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História Scars Of Talent - Chapter Eight


Escrita por: LordsBabe

Notas do Autor


EU SEI, EU SEI, EU DEMOREI MUITO.
Mas antes que vocês venham com pedras pra cima de mim, eu tenho q dizer que minha vida tava uma bagunça nesse final de 2016.
Fiquei em recuperação trimestral, pintaram minha casa, teve natal, ano novo e essas paradas aí. Fiquei sem internet decente em boa parte desse tempo.
Então gente, feliz ano novo atrasado, espero que gostem do capítulo.

Capítulo 8 - Chapter Eight


E, daquele jeito, os dias se passaram. Como era inevitável, o dia do espetáculo finalmente chegou. Os corredores dos bastidores localizados atrás do palco estavam mais movimentados do que de costume, afinal aquele era um dia atípico.

Dentro do camarim, Mark se observou pelo espelho. Os cabelos estavam penteados em um topete que ele tinha certeza que permaneceria no mesmo lugar pelo resto da noite, tamanha a quantidade de produtos fixadores passados pelo mesmo. Já usava a roupa de soldado, que era vermelha, preta e branca, assim como a do Quebra-Nozes. As sapatilhas novas que usava ainda eram extremamente incômodas pelo pouco uso, mas o rapaz estava convicto de que conseguiria lidar com aquilo.

Sua maquiagem fazia Mark parecer um pouco mais saudável do que ele realmente estava. Os contornos e realces nos lugares certos deram um pouco de vida ao rosto magro e pálido do Tuan, que não comia nada há muito tempo.

Jackson entrou no cômodo de repente, procurando algum membro do corpo de baile que estava atrasado. Os olhares do Wang e do pequeno Tuan se cruzaram por um instante, mas foi o suficiente para os dois captarem um pouco do outro. E Mark achou um ponto curioso na vestimenta do mais velho.

Ele estava de camisa branca.

Sempre quando via o loiro, o mesmo se encontrava completamente de preto. O mais novo achou que Jackson tinha ficado bem com a camisa social branca que usava. Seu cabelo continuava no topete completamente alinhado e perfeito que ele fazia questão de exibir. Os cabelos loiros pareciam mais reluzentes do que nunca. Era uma visão de tirar o fôlego.

Jackson observou a figura de Mark por um pequeno instante, mas foi o suficiente para um sentimento que repudiava tomar conta dele. Pena. Não conseguia olhar para o garoto magérrimo do jeito que estava e não sentir aquilo. Apesar de estar peculiarmente lindo naquela noite, Mark ainda estava, na visão do Wang, magro demais. Sabia perfeitamente que ele vinha mentindo para sua mãe a respeito de sua alimentação, mas decidiu não se meter no assunto, por realmente não achar que fosse de sua conta.

Mas ali, vendo o bailarino sendo arrumado por algum membro do apoio, sentia falta do rapaz de sorriso doce que conhecera no meio do ano.
Jackson sabia que Mark estava quebrado. Sabia que o emocional do mais novo estava destruído e queria entender o porquê, mas não tinha nenhuma relação com o menor. O mesmo tinha acabado com o que estavam começando a ter e, nesse meio tempo, Jackson havia se afastado se Mark para tentar reprimir os pensamentos constantes sobre o bailarino, em sua visão, gracioso.

Pensava nele enquanto estava sozinho em casa. Tinha uma caixinha de música que foi presente de sua avó. Nunca entendeu o porquê de sua avó ter lhe dado uma caixinha de música com uma bailarina no centro. A matriarca dos Wang sempre dizia que se lembrava do neto ao ouvir a melodia calma que ecoava pela sala quando a caixinha era aberta.

E, com a mesma caixinha e pelo mesmo motivo, lembrava-se de Mark Tuan. Ao olhar para a bailarina de pele alva e cabelos escuros que rodava no meio da caixa, lembrava de como a pele dele era macia sob suas mãos. Lembrava de como ter o mais novo em seus braços o fazia se sentir mais vivo.

Mas Jackson sabia que não podia ter aquele tipo de pensamentos em relação a Mark. Como o outro insistia em lhe lembrar, era comprometido.

-Jackie! - Hyuna estava sorridente, olhando para ele. De vestido e batom vermelhos, ela tinha, realmente, entrado no espírito natalino.

-Oi. - disse simplesmente.

Quem visse a cena acharia que o loiro estava sendo rude, mas aquele era seu jeito de ser e Hyuna sabia disso. Tanto que não hesitou em se agarrar a um dos braços do namorado.

-Estou muito ansiosa, amor! Como você acha que os novatos vão se sair? Falo principalmente por causa do Mark, depois de tudo o que ele passou, ficar no nível dos outros deve ser difícil. - Hyuna, como sempre, falava demais.

-Acho que o garoto consegue. - e, com isso, Jackson se despediu da namorada.

Ainda havia muito trabalho a ser feito. Muitas pessoas dependiam do que aconteceria naquela noite e tudo tinha que estar impecável.

Mark estava nervoso demais. Batia seus dedos ritmadamente na mesa que continha as maquiagens à pouco usadas nele. Era sua oportunidade. Sabia que, além do público, na plateia estariam olheiros e teria que se destacar se quisesse chamar a atenção de algum deles. Estava chateado pois sua mãe não poderia vê-lo dançar, seu pai havia proibido. Então Mark dançaria para si mesmo e ele sabia que era sua melhor plateia.

Os bailarinos foram chamados para posicionarem-se próximos ao palco e logo todo o corpo de baile estava lá. Mark olhou para Min Hee e Junghyun. Os dois estavam quase irreconhecíveis em suas vestimentas.
Eles se posicionaram no palco e logo as cortinas foram abertas. Uma salva de palmas ecoou pelo salão, fazendo Mark sorrir. Era um sonho que o pequeno Tuan estava prestes a realizar.

As danças anteriores passaram, para Mark, rápido demais. Logo já havia pessoas do apoio o conduzindo - empurrando - até a parte trazeira do palco já tão conhecido. Mark respirava pesado, o sangue corria veloz pelas veias, estava nervoso e ansioso. Ao olhar para trás, em um momento de distração, viu Jackson há poucos metros de si. O mesmo sorria, como se o desafiasse a mostrar o seu melhor. 

E ele iria.

O início da música que conhecia tão bem soou pelos auto-falantes, fazendo Mark se pôr em sua postura impecável de bailarino e sorrir. As cortinas se abriram e ele entrou na luz que o aguardava do outro lado. Ele entrou no palco juntamente com outros dois garotos que não conhecia, os outros três entrariam pelo outro lado. Aquela seria sua primeira música da noite.

Uma coisa que a antiga professora de Mark apreciava nele era que ele se movia com graciosidade. O rapaz era leve dentro do palco isso chamava a atenção, pois, normalmente, os rapazes tendiam a ser mais brutos do que as meninas, mas aquilo não se aplicava ao Tuan.

E uma pessoa naquele auditório tinha os olhos fixos nele. O olhar sempre tão atento à detalhes agora estava preso a Mark. O bailarino, por outro lado, estava concentrado. Lembrava do olhar desafiador de Jackson para si. Lembrava de todas as palavras ofensivas que seu pai já havia lhe dirigido.

Ele queria mostrar que era muito mais do que as pessoas pensavam.

E Mark dançou como nunca havia feito em sua vida. Deu tudo de si, sentia que seu corpo voaria a qualquer momento. Sentia que tinha perdido o controle de seu próprio corpo, que a música comandava sua mente e que a dança era apenas o resultado de tudo.

E aquilo era verdade.

Ao final do espetáculo, o público aplaudiu de pé. Os bailarinos estavam ofegantes e sorridentes, a sensação de dever cumprido reinando acima de tudo. A senhora Zhou foi chamada à frente do corpo de baile e os dois protagonistas a entegaram um buquê de rosas vermelhas. A professora chorava emocionada e o público a aplaudia com fervor.

Mark olhou para o lado por um instante, querendo, inconscientemente, ver Jackson e conseguiu. O loiro estava lá, o olhando sério, como sempre estava.
Os bailarinos desceram todos do palco e se abraçavam contentes, mas Mark não estava entre eles. Foi solitário até o camarim, querendo tirar a roupa e a maquiagem que lhe incomodavam. O Tuan ouviu batidas na porta e disse para que a pessoa entrasse, mas aquele rosto lhe era completamente desconhecido.

-Você é Mark Tuan, certo? - o homem moreno entrou no camarim e o bailarino levantou-se para encará-lo.

-Sou sim. E o senhor, quem é? - o rapaz arqueou a sobrancelha, desconfiado.

-Quero que fique com isso. - entregou um cartão, ignorando completamente a pergunta que o outro lhe fizera. - Eu vi você dançando hoje e acho que posso fazer sua carreira ser grande, Mark. Você tem um potencial enorme. - disse o homem, com um sorriso cálido e convidativo.

-Mas senhor... - o homem o interrompeu.

-Fique com o meu cartão, Mark. Você tem o tempo que quiser para pensar em minha proposta. Quero que venha trabalhar comigo. - olhou o relógio - Já está tarde, tenho que ir. Uma boa noite para você, Mark.

-Boa noite, senhor... - o bailarino respondeu, surpreso com o que havia acontecido.

Olhou para o cartão ainda pensando nas palavras do homem desconhecido. Ele queria lhe ajudar. Queria alavancar sua carreira, fazer dele um sucesso.

Como Mark poderia recusar essa oferta?

Os olhos do bailarino sonhador pousaram sobre o cartão branco, que trazia escrito em letras simples o nome "Im Jaebum", um endereço e um número de telefone.


Notas Finais


Espero que me perdoem pela demora. Digam se gostaram :)


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