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História Scream - Capítulo 4


Escrita por: pcychokill

Notas do Autor


OLÁ
Perdoa a demora pessoal e muito obrigada pelo apoio de vocês!

Capítulo 4 - Capítulo 4


O sol ainda brilhava intensamente quando os meninos pararam de correr pela cidade após horas sem parar. Ao se darem conta de que Kyungsoo estava sumido, decidiram sair apressados a procura dele por todos o cantos. O primeiro lugar foi a casa dele, mas como esperavam, ele não estava lá e a mãe dele não fazia ideia de onde ele tinha ido. Os meninos tentaram não apavorá-la e disseram que estavam apenas preocupados com o sumiço, não citaram sobre a mensagem do assassino, afinal, não sabia se ele estava em perigo mesmo ou não.

Nenhum deles contatou a polícia, ou o detetive Minseok, por medo do assassino fazer algo com o amigo se ele estivesse em sua posse. Decidiram procurar por conta própria até se darem conta de que isso não adiantaria nada sem ter uma pista. Correram por grande parte da cidade sem rumo em vão, sabiam que isso não seria fácil, mas no desespero do momento, precisavam ir atrás do amigo com a esperança de ele que só estivesse com o celular desligado.

Pararam ofegantes na beira de uma calçada qualquer e alguns se sentaram no asfalto. O suor em suas faces era mais pelo pânico do que pela corrida que fizeram.

— Como não percebeu isso?! – gritou Chanyeol enquanto dava um empurrão em Jongdae, quase o fazendo tropeçar por estar com as pernas doloridas. O maior não havia dito nada até o momento, mas todos podiam ver as faíscas saltando de seu olhar.

— Como é?! – gritou de volta ao amigo – Vai tentar colocar a culpa em mim?! – empurrou o maior sem acreditar no que estava ouvindo.

— Parem com isso! – Baekhyun entrou no meio dos dois e os afastou. O rosto do pequeno estava pálido e parte de sua franja grudou na testa devido ao suor. Quem visse de longe acharia uma cena engraçada alguém como ele tentando apartar os dois – Ninguém notou nada antes, então se for para culpar alguém por isso, culpe a todos! – atirou para Chanyeol que trocou a expressão de raiva por culpa.

— Ele tem razão. – concordou o maior se deixando cair no chão exausto e frustrado pela culpa.

— Chanyeol só sabe ser compreensivo quando está apaixonado. – o tom de ironia e irritação era muito evidente na voz de Jongdae, os outros ficaram surpresos por verem ele assim.

— Quem é o infantil agora? – riu o maior revirando os olhos sem forças para continuar a discussão.

— Calem a boca! – gritou Luhan sentado na beirada da calçada ao lado de Sehun – Estão cansando minha saúde com essa discussão sem fundamento! – repreendeu os meninos.

— Vocês são amigos dele! Como podem perder tempo discutindo num momento desse? – Sehun disse com uma expressão de desapontamento.

Um silêncio se fez entre eles, cada um imerso demais em seus próprios pensamentos e frustrações. Estavam cansados para dizer alguma coisa, mas alguns momentos depois eles foram se recuperando.

— Logo vai anoitecer. – Baekhyun quebrou o silêncio com a voz suave, era um alívio para aqueles ao seu redor. Ele tinha uma voz reconfortante que fazia a mente aliviar por um momento – Precisamos de um plano.

— Estou aberto a sugestões. – Jongdae passou a mão pelo cabelo escuro enquanto soltava um suspiro longo. Seus olhos estavam fechados como se tentasse manter a paciência.

Todos saltaram de suas posições assim que os celulares voltaram a vibrar. O assassino estava entrando em contato novamente. Estavam apreensivos em abrir aquela mensagem com medo de aparecer uma foto ou vídeo do seu amigo morto ou sendo machucado. Mas deslizaram o dedo pela tela com o estômago se revirando.

 

“Seu amiguinho está trancado na casa do namoradinho dele. Conseguem adivinhar quem é? Sempre gostei de garotos altos.”

 

— “Namoradinho”? – indagou Sehun franzindo a testa e depois olhando para os outros – Quem seria esse? Kyungsoo namorava alguém? – estava confuso com a mensagem, tinha certeza que os três amigos eram solteiros.

— Não que eu saiba. – Chanyeol olhava confuso para o celular tentando encontrar alguém que se encaixasse, mas sem sucesso. Seus olhos se ergueram até Jongdae que estava evitando olhar para ele, o que significava que escondia algo – Você sabe. – encarava o amigo.

O outro relutou um pouco antes. Seu olhar se fixou ao de Chanyeol e travavam uma discussão muda até que o menor desistiu.

— Kyungsoo gostava de você. – se sentiu culpado em revelar o segredo do amigo, mas não tinha outra escolha no momento. Viu o amigo de queixo caído e parecendo bem mais surpreso do que ele achou que ficaria, como se estivesse contando algo impossível – Ele gostava, e fiquei sabendo disso porque o peguei chorando no banheiro da escola.

— Espera! – Chanyeol se aproximou do menor com a cabeça a mil, aquilo era muito para processar, ainda mais na situação em que estavam – Quando foi isso?!

— Foi no dia que conhecemos Baekhyun. – agora ele se sentia culpado por revelar o segredo e por ter escondido do maior algo tão importante.

— O que?! – gritou o outro – Mas... Mas... Ah, que droga! – ele não sabia o que dizer no momento, seus pensamentos estavam fervendo e parecia que iam explodir.

— Isso está melhor do que série. – comentou Luhan observando atentamente o assunto dos dois a sua frente.

— Então... Ele está na casa do Chanyeol? – ouviu-se a voz baixa de Baekhyun, ele evitava olhar para os presentes ali com vergonha de ter sido a causa do choro de alguém. Sentia-se culpado por ter feito Kyungsoo pensar algo assim e ter seus sentimentos feridos em silêncio.

— Baek, – o maior se aproximou, levantando o rosto do garoto com os dedos até que seus olhos se encontrassem. Teve vontade de abraça-lo quando viu tanta culpa em seu olhar, algo que ele realmente não deveria sentir – você não tem culpa de nada, tudo bem? – ele deu um sorriso fraco e acariciou a bochecha alheia.

— Eles vão se beijar agora?! – gritou Luhan os fazendo pularem e se separarem rapidamente – É lindo, e eu estou torcendo por vocês, mas agora não é a hora, certo?

— Vamos logo até a sua casa! – disse Jongdae desatando a correr logo em seguida.

 •••

 O barulho e a confusão na delegacia era ainda maior do que nos dias anteriores. A morte do professor fez todos entrarem em desespero por ter acontecido algo tão brutal na cidade. Os habitantes nunca imaginaram ver esse tipo de assassinato, e ainda em uma escola. Pais apavorados entravam e saíam com seus filhos que davam depoimentos para o xerife. O mesmo aparentava ser o mais assustado de todos, suas mãos tremiam frequentemente, como se ele soubesse de algo que os outros desconheciam. Minseok sabia disso, e ele estava disposto a tudo para descobrir o que aquele homem tentava tanto esconder.

Uma aproximação casual não adiantaria, todos sabiam que ele não era muito sociável e tinha certeza que o xerife iria preferir morrer a lhe contar tudo o que sabia, principalmente pelo fato de ele parecer culpado na história também. Seu trunfo era o pai de Jongdae, o policial Kim. Ele não era tão esperto e ambicioso quanto o filho, mas era o único que podia confiar e que não está envolvido em qualquer que seja a sujeira que a cidade esconde e que deu a luz a um serial killer.

Estavam do lado de fora da delegacia com o pretexto de que iriam apenas tomar um café e um pouco de ar.

O vento era quente naquela noite e os fundos do local era um lugar totalmente tranquilo, nem parecia que estavam perto dos muros de uma delegacia em alvoroço.

— Meu filho o admira demais. – comentou o policial Kim com um sorriso gentil – Ele diz que gostaria muito de aprender com você.

O detetive não esperava ouvir aquilo. Sentiu algo estranho ao saber que alguém o admirava, nunca ninguém havia lhe dito isso, apenas que fazia um bom trabalho e que era estranho como conseguia manter a mente sã vendo tudo que via. Por uns instantes ele teve vontade de sorrir, mas não se lembrava mais de como o fazer.

— Onde eu poderia encontrar alguém que não tem medo de revelar segredos? – queria ter dito que ficava feliz ao saber que o filho dele o admirava, mas sua mente não sabia mais pensar em nada além do trabalho. Sempre tinha a cabeça totalmente focada nisso e fazia tempo que outras coisas não lhe chamavam a atenção.

— Existe um bar. – começou o policial ainda sorrindo. Seus olhos eram muito bondosos, mas também muito sofridos, era alguém sábio apesar de tudo que passou – Margem da Lei é o nome, fica quase fora da cidade e o dono é um idoso que viveu aqui a maior parte da vida. Ninguém lhe dá ouvidos por ser considerado louco e bêbado, mas sabemos que ele não foi excluído a toa, certo? – ele não era bobo, sabia que o povo sempre costumava excluir alguém por saber demais.

— Obrigado pela informação, policial Kim.

Minseok ia começar a caminhar até seu carro, mas foi parado quando o policial pegou levemente em seu braço, fazendo-o olhar novamente para ele.

— Meu filho. – agora seus olhos estavam cobertos de preocupação – Não é ele. E eu sei que você sente isso também.

Minseok sentiu algo dentro de si naquele momento. Era pequeno, mas sentiu.

 •••

Margem da Lei era uma terrível espelunca que parecia estar abandonada de tão ruim que estava a construção. Minseok quase desistiu de entrar, se não fosse por uma luz acesa que dizia ter alguém lá dentro. Uma música qualquer tocava ao fundo enquanto alguns tilintares denunciavam que alguém estava bebendo. Franziu a testa para a porta de madeira cheia de pregos soltos e manchas escuras, mas decidiu entrar no local, o policial não o mandaria ali sem nenhuma razão.

Por dentro o lugar tinha um cheiro extremamente forte de bebida e as mesas e cadeiras estavam todas esparramadas pelo local, como se alguém tivesse chutado tudo e indo embora. As lâmpadas estavam penduradas por fios e ele se perguntou como aquilo ainda funcionava. Seus olhos foram até o bar e viu um homem idoso lhe encarando atentamente, estava com algumas garrafas velhas sobre o balcão e um copo na mão. O encarava como se nunca tivesse visto outra pessoa na vida, ou pelo menos entrando naquele lugar.

O homem tinha uma aparência deplorável. Barba e cabelo emaranhados, as roupas sujas de bebida e um olhar que parecia alguém que abusava de substâncias ilegais.

— Um amigo me disse que poderia me contar algumas histórias. – aproximou-se do balcão até que seus cotovelos pudessem se apoiar sobre o mesmo.

— Amigo? – sua voz era extremamente ranhosa e Minseok sentiu seus ouvidos se arranharem com aquele som – Nessa cidade não existem “amigos”.

— E porque diz isso? – o homem cheirava a bebida, mas ele não estava bêbado, ou tinha se acostumado tanto ao álcool que não fazia mais efeito.

— Meus amigos deixaram meu filho morrer! – ele bateu o copo sobre a mesa e por um momento Minseok achou que iria se rachar – Eles mataram meu filho! – havia muita dor e revolta em sua voz, como se tudo tivesse acontecido ontem.

— O que aconteceu com seu filho?

— Eles o mataram. – o homem começou a chorar e segurou uma das garrafas com força – Eles o violaram e depois o mataram, o fizeram se matar... – as lágrimas se misturavam em seu enorme barba branca – Eles o obrigaram a se matar! – ele gritou com raiva – Todos merecem morrer... Merecem morrer!

Minseok logo ligou os fatos. Aquele homem era o pai do garoto que se suicidou, o mesmo que os meninos haviam lhe contado sobre. Ele tinha sua confirmação do ocorrido, e esse poderia ser o motivo do assassino, talvez tenha sido alguém importante para ele. Olhou atentamente para o idoso a sua frente, mas ele não tinha condições físicas nem psicológicas para se tornar um serial killer daquele nível. O pobre homem mal conseguia raciocinar direito, quanto mais planejar um crime nos mínimos detalhes e desviar com sucesso da polícia.

— Escute, senhor, – o homem encarava o balcão enquanto balbuciava coisas ininteligíveis – eu vou vingar seu filho. Estou aqui para pegar os culpados. – rapidamente o idoso ergueu a cabeça e seus olhos se arregalaram para o detetive, ele aproximou o rosto até demais, fazendo Minseok sentir o cheiro de seu hálito muito desagradável. Mas tinha que conquistar a confiança dele. – Mas, apenas se me contar tudo que sabe.

— Eu vou! Eles vão pagar! Vão pagar!

Minseok tinha sua carta na manga. Só precisava se certificar que ninguém nunca soubesse que tem contato com aquele homem, o que seria muito fácil. Isso o lembrava de que precisaria confirmar com o policial Kim de que essa informação não iria vazar para ninguém.

Antes que conseguisse extrair mais coisas para a investigação, o detetive foi interrompido por uma mensagem em seu celular. Iria ignorar, mas estava tarde e ninguém o incomodaria naquela hora se não fosse extremamente importante. Deslizou o dedo pela tela e encontro uma mensagem de Kim Jongdae, algo que ele realmente não esperava, achou que os meninos estavam assustados demais para continuarem investigando. Mas não era disso que se tratava.

 

“SOS! Estamos em perigo! Por favor, ele está aqui agora!”

 

Levantou num salto e ia apressado até a porta, mas antes o homem disse algo que o intrigou.

— Seu amigo é aquele rapaz bonito que sempre vem aqui? – o detetive encarou o homem com curiosidade – Ele é um rapaz muito bom! Muito bom!

•••

 Os garotos estavam parados em frente a casa de Chanyeol. O céu havia escurecido e não parecia ter nenhum sinal de vida dentro daquela residência. Todas as luzes estavam apagadas e não havia nenhum som vindo da mesma. O assassino poderia estar lá dentro mesmo? Eles só iriam descobrir de uma forma, uma que exigiria muita coragem.

— Vamos entrar pelos fundos. – sugeriu Chanyeol e os outros assentiram.

Cada passo parecia durar uma eternidade para eles. Parecia que estavam andando sobre um campo minado que a qualquer momento pudesse matá-los, mal conseguiam piscar com medo de algo os atacar de algum canto. Chanyeol fez um enorme esforço para abrir a porta lentamente e evitar fazer qualquer barulho, suas mãos tremiam no processo, o que dificultava muito. Mas no fim acabou conseguindo. Um suspiro aliviado veio de seus lábios quando conseguiram entrar em silêncio na cozinha.

— E agora? – sussurrou Luhan em meio a escuridão.

— Nos separamos... – ia dizendo Chanyeol, mas foi interrompido pelo loiro.

— Não! Se separar sempre dá errado!

— Precisamos achar o Kyungsoo! Temos que nos separar para cobrir mais partes da casa! – argumentou o maior.

Os outros se entreolharam, podendo ver os rostos uns dos outros apenas pela luz do luar que entrava pelas janelas. Conseguiam ver o medo em seus olhos e a dúvida, sabiam que Kyungsoo devia estar em algum canto da casa e para achá-lo mais rápido precisavam se separar, mas isso é também muito arriscado. Talvez fosse o plano do assassino que eles se separassem, assim poderia pegar alguém com mais facilidade. Havia muitos prós e contras nessa decisão, mas eles optaram por concordar com Chanyeol, tinham que achar Kyungsoo o mais rápido possível, afinal, ele poderia estar a beira da morte enquanto discutiam.

Luhan e Sehun pegaram os andares de cima com Baekhyun enquanto Chanyeol e Jongdae ficaram com os andares de baixo, incluindo o porão.

Cada um estava com seu celular em mãos, usavam como lanterna e também manteriam uns aos outros informados se estavam bem.

Baekhyun subia cada degrau da escada com uma leveza que daria inveja a um gato. Suas mãos apertavam tanto o celular que seus dedos estavam brancos e sentia sua pele grudar na tela. Os três estavam com medo até mesmo de respirar muito alto, controlavam cada mínimo movimento para que nada os denunciasse, inclusive deixavam o brilho da lanterna o mais baixo possível. Sehun ia à frente por ser mais alto, se viesse um ataque ele conseguiria segurar enquanto os outros dois atacavam.

Quando chegaram no corredor avistaram as três portas brancas: uma do quarto de Chanyeol, o quarto de sua mãe e o banheiro, todas elas fechadas. Sentiam o estômago revirando e as pernas vacilarem quando pensaram no que poderia estar atrás de uma delas. Claramente era uma armadilha e o assassino pularia de uma porta para tentar matá-los. Mas precisam se arriscar e encontrar Kyungsoo, por mais que nenhum dos três seja chegado a ele como os outros. Não deixariam alguém sofrer sendo que poderiam ajudar.

Se entreolharam antes de Sehun colocar a mão sobre a maçaneta do quarto de Chanyeol. Ficou por uns segundos naquela posição até respirar fundo e conseguir girá-la. Podia ouvir seus batimentos batendo contra seus ouvidos, sentiu seu corpo gelando enquanto ouvia o click da porta se abrindo. Tentou conter a tremedeira em suas mãos, mas era mais forte do que ele, o pânico estava tomando conta de si. Apontou o celular para dentro do quarto e soltou uma grande lufada de ar quando viu que estava vazio. Fez um sinal positivo aos outros e entraram para vasculhar melhor, porém não havia nada fora do normal. Olharam dentro do armário, embaixo da cama, atrás da porta, mas para sua sorte ninguém estava lá dentro.

Baekhyun digitou uma mensagem para os outros dizendo que o primeiro quarto estava limpo, mas não obteve resposta. Sehun olhou preocupado, todos prometeram mandar confirmação após toda mensagem para afirmar que estavam bem. Pensou se talvez eles não estivessem com problemas.

Luhan fez sinal para eles continuarem, ainda tinham dois cômodos para olharem antes de relaxarem.

Saíram do quarto e fecharam a porta por precaução. Checaram os outros cômodos, mas não encontraram nada. Tudo estava limpo no andar de cima.

Baekhyun continuava a mandar mensagens para os outros e nada de resposta, o que fez os três ficarem preocupados.

— Baekhyun, – chamou Sehun enquanto eles estavam no banheiro – Luhan e eu vamos lá embaixo, você fica aqui caso dê tudo errado e precisemos de ajuda. – sua voz era um sussurro.

— Por que eu tenho ficar? – indagou o menor sem acreditar que o deixariam sozinho naquela situação.

— Ele tem razão. – respondeu Luhan – Vá para um dos quartos e fique lá, se ouvir gritos, chame a polícia.

— Eu não entendo, do que isso vai adiantar?! – persistiu o menor.

— Adianta se o sinal cair, estamos com ele bem fraco e esse assassino deve saber como tirar. – disse Luhan apontando para o aparelho – Se isso acontecer você pode pular a janela, é uma queda baixa, e correr até a polícia.

— O que?! Não vou deixar vocês aqui para morrerem! – o menor se sentia insultado com a ideia de fugir enquanto todos estavam correndo perigo.

— Faça isso. – pediu Sehun – Eu não posso proteger vocês dois, com o Luhan eu tenho mais chances.

— Porque se os dois estiverem em perigo você salvaria ele, eu entendo. – não julgava os dois por isso, sabia o quanto era difícil ser sincero dessa forma. Não poderia mesmo se defender sozinho, e certamente não conseguiria salvá-los, então precisava ficar para trás.

— Olha, não é por mal, entende? Mas não vamos arriscar sua vida sendo que podemos salvá-la. – o loiro colocou a mão sobre o ombro de Baekhyun, que apenas assentiu.

— Eu pediria pro Luhan ficar, só que ele jamais concordaria.

— Tudo bem. – o menor acabou se dando por vencido – Mas se eu ouvir qualquer grito ou ruído vou chamar a polícia no mesmo momento!

— Fique atento. – disse Sehun antes de levar o namorado para fora do banheiro.

Baekhyun se escondeu dentro do quarto de Chanyeol, deixou a porta fechada e ficou em pé perto da janela. Desligou a lanterna do celular e segurou o aparelho com força contra o peito esperando, apenas esperando.

Havia se passado longos minutos quando finalmente seu celular vibrou. Era uma mensagem de Luhan.

 

“Ele está atrás de mim! Abre a porta rápido!”

 

Sem pensar, ele correu em direção a porta e a abriu sem hesitações. Colocou os pés no corredor, o nome de Luhan estava saindo de seus lábios quando se deparou com uma figura vestida de preto com a famosa máscara branca do assassino.

Um grito estridente de dor percorreu toda a casa.

•••

 Jongdae corria em direção aos gritos no andar de cima enquanto digitava uma mensagem para o detetive. Não poderia mais confiar na sorte, precisavam de ajuda agora, o assassino realmente estava dentro da casa com eles.

Corria aos tropeços pela sala escura quando conseguiu chegar até a escada. Gritava pelo nome dos amigos, mas ninguém respondia, apenas gritos eram ouvidos no andar de cima e ele não sabia identificar de quem eram. Apressou-se pelos degraus com a luz iluminando fracamente os mesmos, estava confiando mais em seus instintos. Quando atingiu o topo viu Baekhyun sendo atacado pelo assassino. O garoto estava com as roupas cobertas de sangue enquanto gritava tentando segurar a mão que o mascarado empunhava uma faca.

— Baekhyun! – gritou Jongdae atraindo a atenção do assassino para si. Não tinha ideia do que poderia fazer, não era bom em luta e não tinha força suficiente para segurá-lo. Estava sem saída.

Mas ele teve uma ideia. Idiota e arriscada, mas pelo menos uma ideia.

— E aí, Hannibal, comendo muitas peles? – sua voz estava trêmula e era bem evidente que estava apavorado, mas ainda foi uma provocação bem ousada para alguém na situação.

No mesmo momento o mascarado largou Baekhyun no chão, fraco demais para levantar, e avançou contra Jongdae, que o puxou pela roupa, fazendo ambos rolarem pela escada com violência. 

Conseguiu ouvir o som de seus ossos batendo contra os degraus e sua visão ficou turva quando sua cabeça bateu contra a parede. Jongdae sentia um líquido escorrendo de sua testa enquanto sua cabeça doía como se tivesse sido amassada por uma marreta. Não conseguia sentir as outras dores, mas sabia que tinha algumas fraturas depois daquela queda. Tentou não desmaiar, não podia desmaiar, tinha que ficar acordado, o assassino ainda estava ali. Rolou os olhos tentando encontrar a figura encapuzada, mas não havia nada além de um borrão de escuridão pela sala. Não soube identificar se era o assassino ou apenas sua cabeça desorientada, mas sabia que ele não estava mais perto de si, podia sentir isso.

— Jongdae! – ouvia seu nome ser chamado em uma voz muito distante. Mas não resistiu por muito tempo, logo foi pego pela inconsciência.

Baekhyun gritava pelo nome do moreno. Digitou inúmeras mensagens para os meninos, mas nenhuma reposta veio. Se arrastou até a escada e conseguiu avistar Jongdae caído no final dela, mas não parecia morto.

O menor tinha sido atingido por uma facada no ombro e na perna, alguns arranhões nos braços também. Tinha conseguido se defender bem melhor do que imaginava, mas a dor era muito grande para que conseguisse fazer algum esforço. O sangue começava a escorrer pela escada, descendo algumas gotas pelos degraus. Baekhyun pensou em quanto tempo levaria para alguém sangrar até a morte.

O garoto acionou a polícia e deitou no chão enquanto sentia seu corpo cada vez mais mole e impotente.

O tempo foi como uma eternidade até que se pode ouvir a porta ser arrombada com força. Baekhyun conseguiu ver o detetive Minseok com a arma em punho indo em direção a Jongdae estendido no chão, o mesmo abaixou-se para checar se o garoto estava vivo e suspirou aliviado quando sentiu sua pulsação. Logo seu olhar foi até o menor sangrando no topo da escada e correu até ele.

— O que aconteceu? – perguntou com a voz baixa e atento a qualquer movimento.

— O assa... ssino... – sua voz saia com dificuldade – ele nos atacou... Os outros... – apontava para o celular – Ache os outros...

— Que outros estão aqui?

— Chanyeol... Lu... Luhan... Sehun... – o menor estava ficando fraco pela perda de sangue.

Um estrondo foi ouvido no andar de baixo, o detetive rapidamente desceu com a arma em punho. Quando atingiu a sala se pôs a frente de Jongdae para protegê-lo. Avistou um vulto vindo do corredor, estava pronto para atirar quando viu que eram os outros meninos com as faces cobertas de pânico, mas não pareciam ter se machucado.

— Onde estavam?! – indagou sem abaixar a arma. Por mais que os meninos estivessem bem, o assassino ainda poderia estar na casa, não poderia baixar a guarda até que os reforços chegassem.

— Fomos presos no porão! – disse um Chanyeol respirando com dificuldade.

— Alguém nos atingiu na cabeça e nos colocou lá dentro! – Luhan praticamente gritava.

— Você, – apontou para o maior – seu amigo está sangrando muito lá em cima, vá até ele.

— Baekhyun?! – ele saiu alvoroçado praticamente saltando pela escada em direção ao corpo estendido do amigo – Jongdae?! – gritou do andar de cima quando viu o outro escondido atrás do detetive – Que merda!

Uma confusão de gritos e desespero tomou conta do lugar. Minseok era o único que conseguia pensar claramente e ainda estava atento. Em nenhum momento ele guardou a arma ou deixou o lado de Jongdae.

O momento foi interrompido por uma pessoa que entrava correndo na casa.

— O que aconteceu?! – gritava Kyungsoo assustado e acompanhado de uma pessoa desconhecida.

— Kyungsoo! – gritaram Luhan, Sehun e Chanyeol em uníssono sem acreditar que o amigo realmente estava ali.

— Quem é esse? – o detetive apontou a arma para um rapaz estranho e maltrapilho ao lado dele.

— Não atire! O nome dele é Jongin e ele é do bem!


Notas Finais


E AÍ? GOSTARAM?

Assim como eu prometi aqui está Jongin, e no próximo vou terminar de apresentar os outros membros. Estou dando o meu melhor na escrita mas nunca acho que fica bom, então quero opiniões de vocês!

OBRIGADA ♡


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