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História Scars Of Talent - Chapter Four


Escrita por: LordsBabe

Notas do Autor


Hoje eu postei mais tarde, mas to estudando pras provas finais, então é aquele ditado né? Capítulo meio grandinho e com uns pontos de vista do Jackson. Só digo uma coisa: TADINHO DO MARK :(
Boa leitura manas!

Capítulo 4 - Chapter Four


Mark não conseguiu dizer nada, seu cérebro não trabalhava com a mesma rapidez de antes, seus membros não correspondiam às suas ordens, parecia que seus pés haviam sido colados ao chão.
Depois de minutos, Tuan saiu correndo do local. Chegou em casa e foi para o quarto, tomar banho. Depois de um dia exaustivo e repleto de dúvidas, seu corpo clamava pela água quente.

Mark tentava entender as ações de Jackson Wang para consigo, mas só se enchia de mais e mais perguntas. O que tinha chamado a atenção do loiro para si? Por que ele os trancou no banheiro e disse aquelas coisas? Por que ele tinha que aparecer justo naquela hora e ver seus hematomas?

Por que Mark havia gostado do toque dele?

Perguntas que provavelmente nunca seriam respondidas. Mark queria chorar por sua vida estar daquele jeito. Mesmo que tentasse se agarrar aos pequenos momentos de alegria, estes sempre eram sobrepujados pelos momentos de dor, tristeza e dúvida. Ele era acostumado à dor contínua e diária que seu corpo inteiro sentia, mas a dor em sua alma nunca seria superada. Seu coração, ferido por quem deveria amá-lo, nunca seria consertado.

Mark Tuan era um menino cinza num mundo escuro. Ainda havia salvação para ele.

No dia seguinte, Mark estava desanimado. Fez tudo como deveria fazer, mas sem o mesmo empenho e sem o mesmo sorriso tímido que sempre carregava. Todos, até quem não falava com ele, perceberam que ele estava, ao menos, estranho.

A verdade era que ele estava triste. Mesmo que sempre tentasse enxergar o lado bom de tudo, Tuan também era humano. Mais ainda, era um jovem. Ter um momento de fraqueza era totalmente normal. Mas, normalmente, aquilo preocupou a senhora Zhou.

-Mark! - a senhora de meia idade o chamou. - O que você tem? Não está com uma cara muito boa.

-Só estou cansado. - mentiu o rapaz, sem convencer a mulher. - Não estou acostumado à esse ritmo.

-Sei que está mentindo garoto, eu sou mãe. - ela riu por um instante. - Se não quiser dizer o que se passa, está tudo bem, não irei te forçar a nada.

-Obrigado, senhora Zhou. - o Tuan tentou esboçar um sorriso e fracassou miseravelmente.

-Descanse um pouco, está parecendo abatido. Pode ir para casa. - Mark arregalou os olhos.

-Não! Eu vou ficar aqui até o horário acabar! Não posso ir embora agora. - o mais novo tentou se recompôr o mais rápido que pôde, mas sua respiração continuava acelerada.

-Calma, Tuan. Fique aqui já que quer tanto, mas se for fazer, faça direito. Não quero seu desânimo atrapalhando no rendimento do ensaio, entendeu? - Mark agradeceu mentalmente por estar próximo à mulher. Seria vergonhoso para o rapaz se ela dissesse aquilo em voz alta.

E, novamente, Jackson estava ali.

Percebeu a tristeza no mais novo, antes tão sorridente e, até mesmo, radiante. Foi isso - juntamente com o ar inocente e a beleza juvenil - que chamou sua atenção no menor e tristeza dele o intrigava de alguma maneira.

Isso teria alguma relação com os hematomas presentes em seu tronco?

Desde o dia anterior, havia ficado claro para Jackson que Mark tinha sérios problemas. O loiro se questionava sobre o que aquele rapaz guardava dentro de si e aquilo só o deixava mais curioso à respeito dele.

Mark, ao perceber o olhar constante do loiro sobre si, que era algo que acontecia repetidamente durante os últimos dois dias, virou seu rosto para encará-lo. Ao contrário do que imaginava, ele não sustentou o olhar. Desviou-o. O loiro, que sempre era tão confiante em tudo o que fazia, parecia não querer demonstrar ao Tuan que o olhava.

Naquele dia, Mark deu tudo de si, como a professora deixou implícito que queria. Dançou até seu corpo se cansar e não aguentar sustentar seu próprio peso, o que fez o mesmo cair ao chão, com a visão turva. Alguns bailarinos se juntaram ao redor do mesmo, que apenas sorriu levemente.

-Estou bem, não se preocupem! - o rapaz dizia baixo. - Foi só uma tontura, já estou melhor.

-Nada disso! - gritava a professora Zhou Wang. - Você não vai continuar assim, Mark. Consegue levantar?

O jovem Tuan tentou levantar, sem sucesso. Se sentia tonto ao menor esforço, então continuou deitado, dando uma resposta negativa à professora.

-Alguém leve esse menino para a enfermaria, rápido! - a mulher estava, por algum motivo, desesperada.

-Eu levo. - Mark ouviu a voz grave de Jackson e custou a acreditar que era realmente ele.

Até o loiro pegá-lo no colo.

A única reação que Tuan conseguiu ter foi enlaçar seus braços ao pescoço do maior, para que não caísse. Wang era quente. Mark fechou os olhos, não aguentando a tontura que o atingiu pelo movimento repentino, e recostou sua cabeça no peito do mais velho, tentando achar um ponto de equilíbrio para que a tontura e o enjoo passassem.

Jackson levava Mark em seus braços se contendo para não correr. Sabia que, se corresse, ele poderia piorar e não queria levar o fardo de um garoto doente por sua culpa. Já tinha problemas demais.

Chegou à pequena enfermaria do      teatro, preparada para situações como aquela, por lidar com bailarinos. Torções, contusões e distúrbios alimentares eram comuns para os poucos enfermeiros ali, então não se surpreenderam ao constar que Mark estava com a boca esbranquiçada e zonzo.

-Mark Tuan está subnutrido e não está comendo direito. Ele possui alguns hematomas espalhados pelo tronco e braços, o senhor sabe alguma coisa sobre isso? - o médico, depois de analisá-lo, perguntou a Jackson, mas este negou.

Havia perguntado ao mesmo sobre isso no dia anterior, mas o rapaz ficou na defensiva, então decidiu não forçar, mas era quase impossível se segurar perto dele. Ao sentir o rapaz tão sensível e entregue a si, como estava naquele banheiro, sentiu-se, em partes, satisfeito.

Jackson ficou com Mark enquanto o mesmo se entregou ao sono. Falava com Hyuna pelo telefone enquanto pensava que ele estava realmente magro demais. Jackson não sabia por que tinha se voluntariado para levar o menor até a enfermaria, mas decidiu não pensar muito sobre aquilo. 
      
Depois de horas ligado ao soro, Tuan finalmente acordou, vendo a figura do loiro ao seu lado. O mais velho ajeitou sua postura, chamando a enfermeira. Juntamente com ela, estava a mãe de Jackson, com um expressão que ultrapassava a preocupação. A mulher olhou para o filho e sorriu.

-Obrigada por ter se oferecido para ficar aqui com ele, sei como não gosta dessas coisas. - o mais velho apenas assentiu. Olhou para a maca e chegou perto de Mark - E você, rapazinho, trate de melhorar rápido! Não posso perder meu melhor figurante assim, de repente.

Ele riu docemente. Ainda estava fraco para raciocinar sobre qualquer coisa, mas achava bondosa a preocupação de sua professora para consigo.

-O quadro dele está estável, mas ele precisa repor a falta de nutrientes necessários pela falta de alimentação. Você vai tomar esse comprimido hoje, mas o principal nesse processo é a alimentação. Senhor Tuan, você precisa comer. - Mark não concordou nem discordou.

Achou engraçado o fato de ter sido chamado de senhor Tuan mesmo com a pouca idade que possuía.
   
-Jackson... obrigado... - o mais novo falava com dificuldade, devido à fraqueza que ainda sentia.

-Fiz o que faria com qualquer um, garoto. - e saiu rapidamente da sala da enfermaria.

-Mark. - a professora chamou a atenção do rapaz para si. - Eu tive que ligar para a sua casa para avisar à sua família sobre o incidente.

Mark ficou com medo. Se a professora tivesse falado com o pai, com certeza levaria a maior surra de sua vida. Primeiramente por ter desmaiado, em segundo lugar por estar em um teatro e em terceiro lugar por estar dançando balé.

-Com quem a senhora falou? - a voz trêmula e arrastada dava pena à senhora Zhou Wang.

-Falei com sua mãe. - o alívio destensionou todos os músculos do corpo do Tuan. - Ela é bem simpática, inclusive.

-Eu sei. - Mark se permitiu sorrir ao lembrar de sua mãe. - Ela é tudo para mim.

-E você parece ser importante para ela também, pelo modo preocupado que ela me respondeu quando eu disse o seu nome. - a senhora falava, achando graça, mas Mark entendia a reação da mãe.

Com a ameaça constante de um marido violento, era normal a senhora Tuan estar preocupada com o filho.

-Senhora Zhou... - o mais novo chamou a professora, que o encarou de imediato. - quando eu vou poder sair daqui?

-Só depois que melhorar, Mark. - o mesmo se sentia acolhido pelo sorriso da mulher.

-Eu já estou melhor. - sentou-se na maca, ainda um pouco tonto, e viu que estava sem camisa.

Cobriu-se rapidamente com o lençol que jazia à cama, mas Zhou Wang já havia visto as marcas. Decidiu não comentar nada sobre isso, afinal era algo particular que dizia respeito apenas à Mark.          
           
Mas Jackson não pensava da mesma forma. Queria saber como o menor, que parecia incapaz de ferir qualquer ser vivente, conseguiu marcas tão fortes como aquelas. O loiro andou pelos corredores já muito conhecidos por ele, pelos anos passados naquele teatro com sua mãe, chegando, finalmente ao auditório.

Odiava balé. Odiava aquelas pessoas lutando para atingirem uma condição que nenhum ser humano conseguiria: a perfeição. Odiava ter que trabalhar com aquilo. Odiava o fato de pessoas destruírem suas vidas por causa de uma modalidade de dança.

Ele não conseguia entender o que   levava essas pessoas à ficarem esqueléticas, a sentirem dor, a sofrerem e a acabar com suas próprias vidas e sanidades por conta daquilo. Aquilo quase havia acontecido à sua própria mãe, mas havia parado de se importar com o balé. Só ia ao Teatro Municipal de Hong Kong por causa de seu trabalho - que odiava - organizando o maldito
espetáculo.

Pelo menos era assim, até Mark Tuan aparecer.

Descobrir seu nome fora fácil para Jackson, sua mãe o havia dito em voz alta quando pediu ao mesmo para fazer uma demonstração. Ele parecia tímido, mas dançava bem, aos olhos do mais velho.

Quando o viu tão sensível ao seu singelo toque, Jackson ficou ainda mais curioso. Nenhum homem ficaria daquele jeito ao ser tocado por ele.

Estaria Mark atraído por Jackson?

Aquela pergunta o rondou pela noite e foi respondida no banheiro, quando os viu pela primeira vez.

Os hematomas.

O loiro não pôde deixar de brincar com a fraqueza alheia, mas foi ali que sua curiosidade à respeito do pequeno e, aparentemente, frágil Mark Tuan tornou-se ainda maior.    


Notas Finais


Então manas, os dias de postagem vão ficar mais espaçados, o que significa que eu n vou poder postar todo dia, até pq eu n sou uma máquina de fazer fanfic e os capítulos q eu já tinha escrito estão acabando.
Mas me digam o que acharam desse capítulo :)


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