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História Se essa rua fosse minha - Prólogo


Escrita por: beeturine

Notas do Autor


Músicas

City of Angels -Thirty Seconds To Mars

Fallen -Imagine Dragons

Capítulo 1 - Prólogo


Em algum lugar dos céus, não em um ponto alto onde nenhum ser humano possa ver e nem em um ponto baixo onde qualquer um consiga ver, embora uma nuvem negra e pesada cubra-os muito bem, Ele estendeu um dedo e sua voz soou avassaladora para quem o conseguia escutar, embora para os cidadãos terrenos sejam apenas trovões anunciando tempestade.                                                                                         

“Jem, tu não pertences mais a nós. Traístes os ideais e...”, Ele apenas respirou cansado. O jovem abaixo d’Ele com os cabelos negros como ébano apenas abaixou ainda mais a cabeça.                                                                                                                        Esse, em especial, estava muito sereno. Sentia se nem um pouco arrependido do que fez e melhor, estava feliz. Contudo, o que aconteceria em seguida o deixava perturbado, tremendo até. Seria conduzido ao Inferno? Ou Ele teria misericórdia? Mas por que o haveria de ter, sendo aquele jovem estupido mais um dos caídos?                                                                               

Então, escutou-o chamar.                                                                                                          

Ergueu a cabeça e olhou para a forte luz a sua frente.                                                                

Viu-se caindo, gritando por perdão, implorando para Deus que o perdoasse. As nuvens passavam rápidas, bagunçando a sua visão, o vento era destruidor, causava um barulho ensurdecedor no ouvido e cortava a pele com o frio, suas asas se sacudiam e então notou que era inútil, caía absurdamente rápido. Então era aquilo? Fora-lhe reservado a morte? Como pode ser tão tolo de acreditar que merecia o perdão divino.                                                                                                      

E desistiu de tentar. Era aquilo que merecia.

Acabou.                                                                 

Suas asas pararam de se agitar, manteve o corpo imóvel enquanto atravessava a nuvem grossa de chuva e sentiu gotinhas fazendo cocegas no peito. Fechou os olhos e de seus lábios apenas sussurrou uma saudação àquele que lhe proporcionou tudo que um dia fora seu.                                                                                                                      

Ele sussurrou um amém.                                                                                                               

Abrindo os olhos percebeu que estava, ainda, vivo.                                                                   

Largado sob um monte de folhas secas, ele sorriu e ficou de pé, acostumando-se com a sensação da pele tocando algo vivo (ou morto, se considerar que pisa em folhas mortas). Ergueu um olhar para o céu negro e soube que talvez até tivesse esperança para aquele pequeno anjo caído. Ou apenas piedade. O que quer que fosse já era o suficiente.                                                                                                                                        

Os pingos de chuva começaram a cair lentamente, em gotículas minúsculas que logo se transformaram em grossas e velozes como um ferrão. Jem sentia falta de algo e aquilo causava um aperto tão grande em seu peito, em seu ser, olhou novamente para o céu, com a chuva lavando o rosto como pequenas lagrimas entristecidas. E foi quando tentou proteger-se dos pingos que sentiu a dor.                                                                                                                                                    

Ele urrou como um animal ferido caiu de joelhos chorando... E anjos não choram.

“Por quê?”, ele gritou e tentou novamente bater as asas, mas elas pareciam não estar lá apesar de estarem. Agora, estava tão atordoado, tão perdido quanto lagrimas na chuva. “Por favor...”, suas lamurias eram um som triste e perturbador para Ele, que não conseguia não escutar o pedido de um dos seus filhos até aqueles que se encontram mais perdidos. Contra seus conceitos, ele permitiu que depois de muitos anos, as asas do pequeno anjo caído voltariam a funcionar, e até lá, se atrofiariam em apenas um grande e negro desenho em suas costas. E por ter caído, viveria em um bosque escuro e traiçoeiro para aqueles que possuem crueldade no coração.

Jem, encharcado e exausto, começou a caminhar pelo bosque escuro, aonde árvores altíssimas que chegavam a cobrir a luz do Sol. Seus pés nus foram feridos por espinhos escondidos entre folhas e a garganta estava estranhamente seca, os músculos queimavam tanto quanto a costa e depois do que poderiam ser horas temendo o poder do bosque e das criaturas que ali reside, seu corpo o guiou até uma cabana empoeirada no coração do lugar. Era pequena, velha e toda de madeira, tendo pedaços do telhado quebrados fazendo com que a chuva entrasse livremente, pequenos degraus de madeira podre que levavam para uma varanda que jazia caindo por falta de uma pilastra de madeira. Ela era rodeada por um circulo perfeito gramado, com apenas uma árvore pequena poucos passos de onde ele estava. Não era o melhor lugar, nem o mais convidativo ou o mais atraente, mas era dele. E era perfeito. Jem entrou em sua nova casa e soube que teria muito trabalho.

Não muito distante dali, uma criança mirrada e inocente perguntava-se o que poderia ter sido aquele brilho intenso que caiu do céu.

 


Notas Finais


espero que gosteeem
sintam-se a vontade para comentar, favoritar sla


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