História Screams of Silence - (Love and Death) - Você é minha prioridade!

Capitulo 14

Você é minha prioridade!

(…)

-O paraíso é um lago de mentiras e falsidades, se não acreditasse nas palavras dele que fazia ter mais sentido que qualquer outra contra, em quem acreditar?! -disse sem rancor ou aborrecimento...

-Confesso não intender... O paraíso não é o premio para aquelas pessoas que merecem? Não é onde aqueles que foram bons vão? Então como pode ser repleto de mentiras e falsidades? -perguntei sem entender, e sinceramente não entendia mesmo essas coisas, sempre pensei que o paraíso era um lugar bom onde não havia mentiras e apenas os que mereciam iam para la.

-Você acha que os anjos acham que os humanos são seres dignos de partilharem seus refúgios?! Logico que não.

-O que quer dizer com isso?

-Quero dizer, humanazinha, que o paraíso para onde vocês vão quando deixam a terra não é o mesmo que aquele onde anjos habitam. -respondeu, levantando as mãos para acariciar meu rosto.

-Mas para onde eles vão então? -pergunto, talvez então assim consiga encontrar meu irmão.

-Sinceramente, não faço ideia para onde vão, só sei que não é para junto com os anjos.

-Ainda não entendo.

-Em todos meus milênios como anjo nunca vi nenhum humano la em cima, só comecei a ver depois no inferno.

-Mas pra onde vão as almas boas que partem? Isso não é justo. -questionei.

Colocou meu cabelo para trás da orelha e me deu um leve selinho.

-Deve ser outra das grandes invenções dos Serafins. -afirmou.

Ate pensei em questionar e perguntar quais outras invenções, mas eu nem sabia ao certo quem era os tais serafins.

-E antes que pergunte quais, são as mais grave delas.

~Zayn

Ela estava com a cabeça deitada em meu peito enquanto acariciava seu cabelo, aquela sensação era tao boa, nunca tinha me sentido assim é estranho, mas é bom.

-Desculpa ter ido ate lá... -falou em um sussurro. -Eu apenas queria ter respostas, não queria que você ficasse tao mais zangado. -continuou.

Não falei nada apenas continuei olhando para o nada, sentindo a respiração dela em meu peito.

-Posso te fazer uma pergunta?

-Já fez tantas sem permissão, pra que me pedir logo agora? -perguntei.

-É que é uma pergunta diferente. -disse mordendo o lábio, me sentei na cama a fazendo sentar ao meu lado, ela deitou a cabeça em meu ombro, envolvi a mão em sua cintura a puxando para mais perto de mim. -Você a amava muito não é mesmo?

Queria não saber do que ela estava falando, mas infelizmente eu sabia e também sabia que ela queria uma resposta, e ia ficar esperando.

-Ele prometeu a você que iria ver ela, mas nem o próprio sabia onde ela estava não é mesmo?

-Amava ela de mais, era a única coisa boa em minha vida... -respondi sem a olhar. -E sim, ele me prometeu que eu ia ver ela, mas eu não ah vi. -continuei, passou a mão em meus cabelos e depositou um beijo em minha bochecha como se fosse o jeito dela para fazer com que eu me sentisse melhor.

-O que você faria pra ver ela de novo?

-Qualquer coisa.

-Como você sabia que eu era adotada? -fiquei em silencio, não ia responder. -Por favor me fala, eu preciso saber. -falou me olhando nos olhos de uma forma tao meiga, fofa e linda.

-Longa historia. -disse levantando mas ela segurou meu braço.

-Todos dizem para mim longa historia, na hora certa você saberá, alem de me chamarem de fraca e frágil, e mentirem para mim, me conta por favor. -implorou com um olhar doce.

Talvez essa fosse a hora de lhe contar a verdade, talvez já tenha esperado tempo de mais para saber de tudo, me sento na cama ficando em sua frente fazendo-a olhar em meus olhos.

-Quando você nasceu seus pais não a largaram em um orfanato. Sua mãe estava em um beco jogada em cima de algumas caixas, aquele beco ficava atras de um bordel, eu estava passando por la, por que estava com raiva de não poder ver minha irma, fazia pouco que tinha me tornado um demônio, e tinha acabado de aprender a sair do submundo para vir a terra. Eu estava passando e a vi com você nos braços, ela fez sozinha o parto, eu me aproximei e me abaixei em sua frente. Ela sussurrou “Larissa” e pediu para mim cuidar de você. Só que eu não podia e então pensei em levar você ate o orfanato, e te levei, só que continuei a te olhar, mesmo sendo aqui de baixo, queria ter a certeza de que você iria ficar em uma boa família, então eu dei uma ajudinha... -ela não me deixa continuar a falar apenas me abraça forte, na verdade ela pulou em meus braços, e como eu não esperava por aquilo acabei me desequilibrando e caindo para trás, trazendo ela comigo.

-Desculpa... -disse rindo, eu nunca tinha escutado seu riso, muito menos visto seu sorriso de perto, e aquilo me fez sorrir, ela parou de rir e me olhou parecendo espantada.

-O que foi? -perguntei sem entender.

-Esse sorriso, é lindo, e foi o mais verdadeiro que vi ate hoje, por que me impedi de velo?

Tirei ela de cima de mim e levantei, esticando a mão para ajudá-la a levantar, mas continuou sentada me olhando, suspirei. Ficou me olhando de uma forma meiga. Sentei na cama e fiquei olhando ela sentada no chão me olhando também.

-Acho que você não terminou de me contar não é mesmo? -perguntou.

-Eu fiquei lhe observando esses anos todos, não foi por acaso que entrei na mesma escola que você, eu queria ter a certeza de que você estava bem, mesmo sendo um demônio, você é a minha prioridade ate a morte humanazinha.

-Não foi por acaso que você apareceu para fazer aquele pacto com a Nathalia não é mesmo? E nem foi por acaso que domínio me trouxe para cá não é mesmo?

-Confesso que me surpreendi quando vi você passar pela porta com o domínio.

-Então você também é o responsável por todos os nãos que ouvi de meus pais? -perguntou com um leve sorriso nos lábios. -Foi você que colocou Luke para cuidar de mim?

-Não, nunca que colocaria ele perto de você.

-E se tinha que cuidar de mim, por que não se aproximou na escola de mim? -perguntou levantando e parando em minha frente.

-Achei melhor ficar longe. Nunca pensei que você cresceria e ficaria tao linda assim. -disse colocando a mão em sua cintura e a puxando, ela envolveu os braços em meu pescoço e baixou a cabeça para me beijar, mas nem me beijou apenas ficou com os lábios roçando nos meus. -Não pensei que iria te querer tanto assim. Acho que nem deveria querer você tanto assim, não faço ideia por que você tem esse efeito sobre mim humanazinha. -sorriu de uma forma como eu não vira antes, nem mesmo quando eu estava a observando na terra.

-Nunca pensei que poderia eu sentir isso por um demônio. -disse me beijando.