História Se você acreditar - Finalmente respotas

(Jack) 

Voei o mais rápido que já voei na vida, peguei o Breu de costas, tudo como planejado, o derrubei no chão, ele parecia muito surpreso, mais do que achei que estaria, e de alguma maneira, fraco... Como se já tivesse desistido, nenhum sorriso de escarnio, nenhuma piada infame, assim que o prendi contra o chão, ele tinha os olhos arregalados e apavorados olhando para mim . 

—Ei Jack... veio cedo, não vou mentir, realmente não lhe esperava tão cedo, mas acho que realmente não meto mais medo em ninguém, aonde estão seus amiguinhos? —Ele falou, numa tentativa de piada irônica que não deu certo. 

—Hoje somos só nós dois Breu, temos muitas contas para acertar. —Falei, cada palavra emanando o ódio que sentia por ele e por tudo que ele fez. 

—Oh, um encontro a sós. Ótimo, acho que sua namoradinha vai ficar com ciúmes... —Ele continuou. 

—Não fale mais nada da Rapunzel! Você já fez o suficiente a ela, agora você vai pagar. —Falei apertando ainda mais o cajado no pescoço dele. Ele não falou nada, acho que foi isso que me trouxe de volta, eu estava perdendo a cabeça, eu precisava de informações, não podia mata-lo...  

—Então, acabou as piadas? Acabou o sarcasmos? —Não vou te matar ainda, pode ficar calmo... tenho algumas coisas a esclarecer antes, não achou que seria fácil não é? 

—Nunca é fácil meu querido inimigo Jack Frost, você deveria saber. —Ele falou, o sorriso descarado de volta. 

Lancei gelo do meu cajado, o prendendo da cabeça para baixo na parede, mas não afastei o cajado, não podia arriscar, ele parecias fraco, mas o Breu era sempre cheio de cartas na manga. 

—Vou perguntar uma vez, espero que me responda logo, para pouparmos nosso tempo e esforço, o que fez aos nosso mundos? Aonde estão as pessoas e os reinos que atacou? —Falei firme. 

—Direto assim? Nem me levou para jantar e já quer arrancar coisas de mim... —O interrompi encostando o cajado no seu pescoço. 

—Não estou no clima para jantares. —Falei. 

—Tudo bem, tudo bem, vamos com calma... Ah aqueles reinos, tão alegres, tão cheios de magia... Eu drenei, drenei toda a mágica deles, consumi cada porcentagem de magia que havia neles, eu precisava de muita magia para me reerguer depois que fui derrotado por você e seus guardiões, então procurei os reinos mais mágicos, me infiltrei neles, comecei aos poucos a espalhar medo por eles, e quando ataquei foi fácil, claro que pretendia capturar algumas pessoas especificas que infelizmente fugiram, mas o resto deu tudo certo, magia drenada, e reino abandonado, totalmente seco. —Ele falou. 

—E as pessoas... o que fez com elas? —Perguntei o que mais me interessava, e o que eu mais temia. 

—Ah Jack... tem certeza que não sabe o que aconteceu? 

—FALA! —Gritei e pressionei o cajado. 

—MORTOS JACK! HAHAHA —Ele riu loucamente, não podia ser verdade... todos mortos... como... 

—Não todos claro, sempre tem os mais teimosos...—Ele falou. 

—O que disse? Aonde estão os sobreviventes? —Perguntei desesperado? 

—Quando abri as fendas e meus pesadelos os abraçaram, muitas almas fracas se entregaram, e literalmente morreram de medo, os meus pesadelos foram demais para elas, mas alguns teimosos se recusaram a se entregar! Então mantive eles em cativeiro, nas minhas celas particulares aqui na minha casa, você já deve saber de quais estou falando... pensei em deixar eles lá sem comida e água até morrerem, mas pensei que pudessem ser uteis mais para frente, como moeda de troca... então alimentava eles de vez em quando, claro que alguns não sobreviveram, mas a maioria aguentou. —Ele falou. Senti um alivio e uma esperança de que pelo menos algumas pessoas ainda estavam vivas, nem tudo estava perdido... Mas ele estava sendo muito sincero, se abrindo muito fácil, ele deveria ter uma carta na manga. 

—O que você quer? —Falei. 

—Como assim, por que eu iria querer algo na minha situação? —Ele respondeu com um sorriso sarcástico no rosto, confirmando as minhas suspeitas. 

—Você nunca entregaria o jogo fácil assim, sei que quer alguma coisa... —Falei. 

—Jack, querido. Inteligente como sempre. —Falou. 

—É claro que quero alguma coisa, não tenho mais nada a perder, tenho apenas a chave para retornar a magia aos reinos e a chave que liberta as pessoas que sobraram de seu estado de medo, e em troca querido, eu quero a Rapunzel.