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História Se Eu Ficar - A humana não tão humana assim


Escrita por: wujusonyeo

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 9 - A humana não tão humana assim


Quando meu coração voltou a bater normalmente, pedi para que me deixassem sozinha na sala de Alquimia. Miiko, com uma expressão de quem sentia muito, saiu da sala logo em seguida. Ezarel, por outro lado, parecia muito surpreso e extremamente ofendido por ter sido mandando embora da própria sala, mas mesmo assim acabou saindo.

Respirei fundo, numa tentativa falha de colocar os pensamentos em ordem. Ezarel ter me garantido que a eficácia do teste era comprovada e que a chance de falha era nula, foi o que mais me preocupou. O teste tinha que estar errado.

Eu sempre fui humana. Comia, tomava banho, sentia medo, não tinha nada de errado ou de diferente comigo. Era impossível que um teste feito por um elfo provasse o contrário, eu me recusava a acreditar nisso.

Antes de sair da sala, Miiko explicou sobre eu ser uma híbrida entre humano e faery, uma faeliene. Se eu não tivesse certeza de que estava muito bem acordada, teria me beliscado para tentar sair desse pesadelo.

Quando uma tontura forte me atingiu, percebi que não tinha comida nada desde que tinha chegado naquele mundo. Meu estômago roncou, implorando por um pouco de comida. Antes que pudesse pensar em alguma maneira de tentar novamente pegar um pouco de comida, a porta da sala de abriu e o rapaz de cabelo azul entrou.

Ezarel ainda estava cm uma carranca no rosto, mas segurava uma bandeja com comida, o que me chamou muito mais atenção. Tinha pão, mel e uma maçã bem vermelha. Ele colocou tudo na mesa, na minha frente, e fez um sinal para que eu comesse.

De um modo estranho, ele sabia exatamente do que eu precisava.

– Infelizmente, você é minha responsabilidade agora – disse ele, depois que viu que eu estava tentando entender a sua atitude.

Depois de suas palavras, comi tudo o que estava na bandeja, em menos de vinte minutos. 

– Você realmente não sabe uma maneira de me mandar para casa? 

– Eu bem que gostaria, mas não. E agora que descobrimos sua verdadeira espécie, não acho que Miiko queira te deixar ir.

– Miiko não manda em mim – bufei.

Ezarel riu e balançou a cabeça, o que me deixou assustada por alguns segundos, por descobrir que Ezarel tinha músculos de sorriso. 

– Quero ir pra casa.

– Pena que querer não é poder.

Bufei novamente, deixando a raiva tomar conta de mim, porque era muito mais fácil usar a raiva para esconder todo o meu medo e desespero. 

Ia gritar com Ezarel e exigir que arrumasse uma maneira de me mandar de volta para casa, mas fechei a boca assim que vi o elfo concentrado na leitura de um livro velho e grande.

Ezarel não tinha culpa de eu estar ali. Ninguém tinha.

Fiquei alguns minutos em silêncio pensando, sobre os motivos que me trouxeram até esse mundo, até que senti minhas pálpebras pesarem. O dia tinha sido longo e exaustivo, e eu não tinha dormido nenhum segundo sequer desde a noite em que vi uma sombra na janela de casa.

Adormeci sentada no banco, com a cabeça apoiada na mesa da sala de Alquimia. 

Minutos depois acordei suando, com o coração batendo em ritmo acelerado e um grito preso na garganta. O pesadelo tinha voltado para me assombrar, e parecia estar mais real do que nunca.

– Você está bem? 

Infelizmente, não consegui responder a pergunta de Ezarel. Coloquei a mão no peito e fechei os olhos, tentando controlar minha respiração.

Ezarel colocou a mão em minha testa, sem qualquer aviso prévio. Abri os olhos no mesmo segundo e encarei o elfo.

– Está quente – disse ele, sem tirar a mão da minha testa. Ele se abaixou na minha frente e me olhou nos olhos.

– Vou ficar bem.

– Você estava gritando enquanto dormia e agora está nesse estado. Pode me explicar o motivo de tudo isso?

– Não é como se você realmente se importasse, certo? – disse, tentando ao máximo evitar qualquer conversa sobre o pesadelo que me atormentava.

– Já disse que você é minha responsabilidade agora.

– Ah, sem essa. Cara, você não sabe nem o meu nome, por que se preocuparia comigo? 

– É claro que eu sei o seu nome, Ceci – disse ele, me fazendo arregalar os olhos por usar meu apelido. Kero me chamar pelo apelido era até reconfortante, mas era estranho o líder da Guarda Absinto fazer o mesmo.

 – Um ponto pra você – disse, tentando não mostrar meu constrangimento.









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