1. Spirit Fanfics >
  2. Scars Of Talent >
  3. Chapter Five

História Scars Of Talent - Chapter Five


Escrita por: LordsBabe

Notas do Autor


Como avisado antes, eu demorei um pouquinho pra postar o capítulo, não me odeiem :)
Avisando: preparem os corações.
Boa leitura manas!

Capítulo 5 - Chapter Five


Mark voltou ao palco. Foi rodeado por várias meninas que perguntavam se ele estava bem e se precisava de algo. O rapaz tentou sair daquela situação de todos os jeitos sem ser rude, mas não conseguiu.

-Deixem o menino, não vêem que estão sufocando ele? - as outras abriram espaço, revelando Min Hee com um semblante divertido.

-Obrigado. - disse Mark após as meninas saírem.

-De nada. Essas meninas sabem ser bem grudentas quando querem. Mas e aí, você está bem mesmo? - ela perguntou, olhando nos olhos do mais novo e sorrindo.

-Sim, estou. Foi só uma tontura forte, nada demais. - ele riu, tentando esconder a vergonha por estar olhando nos olhos de alguém por muito tempo.

-Sabe que a senhora Wang não vai deixar você ficar aqui, não sabe? - ela soava, novamente, divertida.

-Sei sim. - Mark riu. - Mas pretendo ficar por aqui mais um pouco.

-Eu mandei vocês pararem o ensaio? - a professora gritava raivosa. - Por que pararam? Ele por acaso está pintado de dourado? - silêncio. Ninguém se atreveria a replicar a senhora Zhou quando ela estava com raiva. - Então tratem de continuar o ensaio. AGORA! - todos se posicionaram em seus lugares e começaram a repassar as coreografias.

Mark ficou para assistir o ensaio. Não conseguiria dançar, de qualquer jeito, então apenas se sentou no auditório - longe do loiro rude - e obsevou. Ria às vezes dos berros da professora Wang. Sentia o loiro olhar fixamente para si, mas ignorou, sua atenção ficou fixa ao palco até o último segundo de ensaio. Ver os colegas dançarem era algo bom e Mark se sentia em paz naquele lugar.

Quando o ensaio acabou, Tuan desceu de onde estava e se dirigiu à saída. Ainda se sentia um pouco fraco, mas conseguiria chegar em casa. Até aquele sentimento de fraqueza que o dominava era melhor do que o que já tinha sofrido.

Mark tentou afastar aqueles pensamentos de sua cabeça, sentia-se mórbido por sempre lembrar daquilo, mas era a situação em que ele vivia.

Começou a cantarolar uma música antiga que sua mãe costumava cantar para ele antes daquele inferno começar. Mark Tuan se permitiu sorrir de verdade. Aquele sorriso que faz seus olhos quase se fecharem em forma de meia-lua. O rapaz já estava no ônibus e a música continuava reverberando em sua cabeça. Mark chegou em casa e entrou pela porta da frente, sem se importar se seu pai estaria ali ou não.
Mas, infelizmente, ele estava.

-Quer dizer que o viadinho lembrou que tem casa? - Raymond Tuan olhava para o filho com imenso desgosto. - Você só serve para dar trabalho, garoto! Quase matou sua mãe de preocupação. Eu falei pra ela "se ele tem energia para fazer essas promiscuidades na rua, tem energia o suficiente para voltar para casa", mas ela não me escuta! - o pai o olhava como se ele tivesse cometido o pior dos crimes.

Mark estava farto de tudo aquilo. Sabia que não era mais forte que seu pai, mas não conseguia ouvir aqueles insultos de boca fechada.

-Chega! - Mark estava vermelho de raiva, as veias de seu pescoço completamente saltadas. - Você não pode falar assim comigo, eu sou seu filho, não sou um bicho! - o mais novo gritava.

-Está gritando comigo, viadinho? - o pai o pegou pelos cabelos com brutalidade, forçando Mark, agora em lágrimas, a olhá-lo. - Vou ter que te mostrar de novo quem manda aqui, Mark?

-Raymond, pára! - Dorine tentou, em vão, ajudar o filho.

-Fica quieta, Dorine! Esse garoto vai aprender que eu sou autoridade nessa casa e vai passar a me respeitar como se deve! Ouviu bem, seu bichinha de merda? - jogou Mark, pelos cabelos, contra a parede, fazendo o mesmo cair no chão e gemer alto de dor.

Mesmo com o filho caído, Raymond Tuan continuou a bater nele, dessa vez dando socos. O menor gritava e implorava para que ele parasse, mas, assim como as súplicas da mãe, era tudo em vão. As lágrimas escorriam do rosto do rapaz, que gritava em dor, até que o pai deu um soco na boca de seu estômago, o fazendo cuspir    sangue.

-Raymond, pára com isso, vai matar ele! - a mulher desesperada estava agarrada às costas do marido, que a empurrou para longe.

Se levantando, começou a chutar o corpo frágil de Mark, os gritos apenas se intensificaram até o mesmo não ter mais voz para implorar. Fazia de tudo para se defender, mas era inútil. Depois de socos e chutes que pareciam dilacerar mais a alma do que o corpo, Mark levou um chute do lado esquerdo da face e desmaiou.

Quando acordou, a claridade do lugar fez seus olhos arderem. Mark viu-se em um hospital. Um tubo auxiliava sua respiração e alguns estavam ligados aos seus braços. A sensação que o rapaz tinha era a de ter sido atropelado por uma manada de elefantes. Sentia a bochecha esquerda arder e esta era a parte que menos doía em si.

Estava destruído.     
 
Ouvia a mãe soluçar ao seu lado. Dorine Tuan se culpava pelo que tinha acontecido e pelo estado em que o filho se encontrava.

-Mamãe... - o mais novo chamou, quase sem voz, fazendo a mãe o olhar com os olhos arregalados e correr para o lado do filho. - não chore...

-Ah meu filho, que bom que você acordou meu amor... me perdoe por tudo, Mark. - e voltou a chorar.

-Mãe... você não tem culpa... - a mulher abraçou o filho.

-Você vai ficar bem, entendeu? - a mulher acariciou os cabelos do filho.

-Eu vou. - ele sorriu fracamente para a mãe, que não conseguiu se conter e derramou mais lágrimas.

Ficaram ali, mãe e filho, um tempo. Mark falava pouco, não tinha forças e sua garganta doía de tanto ter gritado. Uma enfermeira veio dizer que alguém queria visitar Mark e pedia permissão para fazê-lo. Dorine olhou para o rapaz e o mesmo assentiu com a cabeça. Momentos depois, duas pessoas entram pela porta.

Zhou e Jackson Wang.

A senhora, ao ver o rapaz naquele estado em que estava, correu para abraçá-lo. Mark gostava de sua professora e da preocupação que ela sentia com ele, era como ter uma segunda mãe no balé. Depois de um tempo, sentiu a mulher soluçar contra o seu corpo.

-Estou tão ruim assim? Todo mundo que me vê chora... - Mark disse, tentando soar engraçado e falhando. Dorine riu fracamente para o filho e Jackson permanecia parado no mesmo lugar.

-O que aconteceu com você, Mark? - a mais velha exigia saber, em seu tom suplicante.

Era uma situação delicada. Se Raymond Tuan fosse denunciado pelo que fazia, os dois estariam fora de perigo, mas completamente desamparados e perdidos, então Dorine interviu antes que Mark pudesse dizer qualquer coisa.

-Ele foi assaltado. - disse simplesmente.

E Jackson captou a mentira.

Foi em algo na expressão corporal da mulher, ela parecia nervosa demais ao falar uma frase tão simples. Poderia ser pelo fato de que ela era a mãe do menor e estava aflita com a situação, mas algo em sua fala fez o loiro suspeitar.

Apesar disso, Jackson nada disse. Ficou apenas observando enquanto as duas mulheres conversavam com falsa animação e Mark retribuía com animação mais falsa ainda.

O mais novo às vezes olhava para o maior, em pé próximo à porta, e imaginava o motivo de ele estar ali. Sua consciência o dizia que a mãe o teria obrigado a ir, mas algo no profundo de seu ser queria acreditar que o mais velho se importava com ele.

Chegou a hora das despedidas. Beijos, abraços e desejos de melhoras foram despejados aos montes pela professora Zhou Wang e Mark apenas assentia sorrindo, sem querer ser rude ou mal educado.
A senhora Wang saiu do quarto e Dorine Tuan a acompanhou, mas Jackson permaneceu no mesmo lugar.

Chegou perto de Mark, que respirava pesado. O aparelho que controlava seus batimentos cardíacos denunciou a aceleração de seu coração e a apreensão que o mesmo sentia. Jackson percebeu isso e sorriu. Pela primeira vez, Mark via o sorriso dele e o achou muito bonito.
O loiro se curvou sobre o menor, que estava apavorado e parou até estar a poucos centímetros de distância do mesmo.

-Vai ficar tudo bem, garoto. - foi o que Jackson disse antes de dar um selinho casto nos lábios do menor e sair do quarto.
  
Mark estava paralisado. Jackson o havia beijado. Sentir os lábios macios em contraste com os seus, que estavam secos, havia sido uma experiência que ele não esqueceria. Por mais que tenha sido apenas um mero selar, aquele tinha sido seu primeiro beijo em seus dezoito anos de vida.

Mark teve seu primeiro beijo com Jackson e gostou muito daquilo.

Ficou repassando o momento em sua mente e não pôde deixar de conter um sorriso ao lembrar do loiro. A forma como ele sorriu, como o selou delicadamente e como saiu repentinamente fizeram Mark ficar confuso. Suspirante, mas confuso.

Jackson Wang era um enigma que Mark não sabia se estava disposto a desvendar.


Notas Finais


NÃO ME MATEM POR FAVOR!
Eu demorei pra postar o capítulo pq tem muita coisa acontecendo, to fazendo as provas finais, ta tendo obra aqui em casa, ta tudo de pernas pro ar!
Mas enfim, espero que tenham gostado :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...