História Se você acreditar - Na Ilha

(Jack Frost) 

Assim que chegamos na ilha de fogo, como resolvemos chamá-la, percebemos como ela era pequena, havia uma pequena praia e logo já havia as árvores que formavam uma pequena mas bem fechada floresta, o clima era tropical, muito úmido e quente, pelos meus cálculos, nós estávamos perto do Brasil, em alguma ilha mais afastada do continente, demoramos bastante até chegarmos, mas estávamos tão ansiosos para finalmente acertarmos as contas com o Breu que mal sentimos o cansaço da viajem, voamos a maior parte do trajeto nas costas do banguela, que estava realmente muito animado, voava rápido como nunca, em algumas partes peguei a Rapunzel no colo e voei ao lado dele, para dar um descanso a ele, e para matar a saudade dela também, eu estava com toda a estória que ela contou sobre o que o Breu fez quando estavam na torre muito fresca na memória, e isto me dava mais forças para chegar até a ilha o mais rápido possível. 

Aterrissamos na praia, por a ilha ser pequena, não havia muito o que explorar, resolvemos partir em uma busca na mata imediatamente, pelos cálculos da Merida e do Soluço, conseguiríamos explorar toda ela até o final do dia, já que ainda era de manhã. Então nós procuraríamos o possível esconderijo do Breu até o anoitecer, e quando anoitecesse, montaríamos acampamento se necessário, e esperávamos que isso não fosse necessário. A Merida tinha tanta certeza de que encontraríamos o Breu nessa ilha, que todos nós acreditamos também, ela parecia ter recebido esse dom de sentir as coisa da Bruxa, e até agora tudo tinha dado certo, então adentramos pela mata em grupo, o Pascal estava no ombro da Rapunzel, de onde não saiu nenhum minuto desde que nos encontramos depois do sequestro do Breu, e eu estava segurando a mão dela, não queria perde-la de vista nenhum minuto, o Soluço e a Merida haviam ficado uns dois passos para trás e conversavam baixinho, também de mãos dadas, o Banguela logo atrás deles parecia um segurança, olhava para todos os lados, vigiando nosso caminho. 

—Ei, tudo bem? —Olhei para o lado e a Rapunzel me olhava com uma cara preocupada. 

—Eu que pergunto, tudo bem com VOCÊ? —Rebati a pergunta, não queria parecer preocupado para ela, queria parecer confiante como sempre, mas confesso que todos aqueles acontecimentos e a implicância particular do Breu com a Rapunzel estavam me desestabilizando. 

—Jack...o que está acontecendo? Me fala, você estava fazendo uma cara estranha... —Ela me olhou fazendo uma careta, dei um meio sorriso para ela. 

—Sério, está tudo bem agora, você está aqui em segurança, estamos todos juntos e vamos pegar o Breu de surpresa, estou ótimo! —Forcei meu melhor sorriso. 

—Bom, não vou te obrigar a se abri comigo, mas saiba que quando quiser, estarei aqui. —Ela respondeu séria, acho que meu falso sorriso não a convenceu, esta loirinha sabia mesmo identificar o que eu sentia. 

—Rapunzel...—Comecei a falar, disposto a me abrir, mas fui interrompido por um barulho de galhos quebrando, todos paramos onde estávamos e ficamos em silencio para ver da onde o barulho vinha, o Banguela ergueu as orelhas. 

O Banguela então começou a correr em uma direção e nós todos fomos correndo atrás dele, pelos cálculos estávamos chegando bem ao centro da mata, então o Banguela parou de súbito, nós quatro que estávamos correndo a toda velocidade pechamos nele e caímos um por um sentados no chão. 

—Ai Banguela... —Soluço reclamou. 

Mas quando nos levantamos vimos por que ele tinha parado, bem ali na nossa frente estava uma cama, muito familiar para mim, não havia colchão nela, apenas a parte de madeira e em baixo dela, um túnel, o esconderijo do Breu.