, jogou a quantia que deveria pagar, e mais uma gorjeta considerável. Ajeitou seu sobretudo e saiu. Surpreendeu-se ao ver Jin parado ali, fraco, com roupas molhadas. O que ele tem na cabeça? Se perguntava Namjoon surpreso. O que eu faço?  Era evidente que Jin estava cansado, aliás havia corrido mais que um quilometro, e híbridos se cansavam rápido, e também adoeciam rápido, o alfa estava ciente disso. Derrotado pela teimosia alheia, Namjoon decidiu deixar Jin seguir com ele, afinal o ômega era persistente, acabaria fazendo algo parecido novamente. Colocou Seokjin no banco traseiro, deitado, e jogou um casaco que tinha trago na mala, sobre o ômega. Retornou a lanchonete e pegou um sanduiche similar ao seu. Assim que pegou o pedido, pagou e voltou ao carro, deixando a comida junto a Jin, que provavelmente estaria morto de fome.

                Suspirou frustrado, olhando pelo retrovisor, para aquela figura indecifrável e explosiva. Deu partida, e seguiu a estrada. Sem dizer uma palavra, afinal, o ômega estava encolhido, se debatendo, lutando contra o frio e o medo, medo de Namjoon, que exalava frustração e raiva, mas nada que ele não pudesse controlar.

 

                Após algum tempo, depois de Namjoon relaxar, Jin caiu no sono, estava cansado. Já Namjoon, olhava vez ou outra pelo retrovisor, checando o outro no banco de trás.

Legal, agora eu tenho um ômega imprudente no banco de trás.

Agora eu tenho que dividir meu carro com ele.

Espero que ele não reclame de mais.

Será que eu posso mandar ele de volta pelo correio? Não! É melhor deixa-lo no próximo hotel e pedir para Yoongi ou Jimin vim buscar ele.

Tsc. Agora eu sou uma babá? Nem pensar....

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   


Notas Finais


Hya! Oque acharam? Estão curiosos? O que acham que irá acontecer? Eu adoro fazer suspense gente, vocês não sabem o quanto >.<.
Alguém tem alguma duvida?
Não me deixem no vácuo, eu leio cada comentário com carinho. Tô de olho nos fantasminhas >.<
Acho que é só isso mesmo, por enquanto ^-^
Até o próximo capitulo ou comentário, vocês quem sabem......
*Some*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...