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História If I was you (Ezarel - Eldarya) - Ten: We Need To Talk


Escrita por: Ri_Seri

Notas do Autor


Espero que gostem! 💗

Capítulo 10 - Ten: We Need To Talk


Fanfic / Fanfiction If I was you (Ezarel - Eldarya) - Ten: We Need To Talk

...Precisamos Conversar...


Acordei de manhã com uma sensação estranha. No dia anterior passara por tanta coisa: encontro com Eweelin, beijo com ela... Que horror! Pensar nisso ainda me causava calafrios. Só de pensar que eu certamente a veria hoje me causava um medo terrível. Eu estava muito exausta, pois na noite passada quase não dormira tendo pesadelos horripilantes daquela elfa e eu. 

Levantei bem cedo, quando ninguém havia acordado. Andei pelo corredor até meu quarto que agora era onde Ezarel dormia e bati uma vez. Nada. Bati de novo... Nada. Mais uma vez... Nada. Empurrei as portas com ausência de delicadeza e fui até minha cama, onde aquele elfo dormia tranquilamente. 

-- Acorda! -- berrei de uma vez. Ele despertou atordoado, enquanto tentava entender o que acontecera. -- Levanta Ez! Temos que conversar.

-- O que foi, garota? Já veio encher meus ouvidos sensíveis com essa sua voz irritante? -- Falou ainda sonolento.

-- Que eu saiba, essa voz irritante é sua, e que negócio é esse de ouvidos sensíveis? Esse corpo aí é meu! -- apontei para ele. -- E é melhor ir levantando agora. Vamos!

Abri as cortinas do dormitório de uma vez, permitindo que o sol invadisse o quarto e (consequentemente) as pupilas "sensíveis" do alquimista.

-- Hey! O que pensa que está fazendo? Esse quarto até segunda ordem é meu! Então é melhor ir saindo agora daqui! -- gritou para mim, apontando em direção à porta. Cruzei os braços e falei:

-- Bem que eu queria sair, mas nós precisamos conversar sobre... -- arregalei os olhos e a abaixei os braços, emudecendo. -- você está... Sem nada o cobrindo em cima?

Ele corou intensamente, porém revirou os olhos e puxou os cobertores mais para cima, de forma que cobrisse-o quase por completo, deixando apenas a cabeça de fora.

-- Ezarel, você... Agora é uma mulher. Ou pelo menos está no corpo de uma, enfim... Não pode ficar assim! Você... Tem dormido desse jeito? -- indaguei.

-- Sim. -- respondeu sem contemplações. -- Tenho dormido sem camisa, pois faz muito calor aqui em seu quarto. -- admitiu.

-- Ezarel... Ficou maluco? E se alguém entrar? Vão ver você e... Que droga! Por que é tão estranho pronunciar a palavra "seios" na minha boca? -- reclamei.

-- Porque agora você é um homem. Sobretudo porque eu sou um elfo de muito respeito e solenidade. -- começou ele.

-- Sei... Entendi agora, gênio. Mas enfim... Voltando ao assunto... Ezarel, precisamos falar sobre...

Tentei novamente puxar o assunto de antes.

-- Espera um segundo, alguém já entrou aqui sem ser você? -- indagou ele, contorcendo o rosto em uma expressão de confusão.

Fiz uma careta, um tanto incomodada.

-- E mais uma vez o assunto foi esquecido! -- suspirei pesadamente. -- Sim, Ezarel. O Nevra já entrou aqui. -- declarei.

-- Nevra? -- perguntou surpreso.

-- Sim. Isso aconteceu há uns três meses atrás...


***


《FlashBack On》

Era um sábado de manhã cedo em Eldarya. Lá fora chovia bastante, e eu acordei justamente aquele dia com o barulho alto de um trovão. 

-- Hum... Ótimo! Chove logo hoje que eu pretendia dar uma volta com meu sabali. Que droga! -- falei e decidi ficar um pouco mais na cama, já que aquele dia não prometia nada de emocionante.

Toc toc toc.

Bateram na porta do quarto. Estranhei alguém ali àquele horário, contudo respondi:

-- Um momento, preciso me arrumar... Abro já! -- estava com a voz sonolenta ainda.

Logo que levantei, percebi que esquecera de tirar para dormir a pulseira feita de ramos da árvore Vídiã - acabei de inventar -, que era uma árvore dourada mágica. Quem havia me dado fora o Ezarel, em um dia que dissera que eu merecia tudo do ruim e do pior. Eu o fuzilei com o olhar nesse dia, e quase o agarrava pelo pescoço de tanto ódio, mas acontece que o bracelete era lindo, e acabei o usando mesmo. Porém eu não sabia o que ele fazia (imaginei que, se era mágico, então fazia alguma coisa).

-- Pode entrar. -- anunciei.

Nevra adentrou o espaço sem mais nem menos e veio até mim, com um olhar predador. Seus olhos revelavam ânsia, como se estivesse com muita fome por sangue.

-- Nevra o que faz aqui? -- inquiri, mas ele não respondeu. Nem desviou o olhar profundo e vazio de mim. Se aproximou e me empurrou na cama de uma vez. Soltei um gritinho de espanto. -- Hey, Nev... O que você... -- se jogou sobre mim, um braço de cada lado da minha cabeça.

Ele levantou meu queixo com o dedo e começou:

-- Você é muito linda, Diana. E parece tão deliciosa. É realmente uma pena que não seja uma vampira também. -- Falava enquanto acariciava minha bochecha delicadamente com os dedos.

-- C-Como? -- indaguei estática e com um pouco de medo.

-- E você também tem um corpo impressionante. É uma pena que goste de alguém como o Ez, que não lhe dá valor. É um desperdício. Ele não faz ideia do que está perdendo. Mas não se preocupe, vou me ocupar bem de você... -- disse com um olhar de luxúria para mim e um sorriso malicioso nos lábios.

Foi então que notei no canto da boca do vampiro um pontinho vermelho, que mais parecia com... Sangue!

-- Nevra, você se alimentou de alguma faery amaldiçoada de novo, não foi? Sabe que se fizer isso perde todo o seu senso e sua racionalidade, agindo como um vampiro faminto que ataca a pessoa que mais... Oh, meu Deus... Que mais toma conta da sua mente e pensamentos... -- engoli em seco ao pronunciar essas últimas palavras.

-- Shhh! Relaxe... Agora somos só eu e você... -- disse e começou a beijar meu pescoço com uma lentidão perfeitamente calculada. Fiquei paralisada ao sentir suas mãos passearem pelo meu corpo (logo hoje que eu tinha vestido uma blusa curta, que deixava minha barriga um pouco amosta). Seus lábios percorriam a pele exposta e me causava arrepios.

-- Nevra, você está sendo irracional... -- falei, contudo ele não parecia ouvir.

Foi em direção a minha boca e me beijou lentamente. "Certo que não foi o melhor beijo já que ele não encontrava-se lúcido, mas confesso que foi quase isso." Voltou a beijar meu pescoço, até eu sentir uma dor duplicada na camada fina de pele entre o pescoço e a clavícula. Ele estava me mordendo. E pelo jeito, não pretendia parar tão cedo.

Empurrei-o com toda força que consegui acumular em minhas mãos, chutando-o em suas partes baixas. Ele cambaleou um pouco e gemeu de dor, mas logo se voltou para mim com um olhar assassino e quase pude ver chamas ardentes em seus olhos.

-- Faelina tola... Pagará caro por isso! -- voou para cima de mim, e não sei como, mas consegui acertá-lo no mesmo lugar de antes, tornando a ouvir um gemido baixo seu. 

Nevra cravou o olhar em mim, louco de ódio, e me segurou pelos dois braços, me imobilizando. Fiz menção de gritar, todavia o mesmo foi mais rápido.

-- Esqueça tudo o que aconteceu aqui. Você acordou, ouviu um barulho e quando foi verificar, um Vampet (tipo de "mascote" amaldiçoado que inventei agora) a atacou. Você tentou lutar, mas não conseguiu impedi-lo de atacá-la e, depois, fugir. E... Coloque uma echarpe sobre a mordida até que sare. -- ordenou ele, usando um de seus dons de vampiro, que o permitia hipnotizar qualquer um, menos outro vampiro. E saiu rapidamente.

Eu poderia ter esquecido tudo o que ocorrera naquele dia por causa dele, no entanto a hipnose não funcionou em mim, e algo me dizia que fora graças ao bracelete.


...


《Flashback Off》


***


--... Depois fui pesquisar mais sobre e descobri que essa árvore tem o dom de ser anti-vampiros... Muito interessante, certo? -- sorri.

Ezarel estava boquiaberto com a história. Parecia perplexo e permaneceu estático.

-- Ezarel...? -- chamei, aproximando-me e estalando os dedos em seu rosto. -- Diana chamando Ezarel... Está ouvindo?

-- Ele... Você... Mordida... Vampet... O que? -- perguntou, parecendo confuso e perdido.

-- Ele não se lembra de nada. Depois fui fazer alguns estudos sobre o assunto e descobri que, ao passar certo tempo, dependendo da quantidade de sangue de faery-amaldiçoado ingerido, vampiros voltam ao normal, porém recordam muito vagamente o que fizeram enquanto estavam sob o efeito imediato do sangue faelino-amaldiçoado. Na certa, Nevra deve recordar que me atacou, mas não dos detalhes... -- olhei para o bracelete dourado no pulso do meu corpo. --... E nem deve saber que eu não esqueci.

-- Hey -- Ezarel chamou. -- Já pensou em escrever um livro? -- disse sarcasticamente. -- Pelo menos você é boa em algo: narrar histórias.

-- Engraçadinho...! -- ri e fiz uma careta. -- Pronto, contei tudo. Agora se vista e... Por favor... Me deixa terminar o raciocínio, ok? -- ele asentiu.

-- Prossiga. -- Falou, balançando a mão.

-- Certo. Bom, é o seguinte... Miiko convocou todos os líderes das Guardas na sala do Crystal para avisar que vamos ter um baile aqui e...

--... E vamos acolher o chefe dos Kappas e o dos lobisomens e suas cortes. -- completou, sorrindo convencidamente em seguida.

-- Como sabe? -- indaguei confusa.

-- Porque o motivo do jantar em que Leiftan queria levar você, ou seja, eu... -- apontou para si dentro do meu corpo e riu. -- Era justamente para discutir sobre isso. Talvez aquele encontro não tenha sido tão ruim.

Foi minha vez de ficar boquiaberta e perplexa.

-- Certo. Ham... Enfim... Miiko quer nos ver agora, então... Se vista logo! Lhe aguardo na sala do Crystal. E sem demora, Ezarel!

-- Hey, espera! Só uma coisa... -- Virei-me em direção ao azulado.

-- O que foi? -- inquiri.

-- Então foi com ele que você quase perdeu a virgindade? -- perguntou gargalhando.

-- Seu idiota! -- saí  batendo a porta do quarto.


*[Ezarel On]*

Não pude evitar sentir certo incômodo ao imaginar aquele vampiro atacando-a e ainda por cima... Beijando-a. Corroía-me por dentro ouvi-la falar sobre isso e dizer... Que chegou quase perto de um beijo maravilhoso... Droga! Por que eu estava me importando? Afinal ela não era e não é do meu interesse!








Notas Finais


Até a proxima! 👋 😘


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