História Se Um Dia Eu Fosse o Maxon - Futura America Leger

America encarou Celeste da cabeça aos pés, avaliando a situação, se valeria a pena quebrar a cara dela, ou não.

Mas se tinha algo que America adorava fazer, era não dá atenção a ela.

Por que eu perderia meu tempo com ela, sinceramente? Aspen escolheu a mim, isso já é bastante humilhante para ela, não é? Por mais que ela, ainda não saiba, quando descobrir, será fantástico!

America deu de ombros, ignorando-a. Largou o braço de Maxon, não por causa dela, mas porque ela não precisava justificar nada a ninguém, e não seria a Celeste a quem ela se abaixaria a cabeça.

Ela teve o chefe envergonhado pelos pais, por causa dela. Sendo que ela estava decidida a se render para ter o emprego de volta.

- Celeste. - resmungou Maxon, insatisfeito pela visita - O que você pensa que está fazendo aqui?

Celeste lançou um olhar de nojo a America, que riu de lado, achando graça.

- Do que você está rindo? - desdenhou, Celeste.

America olhou ao redor, e apontou o dedo pra si.

- Está falando comigo? - perguntou, surpresa.

- Não, com a parede. - revidou, debochando.

- Eu não duvido disso. - retrucou, Ames, cinicamente.

- Quem você pensa que é?! - exclamou, irritante.

- America Singer. - futura America Leger, morra de inveja.

- Sua ignorante! Eu sou sua patroa, você deveria ter mais respeito por mim.

- Me perdoe, eu esqueci. - zombou Ames, dando de ombros.

- Esqueceu o quê?

- O respeito em casa. - Ames estalou a língua, e sorriu de canto.

Celeste bufou irritada, Maxon que só assistia as duas, soltou uma risadinha, tentou disfarçar se concentrando na gravata.

- Maxon precisamos conversar. - falou, Celeste. Ignorando America.

- Você precisa conversar com meu advogado, e depois com um psiquiatra, isso sim! - Maxon agarrou o braço de America, que ficou surpresa, e a puxou para as escadas de emergências.

- Maxon! MAXON! - gritou Celeste, contrariada.

- Se toca, sua louca! - ele disse, já abrindo a porta, ainda com America a tiracolo. - Você precisa de ajuda. - fechou a porta.

Eles desceram as escadas rapidamente. Não trocarem uma palavra.

- Maxon! - exclamou, Ames, puxando o braço, fazendo o parar. - Estou de saltos! - resmungou com dor.

- Ah foi mal! - ele finalmente havia notado os pares de saltos dela.

- Acho que torce o tornozelo. - resmungou, com dor. Ela se sentou, e Maxon prontamente, colocou as mãos nos pés dela, retirando os sapatos. - Não precisa! Eu faço isso. Não se preocupe.

- Sem falsa modéstia, America. - revirou os olhos. - Você ouviu minha mãe me ameaçar arriar minhas calças, e me dar palmadas, pode ter certeza... não há nada que seja mais constrangedor do que isso. - riu, e America o encarou, bem interessada.

Nunca tinha visto este lado dele. Por isso, apenas riu baixo, e contemplou em silêncio ele, admirada e bem chocada.

- Você tem razão. - disse ele, acordando dos devaneios, constrangida, por ser pega no flagra. Ele riu, e respondeu o olhar interrogativo dela - Eu sou um babaca, mesmo. - ridicularizou-se.

- Se você se senti melhor, eu posso mentir e dizer que não é tanto assim. - ela disse, e ele sorriu, - Oras, não sabia que tinha o dom de fazer Maxon Schreave sorrir. Eu deveria colocar no meu currículo!

Ele sorriu, um pouco envergonhado.

- Você não foi uma boa aluna nesta matéria - zombou-a, ainda rindo. - Mas, merece um crédito!

America sorriu.

- Você é um chefe muito difícil de se lidar. - confessou. - Mas, é o Melhor! - fez um sinal com o polegar pra cima.

- Você ainda continua sendo estranha. - alfinetou-a, zombando.

Ela esbravejou, caindo na brincadeira.

- Esqueça o que eu disse. - retrucou, emburrada. - Vamos, estou com fome... - levantou-se, com dificuldade.

- Você não vai conseguir descer essas escadas assim... Vamos pegar o elevador. - contestou ele.

- Não vamos sair daqui juntos! Imagina o que todos vão pensar! Quando ver nos dois saindo daqui juntos! - expressou-se, preocupada.

- Sou o dono disso tudo! - esbravejou, irritado. - Aí daquele que falar! Está na rua no mesmo instante.

America bufou irritada.

Ele só pensa nele! Arg.! Será que ele não vê que vai ser um bafafá horrível?!

- Maxon, não! - declarou, se negando a sair.

Ele a encarou com a sobrancelha arqueada, prestes a pegá-la pelo braço, e arrasta-la, se fosse preciso.

Mas então, resolveu se vingar dela, pelo que houve mais cedo.

- Tudo bem, te deixarei sozinha aqui. - ameaçou-a.

- Você não faria isso!

- Não duvide. - ele riu, e cinicamente, bateu os cílios, - Só se... Bem... Se... Não... Não... - imitou-a.

- Ah! - exclamou, irritada - Vamos fale! Seu idiota.

- Só se você... Quiser que eu te leve nas costas... Mas você sabe... America Singer é uma mulher muito independente, ela nunca aceitaria isso... - repetiu as mesmas palavras dela.

- Seu babaca... - resmungou, entre os dentes. - Não sabia que você tinha um sonho em me levar nas costas. - alfinetou-o.

Ele corou, e desvio o rosto para que ela não visse.

O que é isso hein, Maxon?! - pensou, Max.

- Vamos logo... - pigarreou, e estalou a língua, ordenando-a - Suba, agora.

America bufou contrariada, e a dor foi mais forte.

Subiu nas costas de Maxon, ele colocou as mãos nas coxas dela.

- Tire as mãos daí. - ladrou, Ames.

Maxon tirou, e não disse uma palavra, desceu as escadas com facilidade.

Chegou no térreo, America ajeitou as roupas, e caminhou, ignorando-o. Ainda bem que as escadas de emergências não eram muito usadas pelas pessoas.

Ela foi em direção ao estacionamento, a fim de trocar o sapato, por algo que não doesse tanto.

Abriu o carro, e pegou uma sapatilha. Calçou-as. E finalmente, seus olhos perceberam que o seu chefe ainda estava ali, aguardando-a.

- Que foi? - perguntou, surpresa.

- Você disse que almoçaríamos juntos... - pigarreou Maxon - Se não quiser mais, tudo bem...

Ele deu as costas, e foi em direção ao seu carro.

Qual é a dele, hein? - pensou Ames.
Ele é muito irritante! Argh.!

America decidiu ir até ele.

Aonde você está? Como assim ele sumiu do nada?

Ela ouviu o som de um motor, e foi com cautela até o carro.

Chegando perto, ela teve seu queixo no chão.

Maxon estava aos beijos.

Com uma desconhecida no escuro do carro, os beijos trocados pelos dois eram pegajosos.

America ficou constrangida com a cena, e deu as costas, no mesmo instante, controlando a vontade de vomitar.

Caminhou apressadamente até seu carro. Respirando acelerada. Bem irritada.

Por que ele queria almoçar comigo se ele já tinha companhia?!
Ele é um babaca, mesmo.

Isso é loucura?! Ha-Ha-Ha. Só pode ser.

Como alguém insuportável, pode ser ao mesmo tempo alguém que me fez rir?

Ela deu ré no carro, e num piscar de olhos, acelerou e saiu do carro, do estacionamento, a procura de algo para comer.

Parou em frente à uma lanchonete, e comeu um grande hambúrguer, juntando os pauzinhos.

Quem seria aquela mulher? Eu deveria ter visto! Assim eu teria uma ótima fofoca.