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História Se Um Dia Eu Fosse o Maxon - Papel de trouxa do ano vai para...


Escrita por: bad_Natt

Capítulo 8 - Papel de trouxa do ano vai para...


Maxon poderia ter interrompido o beijo de Celeste. Mas isso era mais forte do que ele.

Ele sabia que estava novamente pagando papel de trouxa.

Mas afinal o que ele poderia fazer ele, ainda querendo ou não, era apaixonado por ela.

E para a infelicidade dele, ela sabia muito bem disso. E usava isso a seu favor.

Ela gemeu baixo, ainda com a boca na de Maxon, ela sabia que ele perdia a linha quando ela usava seus truques.

Ela impressou seu corpo contra o dele, e involuntariamente, ele a envolveu, tolamente.

Papel de trouxa do ano vai para Maxon Schreave. (bata palmas, eu deixo).

Ele tentou lutar contra sua vontade, mas a estupidez foi mais forte.

- Vamos para meu apartamento, Max... - sugeriu Celeste, entre um beijo e outro.

Maxon se afastou, bruscamente, voltando a si. Esbugalhou os olhos, e tentou espairecer a mente.

- Não me... toque... - falou, com dificuldade, ainda alarmado com a insanidade que havia se entregado a ela sem reservas, sem medo.

Isso é loucura. Oh que droga!

-Max... - mordeu o lábio sugestiva, ele suspirou, e se pegou pensando em morder aqueles lábios, como adorava fazer.

- Celeste... Por favor... Pare de me machucar... - pronunciou, segurando-se firme.

- Eu quero te fazer feliz... Meu doce amor. - ela pegou a mão dele, e a beijou. Ele puxou a mão, passou as mãos pelo rosto, desesperado.

Prestes a fazer, novamente, a burrada de sua vida.

Não, eu não vou arruinar minha vida por causa dela. Não novamente. Não! Ah Droga! Quem eu quero enganar?

- Entre no carro. - resmungou, mais para si. Ela sorriu empolgada. E entrou no carro, sentando-se no banco de passageiro.

- Vamos para meu hotel. - disse, agradável.

- Preciso ligar para America... - resmungou Maxon, pausando, procurando o número dela - Vou cancelar minha agenda com ela...

- Não se preocupe com isso agora! - apressou-se Celeste, puxando o celular da mão dele - Mandarei uma mensagem para ela pelo seu celular. - mentiu, enviando o número do contato dela para si mesma. - Prontinho. - entregou o celular de Maxon, de volta.

Ele sorriu, ainda nervoso, sem saber se isso era mesmo o certo a se fazer. Afinal, Celeste ainda era sua esposa, há alguma lei que proíbe?

Ele encarou Celeste, que dormia de costas para ele. Suspirou baixo frustrado.

Ele havia conseguido o que queria.

Havia a tido de volta.

Mas por que isso não estava sendo o suficiente para ele? Balançou a cabeça irritado.

Há algo muito errado. Isso já foi mais...

Prazeroso? Não é isso.

Carnal? Talvez.

... O que é? ....

Amoroso? Inevitável.

Levantou-se da cama, e recolheu suas roupas, decidido a ir embora.

Faltava pouco para dar sete horas da noite.

Já passou da hora de consertar os erros, e seguir em frente, ou perdoar os erros e tentar seguir em frente.

- Max... - resmungou, Celeste, com a voz abafada de sono.

- Durma... - engoliu a seco, com dificuldade - Meu bem... - pronunciou baixo.

Ela sorriu, e ele lhe deu um beijo na bochecha.

- Já irei voltar... Vou procurar algo para comermos... - levantou-se, apressado, fechou a porta, e escorou-se na parede, com a pernas trêmulas.

Preciso de ar para pensar. Não vou conseguir lidar com tudo isso, perto dela.

Ele desceu pelas escadas até o subsolo. Onde ficava o bar do hotel.

Encarou seu copo, e bebeu mais um gole. O uísque desceu rasgando a garganta. Ele tossiu, e bebeu mais um.

Pensou em tudo que já havia passado na vida. Seria esse o destino dele? Ser fadado a amar uma mulher que não o amava? Pior mesmo, era a dor da traição, que ainda dilacerava seu coração.

Ele não podia dizer que amava a Celeste, mas que com certeza, o que sentia por ela era algo que não conseguiu sentir antes por ninguém até conhecê-la.

Suspirou derrotado.

O que eu preciso fazer para não ter meu coração destruído por ela?

Isso é meio clichê demais, mas é a verdade. Por que ela me traiu? Eu não sou o suficiente para ela? Será mesmo que fui tão péssimo marido assim para chegarmos a isso?

Ou pior, será que vou conseguir reunir forças para passar por isso, e aceita-la de volta? E o que mais me dói, eu vou conseguir acreditar nela novamente?

Que homem tolo me tornei. Viva a mim!

Ele riu, amargado, e continuou bebendo.

Ouviu seu celular apitar com uma mensagem. Celeste, não!

Ele abriu, e com a visão embaçada, sorriu ao constatar o nome.

Srta. America Singer: Olá Patrão! 😇 Estou no saguão principal do hotel. Onde você está? 🙄🤔🤔

Como ela sabia... Que eu estava aqui? Ah que dor de cabeça, e agora? O que eu faço?

Ele riu, das emoticons, e respondeu a mensagem, embriagado.

Sr. Maxon Schreave: Estou no bar, no subsolo. Venha beber. Comigo. 😬🍺🍺🍻🍻

America encarou a mensagem, primeiramente preocupada, e por depois, se irritou.

Ele me chamou até aqui para o quê?

Eu não estou recebendo para lidar com essas atitudes repentinas de Maxon....

Preciso de um aumento de salário, isso sim!

Desceu um andar do elevador. E correu os olhos pelo grande salão, procurando-o.

Ela o encontrou, e ele acenou um pouco desequilibrado no balcão.

Se aproximou um pouco envergonhada, por ter assistido a cena mais cedo.

- Oi. - falou, inquieta.

Ele sorriu, embriagado demais.

- Sente-se. - ordenou-a, - Psiu... - chamou o garçom, desengonçado. - Traga o mesmo para ela.

- Não precisa. - respondeu America, rapidamente, sentando-se.

Maxon a encarou, e arqueou a sobrancelha irritado.

- Por quê?! - resmungou, e bateu com as mãos com força no balcão, assustando a todos, America se sobressaltou, nervosa.

- Maxon... - ela tentou, mas ele a interrompeu, agressivo.

- Por que você não quer beber comigo?! - gritou.

- Maxon não é isso. - defendeu-se - Eu só não entendo porque você está aqui... Desse jeito. - tentou sorrir.

- Você não me entende! - ele apontou o dedo para ela, e berrou, quase chorando -- Ela! Você! Ninguém.

-- Maxon... - exclamou, America, tentando controla-lo. -- Por favor... Ela te machucou novamente? - escolheu as palavras com cautela.

-- Ela é minha esposa, - pausou, e arrotou, uma lágrima solitária desceu pela sua bochecha, - ela pode fazer isso. - resmungou, se convencendo.

-- Max... Ela não tem o direito de te machucar assim - Ames, respirou fundo, com raiva da situação. -- Onde ela está?!

-- Não se preocupe com ela... - ele soluçou, e riu baixo -- A culpa é minha. Eu escolhi ela. - bebeu mais um gole.

-- Maxon isso não é cabível! - gritou, Ames, enraivecida.

-- America... Você é uma boa menina... Espero que seu noivo seja feliz com você... - choramingou, Maxon.

-- Chega! - America puxou-o pelos braços, -- Você já está bêbado! Se era isso que queria, pronto conseguiu! Vamos embora! - arrastou-o, tentando leva-lo.

-- America não se preocupe comigo. - ele soluçou, puxando o braço. -- Estou bem... Você só é uma empregada... Não precisa cuidar de mim.

-- Maxon por favor, olhe para mim... - ela odiava vê-lo daquele jeito, estava deixando ainda mais irritada com toda essa situação. -- Vamos ao banheiro... Por favor... - implorou, e ele suspirou, aceitando. -- Obrigada.

Ele caminhou quase caindo, ela o envolveu com um braço, tentando a dar equilíbrio.

Eu vou matá-la. Vou matar Celeste. Oh Deus. Eu matarei ela, juro por tudo.

Sem perceber, uma lágrima escorreu pelo rosto de America.

O banheiro masculino estava próximo, e ela o segurou com mais força.

-- Vamos! Entre. - ela ordenou.

Ele balançou a cabeça negando.

-- Você é uma menina - constatou o óbvio, America revirou os olhos. -- Não pode entrar dos homens. - se soltou, caminhando sozinho.

Deu dois passos, e tropeçou na porta. Graças a America a queda foi evitável.

-- Você está me dando muito trabalho hoje. - resmungou, rindo. -- Quero um aumento.

Ele gargalhou alto.

Eles entrarem juntos no banheiro.

Havia dois homens usando o mictório, envergonhada America baixou a cabeça, e estalou a língua nervosa. Eles fecharam rapidamente as calças, e saíram do banheiro sem lavar as mãos.

Oh que constrangedor céus! Que nojento. Urghhhh.

-- Lave o rosto. - ordenou, ainda olhando os próprios sapatos.

Ele abriu a torneira, e jogou água no rosto. Respirou fundo, e se encarou.

-- Você está muito bonita... - comentou, sincero. Ela sentiu as bochechas corarem.

-- Obrigada. - ela riu, e assentiu.

-- Você não precisava me ajudar... - pausou, e virou-se de frente para ela, a devorando com os olhos. -- Mas obrigado mesmo assim. Eu não sei o que me fez a fazer isso.

Ela assentiu novamente, e suspirou cansada.

-- Maxon... Você não deveria ter... - ela parou, pensando se deveria ou não, se intrometer na vida dele.

-- Fale. - ordenou.

-- Você não deveria ter vindo aqui. - falou, baixinho.

-- Eu sei... - deu de ombros, derrotado -- Mas quando fui ver já estava aqui. - apontou para o chão.

Ambos suspiraram, pensativos.

America lutou contra si, e sua língua. Se deveria ou não, dar um sermão nele. Mas só parar os olhos nele, já dava para notar que ele estava arrependido. Pelo menos, era isso que ela acreditava que sim.

-- Acho que você precisa... Consertar seu coração antes de tentar novamente. - sugeriu, com um sorriso ameno.

-- Eu não tenho mais um para tentar conserta-lo. - ele riu, debochando.

-- Todos têm. - ela disse, por fim, e sorriu frustrada -- Só que o seu está na mãos da víbora.

Ele riu baixo, e encarou a parede por longos minutos.

E pensativo, percebeu que havia cometido um erro que nunca se permitiu na vida. Deixar alguém se meter em suas decisões, por isso balançou a cabeça, decidido a não ceder.

-- Tudo bem, não precisa se preocupar comigo. - falou, sendo um pouco agressivo.

America o encarou, mordendo o lábio, profundamente magoada.

Ela tentou ajuda-lo, e ele apenas a afastou-a, como sempre fazia.

Os lábios dela tremeram de raiva, e ela balançou a cabeça tentando afastar as lágrimas.

Não. Não perde a cabeça. Ele ainda está bêbado. Não. Não America.

-- Você tem razão... - ela riu, cínica -- Eu deveria ter deixado você se arruinar na bebedeira por causa dela.

Maxon se afastou da bancada das pias, revoltado, e se aproximou com cautela dela.

-- Repete o que disse. - esbravejou, irritado -- Você se acha minha salvadora?! - debochou.

-- Você está pagando para fazer papel de trouxa! - protestou ela, furiosa.

-- Você não tem o direito de se meter no que eu faço ou não. - se exaltou.

-- Você é desprezível mesmo. - reclamou Ames, com os lábios tremendo. -- Ela vai destruir você! E só você que não consegue ver isso! Deixa de ser estúpido, Maxon. - ela estapeou seu tórax, exasperada.

Ele segurou as mãos dela, e os lábios dela cederam a um choro compulsivo.

-- Pare de chorar, America. - ordenou-a.

-- Maxon isso é deprimente... Ela só pensa nela, e só você vai sair disso machucado.

Ele riu baixo, machucado com a contestação dela. Ele sabia que era verdade, mas ele não queria assumir.

-- Por que você se importa?! Hein? O coração é meu!!! - interrogou-a, e ela se afastou, caminhou até a porta de saída do banheiro.

-- America! - gritou, Maxon, correndo atrás dela. -- America! Pare! Fale! Agora! Por que você se importa?!

Ela estava irada consigo mesma, ela prometeu a Aspen que nunca contaria a Maxon a verdade.

Mas tudo por causa da maldita víbora ela não podia falar a verdade.

Ele continuo a encarando, incisivo.

-- Vamos America, fale! - ordenou, ansioso.

-- Você não merece ter seu coração quebrado por ela. Você merece ser feliz. - falou, decidida a não se entregar.

-- Você não sabe de nada sobre mim. Você é apenas uma empregada minha. Nada mais. - falou, grosseiramente.

-- Maxon você está sendo novamente um babaca! - ela vociferou.

-- Você está pedindo por isso! - riu cínico -- Querendo dar sua opinião desprezível sobre minha vida. - desdenhou.

America engoliu a seco as palavras duras, secou as lágrimas com raiva. E riu de si mesma. Não acreditando que se deu o trabalho de ajudar um homem mesquinho como ele.

-- Quer saber você tem razão. Você merece mesmo tudo que está acontecendo na sua vida! - respondeu, ácida.

-- Segure a sua língua. - ameaçou.

-- Por que vai fazer o quê? Me demitir?! Grande piada! - debochou.

Puxou o braço, que Maxon segurava com força, e foi até o elevador, e apertou o botão esperando chegar.

Quando o elevador abriu, a cascavel em pessoa estava ali.

-- Maxon! - exclamou, nervosa -- Querido estava te procurando. - correu ate ele.

Percorreu os olhos nele da cabeça aos pés, tentando entender o que havia acontecido. Quando finalmente seus olhos pairaram sobre America, ela se espantou nervosa.

-- O que aconteceu? - perguntou, assustada.

-- Nada. - respondeu, Maxon. Ela segurou sua mão, ele encarou os dedos deles entrelaçados. Com o coração acelerando rápido.

America encarou-o interrogativa. Sem saber o que deveria fazer. Ela balançou a cabeça, irritada. Controlando a vontade de agarrar Celeste pelo pescoço, e esgana-la.

Vamos Maxon, chega de se machucar.

-- Vamos Maxon. - pediu, suplicando com os olhos para Maxon ceder. -- Eu te deixo em casa, por favor. - implorou America.

-- Eu... - pensou Maxon, perdido.

Eu preciso mesmo ir embora. Não posso continuar aqui.

Celeste impressou o corpo contra o dele, ele arfou, ela beijou seu pescoço, e no seu ouvido.

-- Maxon... Passe a noite comigo amor. - sugeriu, maliciosa Celeste, com fúria nos olhos, provocando America.

Maxon encarou as duas, desorientado.

-- Maxon... - tentou, Ames. -- Vamos...

-- Eu... - ele suspirou frustrado, rendido. -- Até amanhã, America.

America engoliu as palavras com raiva. O rancor era tremendo que as lágrimas voltaram incisivas.

Ela entrou no elevador, e não despregou os olhos dos dele.

Vamos, Maxon... Por favor.

A porta se fechou, levando uma America derrotada, ela se encostou na parede, e chorou compulsivamente.

Eu deveria ter contado a verdade sobre ela para ele.



Notas Finais


Tô amando isso!

Qual deve ser a verdade, hein?!!!

Ps: escrevi pelo celular, se houver erros relevem.


Beijos Nattt.


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