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História Se atraem... - Atractive position


Escrita por: HQueenElla

Capítulo 18 - Atractive position


Casa da Marceline - Bonnibel POV'S ON

Era a primeira vez que eu matava aula desse jeito só por causa de outra pessoa. Por outro lado, se paro para pensar, foi instintivo. Lumpy apenas me disse que Marceline ficou doente e assim que deu o sinal do primeiro período, eu sumi em meio a multidão também. 

Claro que ainda estou nervosa por isso, mas fiquei tão preocupada com a Marceline que não pensei no resto. 

Depois de fazer chá verde para ela, esperei que dormisse para eu poder dar um jeito naquela bagunça de quarto; primeiro, deixei um balde com um saco de lixo ao lado da cama, caso ela vomitasse, depois, deixei uma bacia com água fresca em cima do mesário ao lado do gaveteiro, e dentro, deixei pequenas toalhas brancas mergulhadas durante um tempo, assim eu poderia torcê-las, dobra-las e coloca-las espalhadas pelo corpo da Marceline para ajudar a baixar a febre. 

Também deixei instrumentos hospitalares por perto, como termômetro, algodão, luvas e lenços... Arejei o ar do quarto, ligando o ventilador no mínimo e deixando ao lado oposto ao da cama, para que não atingisse direto na paciente em questão, deixei as cortinas entreabertas e peguei roupões limpos no armário do banheiro, caso precisasse. 

Vendo ela assim, nem parece que é uma Presidente Estudantil com parafusos a menos, agora ela só me lembra uma criança angelical e inocente. 

*

*

*

A noite caiu rápido por Kanto e eu ainda estava na casa da Marceline, a Abedeer teve uma crise de tosse e espirros durante a tarde e só agora, a febre baixou um pouco. 

- Olha só, 38! -sorri- É um progresso! 

- Que bom, se eu continuar assim, posso ir na escola amanh-

- Nem pensar! Vai ficar quietinha aí até ficar 100% melhor! -repreendi logo de cara, essa garota é louca de querer ir pra aula nesse estado! 

- Você não tem casa não? -sua ironia continua a mesma, bufei- 

- Não, enquanto você estiver doente e sozinha, minha casa é essa. 

- Cuidado com o que fala, Bonnibel... -sua cabeleira se espalhou pela cama, ela levantou devagar da cama, me encarando de perto num sorriso um tanto... sensual? 

É posso colocar desta forma. - Falar de maneira tão imprudente pode te comprometer no futuro... -sua voz estava muito rouca, mais do que me lembro ser, corei violentamente- E você disse que pretende me fazer inchar... -quando foi que seus lábios ficaram tão próximos dos meus?!- Em todos os lugares... 

Merda! Isso não tá prestando! 

Engoli seco após sentir um chupão no meu ombro, Marceline se esgueirou em mim e manteve um abraço torto. Eu conseguia sentir sua pele quente e febril, a segurei pela cintura para que não escorregasse pela cama, já que seu corpo está todo mole. 

- Hey, devia ficar deitada... -minha voz sumiu! Simplesmente sumiu! Eu estava muito envergonhada pela situação, como não reparei antes? 

Marceline está doente e ainda assim, mais sensual que normalmente é. 

- Dorme aqui... -lhe ouvi falar manhosa- por favor, minha mãe vai voltar muito tarde, eu não quero ficar sozinha... 

- Marcie... -suspirei, claro que eu não pretendo deixa-la sozinha em casa, não estando doente, mas... 

- Bonnie... você é tão quente... -comecei a ficar inquieta, essa idiota tem noção do que está falando pra mim?!- Doce... 

- O quê? 

- Seu cheiro... é doce... -seus braços estavam sem forças, porém sua cabeça ainda mantinha-se firme em ficar encostada do meu colo- É gostoso... 

- Você está delirando, Marceline. 

- Porque você é minha loucura... 

PARA DE FICAR ME CANTANDO ENQUANTO ESTÁ DOENTE, SUA MALDITA! 

*

*

*

*

Só lembro de ter falado com meu pai antes de me trocar e capotar no futon do quarto da Marceline. Acordei bastante desorientada da vida, já eram quase nove horas, perdi meio período de aula, pensei em sair correndo atrás das minhas roupas, mas, ao ouvir a tosse grotescamente seca da anfitriã, resolvi ficar. 

- Bom dia, Marcie... -falei bem baixinho e num sorriso fino, ela estava acordada, só que com os olhos fechados ainda, visto que eles estavam ardendo. 

- Bom dia... 

- Um pouco de inalação irá ajudar com essa crise respiratória... 

- Eu tô passando mal... 

- Eu sei, você não comeu nada ontem. 

Levantei e fiquei de roupão mesmo, já que eu não iria embora tão cedo, pelo menos fiquei enrolada num tecido que me permite suja-lo e me mover melhor. 

A mãe dela nem voltou pra casa, parece que ficou muito ocupada com o trabalho e acabou por dormir na casa de uma amiga; fiz bem em não ter ido pra casa do papai. 

Enquanto Marceline fazia inalação, eu fui fazer o café da manhã, ela precisava de vitaminas e muito zinco. Pensei em algo fácil de comer e digerir, só me veio cereal à mente. Frutas também ajudam e nada melhor que suco de laranja para ajudar com a febre. 

Não sou nem um pouco modesta quando digo que sei cozinhar muito bem. Eu sei mesmo! 

O tempo que gastei fazendo o café, foi o tempo que ela levou fazendo inalação e vomitando catarro, nunca senti tanta agonia por alguém.

Marceline conseguiu respirar melhor e comer depois da inalação, eu tive que limpar o balde... e por fim, voltamos à estaca zero. 

- Hey, Marcie... -suspirei alto- você sabia que os alunos do Ensino Médio vão pro terreno novo da escola para transar? 

- Sabia... -sua resposta me deixou um pouco complexada, admito- Mas eu não posso fazer nada quanto a essas coisas, o terreno da Universidade não é minha jurisdição e sim, da própria Reitoria. 

- Mas, se os alunos são do Ensino Médio, isso não é assunto da Direção também? 

- Sim... -ela tossiu- por isso mesmo eu não posso me envolver, seria problemático para todos os lados... -sua voz rouca e falha se acalmou, eu estava encostada em sua cama, ainda tendo o peso suportado pelo futon que usei na noite passada, senti sua respiração extremamente próxima ao meu pescoço. - Mas como descobriu isso?...

- B-bem... Lumpy me contou... -corei ao lembrar do que vi naquele dia. 

E agora paro para pensar uma coisa: a Marceline uma vez me levou lá e me atacou com um beijo muito agressivo, dizendo estar perdendo o controle... 

Será que... ela queria fazer o mesmo comigo? 

. . .

Rangi os dentes em raiva só de imaginar, eu entendo que ela não é nada normal, mas... também não acho que me faltaria o respeito dessa forma.

Não é?... 

- Bonnie, você acha que eu faria isso com você, não é?

Você lê pensamentos por acaso?! 

- N-não, eu...!

- Eu não faço isso... -seus lábios colaram na minha nuca, gelei do cérebro até o final da espinha- eu jamais faria isso com quem eu amo... não sem permissão... 

- O quê? 

Virei para trás e ela simplesmente apagou. Fiquei estática; 

Marceline disse que me ama?

 



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