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História Scream - Capítulo 12


Escrita por: pcychokill

Notas do Autor


OI PESSOAL

Não demorei quase nada dessa vez, acho que estou mesmo inspirada e só tenho a agradecer vocês pode estarem me incentivando sempre! Nessa cap temos a famosa festa, não detalhei muito as mortes, mas se quiserem posso adicionar mais nos próximos.

Obrigada por acompanharem!

Capítulo 12 - Capítulo 12


Uma chuva de gritos caiu pelo local em completa escuridão, exceto por algumas luzes de celulares que alguns dos jovens estavam usando como lanterna para encontrar uma saída. Podia-se ouvir o som de pessoas sendo derrubadas ao chão e chutes violentos contra a porta tentando desesperadamente abri-la, mas sem sucesso. Como não haviam janelas, era basicamente como uma caixa fechada. Até mesmo o ar pareceu diminuir lá dentro, o calor de antes agora era muito maior por conta da multidão enlouquecida se amontoando em frente a porta e se pisoteando.

Jongdae sentiu seu coração disparado e seus sentidos mais aguçados. Tentou manter-se perto da grande para poder se apoiar em alguma coisa. Sentiu a mão de Minseok sobre seu pulso e quase saltou de susto antes que percebesse que era o detetive.

— O que vamos fazer? – indagou o moreno em voz baixa sentindo o pânico tomando conta.

— Trouxe óculos de visão noturna comigo. – respondeu Minseok e o outro soltou um suspiro de alívio e logo imaginou que o mais velho deveria ter pensado mesmo em tudo. Sentiu-se protegido ao lado dele, sabia que se trabalhassem juntos, nada poderia dar errado e conseguiriam surpreender o assassino.

Antes que Minseok conseguisse apanhar os óculos de dentro de seu enorme casaco, ouviu a mesma porta pela qual entraram sendo arrombada com força. Paralisaram no mesmo lugar e mantiveram os olhos atentos a mesma. Pela luz do luar, conseguiram ver que um homem encapuzado estava ali em pé, mas então, sem motivo aparente, ele simplesmente saiu correndo pelo lugar de onde veio, deixando a porta aberta. Jongdae sentiu sua barriga gelar quando avistou o assassino. Era a chance perfeita, eles tinham conseguido emboscá-lo antes que realizasse seu plano. Precisavam aproveitar cada segundo daquele momento, não teriam outro parecido. O moreno cerrou os punhos com força respirando fundo enquanto buscava toda força que precisava.

Não demorou para que Minseok segurasse nas mãos de Jongdae, indicando que estava na hora. Logo, os dois desataram a correr em direção a porta aberta o mais rápido que conseguiam. O mais novo viu o detetive retirar a arma do casaco e estava com as mãos firme em torno dela, pronto para atirar a qualquer movimento que o assassino fizesse. Não poderiam hesitar em nenhum instante, sabiam que ali era questão de vida ou morte, não existia meio termo.

Chegaram ao lado de fora e sentiram o impacto da mudança brusca de temperatura pelo vento frio da noite. Os dois estavam lado a lado e não demorou para que seus olhares encontrassem o mesmo homem encapuzado perto de onde havia a escada. Ele estava de costas e não se mexeu em nenhum momento, mesmo com a chegada deles. Minseok apontava a arma enquanto dava passos cautelosos em direção ao assassino. Jongdae o seguia sentindo seu corpo todo tremer, tanto pela adrenalina quanto pelo medo. Controlava até mesmo sua respiração, como se o som dela pudesse causar algum dano. Cada segundo ali parecia mais longo do que o normal. Nenhum deles disse uma só palavra enquanto se aproximavam do homem, apesar de o mais novo achar que devia gritar ou qualquer coisa, apenas tentou seguir o mesmo que Minseok fazia.

 O detetive encostou a arma na cabeça do homem e ele ergueu as mãos lentamente, mas não se virou nem fez menção de fazer mais nada. Jongdae sabia que aquilo era pior do que se o mesmo os atacassem, ficar esperando pela morte não era nada fácil. Mas ele achou a atitude do assassino muito estranha, por mais que seja alguém de extrema inteligência, ainda não ficaria ali apenas esperando que Minseok lhe desse um tiro na cabeça.

Jongdae soube naquele momento que tinha algo de muito errado ali.

Parecendo notar o mesmo, Minseok puxou o capuz do homem num movimento rápido e o derrubou no chão com um golpe nas pernas. Assim que o mesmo caiu, Jongdae teve ainda mais certeza de que alguma coisa estava extremamente errada naquele lugar. Um assassino não cairia assim tão facilmente. Pelo menos, não aquele que ele tinha lutado na casa do Chanyeol.

Quando conseguiram ver o rosto do homem, franziram a testa em confusão. Era apenas um rapaz, mais ou menos da idade de Jongdae, e com os olhos arregalados como se tivesse visto alguma assombração. Os lábios do jovem tremiam enquanto ele fitava com atenção a arma apontada para seu nariz.

— Mas o que… – murmurou Minseok confuso por encontrar um rosto desconhecido de sua lista de suspeitos – Quem é você? – sua voz soou alta e impetuosa, fazendo Jongdae assustar-se por nunca tê-lo visto falar daquela forma.

— Me-me… Desculpa… – murmurava o jovem deixando as lágrimas rolarem e seu rosto assumir uma expressão de dor – Era eu ou eles… – sua voz estava trêmula.

— Não… – sussurrou Jongdae, que quando ia correr em direção a porta, avistou um vulto escuro antes da ver a mesma sendo fechada com força, fazendo um baque que fez seu corpo todo gelar e um desespero tomar conta.

— Não! – gritou Minseok correndo até a porta e enchendo-a de chutes cheios de raiva e frustração – Não! – chutava com cada vez mais força – Droga! – deu um soco na mesma.

— Não… – murmurou Jongdae sentindo as lágrimas caírem devido ao medo e correndo até a porta, depositando mais chutes – Abre! – gritou o moreno enquanto ele e o detetive tentavam derrubar a porta chutando com toda força que tinham, mas a mesma nem ao menos tremeu.

Os dois tentaram arrombar a todo custo. Seus joelhos doíam e seus pés estavam dormentes, mas eles continuaram. Vendo que seus esforços não teriam chance, voltaram sua atenção ao rapaz em lágrimas que continuavam deitado no chão com a mesma expressão de pavor de antes. Minseok andou em passos rápidos até o mesmo, segurando-o pelo colarinho e voltando a apontar a arma para o mesmo, que pareceu arregalar ainda mais os olhos. Jongdae ficou em pé apenas observando, o moreno estava se controlando para não ter um surto de pânico ali, por mais que tudo parecesse perdido, ele ainda precisava tentar manter um pouco de calma e raciocínio e ajudar Minseok a entrar novamente naquela fábrica.

— Quem é você? – gritou o detetive para o jovem no chão, dessa vez, sua voz soando de forma opressiva, dando ainda mais medo desse seu lado.

— Sou só um estudante! – gritou o rapaz soluçando em lágrimas desesperadas para sair daquela situação – Ele… – engoliu em seco – Ele me obrigou a vir aqui! Disse que se eu fizesse isso eu não morreria!

— Ele mentiu! – Minseok encostou o cano da arma na testa do menino, fazendo-o gritar ainda mais – Seu covarde! – gritou enfurecido.

— Para! – gritou Jongdae trazendo a atenção do mais velho para si. Os olhos de Minseok estavam brilhando de puro ódio e o mais novo engoliu em seco sem saber como agir diante daquele lado da personalidade do outro – Isso não vai resolver nada. – dizia no tom mais calmo possível, mas sua voz ainda saia um pouco trêmula – Precisamos entrar lá. – o moreno apenas torcia para que sua presença acalmasse o outro.

Minseok foi suavizando sua expressão e aquele brilho de fúria foi sumindo de seu olhar. Ele piscou algumas vezes parecendo refletir sobre alguma coisa. Tirou a arma do rosto do rapaz e o largou deitado no chão, levantando-se e indo em direção ao mais novo. Jongdae esperava qualquer coisa vinda do outro, menos o que ele realmente disse.

— Me desculpa. Eu falhei. – a voz de Minseok era carregada de culpa e ele sentia-se envergonhado de olhar para o moreno depois de tudo.

— Não! – o mais novo segurou o outro pelos ombros – Não foi culpa sua! – Minseok o encarava surpreso – Precisamos salvar meus amigos, Minseok! – o olhar de Jongdae tornou-se determinado – Agora!

 •••

O ar quente e sufocante estava fazendo algumas pessoas acabarem desmaiando dentro da fábrica. Um amontoado em frente a porta tornava impossível que mais alguém conseguisse chegar até a mesma. Braços arranhavam a porta em desespero, alguns tentando se erguer do chão e outros tentando abrir num último ato de aflição. Gritos se misturavam ao redor e ninguém sabia distinguir se eram gritos de alguém morrendo ou apenas das pessoas assustadas. Ninguém lá dentro sabia o que estava acontecendo, tudo era apenas um borrão escuro e vários braços por todos os lados tentando se salvar.

Ao fundo, eles conseguiram ouvir um som elétrico, como se alguma máquina estivesse sendo ligada. Por um momento, as pessoas foram parando de gritar para tentar distinguir o que era aquilo, várias lanternas de celulares apontavam para o fundo da fábrica, mas não conseguiam ver nada além de sombras e vultos escuros, só conseguiam ver os rostos de quem estava ao lado.

O som foi aumentando e se aproximando. Eles notaram que não poderia ser o barulho de uma máquina, afinal, elas não poderiam se movimentar. Logo, uma chuva de gritos ainda mais desesperados inundou o local quando perceberam do que aquele barulho se tratava.

Era uma serra elétrica.

A multidão se afundou ainda mais no amontoado em frente a porta, dessa vez com mais voracidade. Pessoas se esmagavam tentando a todo custo sair dali. E o desespero foi ainda maior, quando eles finalmente conheceram um grito de dor e sentiram um cheiro forte se apoderar do ar, um cheiro que eles não conheciam, mas sabiam do que deveria ser.

Um grito de dor seguido de outro, e cada um, parecia que a dor era mais intensa. O sangue quente jorrava pelos lados, atingindo as pessoas e lhes deixando em completo choque. O chão ficou escorregadio devido ao líquido avermelhado e algumas pessoas acabaram escorregando nele, ficando com a roupa pegajosa. Um massacre estava ocorrendo e ninguém conseguiria pará-lo.

Só lhes restava esperar que a morte fosse rápida.

 •••

Minseok segurava firmemente no que tinha sobrado da escada enferrujada. Jongdae estava acima, também tentando se equilibrar nos degraus soltos. Quando ouviram o som da serra, olharam aflitos um para o outro e sabiam que não tinham mais tempo. Precisavam pular. Não seria uma queda grande, tinham conseguido descer a metade, pelo menos não corriam risco de vida.

— Estou pronto. – assentiu o moreno lendo a pergunta no rosto do mais velho, que acenou com a cabeça e soltou-se dos degraus, caindo com um baque no chão, mas sem se machucar.

— Venha. – ergueu os braços e Jongdae soltou-se de uma vez, caindo com as pernas no chão e o tronco nos braços do detetive.

Desataram a correr em direção a porta da frente. Assim que se aproximaram, viram que a mesma estava trancada por uma corrente grossa e um cadeado grande e pesado. A corrente estava em torno dos puxadores da porta e não parecia quebrar com apenas socos ou chutes.

Jongdae ouvia os gritos vindo de dentro e seu desespero ficou ainda maior. Pessoas batiam com força na porta, mas ela não abriria facilmente.

— O que faremos? – indagou o moreno fitando o cadeado com frustração.

— Tenho algo que pode abrir isso no carro! – respondeu pegando no pulso do mais novo e o puxando, voltando a correr – Precisamos ser rápidos! – gritou enquanto corriam em direção ao veículo escuro do detetive.

Desviavam dos carros com facilidade, apesar de em nenhum momento Minseok ter soltado a mão de Jongdae. O detetive sentia que tudo estava saindo do seu controle e precisa manter o único rapaz que conseguia seguro, mesmo se tudo desse errado naquela noite, ele poderia pelo menos salvar o mais novo. Já o moreno não conseguia tirar seus pensamentos dos seus amigos presos dentro daquele massacre.

Minseok se perguntava a todo momento como tinha conseguido ter sido enganado daquela forma. Tinha tanta certeza de que aquela seria a única entrada, de que o assassino certamente entraria por ali… Mas ele tinha achado outra maneira, uma que o detetive lutava arduamente para desvendar. Poderiam ter perdido alguma abertura na fábrica? Talvez uma que o próprio assassino tenho feito para entrar sem ser visto? Era uma chance, mas ele precisava, acima de tudo, salvar aquelas pessoas primeiro e depois poderia sentar e se amaldiçoar por ter sido tão ingênuo num momento tão perigoso.

Quando chegaram ao veículo, o detetive vasculhou o porta-malas até achar seu alicate corta vergalhão. Fechou o carro com cuidado – tinha medo do assassino tirar proveito se deixasse aberto – e desatou novamente a correr com Jongdae ao seu lado, mas dessa vez sem segurar a mão do rapaz, que estava mais pálido do que o mais velho achava normal. Teve vontade de parar e cuidar dele, mas sabia que a única coisa que aliviaria Jongdae seria seus amigos salvos ao seu lado.

Quando retornaram a fábrica, os gritos continuavam, mas eles pararam de ouvir o som de uma serra. Minseok se perguntava o motivo do ataque ter sido mais rápido do que esperava, será que o assassino sabia que eles conseguiriam entrar? Mesmo se soubesse, ele tinha toda vantagem por estar armado com algo muito maior e provavelmente ter mais armas escondidas. Não achava que sua chegada com Jongdae teria sido o motivo, até porque ele deixou a porta desprotegida, como se quisesse que alguém a abrisse em algum momento. Isso fez com que o detetive dessa falta de uma pessoa que deveria vigiar aquele lugar.

Jongdae ajudou Minseok a quebrar a corrente com o alicate, foi mais difícil do que eles imaginavam, mas finalmente conseguiram, e então a porta se abriu com força e várias pessoas caíram de dentro dela, algumas até mesmo rolaram pelo chão do estacionamento, outras corriam desesperadas sem se importar se estavam ou não pisando nos colegas. O moreno ficou assombrado com o que viu quando as pessoas da frente correram e conseguiu olhar dentro da fábrica.

Havia quatro corpos em situações horríveis estirados no chão. O rapaz correu até os cadáveres para ver seus rostos, mas felizmente, não era nenhum de seus amigos ali. Ele olhou ao redor e encontrou Chanyeol e Baekhyun ajoelhados e abraçados ao outro num canto da fábrica, longe de toda multidão, se não estivesse tão atento não os teria percebido ali. Correu na direção dos dois, que logo levantaram quando o viram.

— Jongdae! – Chanyeol abraçou o amigo com força – Você está vivo! – o maior chorava e suas mãos estavam trêmulas.

— Vocês estão bem? – perguntou o moreno sentindo seu coração acalmar um pouco. Soltou-se de Chanyeol, e o mesmo logo foi em direção a Baekhyun, segurando sua mão fina.

— Estamos. – respondeu o menor com o rosto pálido e os olhos vermelhos – Jongdae, – a voz de Baekhyun ficou carregada de dor – nos perdemos de Sehun e Luhan. – seu rosto perturbado denunciava que apenas fingia estar calmo.

— Tudo bem! – tratou logo de dizer aos amigos – Eles não estão entre os mortos. – viu Baekhyun suavizar a expressão – Vamos procurar por eles.

Antes que pudessem começar a busca, viram Minseok correr com Sehun em sua direção, ambos ofegantes e com os rostos aflitos, especialmente Sehun que não tinha nenhuma cor em sua face e seus olhos estavam aterrorizados.

— Onde está o Luhan? – indagou Baekhyun notando a falta do loiro.

— Ele sumiu. – a resposta de Sehun veio com uma voz carregada de tensão que tomou conta de todos.

— Ele não é o único… – comentou Jongdae sentindo seu estômago revirando e os olhos ardendo – Meu pai também não está aqui. – o moreno sentiu seus joelhos cedendo, mas logo Minseok passou os braços pela sua cintura, segurando-o.

— Precisamos ir lá para fora até a polícia chegar. – disse Minseok e ninguém argumentou, apenas o seguiram em direção ao estacionamento em silêncio.

Enquanto esperava a polícia chegar, Minseok analisava a cena do crime sozinho. Tinha deixado Jongdae com os amigos, sentia que ele tinha passado por muito naquela noite e não queria esgotar o rapaz daquela forma. Sabia que o único que tinha psicológico para lidar com os corpos agora seria ele mesmo, tinha feito isso grande parte de sua vida, então não sentia mais nada em relação a cadáveres ou sangue em excesso.

Os quatro corpos estavam próximos um do outro, não sabe se eles estavam estavam juntos no momento que foram mortos, ou se o assassino os colocou assim depois. Perguntava-se como ele tinha enxergado tão bem suas vítimas no escuro, mas tinha a leve suspeita de que não era o único com óculos de visão noturna na manga. Realmente, estava subestimando um pouco aquele psicopata, ele conseguia ser um verdadeiro mistério sem nenhuma pista, somente as que ele provavelmente quis deixar.

Toda aquela cena estava realmente deplorável. Não houve piedade nenhuma por parte do assassino, ele literalmente massacrou suas vítimas, cortou tudo que estava ao alcance e as deixou despedaçadas como se fossem um papel rasgado. Minseok agradeceu por ter estômago forte e estar acostumado com esse tipo de coisa, certamente não deixaria mesmo que nenhum dos meninos se aproximassem daquele lugar. Achava que até mesmo os policias não quereriam chegar perto. Não havia nada nos cadáveres, mas quando analisou bem seus rostos, Minseok pode notar que os conhecia.

Eram os famosos membros do “clã” restantes.

O detetive não ficou surpreso, sabia que eles seriam os alvos principais desde que recebeu a lista do velho no bar. Tinha pego todas as informações do clã com Luhan, chegou até mesmo a desconfiar mais do loiro por ele ter sido tão cooperativo e por ajudar a todos quando podia, mas agora com o sumiço do mesmo estava começando a duvidar disso. Sabia que se Luhan fosse o assassino, ele estaria agora lá fora fingindo ser bonzinho para os outros, não tem motivos para ele desaparecer logo depois de um massacre, ainda mais porque isso o apontaria como suspeito por quem não está por dentro da investigação.

Os corpos demonstravam toda a raiva que o assassino tinha por aquelas pessoas. Poderia mesmo um daqueles rapazes ter feito isso? Minseok não se lembrava e ter tido um caso tão violento nos últimos tempos, pelo incrível que parecia, aquele tipo de crueldade não era muito comum. Normalmente as pessoas costumam preferir armas de tiro ou coisas mais simples. Tinha achado que o assassino somente mataria com facas, que esse tipo de morte seria como sua “marca registrada”, mas o psicopata conseguiu surpreendê-lo. Entrar numa festa com uma serra e massacrar quatro adolescentes daquela forma era extremamente sádico. Não sabia se estava mesmo lidando com um ser humano.

Precisava retornar aos meninos e encontrar Luhan. Não podia fazer mais nada por aqueles cadáveres e não tinha mais lista de alvos, então só lhe restava cuidar dos meninos que estavam envolvidos demais nisso e, aparentemente, não tinham feito nada para o assassino.

 •••

Jongdae e Chanyeol estavam sentados um ao lado do outro no chão do estacionamento. Baekhyun estava ajoelhado em frente a eles tentando acalmá-los. Ouviram as sirenes chegando e relaxaram por ver que, ao menos, aquele pesadelo tinha terminado. Nunca mais nenhum deles pisaria numa festa novamente.

Quando Minseok se aproximou dos meninos, notaram uma sombra vindo de dentro das árvores, e pela claridade dos faróis da polícia, conseguiram identificar como sendo Kyungsoo e Jongin. O detetive não teria dado muita atenção a presença deles, mas viu que ambos carregavam alguém nos ombros, parecia um homem mais velho, que logo, o mesmo reconheceu como sendo o pai de Jongdae. Sentiu um alívio no peito.

— Jongdae! – chamou o mais novo – Seu pai está vivo! – indicou apontando para os meninos que o vinham carregando.

O moreno saltou rapidamente do chão e correu até seu pai desacordado. Chanyeol e os outros foram atrás, ajudando a carregarem o corpo do homem até o mais próximo das luzes, deitando-o no chão com cuidado.

— Pai! – exclamou Jongdae sentindo as lágrimas escorrerem, mas se tranquilizou quando sentiu a respiração do homem. Virou o rosto em direção a Kyungsoo e Jongin, que estavam parados a alguns passos dele – O que aconteceu com ele?

— O encontramos caído enquanto passávamos pelas árvores. – respondeu Kyungsoo com a voz calma, quase parecendo outra pessoa – Ele parece ter batido a cabeça.

— O que faziam por lá? – perguntou Chanyeol fitando o baixinho com os olhos semicerrados.

— Não lhe devo satisfações. – respondeu de forma ríspida.

— Provavelmente você e seu cachorrinho de estimação – olhou para Jongin – fizeram isso com o pai dele pra poderem entrar com a serra na festa. – o maior ia aumentando o tom de voz conforme a conversa se seguia.

— Ou talvez você e seu namoradinho psicopata da internet – provocou o baixinho – tenham deixado a serra dentro da festa pra usar nas pessoas e depois fingir que nada aconteceu.

— Claro, – riu Chanyeol de forma sarcástica – mas como vocês vieram parar aqui fora mesmo? – questionou sorrindo satisfeito – Como sabia da serra, Kyungsoo?

— Eu ouvi o barulho! – gritou o baixinho em resposta – Não fui burro o bastante pra entrar lá dentro!

— E o que estavam fazendo aqui fora esse tempo todo, hein? – dessa vez o maior gritou a pergunta irritado – Não me peça pra acreditar que passaram o tempo todo passeando!

Um momento de silêncio surgiu quando viram Sehun se levantar do chão e avançar em cima de Kyungsoo de forma ágil, quase nem conseguiram acompanhar todos os seus movimentos, quando piscaram ele já estava segurando o baixinho pelo colarinho e praticamente o erguendo do chão tamanha a força que usava. Kyungsoo arregalava os olhos assustados enquanto sentia o maior o balançar de forma irritada.

— Se eu descobrir que você tem algo, qualquer coisa, a ver com o sumiço do Luhan, – os olhos de Sehun estavam sombrios e conseguiu intimidar Kyungsoo como ninguém antes – eu mato você. – de todas as ameaças, a de Sehun certamente era a mais amedrontadora.

Todos ao redor permaneceram calados. Ninguém ousava nem mesmo respirar depois de ouvir aquilo. Jongdae sentiu um arrepio quando viu o jeito que Sehun falava, lembrava o que tinha visto no terraço do prédio com Minseok. Ambos possuíam esse lado sinistro em sua personalidade, lado que parecia só ser revelado quando alguém que amam está em perigo. Já tinha visto Chanyeol em seus estados de crise nervosa, mas nunca tinha se assustado com o amigo da forma como se assustou com Sehun. Não eram ameaças vazias, ele sempre foi muito calado e se disse isso, era porque estava realmente falando sério.

— Vou procurar pelo Luhan. – anunciou Sehun largando Kyungsoo, que tropeçou e quase caiu, e depois seguindo para onde estava sentado – Podem vir comigo ou podem ficar aqui sem fazer porra nenhuma. – o silêncio permanecia – E então? – seus olhos frios se voltaram para os outros e ninguém pode deixar de sentir um pouco de medo do rapaz naquele momento.


Notas Finais


E ai? Gostaram?

Onde está o Luhan? Será que ele está morto? A festa pode ter terminado, mas os meninos ainda não vão ter sossego, e o Kyungsoo aprontando com o Jongin fora da festa?


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