História Se isso não é amor, o que mais pode ser?! - Coincidência ou Destino?...

P.O.V Paola

Ele foi se aproximando e eu me afastando até me chocar contra a parede. Me veio com uma conversa típica de Henrique Fogaça, quando ele para de frente a mim...

- Henrique... O que... Está haciendo?! O indaguei na esperança que ele caísse em si e se afastasse, mas nada feito. 

Minha respiração estava descompassada e pude senti-lo cada vez mais próximo e quase tive a certeza de que ele me beijaria, se não fosse a campainha do elevador avisar que seu andar tinha chegado, e por ironia era o mesmo que o meu...

- Con licença Fogaça, tengo que ir...

Sai correndo antes que ele pudesse dizer algo, ou até mesmo me seguir. Encontrei a sala onde aconteceria a tal reunião e entrei na mesma. La tinham três pessoas, duas eu conhecia, uma de vista e a outra de vida, un grande amigo!

- Jacquin! - Disse indo em sua direção e o abraçando - Cuanto tempo mi amigo!

- Olá Pôlla! - Me retribui o abraço e beija minha bochecha - Que bom te encontrar acá!

- Já vi que ja são mais do que conhecidos! Isso é muito bom! - Disse o rapaz que estava na ponta da mesa - Sou Alexandre Dias, mais conhecido como Pato! Sou diretor do programa! Essa ao meu lado, não precisa de apresentações, mas é a jornalista Ana Paula Padrão! 

- Olá pessoal! - Disse ela sorrindo - Pato e sua mania de me deixar constrangida! Mas acho que está faltando alguém não é mesmo Pato?!

Assim que ela diz isso, duas batidas na porta podem ser ouvidas. Após dizerem que a pessoa poderia entrar, vejo a silhueta de um homem forte através de sua sombra ao abrir a porta. Não acreditei nos meus olhos ao ver ele ali, de novo, no mesmo lugar que eu. Acho que vou começar a acreditar em destino a partir de hoje...

- E por falar nele, pessoal este é Henrique Fogaça! 

- Poupe as apresentações, pois ja nos conhecemos não é Jacquin e Carosella?! Disse ele sorrindo como sempre e se sentando bem a minha frente.

Não é possível. Quanto mais eu penso em coincidência, mas o tempo mostra que isso é o destino... A reunião durou longas horas, apenas para explicar o conceito do programa, logo veio a pausa para o almoço, onde tudo foi preparado pela produção do programa. Agradeci a Deus por não precisar ficar sozinha novamente com ele, então tudo correu muito bem no almoço.

Ao voltarmos, Pato nos informou o porquê de nossa presença nesta reunião (até que o enfim). Ana Paula será a apresentadora. Até aí tudo certo. Até o Pato dizer que eu, Henrique e Erick seríamos os jurados! 

O que? Terei de conviver por vários dias até meses, ao lado de Henrique Fogaça?! Não posso aceitar isso, se aceitar vou enlouquecer... Porém na hora me veio o meu restaurante em mente. Trabalhar na televisão me traria benefícios, me tornando uma pessoa pública, assim teria uma grande chance de recuperar o movimento, assim o Arturito não precisaria fechar!

Enquanto estava em meus devaneios, pude ouvir os dois aceitarem de imediato o convite e pegando os contratos para lerem. Fui interrompida pelo próprio Fogaça, perguntando se eu não responderia a pergunta que Pato havia me feito!

- E então Carosella, poderemos contar com sua ilustre presença como uma dos jurados do MCB?!

- Sí, claro. - respondi sem pensar no futuro trabalhando ao lado do homem que mexia com meus sentidos. Mas se meu restaurante precisa de mim, o farei sem pensar duas vezes. - Será un placer trabajar con ustedes! 

Pude ver um sorrisinho sacana surgir no rosto de Fogaça, como se estivesse ganhado uma aposta. Desviei o olhar do dele, peguei meu contrato e ao finalizar sua leitura, assinei e o devolvi ao diretor.

Foram acertados mais uns tópicos sobre o programa, e as gravações se iniciariam no próximo mês. Terei de me organizar e entrar em contato com Jason, para avisar de que teria de morar novamente aqui por uns tempos. Não nos falamos a três dias, ele me ligou várias vezes, mas não estava legal para falar com ele e então recusei todas suas chamadas.

Me despedi de todos que ficaram ali conversando, olhei no relógio e já eram quase sete da noite! Perdi a noção do tempo e então corri para o elevador. As portas estavam quase se fechando quando as mãos dele impediram que se fechassem por completo. Ele entrou e como de costume já começou sua irreverência...

- Fugindo de mim Argentina? - ele me estendeu a mão, entregando a bolsa que havia esquecido em cima da mesa - Acho que isso é seu né? Ana Paula estava com sua bolsa em mãos, e acredito que Jacquin não ficaria muito bem com esse modelo! 

O encarei tentando não baixar a defensiva, mas depois do que ele disse foi impossível não soltar ao menos um riso de lado. Entendi a mão para pegar e ele me entregou a bolsa.

- Gracias tatuado! Estou con mi cabeça confusa con alguns acontecimientos e... Deixa pra lá, no quiero te ocupar con mis problemas. 

P.O.V Henrique 

Ouvi bem? Ela me chamou de tatuado? Será que estou conseguindo derrubar o muro que essa mulher construiu entre eu e ela?!

- Ei, nunca estarei ocupado pra você. - Vi suas bochechas corarem - Nos conhecemos a tempo suficiente pra dizer que somos ao menos amigos não acha?! Quer ir a algum lugar para conversarmos?

Ela ia me responder algo quando de repente sentimos um tranco no elevador, o que fez ela cair em meus braços e ficarmos próximos demais um fo outro. Percebo que a energia caiu e o elevador enguiçou... Estamos com os rostos praticamente colados, separados apenas por centímetros, quando a olho bem no fundo de seus olhos e digo:

- Acho que não precisaremos ir a lugar algum...