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História Scream - Capítulo 13


Escrita por: pcychokill

Notas do Autor


OLA PESSOAL

Obrigada por todos os comentários e por todos os favoritos! Obrigada por me incentivarem a continuar escrevendo!
Não estou demorando muito por conta dos feriados, aproveitei todos para postar.

Capítulo 13 - Capítulo 13


A tensão no carro estava quase palpável. Ninguém ainda tinha processado por completo todos os acontecimentos da noite, na mente deles ainda parecia um grande borrão confuso como um pesadelo. Podia-se ouvir os corações acelerados de todos devido ao silêncio profundo, até mesmo as respirações ofegantes e nervosas eram audíveis, e mesmo assim, ninguém ousava dizer nem uma palavra, era como se iniciar uma conversa fosse algo extremamente difícil ali.

Quem estava se beneficiando desse momento era Minseok, que aproveitava aqueles minutos para deixar sua mente trabalhar e colocar os pontos nos lugares certos. Seus olhos estavam concentrados na estrada, mas era como se seu corpo estivesse trabalhando no modo automático, quase nem esboçava qualquer tipo de reação e isso estava deixando Jongdae preocupado, já que o rapaz não sabia o que deveriam fazer agora e queria mais do que tudo que o detetive o guiasse. Mas o mais velho estava absorto demais em seus próprios pensamentos para prestar atenção nas pessoas ao seu redor.

Sehun mantinha seu rosto impassível e os olhos fixos o tempo todo na janela ao seu lado, observando a escuridão passando enquanto a preocupação o consumia por dentro. Baekhyun e Chanyeol não se abraçavam nem davam as mãos, ambos mantinham a cabeça baixa também perdidos em seus pensamentos e temerosos demais para tentar falar qualquer coisa aos amigos no carro. Após um tempo, Baekhyun começou a esfregar a manga de sua blusa no próprio rosto para retirar a maquiagem, mas tudo que conseguiu foi deixá-la ainda mais borrada, lhe dando uma aparência um pouco perturbadora por conta das cores vibrantes que Luhan tinha passado em seus olhos.

Minseok se perguntava se todo aquele massacre era sua culpa. Poderia ter feito diferente, poderia ter impedido a festa de acontecer, mas e se eles arrumassem outro lugar? Com certeza os jovens não desistiriam tão fácil daquilo. Mas no fundo o detetive se culpava, e não importasse quantos argumentos procurasse para contrariar isso, ele ainda não conseguia deixar a ideia de lado. Ele era o mais velho e o chefe do caso, então tinha que aceitar que suas ações podem arruinar tudo, assim como fizeram na festa. Queria muito sentar e discutir aquilo com o moreno ao seu lado, mas no momento eles não poderiam nem sonhar com essa possibilidade. Precisavam encontrar Luhan antes de tudo, e principalmente, saber o que aconteceu ao loiro.

Jongdae tinha deixado o pai aos cuidados dos policiais, mas não disse para onde estava indo, apenas desviou das perguntas e saiu com os outros as escondidas. Direcionava seu olhar constantemente ao rosto do detetive, precisava tanto conversar com ele, precisava tanto de conselhos, de calma, precisava tanto dele… Mas na situação atual sabia que precisava deixar o mais velho se concentrar em ajudar seu amigo desaparecido.

Durante o caminho, Minseok pensou em levar os outros até o bar nos limites da cidade, mas não achou uma boa ideia. Uns dias antes, Jongdae e ele tinham levado algumas fotos dos suspeitos para o velho analisar e apontar quem era o suposto “rapaz bonito”, mas o outro estava tão insano que a cada minuto apontava para um diferente, chegou até a apontar Jongdae como o tal rapaz misterioso. O detetive não entendeu o motivo da confusão do velho naquele dia, ele parecia ser realmente problemático, mas não aquele ponto. Teve a impressão de que o assassino possa ter manipulado o homem e descoberto que eles estiveram ali. Aquele velho era uma das poucas testemunhas que tinha e agora o tinha perdido. Não podia mais contar com ele para pedir informações, o mesmo já tinha sido alertado a não dizer nada que pudesse levar ao assassino. Depois desse dia o detetive nunca mais voltou naquele lugar.

Quando chegaram a cidade, o mais velho estacionou o carro em frente a escola. O local estava completamente vazio e mergulhado na escuridão.

— Creio que é onde devemos procurar primeiro. – disse o detetive quebrando o silêncio e todos despertaram de seu transe.

— Um motivo especial? – indagou Sehun observando o prédio através da janela.

— Foi onde tudo começou. – respondeu analisando a expressão do rapaz pelo retrovisor.

Não demorou muito para todos escutarem os toques de seus celulares. Baekhyun se sobressaltou um pouco, mas logo apanhou o aparelho nas mãos. Todos fizeram o mesmo.

 

“Estão esquentando. Estou ansioso para assistirem meu novo filme.”

 

— O que ele quis dizer com novo filme? – perguntou Jongdae franzindo a testa enquanto olhava para a mensagem na tela.

— Talvez tenha filmado o massacre na fábrica. – respondeu Baekhyun se lembrando da morte de Sofia.

— Ele tinha nos mandado uma mensagem dizendo que estávamos no filme dele. – comentou Jongdae olhando para trás e encontrando os olhares dos amigos – Para nós três, lembra?

— Eu me lembro. – assentiu Chanyeol – Foi no dia que conhecemos Sehun e Luhan. – para o maior parecia que aquele dia foi a tantos anos.

Somente a menção do nome do namorado fez Sehun contrair o corpo. Ele não disse nada, apenas concordou com a cabeça enquanto fitava atentamente a escola.

— Eu acho que ele planeja filmar mais alguma coisa. – disse Minseok e todos olharam para ele – Precisamos encontrar Luhan agora mesmo.

Não foi preciso dizer novamente, naquele mesmo instante todos saíram apressados do carro e adentraram o prédio vazio da escola.

 •••

O local tinham um aspecto sepulcral durante a noite. Utilizavam as lanternas dos celulares, mas a iluminação das mesmas não ajudava muito. Os corredores emitiam ecos de seus passos e ninguém ousou nem respirar mais alto para não denunciar sua presença – por mais que o assassino provavelmente soubesse que eles estavam lá. Combinaram de tentar se manterem o mais discretos possíveis.

Suas sombras se projetavam de um modo fantasmagórico nos armários azuis. Iam em passos cautelosos em direção as salas de aula. Tinham que procurar pelo prédio todo, o que poderia levar um longo tempo. Apressaram um pouco o passo quando viram que não tinham checado nem metade das salas e ainda faltavam inúmeras, o refeitório, banheiros e os andares inferiores. Não iam conseguir cobrir tanto espaço daquela forma, e a cada segundo que demoravam, mais Luhan poderia sofrer ou pior.

— Precisamos nos separar. – a ideia veio de Sehun, e por mais que ninguém achasse boa, ainda não podiam negar que era necessária.

— Baekhyun e Chanyeol podem ir com você e eu vou com Jongdae. – disse Minseok.

— Não. – negou Sehun acenando com a cabeça – Vou sozinho. Irei mais rápido. – os outros se entreolharam receosos – Temos os celulares, qualquer coisa só mandar uma mensagem. – seu olhar frio fez com que ninguém o contrariasse.

— Tome cuidado. – Chanyeol disse dando um aperto amigável no ombro de Jongdae.

— Vocês também. – sorriu para os amigos antes de seguirem por caminhos diferentes.

 •••

Minseok e Jongdae tinham ficado com os andares inferiores por serem considerados os mais perigosos. Mesmo que Sehun quisesse ir lá, ainda concordaram que era um local que necessitava de uma pessoa mais experiente caso acontecesse alguma coisa, afinal, era bem fechado e as saídas não eram muito úteis caso o assassino armasse uma emboscada. Nos andares superiores ainda poderiam ter alguma chance de correr e escapar, ou alguém ouvir e chamar a polícia.

O mais velho ia na frente com a arma em punho e a luz do celular na outra mão. Não havia nem mesma a luz do luar para ajudar naquele canto da escola, caso acabasse a bateria de seus telefones eles ficariam na completa escuridão. Tinham chegado perto do armário de limpeza quando seus celulares vibraram com uma nova mensagem.

 

“Parece que um passarinho seguiu vocês.”

 

Logo abaixo da mensagem havia uma foto de Kyungsoo na porta da escola. Não havia sinal de Jongin, ou a câmera não conseguiu focá-lo.

— O que ele está fazendo aqui? – perguntou Jongdae aos sussurros.

— Tenho sérios problemas com esse garoto. Eu realmente não consigo decifrar o que ele quer. – respondeu o detetive no mesmo tom.

— Isso significa que o assassino está do lado de fora, certo? – sugeriu o moreno.

— Talvez sim, talvez não. – o mais velho analisava a foto atentamente – Pode ter sido tirada minutos atrás, não sabemos dizer.

— Droga. – murmurou o rapaz – Então parece que temos duas pessoas para salvar. – seu coração apertou e sentiu um frio na espinha.

— O que sabe sobre a planta da escola? – o mais velho virou o rosto para o moreno – Algum rumor estranho?

— Eu não sei dizer. – suspirou frustrado enquanto tentava se lembrar de algo – Não, eu acho.

— Droga! – exclamou Minseok – Parece que só nos resta seguir em frente e torcer para achar alguma coisa. – seu rosto deixava claro que estava incomodado com a situação.

Jongdae pensou em dizer que aquilo tudo não era culpa dele, pensou em tentar confortá-lo e conversar um pouco, mas sabia que não funcionaria. O moreno sentia-se ainda pior, não sabia o que fazer e não tinha muitas ideias, estava simplesmente seguindo cegamente Minseok, sentia-se como se fosse inútil naquele momento. Seu amigo estava desaparecido e ele não sabia nem por onde começar a procurá-lo. Teve uma súbita vontade de chorar, mas não o fez. Apertava o celular em sua mão sentindo-se irritado demais consigo mesmo. Pensava se deveria ter feito algo durante a festa, mas sabia que nada disso importaria naquele momento, o massacre não podia ser desfeito e ele não podia se deixar derrubar, não quando precisava levantar o detetive também. Precisava, acima de tudo, ser forte ou tentar parecer.

Voltaram a caminhar em silêncio por alguns minutos até que um ruído metálico lhes chamou a atenção, os fazendo parar onde estavam. Jongdae tinha as mãos trêmulas enquanto mirava a luz do celular em todas as direções a procura de alguma coisa, mas eles pareciam estar sozinhos ali embaixo. Minseok estava com a arma apontada para frente a espera de qualquer ataque. Suas respirações eram tudo que conseguiam escutar em meio a penumbra.

Novamente o ruído metálico, e foi quando o mais novo percebeu que vinha do andar de cima. Reconheceu como sendo os ruídos dos armários. Parecia que alguém estava batucando algo sobre eles, uma espécie de ferro. Mantiveram-se atentos a cada som, que por um tempo, ficou somente no mesmo batuque até que cessou por alguns instantes. Jongdae ouvia seu coração pulsando fortemente contra seu ouvido a espera do que estava por vir, coisa que ele não fazia ideia do que seria.

Um grito soou por toda a escola.

Jongdae reconheceu aquele grito…

Deixou seu celular escorregar de sua mão e não resistiu ao impulso de sair correndo na direção do som. Foi impedido de seguir em frente por conta da escuridão que o cegava completamente, nem tateando as paredes seria possível ver onde estava indo. Seus joelhos travaram em algum lugar que ele não reconheceu e esticava desesperadamente as mãos em busca de um apoio até que encontrou um braço.

— Minseok! Minseok! – dizia em aflição enquanto agarrava a manga da roupa no braço, mas o mesmo tentava se afastar.

— Jongdae! Saía daí! – ouviu a voz de Minseok distante de si junto de seus passos apressados vindo de trás de onde estava. Congelou ali.

Quem estava a sua frente?

O moreno sentiu a cabeça girar e o sangue ficar gelado em suas veias pulsantes. Suas pernas vacilavam enquanto tentava dar passos para trás. Uma pequena luz vinha surgindo atrás de si acompanhado da voz do detetive que o chamava de forma incessante. Teve vontade de correr, mas não conseguia, parecia que seu corpo tinha adormecido.

Finalmente, sentiu um braço forte agarrando sua cintura e a luz iluminando o rosto de Minseok. O mais novo segurou na roupa do outro e então sentiu seu corpo despertar do susto. Olhou para frente, e com a ajuda da luz, pode ver quem era o dono do braço que tinha agarrado antes.

— Baekhyun? – murmurou dando um olhar confuso ao menor que estava com o rosto muito pálido e as roupas manchadas em um líquido vermelho. Suas mãos pingavam sangue e seu olhar estava disperso, como se tivesse visto algo terrível demais para conseguir se mexer.

Jongdae e Minseok correram em direção ao rapaz, que quando sentiu mãos lhe segurarem, desabou de joelhos no chão. Puderam ver pela luz que havia sangue nos sapatos dele, o que deixou uma trilha de pegadas pelo corredor.

— O que aconteceu? – indagou Minseok com rosto tenso.

— Ele… – o garoto estava com a voz trêmula – O assassino… – ele olhou para Jongdae e lágrimas caíram por sua bochecha – Fez um mar de sangue no banheiro… – começou a soluçar pelo choro – Eu não sei de quem era! – ele parecia despertar aos poucos – Estava com Chanyeol quando escorregamos no meio disso… – ele olhou para a própria roupa – Quando corremos vi uma sombra aparecer e tentar me atacar, mas o Chanyeol entrou na frente… – o desespero dominou o garoto – Ele pulou na frente e eles rolaram pela escada… Eu corri até aqui tentando encontrá-los… Mas eu estava sem luz e me perdi… – agora as lágrimas rolavam incessantes pelo seu rosto.

— São três desaparecidos agora. – disse Jongdae sentindo sua garganta se fechando e dificultando sua respiração. Sabia que tinha ouvido o grito de Chanyeol, e agora, não sabia o que tinha acontecido com ele, assim como Luhan e Kyungsoo.

O moreno buscou o número de Sehun em seu celular e não hesitou em ligar para o rapaz.

Um alívio surgiu quando ouviu a voz fria do outro.

O que houve? – pelo tom da voz o moreno soube que ele também tinha escutado o grito.

— Chanyeol também foi pego.

Não achei nada por aqui. Estou indo para baixo. – disse antes de desligar o celular.

Não sabia mais o que fazer. Naquele momento pediu que o assassino mandasse alguma mensagem, assim teriam alguma pista de para onde ir, mas não havia nada. Estavam completamente perdidos, ou, pelo menos, era assim que Jongdae se sentia. Ele não conseguia sentir-se confiante, até mesmo sua voz denunciava que estava aterrorizado. Olhou pra Minseok em busca de alguma ajuda, mas seus olhos estavam fixados no chão. Parecia analisar alguma coisa atentamente. Jongdae seguiu seu olhar até as pegadas de Baekhyun. De início não havia nada sobre elas, mas então, notou que o detetive olhava a trilha até onde elas tinham vindo.

— O que vamos fazer? – sentia-se inútil perguntando isso outra vez na mesma noite.

Minseok desviou seu olhar em direção ao moreno, notando sua extrema preocupação. O rosto do rapaz se contorcia como se estivesse com dor, assim como Baekhyun. O mais velho esticou o braço até que sua mão tocasse a de Jongdae, segurando-a firmemente. Sentiu que isso fez o outro ficar mais confortável.

— No momento esperamos Sehun. – sabia que precisava guiar os meninos agora mais do que nunca, mas seu costume em trabalhar sozinho o fez não notar aquilo até agora – Depois seguimos até o banheiro. – viu o olhar arregalado de Baekhyun.

— Não acha que Luhan está lá, acha? – o rapaz nem ao menos piscava.

— Possivelmente. – respondeu o detetive com a voz firme e Jongdae admirou a habilidade dele em se manter calmo durante esses momentos – Temos que ir até lá, assim podemos tentar buscar Chanyeol.

— E Kyungsoo? – questionou Jongdae.

— Kyungsoo está aqui? – foi a vez de Baekhyun.

— Não sabemos se ele chegou a entrar. – suspirou Minseok – Precisamos torcer para que estejam todos no banheiro. É a única pista que temos.

O vibrar dos celulares em sincronia fez com que eles prendessem a respiração e se apressassem em olhar a mensagem nas telas.

 

“Estão quente. Muito quente.”

 

Um tempo depois da mensagem eles se sobressaltaram ao ouvir passos apressados vindo na sua direção, mas se acalmaram ao ver pela luz que era Sehun. Esperavam que ele viesse com aquela expressão fria, mas seu olhar parecia confuso e eles notaram que alguma coisa tinha acontecido.

— Jongin estava aqui. – disse Sehun se abaixando até ficar na altura dos outros – Eu não vi o que ele fazia, apenas o vi passar correndo. – sua testa franzida deixava claro sua desconfiança.

— Isso não é estranho. – comentou Jongdae – Kyungsoo está aqui também.

— Eu sei. – assentiu o maior – Mas o que trouxe eles para cá? Não acredito que seja para resgatar o Luhan. – era visível que o nome do namorado ainda o deixava abalado.

— Vamos descobrir. – disse Minseok – Agora, precisamos nos erguer e sair daqui. – não foi preciso dizer novamente, logo todos estavam de pé caminhando em direção ao banheiro.

Seguiram a trilha de passos que Baekhyun deixou. Pararam por um tempo na escada tentando encontrar indícios de Chanyeol, mas o mesmo havia desaparecido, nem mesmo um sinal dele foi encontrado, nem do assassino. Continuaram o caminho em silêncio, seus ouvidos atentos a qualquer ruído que viesse ao seu redor, mas parecia estar tudo tranquilo. Quando chegaram no corredor, avistaram a poça de sangue formada em frente ao banheiro que Baekhyun tinha citado. A porta estava aberta e havia mais uma trilha de pegadas que ia na direção contrária que estava a de Baekhyun. Minseok soube que não poderiam ser do assassino, já que o mesmo correu atrás de Chanyeol e ambos rolaram pela mesma escada que haviam subido. Talvez Kyungsoo e Jongin também encontraram a poça de sangue.

Entraram com cautela no local. Não havia como desviar do sangue, e pisar nele conscientemente era bem mais difícil do que pensavam. Cada passo era um desafio para os rapazes, mas nada os impediria de salvar um amigo. Sehun foi logo na frente, sem parecer ser muito afetado com o sangue que cobria o chão do local. Baekhyun não estava exagerando, realmente parecia um mar vermelho ali dentro. Minseok se perguntava como o assassino tinha conseguido aquilo tudo.

Abriram todas as cabines ali, mas não havia ninguém nelas, estavam completamente vazias. Todos ficaram confusos com aquilo, afinal, porque o assassino os mandaria para um beco sem saída daquela forma?

— Gente. – chamou Baekhyun com a luz apontada em direção a um dos espelhos do banheiro. Nele, havia uma mensagem.

 

“Pegadinha. Sejam menos tolos.”

 

Num impulso de raiva, Sehun começou a chutar uma porta de uma das cabines de forma violenta. Seu rosto começou a ficar vermelho devido a fúria e ninguém tentou pará-lo. Sabiam que era melhor deixar que ele extravasasse do seu jeito.

Ouviram passos apressados ecoando no corredor e quando se viraram em direção a porta, avistaram Chanyeol todo coberto de sangue entrar por ela. Seu rosto estava todo manchado de maquiagem, o que dificultava ver sua expressão com clareza. O mesmo correu em direção a Baekhyun, o abraçando.

— Vocês estão vivos! – exclamou aliviado ao ver Jongdae e Sehun.

— Onde você estava? – perguntou Baekhyun chorando – Eu achei… – ele soluçou.

— Não me lembro bem. – respondeu passando a mão pela cabeça – Num minuto o assassino estava te atacando e no outro eu estava rolando pela escada com ele, e depois… – ele fez uma expressão de dor – Não lembro de nada. Bati a cabeça e acordei em uma das salas.

— Se o Luhan não está aqui, então em que porra de lugar ele está? – gritou Sehun dando mais um chute na porta, sem parecer ficar muito animado com a chegada de Chanyeol, que entendeu o motivo disso.

Todos se entreolharam preocupados. Não tinham mais pistas sobre o sumiço do amigo.

Um momento seguinte, mais uma mensagem havia chegado.

 

“Seu amigo foi para casa.”

 

Assim que leu a mensagem, Sehun saiu apressado do banheiro e demorou uns segundos para que os outros o seguissem.

Atravessaram os corredores correndo e não demoraram a alcançar a saída sem nenhuma dificuldade. Minseok percebeu que o assassino queria que eles saíssem dali, então realmente o objetivo dele com aqueles rapazes não era matá-los, se não tinha perdido a chance perfeita. O detetive começava a se perguntar qual seria, então, a razão para atormentar tanto aquele grupo em particular, isso era o que mais afligia o mais velho. Por isso achava que o assassino estava entre eles, seria a única razão para ter tanta obsessão com todos ali.

Quando passavam pelo estacionamento da frente da escola, acabaram encontrando Kyungsoo e Jongin que vinham correndo do outro lado. Eles pararam ali mesmo, se encarando por alguns momentos.

— O que estão fazendo aqui? – gritou Sehun que sentia uma enorme vontade de voar em cima dos dois ou de qualquer um devido a sua raiva.

— Viemos ajudar! – gritou Kyungsoo de volta com veemência – Estou farto disso! Eu não sou o assassino e eu cansei de assistir de longe ele matando todo mundo! Chega!

— Quer ajudar? – indagou Sehun se aproximando do baixinho devagar – Então nos ajude a salvar o Luhan! – seu tom era baixo e ele não estava com paciência para intrigas ali, quanto mais ajuda tivesse, melhor seria para encontrar seu namorado. Faria de tudo por ele, até mesmo aceitar o apoio daqueles dois.

— Então vamos! – assentiu o menor pegando uma faca de dentro do casaco, o que fez todos recuarem um pouco, mas o mesmo não parecia com a intenção de atacar ninguém ali, ou já teria feito.

— Vamos apenas confiar nele? – gritou Chanyeol sem acreditar que estava sendo tão fácil para os outros.

— Cala a boca! – o grito de Baekhyun fez todos paralisarem, até mesmo Sehun – Para de ser tão babaca! – repreendeu o maior que o encarava de boca aberta – Engula esse seu orgulho pelo menos hoje! Droga! – virou-se para Kyungsoo, que também estava surpreso com a atitude – Espero que esteja sendo sincero.

— Eu também. – murmurou Sehun.

 •••

Como não havia espaço suficiente dentro do carro, eles foram a pé até a casa de Luhan. Não era uma distância longa, tanto que o garoto ia e voltava a pé da escola todos os dias. E na velocidade que eles iam, não demoraram muito para chegar. Corriam o mais rápido que podiam e tentavam se manter juntos e nas sombras. Repararam que não havia ninguém nas ruas, nem mesmo as janelas pareciam ter alguém por trás delas. Toda a cidade parecia dormir profundamente. Era algo estranho para eles devido ao que aconteceu recentemente, mas achavam que a maioria dos pais deviam estar na delegacia por conta dos filhos desesperados.

Esperavam ver o carro dos pais de Luhan na garagem, mas não havia nenhum carro ali. Não havia luz na casa, era como se estivesse mesmo vazia. Eles correram apreensivos para dentro, foram pela porta dos fundos, o qual Sehun tinha a chave em caso de emergência. Assim que colocaram os pés dentro do local, trataram de ligar todas as luzes que podiam, afinal, o assassino que os mandou lá, então não tinha motivos para entrar as escondidas. E o escuro já tinha provado apenas dificultar as coisas nessas horas.

Separaram-se e começaram a procurar por toda a casa, mas não demorou muito até que Sehun gritasse avisando que tinha achado o namorado no quarto do mesmo.

— Ele está bem? – gritou Jongdae quando entrou apressado no quarto. Sentiu algo estranho dentro de si quando lembrou que horas antes eles estavam rindo ali dentro.

— Não…– a resposta de Sehun fez todos prenderem a respiração, mas só entenderam quando se aproximaram do loiro deitado na cama.

Baekhyun soltou um grito de agonia e os outros estavam chocados demais para esboçar alguma reação. Sehun chorava enquanto segurava a mão do namorado desacordado.

Luhan tinha vários cortes espalhados pelo corpo. Sua fantasia estava toda rasgada e suja de sangue, seu próprio sangue. Seu rosto possuía marcas roxas, indicando que provavelmente tinha apanhado. Havia manchas estranhas em sua roupa, não souberam identificar o que era, mas notaram o forte odor. Era como se o tivessem trancado em alguma lata de lixo devido ao cheiro. Ele estava todo sujo e seu cabelo quase não parecia mais que era loiro. Ao lado dele havia uma caixa fechada.

— Eu faço isso. – disse Minseok se aproximando. Pegou uma toalha que estava ali perto e a usou para abrir a caixa, assim não estragaria demais suas evidências.

— Um CD? – indagou Jongdae confuso quando viu o conteúdo da caixa. Somente um CD escrito “me assista” com caneta preta.

— É um DVD. – corrigiu Minseok pegando o mesmo na mão – Não acho que devam assistir isso. – disse olhando para os rapazes ali.

— Não vamos descansar até saber o que é. – disse Jongdae e os outros acenaram com a cabeça concordando. Minseok sabia que não poderia impedi-los de assistir, mesmo se quisesse.

— Estejam cientes de que isso pode ser traumatizante. – alertou o mais velho olhando ao redor até encontrar uma pequena TV e o aparelho de DVD abaixo da mesma.

— É sério que está dizendo isso logo para nós? – riu Kyungsoo sendo sarcástico.

— Infelizmente ele tem razão. – concordou Jongdae ainda assustado com as imagens da festa na fábrica.

Uma tensão se formou enquanto Minseok colocava o DVD para rodar. Baekhyun se aproximou de Chanyeol e Jongdae sentou-se na ponta da cama sem saber se estava realmente pronto para assistir o que tivesse ali. Ninguém disse nada até que, finalmente, uma imagem apareceu na tela.


Notas Finais


E aí? Gostaram?

O cap acabou bem na hora do DVD só pra deixar um suspense mesmo, o que tem nele??? Nesse cap sinto que ficaram ainda mais confusos sobre quem é o assassino, então me contem suas teorias! No próximo irei revelar um segredo do Chanyeol e do Baekhyun, então façam apostas!


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