ALGUÉM ME IMPEDIU
Eu estava quase chorando no táxi que levava até a escola, sim , não conseguimos convencer aquela mulher! Meu pai até queria deixar quieto mas minha mãe não, não, não cedeu nem um pouco. “a honra da família depende disso bla bla bla se não te deserdo bla bla bla” ...
Eu estava em um profundo vazio existencial por ter que se despedir de todo mundo, encostei a cabeça no vidro e adormeci a viagem inteira.
-Moça? Moça. ..? -Abri os olhos e encontrei o motorista tentando desesperadamente me acordar.
-Eta... Já chegamos? Hmmmm -me espreguicei, pegando minhas malas, que na verdade eram uma mochila e uma bolsa grande, confesso que peguei pouca coisa pelo calor do momento, já que estava extremamente triste e fiz as malas de qualquer jeito. ...Se arrependimento matasse...
-Obrigado, senh...
O motorista já havia saído com o táxi e levei um vácuo maravilhoso.
Me virei para o enorme portão, era grande mesmo, puta que pariu. Fui até ele tentando abri lo, era bem pesado, também com esse tamanho. Será que era pra ninguém fugir ou sei lá, roubar? Por que meu Deus, era enorme. Abri o suficiente para passar em fechei com a mesma dificuldade.
Olhei ao redor mas o campus estava completamente vazio, deve ser por que era um pleno domingo. Haviam três prédios grandes e alguns menores, agora entendi o porque do portão enorme.
Não tinha muita alternativa então fui até a porta de vidro Onde levava a um corredor cheio de armários. Caminhei até a “esquina” do corredor e trombei com alguém me fazendo cair de costas. Melhor jeito de começar, Yeeh!!
-Caralho, você é cega? -o cara que também caiu de costas se levantava, a raiva dele estava bem visível . Ele usava um blusão vermelho e tinha cabelos pretos bagunçados.
-Prazer em te conhecer também -levantei ajeitando a mochila que amorteceu a queda.
-hm...? Você é novata né? -Ele disse me olhando de cima a baixo.
-Temos um Sherlock aqui, nossaa -eu disse Ironicamente, já não fui com a cara do indivíduo.
-Mas uma idiota pra lista -Ele disse dando as costas pra mim e saindo.
Mostrei o dedo do meio mesmo sem ele ver, dando de cara com um homem.
-Senhorita Yukyji Mai certo?
O homem estava formal, era bonito mesmo parecendo velho.
-Ah sim, você. ., você seria...?
Eu disse completamente corada por ele ter visto a cena do dedo do meio.
-Diretor Miller, bem vinda a SOV -Ele estendeu a mão pra mim e eu o cumprimentei.
-Ah, certo, obrigado.
-Me desculpe, mas no momento estou muito ocupado, vou pedir que vá até seu dormitório e peça a uma das alunas para te apresentar a escola -Ele me deu uma chave com um chaveiro rosa com um número e me deixou plantada no meio do corredor.
Desgraçado, tenho certeza que foi por causa do dedo meio, deve achar que sou uma delinquente ou sei lá! Aí esse dia tá cada vez melhor!
Além disso, não tinha idéia de onde era os dormitórios, bem que essa escola enorme que mais parece um bairro, podia ter algumas placas!
Até que cheguei em um caminho de pedras fora do prédio, onde tinham pequenos jardins dos lados e uma placa no edifício do outro lado, escrito “dormitórios”. ALELUIAS, eu estava a uma meia hora procurando.
Mais meia hora até achar o número...tá difícil hoje. Bati na porta pensando já na próxima merda que poderia acontecer.
Ouvi alguém gritar "entra" e obedeci, encontrando três garotas, uma estava deitada na cama enquanto as outras pintavam as unhas.
-hã...-vamos, Mai, diga alguma coisa! -Oi!
-Ei, você deve ser a colega de quarto que nos avisaram hoje... -Disse a de cabelo preso, castanho, que pintava as unhas.
-Que eu disse, se eu não tivesse ido falar com o diretor, ninguém ia avisar nada! -Disse a que estava deitada, se levantando e arregalou os olhos quando me viu.
-PERAI. ..Essas pintas...MAI? !! -Ela deu um pulo da cama (era uma beliche) e me abraçou forte.
Não tinha a reconhecido por causa do cabelo curto, era minha amiga de infância, Aretha.
-Aretha??! Cara! Você estuda aqui? -retribui o abraço com mais força.
-Coincidência fudida em? -Ela parou o Abraço pra olhar em meus olhos que haviam duas pintas logo abaixo.
-Awwn que Saudades da sua boca suja!
Aretha foi uma das minhas amigas no ginasial, fazíamos tudo juntas e brigávamos sempre, é, amigas normais”.
-Geeente, essa é a Mai, minha amiga de bracelete - a gente realmente tinha braceletes iguais.
Ela me virou para as outras garotas que já estavam de pé com uma interrogação na cara.
-Ah é sua amiga? Que alívio...
-Yume! -a da direita deu uma cotovelada na amiga- O que ela quer dizer é que só vem gente sem linha e metido pra essa escola.
-Imaginei -dou um suspiro- Ei não sou assim...Pelo menos eu acho.
-Não sei se vão aguentar essa garota- Aretha ria alto- é bem barulhenta e bobona.
-Cala te, ninguém liga pra sua opinião.
-Vejo que se dão bem -Yume disse entre risadas.
-Ah vamos mostrar a escola pra você! Tenho certeza que o incompetente do diretor não fez isso.
-Você lê mentes? -eu disse surpresa
-Sim. Mas não de vampiros.
-kehehe (risada enguiçada)
Sim, Aretha realmente podia ler a mente dos humanos.
Eu coloquei as coisas na cama vazia e elas foram me mostrar a escola enorme, imaginei quanto tempo demoraria, e demorou, com certeza não vou lembrar da metade dos lugares que fomos.
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