1. Spirit Fanfics >
  2. Scars of the past >
  3. He told me to do

História Scars of the past - He told me to do


Escrita por: Seokhui

Notas do Autor


Eu sei, eu demorei uma eternidade para atualizar e devo milhões de desculpas, podem me bater de verdade kkkkkk
Mês passado foi extremamente corrido, com enem e minha formatura (acabei de sair do terceiro do médio) eu quase não consegui parar e realmente escrever algo que me deixasse contente.
Tive uma especie de bloqueio eu acho (?) foi mais um período que realmente pensei em desistir de SOTP. Mas apos pensar bastante percebi que escrever sobre esse universo e ver tanto meus leitores quanto amigos para quem indico a historia gostarem me fazem continuar a ter pique para escrever. Novamente, peço desculpas pela demora devido a crises internas de escritor
O capitulo não esta tãaao grande, mas conversei com uma amiga querida sobre isso e preferi deixa-lo assim porque só estamos iniciando o segundo arco. Sem demoras boa leitura!

Capítulo 7 - He told me to do


Após toda a bagunça que Namjoon e os demais criaram, as coisas se tornaram mais tensas. O toque de recolher fora reestabelecido, programas de televisão censurados e até mesmo tirados do ar e guardas voltaram a rondar ruas prendendo aqueles que consideravam suspeitos ou que simplesmente não iam com a cara.

A sociedade? Era um misto de alegria e choque. Akuzen estava morto e que por Deus, estivesse queimando no inferno.

As manifestações tornaram-se novamente algo de rotina, embaladas pela morte da figura imponente que o general transmitia. Porém eram duramente repreendidas através da violência de soldados e suas armas. Tudo estava um caos.

Jogando limpo, anteriormente as coisas já estavam no limite ou por um fio de tudo desabar. A morte de Akuzen apenas fora a lâmina necessária para quebrar essa falsa tranquilidade que a população estava acostumada a viver.

 

Afinal, tudo tinha sido bagunçado na Guerra do Milênio.

 

 

♡*+:•*∴”:♡.•♬✧♡*+:•*∴”:♡.•♬✧

 

 

 

Hoseok enfaixava o braço de uma criança enquanto perdia-se em cálculos sobre sua provisão de analgésicos. O número de clientes tornara-se maior após a volta de manifestações, fazendo com que seu trabalho fosse praticamente triplicado por dia. Estava cansado devido aos pacientes que pareciam não ter fim, mas continuaria a fazer sua parte.

Passara-se uma semana da invasão, e a mídia chamava o episódio de "Primavera infalível" devido ao fato de não terem conseguido encontrar nenhuma prova física evidente para se iniciar investigações concretas.

Talvez pelo sentimento de culpa por ter participado do episódio que instigara o povo a voltar com os protestos Hobi não sentia remorso a quase se transformar em três para ajudar quem precisasse.

– Pronto. – Sorriu para a menina sentada a sua frente, passando sua mão pelos cabelos negros da mesma. – Tome cuidado da próxima vez que tentar roubar alguma barraca das Docas.

– Obrigada, tio Hobi. – Retribuiu o sorriso que era direcionado a si, encarando o cabelo do médico. – Você os pintou?

Por motivos de precaução, Namjoon aconselhara que todos de alguma forma mudassem de aparência mesmo que as câmeras tivessem sido destruídas. Todos acataram a ideia, e Hope agora encontrava-se ruivo.

– Uhum, o que achou? Ficou bom? – Sorriu convencido, posando para a criança. A clínica já encontrava-se vazia, fazendo-o sentir mais animado para brincadeiras.

– Sim! – Riu batendo palmas. Seu olhar vagou até o fundo da sala, onde as cortinas que escondiam uma das camas da clínica. Seu sorriso tinha sumido. – A pessoa ali atras, está viva?

O médico suspirou, dando-lhe um sorriso fraco.

– Está viva sim. Não se preocupe. – Foi até o armário de onde guardava seus remédios, tirando de dentro um pirulito. Estendeu-o a criança, que sorriu alegre novamente. – Agora você deve ir antes do toque de recolher, tudo bem?

 

 

 

*’“*:.。. .。.:*・゜゚・♡♪+*.

 

 

 

– Não faço ideia de quem esse cara seja, mas ele é de longe a pessoa mais resistente que já tive a chance de conhecer. – Hoseok comentou, conectando o soro intravenoso no braço pálido do desacordado. – Mais que Jungkookie até.

O grupo acabara de concluir a missão, e nenhum deles esperava que Namjoon fosse salvar um cara em um estado no mínimo, acabado.

Todos iriam passar o resto do dia na casa de Hobi como haviam planejado, era perigoso andar nas ruas por motivos bem claros. O médico do grupo aproveitara e socorrera todos os amigos e si mesmo, que agora encontravam-se limpos, com roupas limpas e com curativos em várias partes do corpo. Por sorte sem machucados muito graves, nada que uma maquiagem e roupas largas não pudessem esconder.

 – Sobre o que estão falando? – Namjoon voltara após conversar com seu informante na área de dispensa da clínica. Possivelmente verificando se as pessoas a que pedira ajuda estavam bem.

– Falado sobre esse cara. – Jungkook o respondeu, apoiando-se nas grades de metal da cama. – Os ferimentos dele são extremamente graves?

– Diversas fraturas, costela trincada e até queimaduras de segundo grau. – Hoseok desviou dos amigos que estavam envoltas da cama, indo lavar as mãos e guardar as ataduras. – E bem... Sinais claros de abusos físicos. De vários anos eu chuto.

– Então a criança que a senhora Myuko comentara, é ele.  

– Como assim? – Tae encarou-o com a sobrancelha levantada.

– Quando Namjoon hyung pediu que eu conversasse com ela pedindo informações ela me contou sobre um menino que Akuzen mantinha como... escravo.

Ficaram quietos, incertos do que dizer sobre o passado daquele homem agora deixado envolta de inúmeras ataduras somente ouvindo Hoseok lavar suas mãos no pequeno lavabo do quarto.

– ... Falando nessa velha, você não devia encontrá-la hoje, Jimin?

– Hum? Ah, não. – Deu um sorriso de canto para Jungkook. – A senhora Myuko saiu em viagem um pouco antes de fazermos nossa missão. Não vou vê-la por um bom tempo, eu acho.

– Tá ok, estamos saindo do foco. – Tae encarou o líder do grupo. – O que vamos fazer quando esse cara acordar?

Os outros três voltaram seus olhares a Namjoon, igualmente receosos com as possíveis respostas.

– Não acho que ele fara algo contra nos. – Respondeu, passando a mão por seus cabelos. – Em nossa situação atual, não podemos levar ele até nossa casa sem no mínimo levantar suspeitas. Peço desculpas Hobi, mas podemos deixá-lo por enquanto aqui até ele acordar?

Hoseok fitou o rosto sereno do desacordado na cama de sua clínica. Não era capaz de imaginar as atrocidades que ele fora forçado a passar (as cicatrizes somente lhe davam uma pequena amostra) e deixou-se sentir pena daquele pobre individuo cujo nem o nome tinha conhecimento.

Seu lado altruísta falava mais alto que seu pavor pelas altas chances de ser preso.

– É melhor deixá-lo aqui mesmo. – Tentou soar natural, pois sabia que Rapmon sentia-se culpado. – Os ferimentos dele são sérios, transportá-lo para outro lugar poderiam agravá-los mais ainda. Sem contar que preciso manter meus olhos nele constantemente e ir a todo momento até nossa casa seria um saco.

 – Tudo bem, então nosso plano já está mais ou menos traçado. – Jimin comentou alegre, passando um braço ao redor do pescoço de Taehyung. – Agora o que vamos jantar?

 

 

*’“*:.。. .。.:*・゜゚・♡♪+*.

 

 

Após a pequena menina ter saído de sua clínica saltitando alegre pelo pirulito que recebera e Hoseok ter a certeza que não havia mais ninguém além de si ali, o ruivo foi até a cama protegida pelas cortinas brancas abrindo-as minimamente.

O moreno deitado agora não tinha mais o curativo sobre seu olho, e os cortes superficiais em seus braços e rosto já haviam sumido. O ruivo devia admitir, quem quer que fosse o sujeito ele era extremamente bonito.

– Quando você vai acordar? – Sussurrou para ninguém em especial, fechando novamente a cortina.

Tinha tantas perguntas a fazer àquele homem. Se ele era mais um experimento da Cruz Vermelha já que seu braço apresentava inúmeras picadas de agulha, que tipo de drogas ele fora obrigado a ingerir e principalmente, quem diabos ele era.

 

 

♡*+:•*∴”:♡.•♬✧♡*+:•*∴”:♡.•♬✧

 

 

Corria, partindo o que quer que estivesse no chão sem dó com suas galochas um pouco grandes que usava. Vários galhos e folhas arranhavam seus braços e pernas, machucando-o. Estava desesperado, mas não podia surtar pois isso assustaria ainda mais o menino atrás de si que segurava sua mão com força.

– Meus pés estão doendo ainda por causa de ontem. – Seu amigo reclamou, tentando fingir estar indiferente para com a situação. Sua respiração estava descompassada pelas possíveis horas correndo sem rumo na penumbra. Sinceramente, ambos não sabiam mais ao certo por já terem perdido a noção do tempo quando o sol começara a se por. – Até quando vamos ter que ficar aqui?

Não o respondeu, pois tentava diferenciar as inúmeras arvores que os cercavam. Já teriam passado por ali? Porque caralhos todas as árvores cresciam tão parecidas umas com as outras?

Sentiu o aperto em sua mão ficar mais forte ao ouvir o som de um tiro não muito longe de onde estavam. Seu peito gelou, desejando ter asas iguais às dos pássaros que fugiam assustados pelo barulho em direção ao céu.

– Fodeu. – Saiu do transe de terror ao ser forçado a correr mais rápido, agora sendo puxado com certa brutalidade pelo menino pálido de cabelos escuros. – Quanto tempo temos que sobreviver aqui?

– 36... 36 horas. – Respondeu, tentando engolir a bile que invadira sua boca. Não era hora para sentar e chorar, eles iam sobreviver novamente. Seu corpo suava frio, mesmo com a umidade da floresta e clima gélido do ambiente que os rodeavam. – Precisamos achar um lugar para nos abrigar, está ficando mais frio a cada minuto que passa.

Mais tiros foram ouvidos, dessa vez a distância mais acompanhados com berros. Instintivamente pararam, agachando no meio da mata alta.

– Esses caras são loucos! Primeiro nos capturam e tentam nos manter vivos para depois nos jogar no meio do nada para brincar de esconde mata. – A criança morena disse exasperada tentando lutar contra as lagrimas que arriscavam cair sobre suas bochechas, passando a mão nervosamente sobre seus cabelos sentindo uma urgência de arrancá-los para aliviar a raiva que sentia no momento. – O que eles querem de nós?

Ia respondê-lo, até perceber que sobre o coração de seu amigo reluzia um ponto vermelho.

Não precisava ser um gênio para notar que se tratava de uma mira a laser.

 Instintivamente o abraçou, fazendo com que a bala perfurasse seu ombro.

Doía, doía muito.

Sentia-se fraco, sua visão escurecia a cada segundo e já não era capaz de continuar agarrado ao pequeno corpo a sua frente. A última coisa que ouvira antes de desmaiar fora o menino chamando por seu nome, desesperado.

 

 

*’“*:.。. .。.:*・゜゚・♡♪+*.

 

 

Jin abriu os olhos, ofegante. Seu corpo estava extremamente suado, e seu peito subia e descia em um ritmo desesperador. Angustiado, levou sua mão até seu ombro suspirando aliviado ao sentir somente ataduras sobre sua pele. Passou então a tentar acalmar seu coração informando seu próprio corpo que tudo somente passara de um... sonho?

Deixou isso de lado, apoiando sobre seus cotovelos tentando sentar-se. Seu corpo protestou, gritando de dor enquanto sua visão ficava mais enevoada se possível.  Mesmo sentido seu corpo não querer cooperar consigo, Seokjin fora capaz de perceber que não estava em alguma área hospitalar do castelo. O que podia significar duas coisas: Uma, ele não havia aguentado a tortura e tinha entrado em um estado de coma sonhando novamente ou segunda, que de alguma forma alguém o havia tirado daquele quarto imundo.

 Sentiu seu coração apertar lembrando-se de Kidoh, os últimos dias o fizeram não ser capaz de pensar ou sentir nada. Não fora capaz nem de sentir pena de si ou de seu amigo falecido.

O moreno arrancou o soro intravenoso que estava conectado, e lutando contra a ânsia de vomito que o invadia colocou seus pés no chão tentando colocar-se de pé para impedir que memórias o invadissem.

Falhando miseravelmente no processo.

Seu corpo fora de encontro com o chão com um banque surdo. Soltou um gunido, encolhendo-se numa tentativa de amenizar a dor ao mesmo tempo que mordia seus lábios impedindo que fizesse mais barulho.

 Quando ela se tornara suportável, pendurou-se no tripé que sustentava as bolsas de soro antes conectadas em si, conseguindo o suporte necessário para reerguer-se. Delicadamente empurrou a cortina branca amarelada para o lado, podendo finalmente ver aonde estava.

Aparentava ser uma pequena clínica, do lado da cama que antes estava haviam mais três macas decoradas somente por edredons brancos. Acima de uma mesa bagunçada por inúmeros livros e cadernos localizada no fundo da sala haviam pequenas janelas, indicando que o ambiente possivelmente localizava-se no andar subterrâneo de onde quer que Jin estivesse. A sua esquerda armários com portas de vidro abrigavam inúmeros frascos e embalagens de remédios que não fazia a mínima ideia para o que serviam.

Jin nunca sentiu-se confortável em ambientes hospitalares. As paredes brancas e o cheiro insistente de remédio e doença que impregnavam em suas narinas o faziam ter o pressentimento de estar sendo vigiado pela morte.  Entretanto, o ambulatório em que estava não tinha paredes brancas, elas eram tijolos cinzas de diversos tamanhos. E ali não havia o ar de morte, era acolhedor.

Jin necessitava saber aonde estava, e sem pensar duas vezes contra a vontade de seu corpo dolorido passou a caminhar sem pressa até duas portas que localizavam-se perto dos móveis de madeira. Uma dava acesso até um pequeno lavabo, enquanto a outra...

Suspirou alto ao se deparar com uma escada.

Contra sua intuição e dores, começou a subi-la em um ritmo agonizantemente lento segurando-se no corrimão. Seu corpo suava frio e tremia a cada degrau, e somente era capaz de subir devido ao seu desejo de saber aonde estava.

O moreno surpreendeu-se ao se deparar com uma cozinha. Ao centro do cômodo havia uma mesa com cinco cadeiras, armários sobre o fogão e balcão abrigavam pratos e panelas e a geladeira ficara posta ao lado de outro armário, provavelmente recheado de suprimentos.

Enquanto secava o suor que escorria de sua testa Jin caminhou até a janela que ficava sobre a pia, espiando o ambiente afora.

Fora ai que tivera a certeza que não sonhava.

O calor do Sol tocara seu rosto, fazendo com que um sorriso escapasse de seus lábios secos. Deparou-se com a imagem de uma rua movimentada, pessoas passavam apressadas ou caminhando acorrentadas as próprias rotinas, o barulho da cidade sendo abafado pelo vidro.

Milhares de perguntas invadiram sua mente. Onde estava? Como, não, quem o tirara do Cubo? E porquê?

Seus pensamentos foram interrompidos ao ouvir o som de uma porta sendo aberta, sentindo seu corpo inteiro gritar para que se escondesse.

 Sem pensar, agarrou a faca pontiaguda que estava dentro da pia.

– Mas que barulho é es... Meu Deus. – Um homem ruivo aparecera na entrada da cozinha, derrubando as sacolas que segurava ao vê-lo. Ele calmamente levantara os braços, em sinal de rendição. – Olha, eu sei que você tem todo o direito de ter medo mas eu juro que não vou lhe fazer mal.

Jin encarou-o, estudando cada centímetro de seu rosto enquanto tentava lutar contra o desespero que lhe invadia a cada segundo que passava.

O Homem a sua frente tinha o rosto marcado por olheiras escondidas com maquiagem. Seu cabelo ruivo era obviamente tingido, mas de certa forma combinara com seu rosto. Os lábios finos formavam uma linha, possivelmente pela situação que se encontravam.

– Por favor, se abaixar isso eu juro que explicarei tudo que quiser.

Seokjin não planejava abaixar a faca, mas fora incapaz de manter-se em pé ao sua visão escurecer e o balanço de seu corpo falhar.

– Está ardendo de febre! – Sentiu o sujeito lhe segurar antes que caísse no chão. O ruivo passou um de seus braços sobre os próprios ombros, sustentando Jin. – Porque se mexeu tanto?! Seu corpo ainda está extremamente fraco.

Fora incapaz de não rir. Como alguém poderia preocupar consigo se mal se conheciam?

– Seokjin. – Sussurrou, enquanto o dono da clínica colocava uma toalha molhada sobre sua testa.

– O que?

– Kim Seokjin. Meu nome. – Disse, antes de desmaiar.

 

[...]

 

 

- Ele realmente acordou? – Jin franziu o cenho, enquanto piscava os olhos tentando lembrar aonde estava.

- Sim, Kookie. Ele acordou. – A voz do médico soava levemente irritada, mas não era capaz de saber aonde ele estava devido a cortina branca envolta de sua cama. – Agora fique quieto, estou tentando higienizar seu corte.

O moreno tentou arrumar-se na cama sem fazer nenhum ruído, falhando.

O barulho chamou a atenção dos dois desconhecidos, que andaram calmamente até perto da cortina, abrindo-a minimamente.

– Oi novamente ... Seokjin, não? – O ruivo sorriu sincero, empurrando o fino tecido indo perto de si o mais calmo possível. Provavelmente para demonstrar que não faria nada. – Sua febre passou, mas é melhor você ainda permanecer deitado sem voltas por minha casa. Ah, eu me chamo Hoseok, mas pode me chamar de Hobi. E esse aqui é Jungkook, o maknae de nosso grupo.

– Olá. – O denominado Jungkook lhe cumprimentou timidamente, estendendo-lhe uma caixinha. – Isso é um presente, por sabe, ter acordado.

– ... Obrigada. – Jin limitou-se a levantar o canto de seus lábios enquanto agarrava o presente, não sabia se podia confiar nos homens a sua frente.

– Oh! Ele falou! – Hoseok sorriu minimamente, sentando-se na cama. – Temos mais 3 amigos, mas não acho que conseguirá conhecê-los hoje. Eu sei que está confuso, mas assim que eu fechar a clínica vou responder todas as perguntas que precisar.

– Tudo bem.  

– Você deve estar com fome, prometo fechar o ambulatório após atender aquela senhora. Jungkook, vá até a loja aqui perto e pegue os antibióticos que eu encomendei. – Levantou-se, indo atender uma velinha que acabara de abrir a porta que ficava perto da mesa. Jin não havia a notado anteriormente. – Agora. Se você já está saudável o suficiente para vir aqui sozinho ver meu novo paciente é capaz de pegar algumas caixas para mim.

– Ah, hyung! – O menino de cabelos arroxeados e nariz arrebitado protestou, entretanto vendo que seu amigo mais velho nem ao menos se importara bufou irritado acenando timidamente para Jin. Informando que já voltava.

O moreno fora incapaz de não rir, acenando de volta. Agora tecnicamente sozinho, já que Hoseok estava ocupado com seu novo paciente, resolvera ver o que tinha no pacote em suas mãos.

Surpreendeu-se ao ver que se tratavam de pequenos chocolates decorados. Aquilo era extremamente fofo. Automaticamente levou um a boca, esquecendo de toda a sua desconfiança. Jin não se lembrava quando fora a última vez que pudera comer chocolate já que suas refeições sempre eram controladas.

– É delicioso. – Sorriu verdadeiramente, logo comendo outro.

 

 

♡*+:•*∴”:♡.•♬✧♡*+:•*∴”:♡.•♬✧

 

 

– Você e seus amigos basicamente invadiram o castelo, mataram Akuzen e depois explodiram tudo pelos ares. – Seokjin recapitulo tudo que ouvira, incrédulo. O Castelo do Sol Nascente era uma fortaleza com luz própria, não tinha como alguém simplesmente chegar e fazer o que bem entendesse. – É isso?

– Você falando dessa forma realmente parece loucura. – O médico comentou soltando uma risada fraca, agora sem seu jaleco.

Como havia prometido, após atender a simpática senhora ele realmente havia fechado as portas de sua clínica para conversarem. Os dois sujeitos estavam sentados junto a Jin na cama de lençóis brancos. Bem, Hoseok estava, enquanto o maknae ouvia ou adicionava algo a conversa enquanto brincava com a cadeira giratória que pertencia a escrivaninha correndo com ela de um lado para o outro girando.

O moreno encarou o homem que lhe contara toda essa história sem saber ao certo se devia realmente acreditar no que fora dito. Akuzen, a figura que lhe torturara e abusara por tantos anos finalmente tinha morrido? Parecia um sonho.

Tudo bem que o general já estava extremamente debilitado devido ao veneno de Kidoh, o que logicamente havia facilitado em muito a missão deles. Usando de metáforas, quando a colmeia está sem sua abelha rainha para comandar, as coisas tornam-se desorganizadas e as abelhas comuns não sabem direito a como reagir a imprevistos. Fora basicamente isso que ocorrera.

Jin não devia, mas de certa forma sentia que ele fora o motivo para esses (em sua opinião) loucos ainda estarem vivos. Eles deviam indiretamente suas vidas a si.

– Se não acredita os jornais podem provar, hyung. – Tentando ignorar o fato de Jungkook ter passado a lhe chamar de “hyung” ao ter conhecimento de sua idade, Jin leu a notícia na tela do celular que fora estendido para si finalmente acreditando na dupla.

– Então... Akuzen realmente está...

– Sim, Namjoon o matou.

Se Jin pudesse, beijaria esse tal de Namjoon por ter matado o pesadelo de sua vida.

Sentiu lagrimas escorrerem por suas bochechas pálidas, instintivamente tentou secá-las, mas elas não paravam de escorrer.

– Algo está doendo? Você está bem?

– Por favor não me diga que o amava ou algo assim ...

– N-não... É so que nada disso parece real. – Os respondeu, extremamente envergonhado por chorar na frente de pessoas que nem conhecia direito. – Esse Namjoon, ele fez algo que tento criar coragem a mais de 13 anos. Akuzen era um monstro, e merece queimar no Inferno.

Jungkook e Hoseok não sabiam ao certo o que dizer ao sentir a ira nas palavras do moreno, e por isso acataram o silêncio esperando o novo companheiro acalmar-se.

– Bem, amanhã vocês irão se conhecer. Agora de certa forma você faz parte de nossa família, se quiser pode agradecê-lo eu acho. – O maknae respondeu animado, sem tirar os olhos do celular.

– Ah... Sim. – Essa não fora a melhor resposta que Seokjin poderia dar, mas como poderia reagir ao alguém lhe chamar de família sem nem ao menos se conhecerem direito?

– De todas as formas... – Hobi vendo o desconforto do mais velho mudou de assunto, levantando-se da cama espreguiçando o próprio corpo. – O que acham de jantarmos? Jungkook precisa voltar para o apartamento antes do toque de recolher. E pare de brincar com minha cadeira.

– Por mim tudo bem, hyung. – O respondeu levantando-se ao praticamente ser chutado pelo ruivo. – Você quase me machucou de verdade!

Ambos começaram a discutir, deixando um Jin incerto do que fazer.

Uma memória lhe invadiu, deixando-o levemente triste.

– Vocês se importam se for hambúrguer de janta?

– O quê? – Hoseok parara de brigar com o maknae, escutando com atenção as palavras do moreno.

– Hambúrguer, de janta. – Reafirmou o que dissera anteriormente. – Mas se não puder pode ser qualquer coisa, estou acostumado a tomar somente sopa então...

– Não, está tudo bem. Não se preocupe. – O ruivo sorriu, tentando tranquilizá-lo. – Mas porque o pedido? Pessoas em recuperação meramente não tem tais desejos.

– Nada em especial, um amigo me disse uma vez apenas para comê-los. – Retrucou, lhe dando um sorriso triste. – Obrigada, Hoseok.

– De nada... – Não entendera o que acabara de acontecer, então preferira por somente fazer o que fora pedido a si pelo homem de olhos tristes.


Notas Finais


Namjoon, Jimin e Tae somente vão aparecer no próximo cap, por motivos de eu precisar arrumar mais um pouco o plot kkkk não me matem por favor ;-;
Eu sei que é chato pedir isso, mas por favor deixem um comentário por mais pequeno que ele seja... Isso incentiva em muito escritores ;-;
Vejo vocês no próximo cap! Kissus!
ps: Chorando sangue por talvez não ser capaz de ir no wings tour


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...