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História Se Um Dia Eu Fosse o Maxon - Mamãe & Papai Cupidos


Escrita por: bad_Natt

Capítulo 5 - Mamãe & Papai Cupidos




Maxon mal conseguiu pregar os olhos a noite, desde a ligação repentina de America, ele não conseguia tirá-la dos seus pensamentos. Ela nunca havia ligado para ele, não daquele jeito.

O que ela queria dizer com a pessoa que eu mais odeio? Tudo bem que ela estava bêbada... Mas mesmo assim... Droga, America! Saía dos meus pensamentos!

Ele revirou-se mais uma vez na cama de um lado ao outro, estava difícil manter o auto-controle. A vontade, de pegar o carro e correr até a casa dela, era involuntária. Mas ele sabia que seria uma atitude ridícula, ainda mais, sendo ele quem era.

E ela já se demitiu, graças a você, seu babacão! – advertiu-se novamente. Esfregou o rosto, num gesto cansativo.

Encarou o relógio na cabeceira, a manhã já estava acordada.





Belo dia.


Ele encarou seu celular, novamente, e decidiu-se mentalmente se devia ou não ligar para ela, ao menos mais uma vez.

Mas qual seria a razão, hein espertão?




Quero ter apenas certeza que ela não se engasgou com seu próprio vômito, e continua viva. Somente por isso. Já é um grande motivo para a ligação, não é?




O número do celular dela estava ali, mas como se soubesse que ele não tinha coragem de ligar, o nome dela aparecia na tela.



"AMERICA SINGER ESTÁ CHAMANDO..."




Ele sorriu, um sorriso aberto, de expectativa. Olhou surpreso ao redor para ver se ela estava ali, o que era impossível, e tentou conter a felicidade na voz, quando atendeu.


— Alô? – murmurou, inseguro, após alguns segundos sem resposta, suspirou nervoso — America... é você?

America com as mão tremulas, e com a pulsação acelerada, soltou um suspiro amendrontado.

Vamos, America! Você consegue, você precisa do seu emprego de volta. – ela pensou.

Olá, Senhor Schreave. – sussurrou, conturbada. Coragem! Queria encontrá-lo hoje, se fosse possível...

Ele segurou o celular, e encarou-o, sem entender, o que estava acontecendo. Ele se segurou para não perguntar como ela estava.

Passou a mão nos cabelos, frustrado consigo mesmo, apenas disse:

— Às 15h. Na minha sala. – grossamente, desligando antes que ela pudesse dizer mais algo.

— O que ela quer, agora? – falou, sozinho no seu próprio apartamento.

Caminhou até seu closet, e sem notar, estava ali, cantarolando baixo, com um bom-humor. Escolheu sua melhor gravata, e se encarou no espelho, com um terno, e aprovou-se, convencidamente.

— Por que estou colocando minha melhor roupa?! – reclamou perplexo, finalmente, caindo em si.

— É A AMERICA, MAXON! – gritou consigo mesmo, como se assim pudesse fazê-lo voltar ao seu normal.

— Você viu America por três anos seguidos, e nunca sequer, cogitou colocar sua melhor roupa em função de agradá-la, então qual é a sua cara agora? – ele sentou-se na cama, rindo como um lunático de si mesmo.

Eu surtei, só isso pode justificar! - pensava, rindo.





America encarou seu celular, com o rosto pegando fogo de raiva.

— Maldito! Ele desligou na minha cara! – gritou, irritada.

Marlee, apenas revirou os olhos, já acostumada com a péssima educação de seu chefe.

Marlee Tames, a melhor amiga de America Singer, há quase três anos. Desde que, as duas colocaram os pés em The Selection, nunca mais se soltaram um dia sequer.

Marlee era a mais nova modelo da revista, e America era apenas mais uma jovem que sonhava em um dia trabalhar na melhor revista de moda de Illea.

America tinha acabado de sair da faculdade de Publicidade, e ficara em total expectativa, quando teve seu currículo - entre milhares - escolhido.

Ela tinha vinte e um anos, e um sorriso de menina, que no mesmo instante em que Maxon, encarou a foto dela, apenas sorriu, ela tinha um sorriso radiante. Maxon convencer a si mesmo, que seu pai escolhera o currículo de America por causa de seu ótimo perfil profissional.

No dia em que America havia tirado aquela foto, havia sido o dia mais feliz de sua vida.

Aspen havia lhe pedido em casamento, e nada no mundo, tiraria sua felicidade, mesmo com medo do futuro, ela estava disposta a lutar por seu amor, contra tudo, e contra todos.

E aquela foto era a prova da sua felicidade, por isso, ela fez questão de usá-la como foto de perfil.

Maxon, que finalmente, havia voltado para Angelis, depois de anos se recuperando, por conta de um triste incidente a anos atrás, que ele ainda não se lembrava como, e nem o porquê.

Todos evitavam comentar sobre aquele dia, e por não querer irritar e tão pouco decepcionar seus pais, Maxon evitava ao máximo questioná-los, sobre as cicatrizes que estavam em suas costas.

Ele havia assumido seu lugar, como era devido desde o início, e por conta disso, resolvera ele mesmo, contratar as pessoas quem ficariam próximas dele, e por razão do destino, naquela semana, o currículo de America, que estava empilhado na mesa de sua secretária há semanas, ele no meio de uma crise nervosa, jogou todos os papéis da mesa da pobre coitada no chão. E foi assim, no meio do tornado de um furacão, Maxon encontrou-a.

Encontrou os olhos de America, e o sorriso.



O maldito sorriso dela.




O perseguiu-o por semanas, até ele desistir, finalmente, de carregar o currículo para cima e para baixo, aonde ele ia. O sorriso dela estava ali em sua pasta.


Seu pai, que ainda estava em fase de retirar suas coisas da sua antiga sala, que agora era de Maxon, sem perceber, havia pegado a pasta de Maxon por engano.

Foi seu pai, que colocara a dona do sorriso em seu caminho.




Quando Clarkson Schreave abriu a pasta de Maxon, por engano, e encontrou o currículo de America, sentou-se na sua mesa encantado pelo sorriso da moça.

Pegou o seu celular do bolso, e discou para sua esposa no mesmo instante.

— Amberly... Querida? – perguntou, sorridente.

— Sim, querido... – respondeu sua esposa, do outro lado da linha — O que houve? Aconteceu algo aí na agência? – perguntou, preocupada.

— Acho que sim, meu bem... – riu, ele — Acho que Maxon se apaixonou... – encarou a foto, com um sorriso triunfante.

— Ah querido! – resmungou, Amberly, revirou os olhos — Nós já sabemos que a víbora da modelo Newsome, conquistou o nosso menino... – ele a interrompeu.

Não estou me referindo à ela, meu bem... – desdenhou Clarkson, com aversão a ouvir o sobrenome de Celeste. — Estou falando uma outra. Maxon está com um currículo de uma jovem ruiva em sua pasta. – murmurou baixinho, com medo que alguém pudesse ouvi-lo.

Amberly sorriu, e revirou os olhos novamente.

Senhor Clarkson Schreave – repreendeu-o — Acho que o senhor está caducando, meu querido. – riu, baixinho. — Desde quando, andar com o currículo de uma moça é estar apaixonado?

Ah mulher! – resmungou, chateado — É o único currículo nesta pasta, e estava no meio de vários papéis que nada tem a ver. Fora que é apenas uma universitária, não há nada demais, acaba de sair da faculdade... Por quê ele andaria com o currículo dela na pasta, se não estivesse interessado?

Talvez você tenha razão – pensativa, suspirou feliz — Torço para que você tenha razão, porque a última coisa que quero é a víbora como minha nora... Mas o que você fará?

Vou tirar xerox, e devolver a pasta a ele, porque se não, logo logo ele irá perceber que já sabemos. – cochichou baixinho.

Sabemos? – repetiu ela, tentando soar incrédula — Não me envolva nos seus planos, conheço nosso filho... ele ficará irritadissímo se descobrir que estamos dando uma de cupido.

Tudo bem... – deu de ombros, arqueando a sobrancelha já preparando uma defesa — Mas, depois não me culpe se seu filho pedir para você acompanhar sua futura-nora a comprar o enxoval do casamento deles... – disse acertando em cheio ela.

Ah! – resmungou, irritada, rendendo-se — Passa o número dela, eu mesma ligarei!

Sabia que não me deixaria sozinha nessa, meu amor... – riu ele, e deu o número da tal America Singer. — Espero que consiga.

Não se preocupe, só precisamos que fiquei aí... Tentarei marcar um encontro com você à tarde... Se realmente for verdade, e você a contratá-la Maxon não irá poder dizer que não, se não deixará uma péssima impressão, e é isso que precisamos! Deixá-lo chocado. – riu, Amberly.

— Querida... – surpreendido — Não sabia que você era tão maquiavélica – riu, empolgado.

— Faço o que for necessário, se eu puder evitar ter Celeste Newsome como minha nora. – revelou, dando de ombros — De qualquer jeito, eu só poderei fazer isso! Você terá que fazer a mágica.

— Não se preocupe, entendi perfeitamente tudo que preciso fazer. Então, até mais.

— Boa sorte! – riu. — Vou ligar para ela agora mesmo. Até mais, querido. – Amberly desligou a ligação, com um sorriso no rosto.

Será mesmo que Clarkson tem razão? Bem provável, Maxon não andaria por aí com a foto de alguém, não se não tivesse uma razão. – pensou, e riu empolgada.

Discou o número de America.



— Alô? – murmurrou baixinho, America. Sem conhecer o número desconhecido.

— Alô? Senhorita Singer? – perguntou Amberly.

— Sim... sou eu! – exclamou America, nervosa.

— Sou a secretária do senhor Scheave, da revista The Selection, - mentiu Amberly, continuou tentando não rir — Queria informá-la que você foi escolhida, entre milhares de concorrentes, para ser a nova assistente de meu fil.. meu chefe – corrigiu-se rapidamente — Seria possível uma entrevista hoje à tarde?

— Oh meu Deus! – exclamou, perplexa America — Sim! Sim! Claro, hoje. Claro. Que horas?

— Às três da tarde, okay? – disse profissionalmente, Amberly.

— Sim, com certeza sim! Ai meu Deus, eu não estou acreditando! – riu, America.

— Até mais. – desligou Amberly, empolgada pela travessura que estava aprontando. Ligou para Clarkson, no mesmo instante — Ela estará aí às três. Cuidado para que Maxon não a veja.

— Você é assustadora... – falou, perplexo — Já avisei à secretária dele. Amberly... isso vai dar certo, não é?

— Tem que dar. – respondeu, cansada. — Só tem uma coisa que me preocupa...

— O quê?

— Se ela já tiver namorado... será inútil. – resmungou baixo.

— Se ele cair na rede dela, o importante é isso. Ele esquecer-se de Celeste.

— Sim, sim... – murmurrou — E se... ele não gostar dela?

— Teremos que lidar com a situação, mas tenho certeza que onde há fumaça, há fogo... e aqui com certeza tem. – falou, decidido.

— Somos os melhores pais do mundo, quem diria que seríamos cupidos um dia, hein? – riu, Amberly.



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