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História Schwarzwald - Floresta Negra - Capítulo 9


Escrita por: littlesenhorita

Notas do Autor


Ás pessoas que acompanharam a fic até o fim: MUITO OBRIGADA! ♥
Eu agradeço cada um dos comentários e favoritos que recebi!
Essa foi a primeira fanfic que já escrevi, então, ver que as pessoas gostaram é uma grande felicidade para mim.
E vou adicionar mais uma dedicação na fic:
DORA, SUA LINDA! ♥ obrigada pelos comentários, por tudo. Você é uma fofa, de verdade ♥

E agora, vamos ao anúncio:
Como vocês puderam ver, essa fanfic tem um casal específico. Eu escolhi um dos integrantes para ser o casal principal, mas não vai parar por aí!
Sim, vou fazer outras histórias com os outros integrantes!
Serão histórias depois dos acontecimentos da Schwarzwald, um pouco menores e mais focadas nos respectivos casais, mas elas serão como se fossem uma continuação desta, e vocês verão o que irá acontecer com a Elisa, qual será o destino dela, assim como dos outos integrantes no bando!
Eu espero que vocês gostem delas e deem tanto amor para cada uma como deram para a Schwarzwald! ♥

Agora chega de enrolação, aproveitem o último capítulo! ♥

Capítulo 9 - Capítulo 9


Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto. A claridade era forte demais, então franzi as sobrancelhas na tentativa de afastar o incômodo e me movimentei, tentando virar para o lado. Senti uma fisgada na perna, e gemi de dor, parando imediatamente.

Uma mão repousou sobre meu ombro, e me colocou de volta na mesma posição, deitada com o rosto para cima.

― Não se mexa. Sua perna não melhorou ainda.

Eu abri os olhos, sem conseguir focar a visão. Tudo estava embaçado, e eu só distingui uma silhueta alta levantar ao meu lado e fechar a cortina da janela. Reconheci o quarto onde estava, e aos poucos fui ajustando os olhos à claridade.

Eu estava deitada na cama de Kihyun, mais uma vez. O quarto estava bem iluminado, e eu podia escutar o barulho da floresta através da janela que estava aberta.

Alguns pássaros cantavam, e o vento balançava a copa das árvores, o farfalhar das folhas fazendo cócegas em meus ouvidos. Tudo estava estranhamente calmo, muito diferente das últimas lembranças que explodiam na minha mente.

Lembrei do estalo forte em minha perna esquerda, e imediatamente olhei na direção dela. Minha perna estava em cima de um amontoado de travesseiros, com uma tala enorme. Essa era a única parte do meu corpo que não estava coberto pelo cobertor, e eu finalmente tomei consciência do quando estava suada. Tentei afastar o pano, mas meu corpo estava fraco. Senti a roupa grudada na pele por causa do suor mexer, e fiz uma cara feia.

Uma risada leve ecoou ao meu lado, e eu virei o rosto rapidamente.

― Essa foi a careta mais fofa que eu já vi. – Wonho sorria ao meu lado, sentado num pequeno banco, na cabeceira da cama.

Olhei para ele, surpresa. Como ele estava lá? Ele não tinha ficado com Mabelle?

― Como você...

― Eu estou bem, calma. Completamente recuperado. Você é quem está um tanto mal. – Ele pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos, gentilmente.

Wonho sorriu de forma calma, com uma expressão pensativa no rosto. Eu olhei para ele, relembrando a forma como havíamos nos tocado, e tentei ignorar as borboletas que nasciam no meu estômago.

― Quantos dias...

― Dois.

― Marcus?

― Morto. Graças a você e Shownu. – Wonho levantou minha mão até sua testa enquanto abaixava a cabeça, e acariciou de leve meus dedos. – Você quase morreu, de novo. Tive que aguentar seus gritos durante um dia inteiro, sabia?

― Estamos quites então.

Nossos olhares se encontraram. Wonho beijou de leve a palma da minha mão, e acariciou minha cabeça gentilmente. Eu desviei de seu olhar carinhoso, para os lábios que encontravam minha pele.

Wonho notou meu olhar, e não desperdiçou mais nenhum segundo.

Logo nossos lábios se encontravam da forma mais carinhosa que eu poderia imaginar. Wonho me tocava como se eu fosse quebrar com o menor dos movimentos dele. A mão que acariciou minha cabeça desceu até meu queixo, levantando meu rosto alguns centímetros, lentamente.

Eu soltei a mão dele devagar, e alcancei sua nuca, puxando-o para mais perto. Wonho gemeu baixo com meu gesto e se aproximou mais um pouco, ainda com cuidado. Alguns segundos depois ele quebrou o beijo, respirando mais pesadamente.

― Acho melhor pararmos.

Sorri preguiçosa para ele, e ele deu uma pequena risada.

― Continuamos mais tarde.

― Continuamos quando você estiver perfeitamente recuperada. – Ele disse, se endireitando no banco.

― Acho que isso significa que estamos juntos? – Eu tentei fazer a pergunta soar como uma brincadeira, mas queria confirmar as intenções de Wonho. Ele pegou minha mão novamente, entrelaçando nossos dedos, enquanto encaixava a outra livre na linha da minha mandíbula, como havia feito antes, traçando pequenos círculos com o dedão na minha bochecha.

― E você ainda pergunta. – Sua expressão séria bastou para satisfazer qualquer dúvida que eu poderia ter.

Fechei os olhos sob o toque gentil dele, e suspirei.

Me concentrei na tranquilidade que sentia, escutando o vento balançar as folhas das árvores, e senti algo raro. Aquele lugar me transmitia um sentimento de conforto e segurança que eu nunca tive na minha vida toda. Apesar de estar imersa num mundo desconhecido e completamente novo, cheio de perigos, aquela casa era o lugar mais seguro e cheio de paz em que eu poderia estar.

Num movimento inconsciente eu tentei me achegar mais na direção de Wonho, virando o corpo todo para o lado. Maravilhada pelo sentimento que transbordava de mim, eu esqueci que tinha uma tala enorme na perna esquerda, e a dor me pegou desprevenida. Gemi novamente, dessa vez um pouco mais alto, sentindo meu ombro arder. Meu corpo ainda lembrava da sensação dos dentes de Marcus rasgando a carne, da dor insuportável que me afligiu.

Escutei passos apressados, e Kihyun e Shownu apareceram na porta.

― Está tudo bem? – Kihyun perguntou.

Wonho virou na direção deles, e respondeu.

― Sim. Ela só tentou se mexer. Acabou de acordar.

Shownu coçou a cabeça, me olhando, enquanto Kihyun entrava no quarto. Logo os outros meninos apareceram, as cabecinhas curiosas me olhando da porta. Wonho levantou do banco ao meu lado, dando lugar para que Kihyun sentasse. Senti a falta do seu toque, imediatamente.

― Como você se sente? – Kihyun perguntou.

― Dolorida. E muito suada.

― Mais nada?

Eu estranhei, e procurei Wonho com os olhos. Ele encostava na parede ao lado do guarda-roupa, cruzando os braços.

― Eu estou bem Kihyun, apesar da perna e do ombro. – Notei que alguma coisa estava errada quando corri os olhos pelos rostos dos rapazes.

― Não sentiu nada de diferente? – Kihyun insistiu.

― Kihyun, o que foi? – Toda a tranquilidade me abandonou, e eu comecei a ficar inquieta.

Shownu se aproximou, e tocou o ombro do Beta.

― Kihyun, acho melhor deixarmos para depois. Ela acabou de acordar.

― Não, Shownu. Precisamos saber. O quanto antes melhor.

― O que está acontecendo? – Eu tentei levantar novamente, mas a mesma dor me impediu.

Kihyun colocou uma mão sobre meu ombro, gentilmente.

― Você foi mordida Elisa, por um Alpha.

― Sim, e fui lançada a metros do chão, contra a parede da casa. Eu lembro disso. O que tem? – Eu já estava ficando impaciente com a conversa. Meu Deus, porque eles não falavam logo o que queriam?!

Sondei o olhar de Shownu e Kihyun, os dois que agora estavam mais perto de mim.

― Vocês estão escondendo alguma coisa. Tratem de falar. Agora.

Kihyun suspirou, e Shownu passou as duas mãos pelo cabelo novamente. Eu já tinha visto aquele gesto no Alpha, o que significava que ele estava preocupado demais a ponto de não saber o que fazer.

― Você foi mordida. – Kihyun repetiu.

― Mas caramba, e o que is-

Eu parei de falar na mesma hora.

Meu Deus. Eu fui mordida.

Era por isso que eles não pareciam nada felizes. Eu sabia o que significava ser mordida por um Alpha, os meninos haviam me explicado antes.

― Isso significa que eu... Eu virei uma...

― Sim. Mas ainda precisa se transformar por completo, na próxima lua cheia. – Shownu completou.

Oh, meu Deus.

Eu fiquei atônita, sem saber o que fazer, ou falar. Eu, um lobisomem? Minha respiração acelerou, e minha visão embaçou novamente. Chamei Wonho, pedindo para que ele se aproximasse.

Em segundos ele estava novamente ao meu lado, sussurrando palavras de conforto gentis. Notei que ele tentava segurar um pequeno sorriso.

Mas Wonho era o único que parecia esconder a pontada de felicidade que sentia. Senti as lágrimas escorrerem pelo rosto, e eu levantei o braço direito na direção dele novamente, abraçando seu pescoço o mais forte que podia.

Por sobre os ombros de Wonho, eu vi os meninos na porta. Minhyuk chorava enquanto olhava para o chão, e Jooheon levantava o rosto, tentando conter as lágrimas. Hyungwon abaixava no batente da porta, escondendo o rosto entre as mãos. Changkyun, Kihyun e Shownu eram os mais controlados, e me olhavam com uma certa tristeza.

― Não se preocupe, não é tão ruim... – Wonho falava no meu ouvido, tentando me tranquilizar.

Depois de chorar o tanto que queria, eu finalmente soltei Wonho e enxuguei o rosto molhado. Um momento de silêncio pairou entre todos, e eu finalmente falei.

― Porque vocês estão tristes?

Todos me olharam surpresos, os olhos arregalados.

― Você não é mais humana! – Minhyuk disse, como se fosse uma maldição, – Não conseguimos te proteger!

Eu apertei a mão de Wonho, e sorri, tentando afastar os soluços que continuavam a chacoalhar meus ombros.

― E por acaso eu estou triste?

― Você está chorando. – Jooheon disse, esfregando os olhos.

― De felicidade. – Respondi.

Eu esperava que todos explodissem ao mesmo tempo, como de costume, mas eles ficaram em silêncio. Inclusive Wonho.

Hyungwon levantou o rosto imediatamente, Minhyuk e Jooheon me olharam boquiabertos. Changkyun expressou um “o que?” com a boca, mas sem fazer som algum, com os olhos arregalados também. Kihyun e Shownu me olhavam confusos, e eu segurei um riso nos lábios.

Olhei nos olhos surpresos dos sete, e pedi para que Wonho me sentasse na cama, com cuidado.

― Shownu... – Chamei o Alpha, e estendi a mão para ele. Shownu se aproximou, ainda muito confuso com minha reação. Olhei fundo nos olhos dele, e perguntei, – Eu poderia ficar? Por favor.

Limpei a garganta, com medo da resposta. Apertei a mão do Alpha num reflexo de meus sentimentos, e continuei a encará-lo. Ainda atordoado, Shownu só compreendeu o significado da minha pergunta quando Wonho se levantou, colocando a mão no ombro do companheiro, procurando também por uma aprovação do líder.

Assim que o Alpha olhou para Wonho, toda a confusão desapareceu de seu rosto. Sua expressão mudou, e ele olhou para mim, novamente, um grande sorriso transformando seus olhos em duas pequenas linhas. Eu nunca havia visto o Alpha sorrir daquele jeito.

Shownu retribuiu o meu aperto em sua mão, e abaixou até a altura de meu rosto.

― É claro, Elisa. Você não precisava nem ter perguntado.

Soltei a respiração que havia prendido, sem perceber.

O quarto explodiu em risos e gritos dos meninos, enquanto Wonho me levantava da cama em seu colo me girando no ar. Segurei em seus ombros, escondendo o rosto na linha de seu pescoço, enquanto ria.

Minha perna esquerda doía como o inferno, mas eu não liguei. Eu finalmente faria parte de uma família de verdade, com pessoas que se importavam comigo, e de quebra ainda iria morar na mesma casa que meu namorado.



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