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História Se você acreditar - Nova Jornada


Escrita por: lunafairy92

Notas do Autor


Pra quem ficou curioso para saber como seria as roupas novas deles descritas no último capítulo, segue a Fanart que inspirou as roupas.

Capítulo 14 - Nova Jornada


Fanfic / Fanfiction Se você acreditar - Nova Jornada

(Rapunzel)

            - Eu estava muito envergonhada com as minhas roupas novas. Quando a Bruxa trocou nossas roupas e depois desapareceu, olhei para baixo e percebi como meu corpo estava a mostra, olhei para o lado onde o Jack estava e vi que ele havia trocado de roupa também, quando ele fez menção de olhar para onde eu estava, eu corri. Escondi-me atrás de uma árvore, me sentindo ridícula. Ouvi a Merida falar com a Bruxa mais uma vez antes de perceber que ela tinha desaparecido, e então ela notou que eu não estava mais lá. Quando ela disse que viria falar comigo sozinha, agradeci mentalmente por ela ter tido a sensibilidade de perceber qual era meu problema, ela conversou comigo e conseguiu me convencer a voltar para junto de todos, ainda estava me sentindo péssima naquelas roupas, mas me esforcei para não causar mais problemas para eles, afinal tínhamos problemas mais graves a resolver, forcei um sorriso e fingi que estava tudo bem, mas por mais que eu dissesse que estava bem, o Jack percebeu que não estava. Ele me deu sua capa e aquele gesto foi muito especial para mim.

  –Oh, obrigada Jack! Está muito melhor mesmo, obrigada! –Falei realmente agradecida, girei admirando como tinha ficado melhor, dei um abraço nele e logo depois me arrependi, o que eu estava fazendo? Corei na mesma hora que dei conta do que tinha feito.

 –Pronto todos felizes, agora vamos pensar no que fazer. –Merida falou decidida, agradeci mentalmente por ela saber exatamente a hora de entrar em cena.

–Eu tenho uma idéia, mas pode ser que não seja de muita ajuda, mas não temos muitas opções mesmo. –Merida anunciou.

–Qualquer idéia é bem vinda, já que estamos sem nenhuma. –Soluço falou, ele tinha razão.

–Bom, como já tínhamos falado antes, parece que tem alguma coisa em cima daquela montanha, talvez algumas casas. Nós acampamos aqui na clareira esta noite e amanhã bem cedo seguimos em direção a montanha. Sinto que tem alguma coisa lá que vai ser útil. –Merida concluiu.

            –Acho uma ótima idéia. –Falei.

 –Então fica decidido assim. Agora vamos ter que providenciar algum lugar para dormir esta noite, ah e o jantar é claro. –Merida falou.

            –Vamos dividir as tarefas então, eu e a Rapunzel cuidados da cabana e vocês cuidam do jantar. O que acham? –Jack propôs.

            -Por mim tudo bem, vamos lá Soluço, vou te ensinar a pescar. –Merida falou com um ar de quem sabe das coisas.

            -Me ensinar a pescar? Você já esteve em Berk? Nós pescamos com os dentes lá! - Soluço falou e seguiu Merida até o lago, seguido pelo Banguela.

            -Então... Eu nunca fiz uma cabana antes sabe? - Admiti.

            -Eu imaginei, mas não tem problema! Vou te contar um segredo... eu também não!  -Jack falou se divertindo.

            -Acho que não somos uma boa equipe então. - Falei sorrindo.

            -Claro que somos! Tenho certeza que faremos a melhor cabanas de todas. -Ela falou confiante.

            -O que fazemos primeiro? -Perguntei.

            -Eu pensei em fazer um maravilhoso e gigantesco castelo de gelo sabe? Com uma escadaria na frente e um lustre na sala. Mas acho que vocês morreriam de frio lá dentro, então minha única idéia foi descartada. -Ele falou fingindo seriedade.

            -Oh sim, muito discreto também senhor rainha do gelo. - Falei rindo.

            -Ah então a princesa tem outra idéia? -Ele me perguntou.

            -A princesa acha que deveríamos procurar alguns galhos e folhas grandes, de bananeiras ou alguma coisa assim, ah e cipó! E se encontrarmos algumas taquaras seria ótimo...-Estava falando animadamente quando ele me interrompeu.

            -Só um pouquinho ai princesa,como você virou uma expert em cabanas se me disse que nunca construiu uma? -Ele perguntou desconfiado.

            -Eu gosto muito de ler sabe? O tempo que fiquei na torre, minha mã...quer dizer a Gothel, me trazia muitos livros, e tinha um sobre sobrevivência na selva, eu tinha algum tempo livre entende? Mas esse eu devo ter lido apenas umas cinco vezes.-Falei.

            -APENAS cinco vezes?-Ele falou impressionado.

            -Sim, foi pouco mas me lembro de tudo que tinha nele...-Ele me interrompeu novamente.

            -Esperai Rapunzel, não sei o que você considera muito, mas para mim, cinco vezes é muita coisa!-Ele falou.

            -Se você acha... -Falei timidamente.

            -Bom, então princesa expert em sobrevivência na selva, vamos procurar o que precisamos? -Ele falou e fez uma reverencia exagerada em minha direção.

            -Vamos lá, e você pode parar com essa coisa de princesa... fui princesa menos tempo do que fui a menina dos cabelos mágicos presa numa torre, não estou muito a vontade com o título. - Falei, sendo sincera, sentia que podia ser sincera com ele.

            -Se você prefere... mas não posso te chamar de "a menina de cabelos mágicos presa numa torre". É muito extenso. - Ele falou, achei graça, ele fazia eu me lembrar do José quando ele me fazia rir de suas piadas bobas e era gentil comigo, sentia saudades dele. Mas não podia ficar pensando nisso agora, existia milhões de outros problemas para resolver, meus sentimentos estavam em último na lista.

            -Então pode me chamar de Rapunzel. -Falei.

            -Nãooo... muito sem graça, todos te chamam assim. Quero algo original, que só eu te chame. -Ele falou pensativo.

            -JÁ SEI!-Ele gritou, levei um susto na hora.

            -Loirinha. O que acha? - Ele falou, quando ouvi aquele apelido, tantas coisas vieram na minha mente, José me chamava assim... antes de tudo aquilo acontecer, quando nós estávamos juntos sem nenhum compromisso, felizes nas nossas aventuras, podíamos ficar assim para sempre, mas depois que voltei para casa, conheci meus verdadeiros pais, ganhei responsabilidades e ele também, sendo o namorado da futura rainha. Eu sentia que ele havia ficado mais frio comigo, ele estava bebendo bastante e quase não nos víamos mais, acho que ele se sentia obrigado a casar comigo depois de tudo, por isso fiquei tão nervosa com o pedido, por isso andava triste. Aquele apelido me fez pensar em tudo aquilo novamente, e fazia muito tempo que eu guardava aquelas preocupações só para mim. Parei onde eu estava e comecei a chorar, Jack me olhou apavorado sem saber o que tinha acontecido, me sentei no chão, encostada em uma árvore e chorei com o rosto na mãos.

            -Rapunzel, o que houve? o que eu fiz? -Ele estava confuso, claro. Uma garota começa a chorar na sua frente sem nenhum motivo aparente, eu era uma idiota mesmo, a Gothel tinha razão. Levantei o rosto vermelho pelas lágrimas e olhei para ele, eu queria explicar tudo, mas as palavras não saiam. Então ele me puxou para si e me abraçou forte, me acolhendo em seus braços, era um abraço gelado, mas cheio de consideração e preocupação. Me aconcheguei em seus braços e chorei até me acalmar, ele acariciava meus cabelos enquanto eu me acalmava, era só isso que eu precisava naquele momento, ele não me perguntou nada sobre por que eu estava chorando e nem me mandou parar, só me abraçou.

            -Obrigada. - Sussurrei para ele.

            -Está mais calma? -Ele perguntou.

            -Sim, eu precisava disso, tenho guardado muitas coisas desde que sai daquela torre.

            -Não precisa mais guardá-las, se sentir vontade, estou aqui para escutar se quiser. -Ele falou.

            -Obrigada, sua amizade é muito importante para mim, nunca tive um amigo assim...-Falei e dei de ombros.

            -Agora tem. -Ele falou e me deu mais um abraço rápido, então ele me soltou e fomos a procura das coisas para a cabana, conversamos sobre coisas leves, sobre as aventuras dele, sobre os lugares que conheceu, sobre coisas divertidas, eu adorava a companhia dele tinha que admitir. Quando voltamos para a área onde íamos montar acampamento percebemos que a Merida e o Soluço ainda não tinham voltado, montamos a cabana, que foi relativamente fácil e rápida de fazer e tenho que admitir que ela ficou muito bem feita.

            -Somos uma ótima equipe. Falei.

            -Claro que somos! Te falei não? Fizemos a melhor cabana de todas! -Ele falou sorrindo.

            -Aqueles dois devem estar brincando na água em vez de pescar.-Ele disse.

            -Ah deixa eles, tivemos muitas emoções hoje. -Falei.

            -Já que eles estão se divertindo, o que acha de nos divertimos também? -Ele me perguntou com um sorriso travesso nos lábios.

            -E por que não? O que você tem em mente? -Falei sorrindo, o Jack sabia como se divertir.

            -Me dê sua mão. - Ele falou, eu prontamente aceitei o convite.

            -Confia em mim? -Ele perguntou.

            -Claro! -Respondi sem hesitar, ele ficou surpreso pela prontidão da resposta e sorriu, naquele momento ele alçou vôo em direção o céu e eu gritei pela adrenalina que correu pelo meu corpo, ele segurou firme na minha cintura, enrolando mais a capa que ele havia me emprestado no meu corpo e me virou de barriga para baixo, abri os braços e senti o vento em meus braços.

            -ISSO É MUITO LEGAAAAAAAL! - Gritei e gargalhei, estava adorando aquela sensação de voar, me sentia livre! Ele dava voltas no topo das árvores e fazia acrobacias a cada grito de alegria que eu dava. Então ele começou a diminuir a velocidade do vôo, estávamos praticamente planando quando ele me virou de frente para ele, ficamos tão próximos que nossos narizes se tocavam, ele olhava fixamente nos meus olhos, retribui o olhar encantada com aqueles olhos azuis tão profundos, senti um frio na barriga e percebi que estávamos pousando em algum lugar, senti o solo sob meus pés novamente, ele se aproximou mais de mim bem devagar ele desviou o olhar dos meus olhos e focou na minha boca, percebi o que ele ia fazer, ele voltou a olhar para mim, como se pedindo permissão, naquele momento não consegui pensar em mais nada, só em nós dois, fechei os olhos confirmando que eu também queria o beijo e então escutamos as altas risadas da Merida se aproximando e nos afastamos na mesma hora, voltando a realidade.

            -Aaah vocês tinham que ver! O Soluço caiu na água e achou que estava se afogando, mas tinha só meio metro de água! foi hilário! -Merida falou. Ela estava com o rosto vermelho de tanto rir, soluço estava molhado da cabeça aos pés, ela carregava seis peixes grandes na mão esquerda e o arco na direita.

            -Teria mais peixes, se o Banguela não tivesse comido uns dez deles... -Soluço falou olhando de cara feia para o Banguela que lhe mostrou a língua.

            -Ah vocês estão com umas caras estranhas... aconteceu alguma coisa? - A Merida perguntou desconfiada.

            -Não aconteceu nada! - Eu e o Jack respondemos juntos.

            -Tudo bem então... se vocês dizem. -Merida não quis insistir no assunto mesmo parecendo desconfiada ainda, eu adorava isso nela.

            -Nossa, vocês fizeram um ótimo trabalho nessa cabana! -Soluço falou impressionado.

            -A Lindinha aqui é uma expert em sobrevivência na selva, estava escondendo o jogo! - Jack falou, com o tom de brincadeira novamente, agradeci por o clima tenso ter passado, e confesso que adoro quando ele me chama de "lindinha".

            -Não é bem assim, só li um livro...-Falei e ele completou.

            -CINCO VEZES! quem é que lê um livro cinco vezes ein? -Jack falou.

            -Eu não leio nem uma vez  para ser sincera... -Merida falou e riu.

            -Sério? Cinco vezes? Sobre sobrevivência na selva? -Soluço parecia não acreditar.

            Aquele clima leve e as risadas se estenderam até bem tarde naquela noite, Merida assou os peixes para nós, comemos todos eles e estavam ótimos! Depois fomos para nossa cabana, estava ficando bem frio então nos escorramos uns nos outros e pude dormir profundamente, como não fazia a muito tempo.


Notas Finais


Gostaram? Alguma sugestão? Até a próxima segunda-feira!


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