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História Scared Of Happy - Confissões, pecados e lágrimas


Escrita por: FuckingYoo

Notas do Autor


Hello~~

Boa Leitura!

Capítulo 6 - Confissões, pecados e lágrimas


Narrador POV~

 

 

-Não Namjoon, não podemos tomar mais café, agora é hora do almoço. -Brigou Jin, estava terminando de preparar o almoço, enquanto Namjoon o supervisionava, insistindo por uma caneca de café, sempre rejeitada por Jin.

-Mais, é só um pouco Jin, não vai fazer mal algum. -Insistia, fazendo cara de cachorro molhado, para tentar convencer o ômega.

-Vai sim! Deixe de teimosia. Pegue os pratos, já estou acabando aqui. -Anunciou Jin, negando o pedido de Namjoon.

 

                        Após o longo filme, eles resolveram comer, não foi uma decisão tomada por eles, e sim por seus estômagos que roncavam. O ômega separou ingredientes e pôs-se a cozinhar, e como Namjoon não sabia fazer muito além de esquentar sua comida no micro-ondas, apenas ficou a observar Jin, mexendo vez ou outra nos talheres que Jin estava usando, provando de cada etapa. Mas a sua cede por café não o deixava, então resolveu fazer café, porem o ômega, não queria deixa-lo estragar a refeição principal, e o impediu de fazer a bebida. E assim começou a discursão.

                    O alfa colocou os pratos e talheres sobre a mesa, o ômega serviu a ambos, e assim começaram a comer. Jin, antes de comer, levantou e se dirigiu a geladeira, pegando uma jarra, que continha suco de limão. Pegou a jarra e serviu a si e ao alfa, que ficou encarando o copo, como se não soubesse o que tinha ali. E não sabia, costumava beber duas coisas: café e suco de maracujá, opostos com certeza, mas eram as únicas bebidas que o deixavam satisfeito, ou melhor, as únicas bebidas que tinha gostado em toda sua vida, isso porque só queria elas, nunca dava chance para as outras.

-O que houve? Tem algo errado com a limonada? – Questionou Jin, parando para olhar a limonada de Namjoon.

-Não, eu acho que não. -Respondeu, pegando o copo da mão de Jin e bebendo um pouco. -É azedo assim mesmo? – Perguntou, fazendo careta pelo azedo do suco.

-Sim. Nunca provou limonada suíça? – Jin estava incrédulo com a situação, era mesmo possível alguém nunca ter tomado um pouco de limonada?

-Estou acostumado e aconchegado em meu café, e no suco de maracujá. – Respondeu, voltando a centrar-se em seu prato. Jin fez o mesmo, mais ainda não deixava de se questionar, como alguém poderia criar tantos hábitos, e se prender a eles.

 

 

~~

 

 

          Assim que acabaram de comer, caminharam direto para o sofá, ligando novamente o aparelho que lhes permitia ver quaisquer coisas dentro de uma programação. Porem, Namjoon não havia gostado tanto assim de ver TV, um dos motivos, era a obviedade das coisas que passavam nela, por ser um perfilhador, sabia exatamente o que aconteceria no final, e isso o deixava inquieto, inquieto a ponto de brincar com os dedos de maneira exagerada, se mexer no sofá a todo momento, bocejar a torto e a direita, bagunçar e arrumar o cabelo inúmeras vezes, e claro que isso não passou despercebido pelo ômega.

                     Derrotado, Jin desligou a TV, e virou-se para o alfa, iria usar sua curiosidade e a seu favor, e ao mesmo tempo aprender. Isso se Namjoon o respondesse.

-Como você desvenda as pessoas? -Perguntou o ômega, tentando quebrar o tédio estabelecido por parte do alfa.

-Desvendar? – O alfa não era bom em entender perguntas simples. Seu cérebro trabalhava mais rápido que isso.

-É, tipo quando você sabe se estão mentindo, ou quando responde a uma pergunta que eu não fiz, mas estava pensando em fazer....

-Háaa, o nome disso é perfilhação. -O alfa cortou o ômega, entendendo, finalmente, a pergunta.

-Perfilação? – Jin não entendera direito, errou na pronuncia, para verifica-la.

-Perfilhação. Lha. É fácil. -  -Eu meio que vejo padrões nas pessoas, o comportamento humano segue padrões, sempre seguiu e sempre seguira. Então utilizando algumas informações básicas, eu consigo saber o que a pessoa está sentindo. -Respondeu Namjoon, tentando explicar de uma forma simples.

-Mas quanto aos meus pensamentos?- Questionou Jin, lembrando-se das inúmeras vezes em que Namjoon o respondia quando ele perguntava algo silenciosamente.

-Bem, isso é mais complicado. Passamos alguns dias juntos, então eu acabei aprendendo inconscientemente sobre você. E com base no que eu sei sobre você, eu deduzo o que você está pensado, por meio também, do seu comportamento. -O alfa começou a se embolar nas palavras, estava se sentindo pressionado, pela primeira vez na sua vida.

-Então você me observa, vê meus padrões e segue eles? – Perguntou o ômega, tentando entender, e falhando em todas as tentativas.

-Não. Com você é algo mais complicado que isso. -Disse o alfa, sentindo um embolar em sua barriga, como se já soubesse onde o assunto iria chegar, já que Jin acabaria não entendendo.

-Como assim? -Questionou o ômega, novamente.

-Aish.... Bem.... Seu jeito de ser, é o que me leva a deduzi-lo. Entendeu? – O alfa tentava explicar, mas nada adiantava, na cabeça de Jin tudo estava se tornando mais confuso, afinal, como uma pessoa poderia lê-lo tão bem?

-Haram. – Disse o ômega, tentando deixar o assunto de lado, com medo de irritar o alfa, mas o alfa nunca ficaria irritado consigo, ele apenas não sabia disso. E por sua lerdeza, um movimento o entregou:

-Você não entendeu né? – Questionou Namjoon, recebendo um aceno de cabeça, positivo, bufou alto, tentando montar algo coerente para explicar ao outro -Você simplesmente é do jeito que é, ninguém pode te mudar. E por saber que ninguém pode te mudar, eu simplesmente, sei sobre você.

-Acho que complicou mais. -Comentou Jin, colocando a mão no queixo, pensando na frase linda dita a si, mas ele não entenderia tão fácil assim. E Namjoon sem paciência, sem palavras e sem opções, simplesmente perdeu a cabeça, e a deixou falar a primeira coisa que aparecesse em sua mente:

-Eu te amo. – Falou por fim, fazendo Jin arregalar os olhos, com a ação tão inesperada, quem em sã consciência, imaginaria em um assunto desses algo tão profundo? O alfa, estava perdido meio a vergonha, a reação do ômega o deixou confuso, nunca havia experimentado tal coisa, e tinha medo de ser rejeitado.... -Há..... bem..... é isso...  -Tentou falar algo, para mudar o clima, mas só monossílabas vagavam em sua mente, não conseguia pensar em nada, pela primeira vez, ironia, não?

                       Claro que o ômega estava constrangido, claro que ele tinha escutado aquelas palavras em alto e bom tom, mas, não sabia como reagir, a não ser pelos olhos arregalados, e a boca entreaberta indicando surpresa. Mas meio a loucura do alfa, meio a perdição alheia, Jin não poderia ficar calado, era como se soubesse de alguma maneira, como é ficar sem palavras. Não queria negar o alfa, e não queria deixar o ar de constrangimento no ar. Droga! Droga! Droga! Reaja Jin! Pensava o ômega, em meio ao momento.

                       Dane-se a vergonha, exploda-se a timidez, tudo que ele conseguiu fazer foi beijar. Sim, beijar, uma surpresa para o alfa, mas o mesmo não deixou de corresponder. As línguas travavam uma luta sem ganhadores, exploravam sentimentos meio a luta, e não só deleitavam-se em luxuria, como também no amor.

                        As mãos do ômega, começaram a ganhar coragem, a direita se direcionou aos poucos fios da nuca do alfa, enquanto a canhota, apenas repousava no ombro do moreno. E o alfa, apenas ganhou a permissão para trafegar com suas mãos pelo corpo alheio, mas não o faria tão abertamente, então apenas levou ambas para a cintura alheia, acariciando o local, mesmo com o tecido da blusa.

                         O momento estava perfeito, calmo, tranquilo, silencioso? Não, era possível escutar estalos do ócio, barulhos de bocas úmidas se chocando, e deleitando do prazer. E claro, corações palpitavam freneticamente, tanto por estarem ansiosos, quanto nervosos e em meio a luxuria; deixaram de lado os medos, deixaram de lado as preocupações para apenas, serem felizes. Namjoon começou a se inclinar por cima do corpo do Jin, levando suas mãos a lateral do corpo do ômega, isso sem quebrar o beijo, nem mesmo a respiração -ou a falta dela-, conseguia quebrar o beijo, enquanto respiravam, mordiam o lábio alheio, e voltavam-se ao beijo. O ômega, já por baixo do alfa, puxou o moreno para cima de si, buscando mais contato, trazendo a tona a luxuria que rodeava ambos. Se permitissem nada, nada, acabaria com o momento. Pena que tudo é bom dura pouco.

                         O telefone de Namjoon acabou cortando o clima, o alfa não podia ignorar, e o ômega sabia muito bem disso. Frustrado, largou o ômega para atender o telefone, antes de deslizar o dedo por cima da opção verde, verificou o nome no visor, era Taehyung.

-Alo? -Atendeu, tentando não deixar, o barulho de sua descompassada respiração ser ouvida pelo outro lado.

-Namjoon, vem para cá agora, o suspeito está aqui. E traga Seokjin, ele disse que só vai confessar se Kim Seokjin estiver presente. -Taehyung disse eufórico, e impaciente.

-Estou indo agora!- Falou Namjoon se levantando e puxando a Jin consigo. Desligou a chamada e olhou para os olhos de Jin, percebendo que ele estava frustrado, não podia o culpar, mas também não podia ignorar as ligações. -Jin, há um possível culpado, querendo se confessar. Ele exigiu que você fosse para lá. – Comentou, meio receoso com a ideia de levar Jin consigo. Os olhos do ômega brilharam, não só de alivio por terem achado o suspeito, mas de dor também, porem não iria chorar, prometeu a si mesmo, desde a noite do primeiro beijo, que não iria chorar tão facilmente, porque Namjoon estaria consigo a qualquer custo.

                          O ômega assentiu com a cabeça, e com sua permissão foram até a delegacia as pressas, ansiosos, nervosos, com medo, receosos, com ira. O coração do ômega, a cada metro de distância entre a casa do alfa, e a delegacia, palpitava que doía, ele estava com medo e com raiva, mas não sabia o que fazer, não sabia como reagir. Perdido, meio ao medo, meio a dúvida, Jin resolveu ficar em silencio.

                      Namjoon a partir do momento que entrou no carro, tentou, TENTOU, deixar seu lado imparcial agir, mas, ele não conseguiria, porque isso tudo se tratava de: Seokjin. Seria difícil, não, é difícil deixar os sentimentos de lado, com uma pessoa tão pura, meiga, fofa e discreta, como Jin, seria difícil, deixar de abraça-lo ao ver lágrimas, seria difícil não segurar sua mão se sentisse o ômega desconfortável, seria extra difícil vê-lo e não poder toca-lo. Merda de sentimentos, merda de caso, merda de situação; eu não quero vê-lo chorando e não poder consola-lo.

 

 ~~

 

                     Sabia que Jin é mais forte do que aparenta? Sabia que ele também sabe suportar calado? Não? Pois ele sabe.

                       Assim que adentrou aquela delegacia, que cruzou o olhar com o desconhecido, cerrou os punhos, mas não se deixou desmanchar, não mostrou fraqueza, não deixou uma lágrima se formar, seria forte até o fim. E quando o suspeito/culpado, olhou para o ômega, ele sim, começou a chorar, não aguentava ver a pureza alheia, sabendo do que tinha feito, não aguentava ver olhos meigos sobre si, sem lembrar da culpa, sem lembrar do erro, sem lembrar da insanidade a qual cometera.

-Jin.... Jin, me desculpe. – Dizia, o culpado, andando em direção ao ômega. E tudo que o ômega fez, foi encolher-se minimamente, não querendo contato com aquela pessoa, não queria olhar para ela, mas teria, teria de encarar todos seus medos, sem deixar a ira e a agonia transparecer.

                         Namjoon interviu no contato, era perigoso, não sabia as intenções alheias, então todo cuidado era pouco.

-Não o toque. Venha, vamos interroga-lo imediatamente. – Disse o alfa, e assim Jeon, Tae, Hoseok e Jin foram para a sala escura, seguindo o alfa, que levava o suspeito a uma distância segura, para o interrogatório. Jeon entrou junto do suspeito naquela sala, meia escura, meia assustadora; e assim que o suspeito sentou-se, começaram a interroga-lo.

-Foi você quem cometeu o crime? – Jeon perguntou sério. Deixando um pouco de raiva transparecer. Estavam todos frustrados com a demora da solução desse caso. Nunca haviam demorado tanto, e isso deixava a inquietação e a frustração transparecer em impaciência e raiva.

-Sim, apenas eu. – Confessou o assassino, deixando algumas lágrimas escorrerem pelas bochechas. Sádico, maníaco ou apenas louco? Se questionava Namjoon.

-Porque? – Questionou Jeon, gravando tudo para estudar o comportamento depois. Era realmente um assassino muito organizado, porém, não houve outras mortes além dos Kim. Como Jeon dava palestras sobre o comportamento humano em algumas faculdades, gostava de gravar tudo que possível, para levar os alunos a pensarem como ele.

-Por mim. Me sentia culpado, e achei que para acabar com essa culpa, teria de matar as pessoas que a causaram. Quando me entregaram Jin, por ele ser filho de pessoas terríveis, eu não tinha nenhuma ideia de como cuidar de uma criança. Achei que seria injusto com Jin, cria-lo sem amor e carinho, porque eu não me sentia apegado a ele. Foi ai que achei os Kim, eles precisavam, queriam, uma criança e eu tinha uma, prometeram dar amor a ela, então eu apenas o dei para eles. Me pagaram, para ficar calado, para sumir da vida de Seokjin. EU não podia deixar de vê-lo. Então mudaram data de nascimento e adicionaram o Kim ao nome dele, e ainda, se mudaram. Foi ai que eu perdi a cabeça. Não podia vê-lo, não podia acompanha-lo, não podia e nem tinha como saber se estavam cuidando dele direito. Quando soube que planejavam se mudar de pais, eu surtei, não aguentei, levariam ele pra muito longe de mim. Eu não podia deixar isso acontecer, então eu tive de matar os Kim. – Confessou, mas para Namjoon não havia coerência em tudo. Algo estava errado. O alfa, então, decidiu entrar na sala, ele mesmo queria interrogar o suspeito. Jeon sentiu a presença do alfa, então o deixou guiar as perguntas.

-Porque está mentindo? Porque quando diz o nome do Seokjin, demora a piscar? -Namjoon questionava, deixando óbvio que não deixaria mentiras passarem. Suspirou, riu nasalmente de maneira sádica, não se importava em tocar em feridas. -Talvez seja porque, quando você matou os Kim, não pensava em Seokjin. Só pensava em si mesmo, mas o que está faltando? Que tal o real motivo... Conte-me e talvez, quem sabe, eu não te coloque em uma cadeia, junto de maníacos que vão te transformar em mulherzinha.

-Tsc. Você é bom, quando percebeu? Foram minhas lágrimas? – Disse o suspeito sério, como se não tivesse chorado a momentos atrás. Estava a todo tempo mentindo, tentando enganar, com lágrimas de crocodilo, porem Namjoon percebia os milésimos de segundos, os milímetros de distância, o mínimo suor, que ele demorasse, percorresse, derramasse. Incrível era a palavra pra definir essas características observadoras de Namjoon, e incrível, também poderia se designar para o fato do suspeito mentir, a ponto de enganar Jeon, que havia acreditado em cada palavra do assassino. -Que seja, não quero mais brincar, já perdeu a graça. – Disse o assassino, gozando de tudo que havia feito, agindo como se tudo não passasse de uma brincadeira. – Vocês não sabem, mas eu tinha total posse de Jin, eu iria, deveria cuidar de Jin, mas a lei, determinou que eu não era mentalmente saudável, e deram ele a outras pessoas, mais conhecidos como Kim. – Riu sadicamente. -Tsc, o pior de tudo, foi que os malditos, até me pagaram pra manter distância, com medo do que eu poderia fazer a ele, aquela criança miserável, valia muito, ainda vale. Ele é filho de uma linhagem de psicopatas, imagina o quanto torturadores e assassinos, não querem ter posse sobre ele. Eu sei o quanto, eu quero.... – Suspirou, frustrado com o fato de não poder ter Jin. – Ainda mais, pelo fato dele ser um ômega. Torturariam ele de todas as formas. Eu fico excitado só de pensar. – Juntou as palmas, cruzando os dedos, abrindo um sorriso ao imaginar. – Mas eles apagaram o passado dele, e tomaram todos os cuidados para mantê-lo longe desses fatos, haaar, e como tomaram cuidado. Eu tive um baita trabalho pra acha-los. – Riu, olhando para o espelho, que na verdade era uma janela que refletia, para quem estivesse dentro da sala escura, não pudesse ver quem estivesse do outro lado.

                        Ele sabia exatamente onde Jin estava, olhava diretamente para ele, e juntando esse olhar, com tudo que ele dissera, o ômega se arrepiou, sua espinha sentia o medo e seu cérebro, mandava-o correr dali. Mas ele permaneceu firme e forte, parado ali.

-Haa, Jin. Se você não tivesse saído naquele maldito dia, se não tivesse mudado a sua rotinazinha de merda, eu teria te levado comigo.... Ninguém nunca suspeitaria, pensariam que você tinha fugido, ou se matado em alguma ponte. Eu mesmo, poderia forjar sua morte, igual eu fiz com seus pais. Calculei até mesmo o ângulo da arma, mas de algum jeito, me encontraram. -Riu maniacamente, e olhou para Namjoon. -Como?

-Você pode até saber medir um ângulo, mas todos os maníacos sádicos, erram por estarem excitados ao sentir o prazer de matar. Você não gostou nem um pouco de ter de se segurar, não é mesmo?

-Háa, você sabe, sabe de algo que os demais não sabem né? Já me reconheceu? Como? – Questionou o assassino, fazendo cara de deboche. Pena que ele não sabia da memória de Namjoon....

-Você assinou. – Respondeu Namjoon, rindo, e o suspeito/culpado, arregalou os olhos, foi descoberto, não aguentou a tentação de deixar sua assinatura no ´´suicídio´´. – Eu não reparei na vez em que entrei no quarto, mas, aquele arranhado na cama, naquela forma, só podia ser você. Eu deixei isso escapar até agora, então assim que disse ´´Ângulo´´, eu liguei um ponto com o outro. Parece, que o jogo virou, agora, que tal eu jogar de uma forma mais apelativa? – Namjoon estava gostando do medo nos olhos do culpado, gostava de ver o desespero nos olhos de quem cometia crimes.... – Diga a verdade, e quem sabe, eu não seja tão grosseiro na escolha da sua cadeia. Aliás, você adoraria ir para a cadeira de morte, né?

-Quem sabe, a morte não dê um fim, no que está por vir. Acha mesmo, que eu viria até aqui só para ser pego? Pobre detetive, acreditando em ações e comportamentos, hahaha, me poupe. Nós, sabemos ser mais espertos que vocês. Apenas aguarde idiota! – O assassino, levou as mãos a boca, em milésimos de segundos. Namjoon só percebeu sua intenção quando os dedos do assassino se moveram. Ele vai se suicidar. Se moveu, tarde de mais. O culpado, deixou interrogações para trás, deixou uma confusão para trás, e o medo instalado na mente de Jin. Jeon e Namjoon tentaram fazer algo, para impedir que os sinais vitais do outro parassem, mas falharam. O veneno usado, era forte o suficiente para apagar um hibrido em questão de segundos.

-DROGA! – Xingou Namjoon, tendo raiva da situação, ódio dos questionamentos. Sua cabeça estava a mil por hora, pensando em cada palavra. Jeon desligou o gravador, todos da sala ao lado, que observavam, estavam frustrados, e Jin exalava medo, todos sentiram aquilo, e não lhe tiravam o motivo. Ele era alvo, ou não?

 

~~

                    Todos haviam saído desesperados, do interrogatório, cada um preocupado com o que viria de maneiras diferentes. Namjoon se dirigiu a sua sala, estava furioso, tenso. Jeon o acompanhou, mesmo sabendo dos riscos, teria de falar sobre o que tinha ocorrido, não podiam deixar as coisas daquela maneira, precisavam de respostas, mas só tinham perguntas e mais perguntas. Jin estava com medo, catatônico, então assim que viu um banco, se sentou, tentando recuperar a coragem, temia o que viria pela frente. Raiva, medo e frustração era o que não faltava naquele ambiente, se pedissem um café agora, alguém se queimaria. Obviamente, estavam encrencados, e entulhados em problemas...

-Namjoon, ele disse ´´nós´´. Então, quer dizer que, tem um grupo a trás do Seokjin? – Questionou Jeon, lembrando-se da frase dita antes do suicida morrer.

-Eu não sei. Merda! Temos de fazer algo, mas não temos nada, mais que porra, esse maldito só nos deixou em um poço sem fim! -Namjoon estava revoltado, frustrado, com raiva e preocupado. Todos os seus sentimentos estavam misturados, precisava se acalmar, mas não conseguia, pois, não só a reputação do distrito estava em jogo, como também, a vida da única pessoa que havia conseguido o fazer sentir algo diferente.

-E se ele só estiver brincando com a nossa cara, e se ninguém estiver atrás de Seokjin, e se ele só disse isso para nos deixar confusos? – Se perguntava Jeon, tentando acalmar seu chefe, afinal, uma pessoa com raiva, acaba fazendo besteiras.

-Não podemos deixar as hipóteses de lado. Todo cuidado é pouco, ele é um maníaco, pode ter muito bem, induzido outras pessoas....- O alfa bufou frustrado, recuperando a calma. - Não queremos correr riscos. – Namjoon, pensava -agora-, em todos.

-Não podemos investigar, temos poucas provas, e não irão nos deixar, se não aparecer algo relacionado a isso. Por enquanto tudo que podemos fazer é esperar. – Hoseok se intrometeu, adentrando o escritório de Namjoon.

-TSC, eu já sabia disso. É o que me deixa mais irritado, e se um assassino estiver andando por ai? – Namjoon jogava as palavras no ar, ainda meio irritado com tudo, e só piorava ao se lembrar das ultimas palavras do assassino.

-Namjoon, há todo momento, há um assassino, andando por algum lugar. Não podemos pegar todos, então vamos pegar os que derem. Esse é o primeiro caso em que falhamos, mas estávamos indo bem. -Jeon disse, tentando deixar o outro mais tranquilo, usando de sábias palavras.

-Em parte a culpa foi minha, eu não revistei ele. – Hoseok comentou, encolhendo os ombros, e deixando seu olhar triste. Óbvio, havia errado, mas ninguém era culpado de algo. Se um errava, a equipe errava, era assim, caso não, não haveria necessidade de uma equipe.

-Somos uma equipe, sabemos os dilemas de coo, se um erra, todos erram. Não vamos nos abalar por isso! Temos de pensar, e resolver esse caso, por fora. Vamos nos concentrar em outros casos, até uma pista surgir. Peça para que Jimin e Yoongi examinem o corpo, e descubram qual droga era. E depois, dê as informações a Taehyung, para que ele descubra a raridade, o preço e quem vende e compra desse veneno. – O alfa, agia como líder, de forma sensata. Estava deixando a frustração de lado, ao pensar na equipe, ao pensar em seus objetivos, ao pensar em sua carreira e nas de seus colegas. Não podia simplesmente jogar tudo para o ar, e deixar que se virassem, precisariam de uma base, teriam uma: Namjoon. Ele agiria, sempre ao lado da razão. Mesmo que sua cabeça, estivesse em fúria. -Hoseok, pegue o próximo caso. Vamos começar amanhã. Agora eu preciso, respirar. – O alfa, se retirou do ambiente, tentando buscar ar, e calma no mesmo.

                             Namjoon passou por Jin, que aguardava no corredor. Os olhos do alfa, brilhavam num tom avermelhado, era a raiva e a fúria, tentando ser liberada. Ele precisaria se controlar, para não bater em alguém, ou cometer algum erro ao qual se arrependeria mais tarde. O ômega o seguiu, assim que viu aquelas orbes vermelhas.

                                Era a ordem natural. Ômegas controlavam a raiva dos alfas, e os alfas, davam atenção aos carentes ômegas. Sempre foi assim.

                              Claro, que antes de Jin intervir na raiva alheia, o alfa já havia socado a lata de lixo ao lado da delegacia, e a amaçado por inteiro, transformando-a em apenas uma sucata velha. Jin temeu o outro, tinha medo da fúria do alfa, e do que ela poderia fazer a si. Mas não poderia deixa-lo nesse momento, afinal o alfa nunca fugiu quando o outro precisava.

                                Cerrou os punhos, tomou coragem, e correu em direção ao alfa, que estava de costas para si. Abraçou-o por trás. Segurando seus braços, mesmo que Namjoon fosse mais forte que si. Funcionou, obviamente. Namjoon podia sentir o medo de Jin pelo olfato, se acalmou rapidamente, ao sentir o outro lhe abraçar. Aquele contato físico foi o suficiente para dissipar sua raiva, e deixar seus olhos na cor natural. O alfa abaixou a cabeça, estava frustrado, e arrependido. Arrependido, por ter deixado o ômega com medo, arrependido, por ter deixado sua única chance de desvendar o caso, morrer, arrependido, por ter ficado ligado a Jin de uma forma tão intensa.

                                 Não queria o perder, não o imaginava mais sem o ômega. Sua vida agora tinha dois lados. Um era Seokjin, e o outro era seu trabalho.

                                 Queria separar os dois, mas não conseguia.

                                 Queria, mas não podia.

                                  Se isso doía? Muito.

                                  Nem mesmo o ser humano mais frio do mundo, conseguiria aguentar lágrimas por tanto tempo. Qual o ser humano cruel, não sente dor? A dor no peito que queima, arde, e se expressa em forma de lagrimas, que descem pelos olhos e escorrem pelas bochechas, deixando olhos avermelhados, e transformando gritos de dor, em soluços baixos.

                                Jin sabia, não, ele sentia a dor do outro. Queria lhe dizer palavras confortantes, mas só conseguia abraçar o alfa. Não entedia tudo, mas o suficiente, para pensar em palavras doces, pena que sua boca aberta precisava de ajuda. Precisava de um tapa de coragem. Não imaginava que Namjoon fosse frágil assim, a todo momento, o via forte, destemido, pensativo; e se via como a criança com medo de trovões. Mas agora os papeis estavam invertidos.

                             TAP.

-Namjoon, eu estou aqui. Eu te amo. – Jin disse firme, apertando o alfa, passando confiança.

-Jin. Me desculpe. Eu não sei se posso protege-lo. – Confessou o alfa, virando-se para o ômega, queria achar alguma coisa que o fortalecesse, pois, naquele momento, se sentia vulnerável.

-Mas eu sei que você pode. Eu confio em você. Você é a pessoa mais forte que eu conheço. É perfeito para mim.

-Jin....

-Você é meu alfa.

 

 


Notas Finais


Vou começar atualizar com mais frequência okay?! Não desistam da minha pessoa >3<

Eai?Teorias? Criticas? Elogios? Algum comentário?

Então eu tô precisando de um(a) Beta pra corrigir minha 1º fanfic (MASMNS) se tiver alguem ai, please contact-me >3<

Até o próximo capitulo ou comentário
Amo vocês <3

XOXO~
<3


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