1. Spirit Fanfics >
  2. Scream >
  3. Capítulo 6

História Scream - Capítulo 6


Escrita por: pcychokill

Notas do Autor


OI

Desculpa a demora, eu sou um pouco difícil de escrever rápido, as vezes consigo ter muitas ideias e as vezes não escrevo muito, mas obrigada a cada uma de vocês que leem a fic e dão amor a ela!

Muito obrigada mesmo!

Capítulo 6 - Capítulo 6


O quarto de hospital parecia ter ganhado mais um pouco de vida desde que o doutro Kim Junmyeon tinha sido transferido junto com os garotos. Jongdae sairia naquele mesmo dia, seus ferimentos não foram tão sérios e estava livre para voltar as atividades normais. Baekhyun passaria mais alguns dias com o doutor, por isso estavam aproveitando o restante de tempo que tinham juntos. 

Fazia apenas um dia que Junmyeon tinha conhecido eles, mas já tinha se afeiçoado aos mesmos. Tinham passado o tempo todo conversando sobre diversos assuntos, descobriram coisas em comum e até chegaram a criar teorias sobre o assassino.

 O doutor sempre teve uma vida comum e longe de problemas, não tinha interesse em assassinatos ou coisas relacionadas, mas sempre gostou de estudar o corpo humano e isso o levou a se empolgar em explicar aos meninos como o mesmo funcionava. O maior interesse deles foi saber como descobrir a hora da morte de um cadáver. Obviamente, Jongdae prestou atenção com a intenção de começar a praticar o conhecimento nas próximas vítimas. Pensou em como Minseok ficaria surpreso ao ver essa habilidade, afinal, ele não era apenas um detetive, era a inspiração do garoto. Mesmo antes de conhecer Minseok pessoalmente, pesquisava sobre o mesmo se encantando com todos os seus feitos na carreira policial.

 — Estar com vocês faz eu me sentir como se estivesse na faculdade. – comentou o doutor enquanto sorria mostrando os dentes perfeitos.

 — Faculdade? – Baekhyun franziu a testa – Mas somos apenas colegiais. – ele se sentia muito confortável ao lado do médico e não demorou para que a timidez sumisse em sua presença e logo se soltasse.

 — Vocês são muito maduros para colegiais! – elogiou Junmyeon e os meninos abriram um sorriso largo. Se tinha algo que os dois gostavam era de receber esse tipo de comentário, ainda mais vindo de alguém mais velho e formado.

 — Antes de conhecer Baekhyun, não achei que encontraria alguém que fosse tão inteligente quanto eu. – brincou Jongdae fazendo o outro lhe jogar um travesseiro e depois rir – É realmente assim que ele reage a um elogio. – jogou o travesseiro de volta e acompanhou a risada do mesmo.

 — Está subestimando Chanyeol. Ele é único da cidade com alto conhecimento hacker. – suas mãos brincavam com a ponta do travesseiro enquanto abaixava a cabeça para não demonstrar como falar sobre o maior o afetava.

 — Quero conhecer esse rapaz. Ele é seu namorado? – indagou o médico fazendo Baekhyun corar e Jongdae dar ainda mais risada.

 — Ah, não… – ele riu sem graça. – Nos conhecemos pela internet e descobrimos que morávamos na mesma cidade. Ele é meu primeiro amigo. – o doutor percebeu um pouco de tristeza em sua voz, imaginou o quanto o menino deve ter tido uma vida solitária.

 Junmyeon sempre foi uma pessoa muito amorosa e gentil, logo percebeu a situação que aquele jovem se encontrava. O lembrou de quando era da mesma idade e tinha que esconder seus sentimentos por medo de rejeição, tanta da família quanto da sociedade, e se sentiu feliz pelo garoto ter confiado em si para contar sobre sua sexualidade antes. Mas, não teve a oportunidade de contar sobre si também. Mas não por medo, e sim, porque prometeu que não revelaria nada para quem não confiasse. E naquele momento soube que talvez sua história pudesse ajudar alguém.

 O doutor pegou seu celular e mandou uma mensagem para sua pessoa especial.

 •••

 O silêncio de Minseok estava começando a deixar Kyungsoo desconfortável. Quando o mesmo o levou para a delegacia, pediu que não contasse tudo que sabia ao xerife e que Jongin falasse o menos possível. Ele não entendeu o motivo do pedido, mas aceitou sem questionar nada. Podia ser uma pessoa difícil de confiar nos outros, mas sabia que o detetive era o único que realmente estava interessado em desvendar o caso.

 Durante as perguntas do xerife os dois meninos permaneceram de cabeça baixa e só respondiam com poucas palavras. Deixaram que o detetive respondesse a maior parte do tempo, alegando que os dois estavam em choque demais para conseguir repetir toda a história. 

Kyungsoo ficou muito curioso sobre aquilo. Seria o xerife algum tipo de suspeito? Não faria o menor sentido, ele não sabia muito sobre as pessoas daquela cidade, mas todos parecem ter convivido com o xerife faz muito tempo… Ele parou um momento se lembrando do que havia escutado sobre o homem. Ele era suspeito de ter acobertado o suicídio do tal garoto anos atrás. Então Minseok não estava escondendo as coisas dele por achar suspeito, mas para proteger a investigação.

 O menor observou o detetive durante um tempo. Suas feições eram delicadas, mas o contorno de seus olhos destacados o dava um ar mais adulto. Os mesmos possuíam um traço estilo felino, o que o fazia parecer tão intimidador quando encarava as pessoas, mas era algo também muito atraente. Seu cabelo escuro estava penteado para trás e o terno preto. Kyungsoo odiava admitir sua sexualidade para as pessoas, por isso se sentiu culpado por estar ali e tendo que aceitar que Minseok era um homem extremamente atraente aos seus olhos e de qualquer um que o observasse com atenção. 

Virou seu rosto novamente para baixo e encontrou as mãos de Jongin sobre o colo do mesmo, ele remexia os dedos visivelmente incomodado com a situação. Levantou um pouco o olhar até encontrar seu rosto. Este estava perdido em alguma lembrança, as orbes escuras tinham um contraste perfeito com sua pele bronzeada.

Kyungsoo pode ter achado vários homens bonitos em sua vida, mas tinha que admitir que Jongin possuía uma beleza totalmente diferente de qualquer um deles. Tanto seu rosto quanto seu sorriso nunca tinham sido vistos antes, ele claramente era um homem que chamava muita atenção, mesmo com aquelas roupas maltrapilhas e o cabelo bagunçado. Por um momento, o imaginou ao seu lado vestido de terno indo para o baile de formatura… Jongin estava tão frágil, o menor sentia uma enorme vontade de tirar ele de toda aquela dor e mostrar que existem coisas boas no mundo, mas como poderia fazer isso se nem mesmo ele é assim? Voltou seu olhar para baixo se sentindo culpado por não ser capaz de fazer muita coisa pelo rapaz ao seu lado.

 Quando a conversa com o xerife acabou, eles se retiraram e Minseok disse que os escoltaria até um lugar seguro, no caso, a casa de Kyungsoo. Não tinha nenhum tipo de abrigo na cidade, e não podiam manter Jongin na prisão, então o xerife permitiu que o menor levasse o rapaz para passar um tempo consigo até que terminassem a investigação.

 Kyungsoo tentou perguntar algumas coisas enquanto estavam dentro do carro, mas o detetive não disse uma única palavra durante todo o percurso. Jongin também não abriu a boca, e isso fez com que o menor deixasse as questões para depois. Quando avistou sua casa, Minseok estacionou perto da porta e ele estava pronto para sair quando notou que o detetive não havia destrancado o veículo. Apenas direcionou seu olhar para o homem de olhos felinos e esperou que dissesse alguma coisa.

 — Como devem saber, o xerife omiti crimes dessa cidade por dinheiro. – ele olhava para frente de maneira distante – Os casos do suicídio e de pedofilia foram um deles. Por isso pedi que não revelassem tudo, se ele descobrir que sabemos desses fatos, poderá arrumar um modo de me retirar da investigação. – ele pousou o cotovelo sobre a janela do carro e colocou os dedos sobre os lábios demonstrando preocupação.

 — Não devemos contar isso a mais ninguém? – foi a pergunta de Kyungsoo. Seus amigos já sabiam da história completa, e o menor não entendia porque o detetive permitiu isso sendo que, claramente, suspeita de todos eles, inclusive de si mesmo. Mas, como não entendia grande parte dos atos do mais velho, resolveu apenas deixar que ele faça seu trabalho sem questionar demais.

 — Repita minha versão para todos que perguntarem. – respondeu Minseok agora olhando para os garotos pelo retrovisor e percebendo que Kyungsoo não tinha medo nenhum em lhe encarar. Aqueles olhos grandes poderiam ser os mais suspeitos aos olhos de qualquer um que investigasse o caso – Meu número está no seu celular. Mantenha Kim Jongin longe de bagunça e evite deixá-lo sozinho. – retirou seu braço da janela e destravou a porta do carro. Depois voltou ao seu silêncio habitual e os meninos entenderam que era hora de ir pra casa.

 O detetive deu partida assim que os viu entrarem em segurança na casa e seguiu diretamente para o hospital. Ele tinha um plano de como confirmar se realmente poderia confiar em Jongdae. Não podia negar que estava ansioso por isso.

 •••

Baekhyun e Jongdae estavam apenas observando o entusiasmo do doutor sem fazer ideia do que ele estava aprontando. Eles achavam realmente divertido, Junmyeon era muito mais velho do que os dois, mas se comportava de um modo que parecia que ele era bem mais novo. Não entendiam se ele estava agindo assim por ambos serem colegiais ou se era algo de sua personalidade mesmo. 

Ele sorria e esfregava as mãos como se estivesse dando aula para uma turma do primário e quisesse fazer a crianças rirem. No caso, os rapazes não eram crianças, mas eles riram muito daquilo e aproveitaram cada segundo daquele momento em paz e longe de todos os assassinatos. Junmyeon os fazia se sentirem confortáveis e as lembranças ruins praticamente sumirem enquanto conversavam e brincavam com o mesmo.

 Um tempo depois um enfermeiro entrou no quarto. Os rapazes não o reconheciam, mas ele parecia ser da idade deles. Seu rosto tinha traços adultos, mas seu sorriso com covinhas o fazia parecer muito mais novo. Tinha uma aura muito leve e fazia as pessoas confiarem nele automaticamente. Jongdae pensou que aquele seria um disfarce perfeito para um psicopata, mas nem ele conseguia imaginar aquele homem não sendo uma criatura gentil que amava todo mundo. Seu sorriso era muito verdadeiro e seus olhos demonstravam o quanto ele era inocente. Ele e Baekhyun poderiam ser parentes por terem essa personalidade de encantar os outros.

 O enfermeiro foi diretamente até Junmyeon, que o abraçou e depois beijou seus lábios sem medo, deixando os rapazes ali de boca aberta.

 — Esse é Yixing, meu marido. – apresentou o médico e viu os olhos dos rapazes brilharem – E esses são Baekhyun e Jongdae, meus novos amigos. – disse ao marido que rapidamente foi dar um beijo no rosto de cada um deles.

 — Você também é homossexual?! – a surpresa veio de Baekhyun que parecia mais animado com toda aquela novidade.

 — Gostar de homens é mais comum do vocês imaginam. – comentou o doutor – Não achem que não existam muitos nessa cidade apenas por ela ser cheia de preconceituosos.

 — Jun e eu vivemos aqui a vida toda. – Yixing comentou sentando ao lado de seu marido – Sabemos como é difícil, ainda mais com essa idade. Mas, estamos aqui por vocês! – suas palavras encorajavam os meninos e sentiram que finalmente teriam alguém pra conversar sobre tudo que eles sempre quiseram perguntar, já que não podiam fazer com seus pais.

 Depois de um tempo de conversa cheia de perguntas vinda dos meninos, ouviram a porta sendo aberta e três rapazes entrando por ela. Reconheceram como Chanyeol, Luhan e Sehun. O maior trazia um simples buquê de flores com uma mensagem de melhoras escrita sobre a fita branca que as envolvia.

 — Baekhyun! – correu Chanyeol até o menor e o abraço com todo cuidado para que machucasse seu ombro – Trouxe isso para você. – entregou as flores a ele que abriu um sorriso enorme, mas dessa vez não tinha timidez, era um puro sorriso de felicidade. Um sorriso que fazia todos se encantarem de tão bonito que era. Quando Baekhyun sorria parecia que uma luz se colocava sobre ele. Chanyeol pensou que nunca tinha visto ninguém tão bonito na sua vida.

 — Obrigado, Chan! – o menor sabia que não conseguiria parar de sorrir por um bom tempo. Nunca tinha recebido tanta atenção de alguém que não fosse sua mãe antes, ainda mais de um rapaz que ele tinha um interesse.

Jongdae observava a cena sem conter um sorriso também. Devia ter ficado com ciúmes por seu melhor amigo não ter feito algo para si, mas não conseguia vendo que finalmente o maior havia encontrado alguém que gostasse tanto dele e não tinha medo de demonstrar. Estava feliz pelos dois, ainda mais por criar uma grande amizade com Baekhyun, sentia como se ele já fizesse parte do grupo deles e imaginou os três, Kyungsoo e Jongin, indo ao baile de formatura e se divertindo. Tinha Luhan e Sehun também, mas os dois eram tão apaixonados no mundinho deles que sabia que não chegariam a se aproximar tanto de outras pessoas. 

Gostava disso no casal, era muito raro encontrar uma ligação tão forte amorosamente, somente um ao outro bastava para eles e estavam felizes com isso, era o tipo de casal que provavelmente iria se aposentar no campo e passar seus últimos dias apenas aproveitando a companhia um do outro. 

Jongdae sentiu um pouco de inveja pelos casais ali, ele era o único solteiro e nunca teve nenhum tipo de relacionamento ou alguém que lhe confessasse seus sentimentos, mas não queria deixar que isso atrapalhasse esse momento tão bonito e que raramente acontecia com seus amigos.

 Ouviram a porta sendo aberta novamente e todos se viraram surpresos, afinal, não estavam esperando mais ninguém. Quando Minseok entrou, Jongdae sentiu sua respiração parar por um momento e desviou o olhar com medo daquela reação. Se existia alguém que ele nunca – jamais – poderia sentir alguma coisa, esse alguém seria o detetive. Sabia que o mais velho não parecia possuir esse tipo de sentimento e não queria alimentar uma esperança sem fundamento, assim como Luhan tentava fazer. 

Voltou seu olhar para o moreno e quase congelou quando notou que o mesmo tinha o olhar sobre si. Maldito olhar de gato.

 — Senhor detetive. – cumprimentou Jongdae dando seu habitual sorriso descontraído enquanto o resto do quarto se mantinha em silêncio.

 — Senhor aprendiz de detetive. – Minseok esboçou um pequeno sorriso, mas só aquele ato fez com que todos ali ficassem atentos. Nunca tinham visto o homem dar um sorriso nem demonstrar alguma coisa. 

Seu sorriso se manteve somente enquanto olhava para Jongdae, quando desviou para os outros no quarto, imediatamente voltou a sua expressão dura como de costume.

 — Estão todos aqui! Perfeito! – exclamou Luhan fazendo o clima ali dentro voltar ao estado descontraído de antes e todo mundo começou a prestar atenção nele, que foi até Chanyeol e se apoiou em seus ombros, dando um sorriso malicioso para Baekhyun que não estava entendendo o que ele queria com aquilo – Chanyeol tem algo para te dizer! – deu uma piscada para o menor que logo começou a corar – Não, é? – deu um tapa nas costas do maior antes de voltar para seu lugar ao lado de Sehun que segurava um sorriso.

 Chanyeol olhou algumas vezes para baixo parecendo procurar pelas palavras, suas mãos foram em direção aos seus cabelos escuros, coçando eles enquanto suas bochechas tomavam uma tonalidade rosada também. Baekhyun o olhava com atenção sentindo seu estômago revirar um pouco, mas não era uma sensação ruim.

 — Eu… – o maior pigarreou – Não sei como dizer… – ele riu um pouco nervoso e olhou para os lados parecendo reunir coragem. Respirou fundo e voltou a olhar para o menor a sua frente que estava com uma grande expectativa enquanto segurava com força as flores em suas mãos finas. Chanyeol o olhou sem medo e sentiu que tinha ali a coragem que precisava – Vou demonstrar. – disse isso e logo levou seus lábios até os de Baekhyun, selando eles num beijo calmo e carinhoso.

 Baekhyun sentia como se fogos de artifício estivessem saltando pelo céu naquele momento. Seu rosto não estava mais corado de timidez, agora era um calor diferente que sentia por dentro, algo que queimava em seu peito e o fazia querer aprofundar mais o beijo, mas não faria isso com todo mundo olhando. Os lábios de Chanyeol eram extremamente macios e teve que se conter para não passar a língua por eles. 

Quando o sentiu se afastar, abriu os olhos sentindo-se ofegante pela aquela sensação que ele havia lhe transmitido. Seus olhos se encontraram e o menor sentiu sua respiração parar quando o outro sorriu para ele, fazendo-se sentir ainda mais apaixonado.

 — Que lindos! – comentou Luhan abraçando o namorado e depois depositando um beijo rápido em seus lábios.

 Junmyeon aproveitou para dar um beijo em seu marido e um clima romântico estava no quarto, exceto por dois homens que apenas olhavam tudo sem dizer nada.

 — Só faltam dois. – disse Luhan olhando com um sorriso traveso para Minseok e Jongdae, que rapidamente desviaram a atenção para qualquer outra coisa no quarto que não fossem as pessoas.

 Minseok pigarreou e sentiu que não conseguiria encarar aquele garoto loiro que teimava em ficar observando-o com o olhar atento. Por um momento, sua postura foi abalada por conta da possível ideia de ter algum envolvimento amoroso com Jongdae. 

Muitas vezes em sua vida foi convidado para encontros, tanto com homens como mulheres, mas nenhum deles conseguiu fazê-lo sentir interesse, sempre acabava preferindo voltar aos seus casos. Uma vez ou outra ele chegou a experimentar como era ser íntimo fisicamente com alguém, mas não conseguiu sentir nem um pouco do prazer que os outros tanto clamavam por ter. Para ele foi algo muito vazio e por isso não lhe despertava interesse. 

Não poderia colocar aquele rapaz no meio da sua vida bagunçada. Ele provavelmente não tinha experiências no assunto, e começar logo com uma pessoa problemática como a si mesmo não seria bom. Minseok sabia que ninguém seria capaz de suportar ficar ao seu lado e ter que aguentar seu vício em caçar assassinos, seria pedir demais de alguém mais velho, imaginava o quanto isso seria desgastante para um jovem como ele. As horas sem dormir, a alimentação a base de comida fria e café, seu apartamento pequeno e sem cuidados, os dias que passaria fora viajando para resolver casos… O que ele tinha para oferecer? Passou a vida toda sozinho e não sabia como conviver com alguém. Já estava sendo difícil acostumar com a ideia de tê-lo como amigo – quando nunca teve nenhum – não queria lhe causar problemas pensando em outro tipo de relação. 

O detetive parou para se questionar o motivo de ter sido tão atraído por Jongdae. O rapaz era diferente… Na verdade, ele era diferente dos outros, assim como ele mesmo sempre foi. Nunca tinha conhecido alguém com um real interesse em casos policiais, o fazia se lembrar de quando era colegial e ficava buscando casos pela biblioteca. 

Mesmo com esse lado, Jongdae ainda era uma pessoa engraçada e gentil, ele não se deixou quebrar pelas coisas ruins que lhe aconteceram, nem pelas coisas ruins que conhecia do mundo e das pessoas. Enquanto observava o moreno, conseguia ver que ele tinha um futuro brilhante como detetive. Sabia que Jongdae tinha um emocional mais forte do que o seu e saberia lidar ainda melhor com psicopatas e o submundo do crime. Minseok aparentava ser inabalável, mas era porque escondeu suas emoções e não deixava ninguém passar daquela linha, o rapaz a sua frente não. Ele tinha amigos, ele tinha seu pai, ele se abria para as pessoas porque era perfeitamente capaz de lidar com suas decepções e problemas, ele é do tipo que vai erguer a cabeça diante disso. Minseok era do tipo que preferia não sentir nada por medo.

 — Preciso que Jongdae me acompanhe. –disse afastando suas reflexões da mente e se concentrando no caso – Para a investigação. –completou.

 — Claro. – assentiu o rapaz se levantando da cama e pegando sua mochila numa cadeira – Espere eu me arrumar. – o detetive assentiu e o outro foi em direção ao banheiro.

 Quando os dois estavam no carro, o rapaz agradeceu por ter escapado do clima que tinha ficado naquele quarto. Tinha deixado todos com um sorriso desconfiado, e ainda recebeu um aceno de Chanyeol o incentivando a tentar alguma coisa com Minseok enquanto estivessem sozinhos, mas obviamente que Jongdae não faria isso de maneira alguma. 

Sabia que Luhan iria lhe fazer várias perguntas e provavelmente tentar juntar os dois como fez com Chanyeol e Baekhyun.

 — Para onde vamos? – foi a primeira vez que o silêncio foi quebrado desde que eles saíram do quarto. O mais novo estava com receio do que o detetive poderia pensar sobre o assunto de antes, mas resolveu não falar sobre isso com ele.

 — Vou te levar em um bar. – respondeu dando uma olhada rápida no moreno ao seu lado.

 Minseok estava ansioso para ver se o tal rapaz bonito que aquele velho tinha falado era Jongdae. Por isso o levaria até ele e descobriria se pode se aliar ao garoto.


Notas Finais


E AÍ? GOSTARAM?

No próximo capítulo vou tirar um dos suspeitos da lista de vocês, mas os outros podem continuar suas apostas!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...