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História Se Um Dia Eu Fosse o Maxon - Quem venceu a aposta?


Escrita por: bad_Natt

Capítulo 11 - Quem venceu a aposta?


A reunião poderia ter sido as mil maravilhas, como sempre ocorria, - na opinião de America, -  se não fosse pelas alfinetadas, e olhares incisivos que Maxon lançava, a cada quinze segundos, ela tinha certeza que havia algo acontecendo. 

Mas ainda não havia entendido o recado. Ele encarou-a, mais uma vez.  

O que está rolando, hein Maxon? 
Dá pra parar de me encarar, por favor. 
Agradeço. 


— Então... como eu estava dizendo – tossiu Anne, tentando chamar atenção dos dois que se encaravam, travando uma batalha de olhares — Poderíamos lançar essa nova campanha neste próximo semestre. 

— É um ótima ideia. – pronunciou, Ames, tirando Maxon dos pensamentos, ele balançou a cabeça negando. 

Voltando a si. 

Uma Seleção, que ideia mais estúpida é essa? 

— É uma ideia horrível. – desdenhou ele, irritado. — Onde já se viu isso? Uma revista como a nossa fazer uma... – ele pausou, procurando a palavra que Anne repetiu diversas vezes em seu discurso, mas que agora sumiram de seus lábios. 

Ele só conseguia pensar no “Absoluta” que America havia lhe dito mais cedo. 

Como ela pode ter tanta certeza, que é isso que ela quer para o resto da vida? 

Principalmente, por quê? 

Por que ainda estou me preocupando com isso? 

Isso está ficando ridículo, Maxon. 

— Hm... – resmungou, pensativo. 

America completou sua fala, revirando os olhos, irritada. 

— A Seleção, - respirou fundo, e começou calmamente, tentando controlar o rancor — Como você pode dizer que é uma ideia horrível, se nem sequer consegue lembrar-se do nome da campanha? – murmurou entre os dentes, apenas para que ele ouvisse. 

Ele bufou, e riu baixo debochando. 

— A revista é minha, ou é sua? – rebateu, cínico, baixo. 

America baixou os olhos, e contou baixo em italiano, pensando se seria possível procurar algum tipo de veneno que não deixasse rastros. 

— Tanto faz. – retrucou, estalou a língua, e sorriu para os demais, prosseguindo com a reunião, ignorando-o por completo — De qualquer jeito, não se sinta mal Anne, sua ideia é sensacional. Claro que seria mais fácil se tivéssemos um chefe mais complacente – alfinetou-o, dando de ombros, sorriu para a colega. 

As dez cabeças presentes que assistiam a cena, soltavam cochichos baixos entre si, apostando quem iria surtar primeiro. 

— Aposto que é o Maxon – riu baixo, Mary. 

— Também aposto nele. – resmungou, Kriss. 

— Conheço America... ela vai surtar antes. – brincou, Lucy, escondendo o sorriso atrás das folhas. 

— America... – Maxon chamou sua atenção, ela levantou as mãos em rendição. 

— Obrigado pela sua colaboração, Anne. – falou, Maxon. — Mas essa ideia de montarmos um projeto de seleção em nossa revista é totalmente descartável. 

— Por quê? – perguntou, Ames exasperada. 

Como ele pôde simplesmente desmerecer tanto o trabalho de Anne desse jeito? 

Tudo bem que ele está irritado, com algo que ainda não entendi bem, mas tenho quase certeza que é comigo, de qualquer jeito. 

Por que trata a pobrezinha da Anne dessa forma?  Ela se esforçou tanto nessa matéria, para ele simplesmente dizer “horrível”. 

Ah que homem abominável! 


— Já chega America! – ele irritou-se, apontou o dedo a ela, acordando-a de seus devaneios. — Na minha sala, agora! 

Ele levantou-se, deixando pares de olhos confusos, e agitados, mediante ao surto dele. 

America, controlou uma risada, e recolheu seus papéis, e caminhou até a porta. Não que ela não o respeitasse, mas estava mais do que óbvio que Maxon queria conversar com ela sobre alguma coisa. Se é que podemos chamar de “conversa”, ela tinha certeza que começariam mais uma briguinha-de-casal-não-casal. 

— America, - chamou, Anne, assustada, segurando-a pelo braço — Está tudo bem? 

— Não se preocupe... Estamos apenas... hm, - parou, pensativa — Nós amando? – sorriu, brincalhona. 

— Você surtou de vez? – perguntou, alarmada Mary. — É claro que eu imaginava que algum momento você enlouqueceria... 

— Preciso ir... Vai que dessa vez consigo meu objetivo de vida... – sorriu ainda mais, não se preocupando nem um pouco, com a discussão que estaria por vir.       
America sorriu, e abriu a porta, deixando eles perdidos nos próprios pensamentos. 

— Mas afinal... quem venceu a aposta? – perguntou, curiosa Kriss. 

— America pode ser demitida. Então foi Maxon. – respondeu um. 

— Mas, foi Maxon que surtou primeiro, então foi America. – falou, outro. 

— Ai! Ai! – falou, confusa Anne — Isso tá muito complicado, é melhor darmos isso como empate. 

America riu baixinho de si mesma, quando abriu a porta de Maxon, primeiro lembrou-se de todos os momentos que colocou as mãos naquela porta, e como aquilo um dia era tão importante para ela. 

Não que agora não fosse, mas parecia que depois de conhecer a sensação de ser envergonhada na frente de uma mulher tão desprezível como Celeste, fez o verdadeiro “eu dela” aparecer como devia. 

Ela prendeu o cabelo, em um rabo de cavalo, e passou o brilho que carregava nos lábios. 

— O que você pensa que estava fazendo?! – gritou, Maxon, exaltado. 

America, respirou fundo, sentindo suas pernas balançarem. Estalou os dedos, e sorriu. 

— Ficando ma-ra-vi-lho-sa. – sorriu, dando de ombros. 

Ele sentiu o rubor subir. 

— Refiro à reunião... – ele revirou os olhos, cansado, escondendo o rosto dos olhos astutos de America. 

— Estava te mostrando como se deve tratar seus funcionários. – retrucou, sincera. 

Ele riu, zombando. 

— Você – apontou para ela, estressado — Deve achar que sou uma grande piada, que pode me tratar do jeito que quer?! 

— Maxon... – começou America, rendida — Você tem razão, eu não deveria ter agido como agi. Mas, isso não significa que você pode agir como bem quer, e desmerecer o trabalho árduo de Anne, e sua equipe. – foi sincera em cada palavra, sem ofende-lo. 

Maxon ponderou suas palavras, e chegou a conclusão que ela tinha razão. 

Eu não posso sair descontando a raiva que sinto de America nos outros... 

Não é raiva de America, isso que sinto... é raiva de mim mesmo. 

Ela tinha razão. E eu deveria ter ido embora com ela. 

Agora, novamente, tenho minha amada-dolorosa-ex-mulher de volta em minha vida. 

Por que ela pode ser feliz, com o futuro-noivo dela, e eu não consigo nem o amor sincero de minha mulher? 

Pare com isso, seu imbecil! Até quando vou ficar remoendo isso? 

Ele coçou a cabeça, e falou, cabisbaixo. 

— Você tem razão. 

America, encarou-o, empolgada, não acreditando no que ouviu. 

— Você acabou de dizer que tenho razão? Tipo eu? Euzinha? – riu, achando graça. 

Maxon achou que ela fosse coloca-lo contra parede, e força-lo a se desculpar. Como qualquer pessoa normal faria. Mas ela apenas gargalhava feliz, como se acabasse de descobrir Illéa. 

Levado pela emoção de suas risadas, ele sorriu acanhado, se deveria ou não acompanha-la. 

Mas vê-la sorrir, fazia o sentir melhor. Como se não tivesse errado em tudo, em pelo menos algo, ele havia acertado. 

Que era se render. Dá-lhe a razão. 

— Sabe até que você sabe desarmar muito bem uma mulher... – ela pronunciou,  com o humor melhorado. 

Ele piscou os olhos, afetado por suas palavras. 

— Eu... – ele riu, envergonhado. — Tenho esse charme. – brincou, piscando o olho, America engasgou-se imediatamente, o rubor subiu seu rosto, ela se virou apressada. 

— Eu... – pigarreou, constrangida — Preciso ir. – correu a porta, sem esperar uma resposta, fazendo exatamente como ele adorava fazer. 

— Será que ela caiu no meu charme? – comentou, rindo de si mesmo. 

— Eu ainda preciso resolver meus problemas com Celeste... – lembrou-se, rangendo os dentes, acabando com seu bom-humor. 

Três dias haviam se passado, num piscar de olhos. Maxon e America evitavam ao máximo entrar no mérito da questão novamente. 

America via Celeste entrar e sair da sala de Maxon, mais vezes nestes últimos três dias do que já viu nos três anos de casados. 

Ela sempre saía da sala dele, retocando o batom, como se assim pudesse dizer, claramente, o que Maxon e ela faziam entre as quatro paredes. 

America conteu a língua entre os dentes, inúmeras vezes. Tentava não pensar muito sobre eles, afinal, os dois já eram crescidos o suficiente para saber que aquilo era constrangedor demais, principalmente, para os funcionários. 

Novamente, o grupinho-da-fofoca, estava instalado no corredor, apostando entre si, dessa vez, sobre quem terminaria com quem primeiro. 

— Aposto dez, que Maxon vai levar um chute. – falou, Nicole, risonha. 

— Aposto vinte, que será um chifre, não um chute. – aumentou a aposta, Anne, decidida. 

— Aposto cinquenta, que será um chute, e um chifre. – aumentou novamente, Mary, rindo. 

— Aposto que será Maxon que perceberá o erro que está cometendo. Aposto setenta nele. – defendeu-o, Lucy, sempre bondosa. 

As três reviraram os olhos, encarando-a como se ela fosse fora deste mundo, uma alienígena, com certeza. 

— Lucy seu dinheiro é um dinheiro-morto. – brincou, Kriss. — Aposto oitenta, que será três chifres, uma humilhação-pública, e por fim, metade dessa empresa. – falou, desafiadora. 

O grupinho continuava discutindo entre si, quem ganharia no final. 

America se aproximou, com o copo de café nos lábios, quando ouviu o valor alto que estava a aposta. 

Elas não prestam mesmo . 

Tossiu, chamando atenção de todas, assustadas. Arfaram de alivio em constatar que era apenas America. 

— Aposto cem, que Maxon ainda pega vocês apostando sobre a vida dele. – ela brincou, colocando a nota no centro da mesa — Vão trabalhar, antes que ele mate todas nós. 

Riu da cara de espanto delas, e fez um sinal com a mão as dispensando da cozinha. Elas saíram a deixando sozinha na cozinha, ela cantarolava baixo. 

America pegou na cafeteira, um americano expresso, para Maxon. E caminhou, risonha até a porta da cozinha. 

Mas assim que abriu a porta o espanto a tomou por completo.

Quando ela viu os pares de olhos castanhos a percorrerem com curiosidade, o sorrisinho malicioso brotou nos seus lábios, como se soubesse que ela tomaria um baita susto, ao abrir aquela porta. 

— Oh meu Deus, ... Maxon – exclamou, surpreendida. 

— Como sempre vocês estão apostando sobre mim. – ele falou serio, com os olhos transparecendo cumplicidade. 

Como se houvesse pego uma criança comendo mais doces do que deveria. 

Era engraçado ver a reação de America, mediante ao seu olhar. 

— Eu não-o... apostei – gaguejou, violentamente, envergonhada. 

— Feche os olhos. – ordenou, sério. 

America engoliu a seco, com dificuldade. 

Ai meu Deus, eu me ferrei. Me ferrei. 
Ele vai me matar, por causa delas. 

Por causa delas... se bem que quem começou esse lance de apostas fui eu... 

Mas ele não sabe disso! Não ele não sabe! Ou ele sabia esse tempo todo? 

— Feche os olhos, America. – repetiu, irritado. 

Ela fechou os olhos, com cautela, preocupada com sua reação. 

Ele esperou seus olhos se fecharem por completo, puxou sua mão, ela puxou de volta, nervosa. 

— Acalme-se mulher! – ele brincou, rindo — Feche os olhos, e só abra quando eu mandar. 

Ela fechou-os novamente, engolindo a saliva. 

Maxon puxou do bolso, uma pulseira delicada, ele havia recebido por index de seus pais, com uma carta ordenando que desse aquela carta de um jeito ou outro. 

Por isso, Maxon decidido a não fugir, resolveu a perseguir, com cautela, que ela não percebesse, só não imaginaria que ouviria uma conversa-apostiva-sobre-seus-futuros-chifres. 

Ele a colocou no pulso dela, ela abriu a boca surpresa. 

— Isso é uma algema? – indagou, perplexa, com os lábios trêmulos. 

Ele riu, achando graça de sua reação exagerada. 

Andou até a porta, a deixando sozinha na cozinha. 

— Abra os olhos. – ordenou, e fechou a porta, constrangido, por ter que ter feito algo tão inusitado na vida. 

America abriu um olho, depois o outro, com medo do que poderia ser o que estava em seu pulso. 

— Oh meu Deus. – ela riu com vontade, sentindo uma lagrima escorrer pela sua bochecha, mediante a tanta felicidade ao pequeno objeto que ele a presenteou. 

 



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