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História Season Of The Witch - Capítulo I


Escrita por: Sury_M

Notas do Autor


Olá para quem estiver lendo essa One shot, eu já havia publicado ela em 2014, mas em agosto desse ano minha conta foi banida YEY! Ai resolvi tentar novamente e publicar minhas fics.

LEMBRANDO: ~FIC DE MINHA AUTORIA, DISPONÍVEL TAMBÉM NO WATTPAD PELA MINHA CONTA ~SURY_M

Essa one shot foi baseada no filme Season of the witch (avá ¬¬)

AVISO: não tenho nada contra nenhuma religião, crença, ateísmo, ou seja lá que for. Essa one shot foi baseada em filmes e dados históricos! Então, pls, não me condenem x.x

CONTÉM: Sexo, homossexualidade, misticismo, violência, etc...

Louis: 24 anos/ Harry: 16 anos(aparentemente)

Bem, é isso hehe Boa leitura! Bjsss!

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Season Of The Witch - Capítulo I

A era das Cruzadas tornou-se um símbolo da Idade Média durante meados do século XI ao século XIII, assim como a criação da ordem templária, esta que compunha cavaleiros comandados pela Igreja Católica para recuperar o domínio da Terra Santa – Jerusalém – ocupada pelos muçulmanos e para lutar em nome de Deus. Nesse mesmo período iniciou-se a caça às bruxas, com o intuito de queimar ou enforcar todos com ligação à bruxaria. Poderia ser considerada bruxa ou bruxo aquele que possuísse marcas de nascença na pele que significaria que um demônio a tocou. Os integrantes da Igreja torturavam os suspeitos de formas brutais até que confessassem sua ligação à bruxaria.

 

1239 d.C Cidade de Villach

Uma cidade pacata do leste europeu, casas feitas de madeira de carvalho grosso, construídas há anos, as quais rangiam e serviam de abrigo para as traças. O céu se encontrava nebuloso, o vento gélido vindo do norte era como navalhas ferindo a pele dos moradores. Um grupo pequeno de cavaleiros templários dormiria lá esta noite; foram dispensados das guerras para servir o Cardeal de Villach, um homem nobre e ardiloso na visão de alguns, ele era temido por sua severidade, famoso pela alcunha "O matador de bruxas". Sua palavra era lei, suas ordens cumpridas com maestria, quando condenava alguém de bruxaria ordenava que a população o apedrejasse, se continuasse vivo seria queimado em praça pública e em frente à Igreja da cidade.

Naquela tarde todos esperavam ansiosos pela vinda dos cavaleiros. Possuíam a missão de levar um garoto, capturado numa cidade vizinha, até um santuário ao Sul para ser condenado e executado. O menino estava sendo acusado de espalhar a Peste Negra pela Europa, uma doença letal e incurável, talvez acusar o menino era apenas um pretexto para arrumar um culpado para algo que não estava ao alcance da Igreja.

A recepção fora calorosa. Era estanho estar novamente em uma cidade como aquela; passaram tantos anos em batalhas que não viam nada além de sangue e mortes. Os templários foram recebidos pelo Padre Gratry, o braço direito do Cardeal, era responsável de informá-los sobre sua missão que só ocorreria na manhã seguinte. Seguiram para seus aposentos depois de uma demorada e farta refeição cedida pelo Cardeal, este que não apareceu para recebê-los.

No dia seguinte foram acompanhados pelo Padre até o aposento do Cardeal, adentraram o quarto, composto por ouro e prata, encontrando o velho homem em sua cama, sua pele pintada de manchas negras e feridas expostas, o cheiro pútrido de carne em decomposição, sua garganta parecia estar ferida conforme tossia – ele estava com a Peste.

- Sim, eu peguei a Peste... – sussurrou homem, parecia ter envelhecido cem anos, perdendo-se em sua imensidão de cobertores. – Fico feliz em vê-los cavaleiros. Teria sido mais hospitaleiro, mas como podem ver, mal consigo levantar de minha cama. - sua voz quebrou-se numa tosse seca.

- É uma honra finalmente conhecê-lo, Cardeal. – reverenciou-se Louis Tomlinson, o comandante dos templários, passou anos na Guerra Santa, mais tempo que qualquer um dos quatro cavaleiros que vieram consigo para a missão de Villach. – Se me permite perguntar, quando ficou doente?

- Quando aquele garoto chegou aqui. – os criados serviram-lhe água para sessar a tosse. – Ele contaminou a todos.

- Garoto? – confuso Louis franziu o cenho, não estava cinte de sua missão ainda.

- Sim. – intrometeu-se Padre Gratry. – Essa é sua missão, Sor Louis. Precisamos que leve esse bruxo a um santuário ao Sul, ele precisa ser devidamente aniquilado para o fim da Peste. – afirmou com confiança.

- E como sabem que a culpa foi desse garoto? – inquiriu Tomlinson, seu tempo na guerra o fez ver coisas e matar pessoas que julgava culpadas, mas que nunca fora comprovado.

- De três cidades que ele passou, duas foram devastadas pela Peste. A mãe dele era uma bruxa! Ele é o fruto do pecado e em nome de Deus deve ser condenado! – disse o Padre de modo que a pergunta de Louis parecesse absurda e desnecessária.

- Certo... – interrompeu George, um dos cavaleiros de Louis. – Vamos levá-lo logo, Louis. Quanto mais cedo começarmos essa viagem, mais cedo voltaremos para casa. – disse e Tomlinson suspirou concordando com o garoto. O comandante sabia que todos tinham alguém esperando por eles, mesmo Louis não tendo ninguém o aguardando voltar para casa, não podia negligenciar o pedido de seus companheiros. Iria para essa missão o mais rápido possível.

Os templários foram acompanhados pelo Padre até as masmorras encontradas na igreja, era contraditório pensar que um local santo possuía algo tão sombrio e cruel, mas eram feitas apenas para aprisionar bruxas e bruxos.

Desceram as escadarias até o subterrâneo quando finalmente pararam em frente a um calabouço, Louis precisou aguçar a visão para poder ver o que estava em seu interior, estava tão escuro e frio. Viu um menino encolhido ao fundo, abraçava o próprio corpo e suas costas expostas, devido à camisa rasgada, estavam com marcas de açoites. Era deprimente.

- É só um garoto. – sussurrou Louis incrédulo por tamanha crueldade.

- Não se engane, Sor Tomlinson. Ele é tão ardiloso quanto o diabo. – afirmou o Padre e abriu a grade para adentrar o local. – Eu coloquei soníferos em sua refeição, então não se preocupem, ele não está acordado. – disse e Louis caminhou até o menino vendo seus olhos fechados, ajoelhou-se e segurou o braço do suposto bruxo jogando-o atrás de seu pescoço, passou seu braço pela parte de trás dos joelhos do garoto e a destra para as costas finalmente levantando-se carregando-o consigo; mesmo desacordado o menino o abraçou pelo pescoço soltando um gemido de dor baixo assim que sentiu a mão de Louis tocando-lhe as costas expostas e feridas.

Saíram da igreja e organizaram a carruagem composta por uma gaiola na traseira, Louis levou o menino até ela o colocando dentro cuidadosamente. Os cavaleiros rapidamente trancaram a gaiola e montaram em seus cavalos, Louis fez o mesmo e o Padre – que tinha a função de guiá-los até o santuário – ocupou o controle da carruagem acompanhado de um cavaleiro.

A carruagem começou a se mover e Louis tomou o posto de guarda na parte traseira podendo ver nitidamente o menino na gaiola. Agora, devido à claridade do dia, podia analisar a pele alva do garoto manchada por uma coloração acinzentada em algumas partes devido à poeira e coberta por hematomas, seus cabelos estavam desgrenhados, mas podia-se notar os cachos escondendo as orelhas. Parecia tão inocente. Talvez fosse.

Como enxames de abelhas, os moradores cercaram a carruagem em questão de segundos  falando palavras de ódio ao garoto aprisionado que, devido os gritos e remexer da carruagem, começara a abrir os olhos. Quando finalmente os abriu Louis pode ver a coloração esverdeada, os olhos do menino encontraram os seus instantaneamente, como imãs, eram olhos brilhantes, tão intensos que por um momento Louis achou que eles o levaram para o paraíso, e que em outro momento tornaram-se assustados e confusos. Pedras lançadas contra a gaiola chacoalharam o ferro envelhecido e Louis viu o menino se encolher ao fundo abraçando os joelhos. Uma fúria repentina subiu pelas entranhas de Tomlinson.

- Basta! – gritou para as pessoas apanhando sua espada descansada na bainha em seu quadril com maestria. Os moradores começaram a se afastar gradativamente e os gritos foram diminuindo até finalmente saírem da cidade deixando predominante apenas o tamborilar de cascos dos cavalos, o cantarolar dos pássaros nas árvores e a roda da carruagem atritando contra a estrada de terra. – Qual o nome dele, Padre? – perguntou Louis alto suficiente para o homem ouvir.

- Harry. Harry Styles. – respondeu o Padre e Louis notou que o menino não tirava os olhos de si.

A cavalgada era longa e silenciosa, ao redor uma floresta densa e escura os acolheu, Harry passou todo o trajeto quieto, mas não desviou os olhos de Louis. Olhos azuis como o céu de verão, pele beijada pelo sol, barba rala, boca encantadora. Harry o achara fascinante.

Apenas quando anoiteceu pararam para o desjejum. Reuniram-se em torno de uma fogueira deixando a carruagem onde eles poderiam observá-la junto com Styles. Conversaram e riram de algumas piadas, George iniciou suas historias de guerras e aventuras entretendo a quase todos, Louis não conseguia prestar atenção nas falas do amigo, seu olhar vagando entre a fogueira e o menino de olhos verdes, este que, para se proteger do frio, abraçou o próprio corpo com os braços magros. Louis forçou algumas risadas acompanhando os amigos rindo enquanto apanhava alguns pães e carnes para o pequeno bruxo comer, pegou uma manta e discretamente caminhou até a carruagem chamando a atenção do menino imediatamente.

- Eu trouxe comida... – entregou-lhe o prato com o alimento por uma fresta na parte inferior da gaiola. – e uma manta. – acrescentou dando-lhe a manta e Harry se cobriu assim que a pegou. Louis o observou por mais alguns segundos – Por Deus, não sabia quantos anos tinha, mas parecia ser novo demais para tudo que estava passando. – até dar-lhe as costas voltando a junto aos companheiros.

- Obrigado. – escutou o murmurio vagar por entre as árvores e sabia que ele não estava agradecendo apenas pela comida e manta, mas também pela defesa ao saíram da cidade. Continuou a caminhar sem olhar para trás até chegar junto aos cavaleiros. Queria sentar perto da carruagem e conversar com o garoto até saber sobre toda sua vida, queria tirá-lo de lá e vestir-lhe roupas quentes. Mas não podia. Ele ainda era um bruxo. Um pecador. E talvez o culpado por espalhar toda a Peste.

Alguns foram descansar para ocupar os turnos da madrugada permanecendo apenas George e Louis acordados, os dois sentados um ao lado do outro observando a carruagem, uma garrafa de vinho nas mãos de Louis e um fino pedaço de tabaco entre os dedos de George.

- Você acha que ele é mesmo um bruxo? – Louis quebrou o silêncio, vapor quente saindo por entre os lábios finos devido ao frio.

- Você não? – rebateu George mascando parte de seu tabaco e Louis suspirou.

- Ele não me parece um bruxo. – disse sincero tomando um gole da bebida forte que aqueceu seu estomago.

- Para mim também não. – concordou George.

-x-

O turno ficou apenas para Louis, enquanto George dormia por algumas horas, o próximo turno seria do Padre Gratry e nesse meio tempo Louis tentava deixar a fogueira acesa, a noite era sombria e silenciosa. Distraído, Tomlinson continuou mexendo na fogueira até escutar uma voz soar sobressaindo o chacoalhar das árvores.      

- Hey. – chamou o menino e prontamente Tomlinson virou seu rosto. – Qual seu nome?

- Louis Tomlinson. – respondeu calmante voltando a mexer na fogueira, mas logo voltou a olhar o garoto preso na gaiola de ferro tão suja quanto o mais antigo calabouço. Viu o antebraço do menino possuir um corte profundo, já possuindo sangue coagulado ao redor. – Se machucou? – inquiriu e Harry olhou seu ferimento e sorriu fraco voltando a olhar o homem.

- É... me machuquei. – disse o menino e Louis levantou-se caminhando até a jaula para avaliar melhor.

- Quem fez isso? – perguntou, Louis apontou o indicador para o ferimento, o corte fino e fundo do tamanho de seu indicador. Hesitante, o menino cobriu o ferimento desviando o olhar, mas Louis permaneceu o encarando. – Foi o Padre Gratry? – questionou recuperando a atenção de Styles que liberou uma lufada de ar.

- Ele não é muito flexível em questionamentos. – comentou com deboche e Louis suspirou, já esperava que o tivessem torturado.

- Deixe-me ver. – pediu com cuidado e o garoto recuou se afastando do cavaleiro. – Não vou lhe machucar, eu prometo.

- Por que confiaria em você? – arqueou uma sobrancelha desconfiado.

- Irá infeccionar e ficará bem pior, não tenho a intenção de lhe machucar. – explicou Tomlinson escutando o menino rir nasalado. – Por que ri?

- Você irá me queimar vivo em dois dias. Realmente acha que um corte irá fazer alguma diferença? – Inquiriu em tom humorado. Louis preferiu não respondê-lo, sentindo-se tolo, sentou-se em uma grossa raiz de árvore que com o tempo sobressaiu a terra e obteve uma elevação. Passou a fitar o menino analisando-o em silêncio. – Por que me observa?

- Você não parece ser mal. – confessou o cavaleiro.

- Você também não. – disse o menino. – Mas em nosso mundo isso não importa muito. – deu de ombros. – Ao final os inocentes acabam mortos.

- Por que foi acusado de bruxaria? – inquiriu franzindo as sobrancelhas em curiosidade e Styles acomodou-se na suja gaiola de frente a Louis, não era seu dever julgar as ordens do Cardeal, mas poderia obter explicações e detalhes. Harry o olhou, os olhos verdes o despindo até os ossos, curioso demais para ver a reação de Louis para negar uma explicação.

- Minha mãe fazia remédios naturais para pessoas doentes da minha vila. Um de seus clientes melhorou de pneumonia e logo foi apanhado pela cavalaria templária em busca de explicações para sua cura. Bem... ele disse sobre minha mãe e a condenaram à forca em frente a Igreja na presença de todos. Eu fugi naquele dia, mas minha fuga não durou muito... – riu fraco. – Fui capturado uma semana depois condenado por ter ligação com praticantes de bruxaria e espalhar a Peste. E agora estou aqui. – disse baixo. – E você Louis? Qual sua estória?

- Meu pai era cavaleiro. Ele nunca ficava em casa, mas todo o dinheiro que ele recebia ia para a gente, mas um dia um homem veio até a minha casa trazendo consigo a espada de meu pai, ele entregou à minha mãe, falou algo a ela e foi embora. Eu tinha apenas cinco anos. Não havia entendido o que havia acontecido na época. Alguns meses depois minha mãe se enforcou no celeiro. Fui mandado para a Capital para servir a Igreja e quando fiz dezessete anos entrei para as cruzadas. Disseram-me que desse modo Deus iria perdoar minha mãe por seu suicídio e liberaria sua passagem para o céu.

- Que trágica. – disse Harry fazendo Louis rir.

- Não tanto quanto a sua. O que houve com seu pai?

- Não o conheci. – deu de ombros. Harry era encantador. Eles ficaram em silêncio por um tempo se encarando até Harry desviar o olhar e rir baixo sentindo um calor estranho subir para suas bochechas.

- Bem... acho melhor deixar você dormir. – disse Louis por fim.

- Okay... boa madrugada, Louis. – disse Harry sorrindo e pela primeira vez Tomlinson pode perceber que o menino de olhos verdes possuía lindas depressões nas bochechas fazendo-o sorrir largo.

- Boa madrugada, Harry. – disse voltando para a fogueira, mas sem deixar de olhar para Harry por cima de seu ombro vendo o menino ainda o observando.

-x-

O dia seguinte passou quieto, Louis não tirava os olhos de Harry e o mesmo acontecia com ele, Harry não conseguia parar de olhá-lo. As vezes passavam tanto tempo se encarando que um dos dois era obrigado a desviar o olhar, e todas as vezes Styles corava.  Estavam já muito próximos ao santuário, passariam apenas mais uma noite na mata e na manhã seguinte iriam chegar ao seu destino, já estava anoitecendo quando a voz do bruxo soou.

- Preciso fazer xixi. – disse rompendo o silêncio e corando fortemente.

- Está de brincadeira, não é? – inquiriu o Padre parando a carruagem.

- Não, preciso mesmo fazer xixi. – afirmou o menino e Louis riu baixo de seu modo de falar. Deus, ele era tão doce.

Gratry desceu da carruagem e Louis de seu cavalo abrindo a gaiola e tirando Harry de dentro segurando-lhe firmemente o braço. Adentraram a mata e Louis o soltou escorando em uma das árvores, o Padre permaneceu encarando o menino de costas para si, Styles olhou sobre os ombros para o Padre e franziu o cenho.

- Não consigo com você olhando. – resmungou e Louis riu novamente. Bufando o Padre se virou fitando uma das árvores. O som do líquido fora escutado e logo parou. Gratry esperou um pouco o menino vestir as calças e virou-se para ele novamente não encontrando nada. Olhou mais ao fundo da mata vendo-o correr já a alguns metros de distância. Louis assim que o viu se distanciando correu até seu cavalo montando-o e avisou os outros começando a busca acompanhados de Gratry, que estava furioso.

Louis odiava ser feito de tolo, se deposita confiança em alguém este deveria valorizá-la e Harry fez o contrário assim que fugiu.

Cavalgaram até chegar a uma pequena cidade, estava escura devido à noite e silenciosa por não haver ninguém nas ruas. Os únicos sons audíveis eram o tamborilar feroz dos cascos dos cavalos e o urrar dos corvos. Louis escutou passos em direção a praça e seguiu o som encontrando-se com Harry prontamente que, por estar correndo, quase se chocou com seu cavalo. Styles caiu sentado no chão de pedras vendo a feição irritada de Tomlinson sentindo seu peito se apertar, mas não era momento para desistir da fuga, levantou-se rapidamente, mas assim que virou-se para o lado oposto encontrou-se com o Padre montado num cavalo branco com crinas negras.

Gratry, antes de descer do cavalo, chutou o peito de Styles fazendo-o cair novamente, assim que o homem estava no chão agarrou os cabelos do menino desferindo-lhe um tapa na bochecha esquerda, Harry tentou se defender levando a mão ao rosto do Padre arranhando-o tão profundamente a ponto de filetes de sangue surgirem em sua pele branca. Furioso, o Padre atacou-o com mais tapas e socos em cada lado de seu rosto, vendo que o menino não aguentava mais Louis o parou.

- Já basta! – gritou Louis e o Padre se afastou montando novamente no cavalo deixando o garoto de olhos verdes estirado no chão com as mãos na boca para tentar conter o sangramento e a dor que sentia. George se aproximou de Styles e o carregou colocando-o no cavalo e montando em seguida. Styles acabou desmaiando.

Desacordado, Harry só notou quando estava novamente na gaiola trancada escutando os gemidos de dor do Padre enquanto Louis limpava o sangue que escorria dos arranhões em seu rosto.

 - Seria uma pena se ele sangrasse até morrer. – disse irônico o menino possuindo um sorriso petulante no rosto. Louis não mudou a expressão apenas segurou Gratry quando o mesmo ameaçou avançar para cima do menino. George entregou um pano para Styles limpar sua boca e nariz ainda sangrando e assim o menino fez.

Continuaram o trajeto vendo o sol raiar no leste preguiçosamente, Harry não desviava o olhar de Louis, analisando suas expressões. Ele estava zangado.

- Louis... – chamou num sussurro e o homem não respondeu, nem ao menos o olhou. – Lou, por favor... – tentou não se abalar com o apelido, mas foi impossível, principalmente soado de maneira choramingada e manhosa ao mesmo tempo. Olhou para o menino que ainda possuía um pouco de sangue seco embaixo do nariz e um corte nos lábios que só os deixaram ainda mais vermelhos e inchados. Tentadores. – Não fique bravo comigo, por favor...

- Você tentou fugir! Que droga, Harry. Por que tentou fugir? Eu confiei em você... – disse nitidamente abalado.

- O que queria que eu fizesse?! – rebateu o menino agora irritado. – Eu vou morrer daqui a algumas horas por crimes que eu não cometi. Realmente acha que eu ficaria sentado esperando ser queimado vivo? Eu não sou idiota! – rosnou Styles e foi a primeira vez que Louis o viu irritado. Adorável.

Finalmente chegaram ao templo sagrado. Encontrava-se em uma pequena cidade, que agora estava deserta. Tornou-se apenas um lugar de rezas e exorcismos após alguns boatos de que a estátua de Nossa Senhora que fica na praça central ter chorado lágrimas de sangue há alguns anos. Supersticiosos, todos deixaram a cidade para que lá se tornasse um local Santo.

Sem muitas delongas, Graty destrancou a gaiola e tirou Styles de lá o levando rudemente até dentro do templo que era antigamente uma igreja, os cavaleiros o acompanharam enquanto Louis demorou a descer de seu cavalo, olhou para o céu se questionando se era certo deixar o menino morrer, talvez ele fosse inocente. Louis não queria deixá-lo morrer. Não queria perde-lo.

Desceu do cavalo e adentrou a igreja, que era extremamente exuberante. Tudo era banhado a ouro, possuía mármore em grande parte do local deixando o santuário gelado e claro. Louis viu Harry ajoelhado com a cabeça baixa, Lúcio – outro cavaleiro não muito renomado e tampouco eficiente – possuía um recipiente contendo óleo inflamável em mãos começando a jogar no menino iniciando pelos cabelos.

- Lou... – choramingou Harry e Louis sentiu o peito reprimir. O Padre possuía uma bíblia em mãos lendo um tipo de ritual. Todos possuíam a cabeça baixa, pareciam não escutar Styles pedindo ajuda, ou até mesmo não se importar com ele – e realmente não se importavam.

 - Parem, ele é só um menino. – interrompeu Louis.

- Loueh... – choramingou Harry enquanto jogavam-lhe óleo por todo o corpo até esvaziar o recipiente.

- Não de ouvidos a ele, Louis. Ele é um bruxo, está fazendo sua cabeça para te virar contra nós! – gritou Gratry e Lúcio apanhou a tocha levando em direção de Harry. O garoto sentiu o calor da chama se aproximando de seu rosto e lamuriou sua última suplica.

- Lou, por favor...! – Louis sem pensar em mais nada se lançou na frente de Styles, apanhou sua espada deixando-a rente ao pescoço se Lúcio, este que se afastou rapidamente com a tocha.

- Louis, o que está fazendo? – receoso George se pronunciou.

- Louis! O que está pensando – começou o Padre em tom interrogativo, mas logo parou vendo algo atrás dele. Louis se virou vendo Harry levantando-se com um sorriso amedrontador. Riu rouco e uma faísca surgiu assim que ele estalou os dedos, seu corpo começou a queimar e seus olhos não desviavam do Padre. – Ele não é um bruxo...

- Acham mesmo que vão me matar com fogo? – perguntou Harry de maneira debochada e petulante. – Fogo... Eu nasci dele. – riu e caminhos de chamas seguiram pelo chão devorando todos os companheiros de Louis, até mesmo o Padre. Tomlinson estava paralisado, o fitava incrédulo. Ele havia o enganado tão bem.

- O q-que você fez? – inquiriu relutante.

- Eles mereciam a morte. – disse Harry, agora diminuindo a intensidade das chamas em seu corpo até não haver nada, nem arranhões ou queimaduras, até mesmo os machucados anteriores haviam desaparecido. Suas roupas estavam intactas.

- Eram meus amigos! Eram bons homens! – gritou Louis enfurecido.

- Eram estupradores, torturadores e assassinos! – rebateu.

- Eu matei pessoas também! O que me faz diferente deles?! – Harry ficou em silêncio por um momento. Pensando.

- Você é gentil. – sussurrou. – Eu não quero que você morra. – suspirou e Louis franziu o cenho. – Entenda Louis, as mortes pela Peste não chegam nem perto de quantos inocentes morreram na mão de templários e da Igreja. – Louis soltou um som debochado e raivoso fazendo Styles franzir o cenho e se aproximar lentamente, segurou Louis pelo pescoço e atirou-o de encontro com a parede. Em questão de segundos ele já estava com a boca rente ao rosto de Louis com o olhar feroz segurou o pescoço de Louis novamente levantando-o do chão, mas logo o soltou.

- Você me teme? – inquiriu Styles.

- Não.

- Pois deveria. – riu de modo cruel.

- O que é você?

- Sou o que sua Igreja teme acima de tudo. – elevou a voz tornando-se mais imponente aproximando o rosto na orelha do cavaleiro. – Sou o que você deveria temer. – acrescentou num sussurro rente em seu ouvido fazendo seu hálito quente chocar-lhe a pele e Louis tentou disfarçar o quão aquilo fora excitante, mas foi impossível. Seus pelos eriçaram. – Sabe Loueh, eu não fui tão sincero com você sobre meu passado. – iniciou de maneira desprezível. – Após minha genitora morrer na forca, eu queimei toda a cidade, sem poupar uma alma se quer. Todos eram traidores! – disse firme, mas logo voltou com o sorriso petulante. – Mas eu demorei tempo demais observando aquela cidade queimar e comecei a ser procurado pelos templários. Para tentar contê-los, eu espalhei a Peste em quase todas as cidades que eu passei. – disse deslizando a ponta do indicador sobre o peitoral de Louis o fazendo ofegar, ele só não sabia se era pelas falas do mais novo ou se era pela proximidade. – Mas então... apareceu você... – sussurrou e por um momento tornou-se frágil novamente. Seus olhos alternando desde os olhos azuis de Louis aos lábios róseos e convidativos, que no momento estavam entreabertos e respirando pela boca. Notando tamanha proximidade, Harry acordou de seu transe franzindo furiosamente o cenho e levando a destra à mandíbula do cavaleiro apertando com o polegar e indicador às bochechas do outro. – Me teme agora, Loueh?

Tomlinson em um movimento rápido e preciso inverteu as posições prensando o garoto na parede com tamanha brutalidade que pode escutar o baque surdo de suas costas e cabeça se chocando com o mármore gélido revestindo algumas partes das paredes do templo. – Não. – aproximou os lábios famintos dos de Harry unindo-os ferozmente. Styles fechou os olhos em surpresa e por extinto levou as mãos aos cabelos sedosos de Louis, bagunçando-os. Harry entreabriu os lábios deixando que Tomlinson saboreasse sua boca. A língua do mais velho serpenteava sobre a do garoto como um ato desesperado. Não queria parar de sentir seu gosto. Por falta de ar romperam o beijo dando inicio a uma risada rouca de Harry.

- Você quer brincar com mágica? – riu novamente recebendo como resposta os lábios ferozes de Louis em seu pescoço chupando e mordiscando a pele sensível. – Você não sabe com quem está se metendo... – avisou tentando disfarçar um gemido esganiçado após a última mordiscada de Tomlinson antes de abandonar seu pescoço deixando os lábios rentes ao seu ouvido.

- Você também não. – rosnou antes de agarrar as coxas de Harry levando-as a sua cintura. O garoto circulou os braços em seu pescoço afundando os dedos da destra nos cabelos do cavaleiro.

Prensado na parede, Harry não conseguiu não gemer assim que sentiu Louis chocar seu membro com o seu dando leves investidas com o quadril contra de Styles. Tomlinson descolou Harry da parede deitando-o no chão, faminto voltou a colar os lábios fazendo o de olhos verdes sorrir durando o beijo desajeitado. Harry empurrou Louis de forma estúpida para o lado obrigando-o a sair de cima de si, Tomlinson o olhou confuso e irritado ao mesmo tempo e antes que pudesse protestar Styles sentou em sua cintura começando a se despir enquanto rebolava lentamente encima do pênis de Louis fazendo-o gemer. Iniciou a retirada das vestis pela camisa – que não passava de trapos – ficando apenas com a calça e começou a tirar a armadura e roupas de Louis.

Impaciente Louis começou a ajudá-lo e não demorou em estarem despidos, Tomlinson deitou Harry novamente e se deu ao luxo de admirá-lo completamente nu em sua frente com um sorriso maroto e os olhos levemente fechados, parecia um gato prestes a atacar. Excitante.

Louis abaixou-se tocando o abdômen de Harry com a língua escutando o menino suspirar, logo a deslizando preguiçosamente até o mamilo esquerdo abocanhando-o em seguida escutando Harry conter um gemido agudo. Chupou e mordiscou o mamilo de Styles até senti-los quentes e rígidos, a respiração do garoto já estava desregulada, suas bochechas coradas e os cachos começando a colar na testa devido o suor. Louis sentiu seu pênis enrijecer ainda mais – se possível – tocando seu abdômen, desceu os lábios pelo corpo alvo até encontrar o membro pulsante de Styles implorando por atenção sem mais delongas, Louis abocanhou o pênis de Harry levando o indicador à entrada do menino circulando-a e a pressionando fazendo Styles lamuriar palavras desconexas.

- Loueh... – gemeu e Louis o invadiu, não só com o indicador, mas com o dedo médio deixando-o estremecido e arrepiado, não parou de chupá-lo, continuou os movimentos com a boca enquanto intensificava as estocadas de seus dedos no interior quente e apertado do menino.   

Não aguentando suportar o incômodo imensurável de seu membro rígido deixou o pênis de Styles e tirou os dedos de seu interior agarrando-lhe pelos cabelos e levando o rosto do cacheado até seu pau. Harry o encarou divertido e notando a ordem que a expressão tensa e desesperada de Tomlinson o menino de olhos verdes agarrou a base começando a brincar com a glande do outro com a língua.

- Styles! – advertiu num rosnado desesperado e Harry prontamente abocanhou seu membro sugando-o enquanto o homem de joelhos no chão delirava sob seus toques. Não havia tempo para carinho, Louis estava desesperado, toda a atração que sentiu durante esses dias por Harry parecia ter se intensificado quando o menino se revelou um monstro. Louis não sabia ao certo o que ele era realmente, talvez um demônio ou até mesmo o próprio diabo, mas Tomlinson não conseguia resisti-lo. Isso era impossível.

Louis mandou Styles parar de chupá-lo e deitou novamente no chão sobre sua manta de cavaleiro com uma cruz vermelha no centro, puxou o menino para que sentasse em seu quadril e assim o outro fez, podendo sentir o membro de Louis pulsando em sua bunda. Harry levantou um pouco o quadril e Louis separou suas nádegas roçando a glande na entrada miúda do garoto. Sem desviar o olhar dos de Tomlinson, Styles foi descendo devagar abrigando toda a extensão do outro em seu interior. O mais novo fechou os olhos jogando a cabeça para trás apreciando o prazer lhe fornecido e começou a cavalgar lento e tortuosamente, levando Louis ao delírio fazendo-o apertar sua cintura bruscamente.

Harry notou o pequeno crucifixo no pescoço de Louis, abaixou o tronco sem cessar os movimentos apanhando-o com a boca de modo que ficasse invertido entre seus lábios, sorriu ladino e Por Deus, aquela cena nunca se tornou tão erótica.

Louis inverteu as posições ficando por cima de Styles, este que abriu as pernas em deleito. Os movimentos se intensificaram, o membro de Louis entrava e saia de Harry em milésimos de segundos, as paredes brancas do santuário acolhiam os gemidos e urros dos dois de maneira voluptuosa fazendo-os ecoar e voltar aos seus ouvidos tornando o ato mais prazeroso.

- L-Louis... Ahh... calma... – pediu notando a forma bruta que Louis o invadia. Tomlinson riu rouco.

- Não aguenta, Styles? – inquiriu divertido irritando Harry embaixo de si, este que aproveitando o momento desferiu-lhe um tapa na bochecha, sorriu satisfeito pelo estalo e por Louis parar os movimentos. Tomlinson o olhou feroz, agarrou seus punhos e prendeu-os sobre sua cabeça, Harry riu rouco tentando soltar seus punhos, mas Louis voltou com as estocadas.

Tudo começou a tornar-se rude e forte e ambos amavam isso, amavam arranhões fundos, tapas estalados, mordidas fortes e puxões de cabelo. Ao final Harry ficou por cima voltando a cavalgar no pau de Louis deixando o mais velho delirar debaixo de si.

Harry levou a boca ao peito de Louis o lambendo vagarosamente, o cavaleiro sentiu o local queimar e ao desviar o olhar um uma espécie de pentagrama gravado em sua pele, era uma estrela de cinco pontas.

- O que você fez? – indagou sentindo seu orgasmo a caminho enquanto o menino ainda cavalgava em seu pau.

- Te marquei. – respondeu.

- Para quê?

- Para mostrar que você é meu. – respondeu e Louis o puxou para um beijo caloroso sentindo as ondas do orgasmo invadir seu corpo junto com um turbilhão de sensações, Harry veio junto a si sujando seu abdômen e logo desmoronando em seu peito enquanto Louis se retirava de seu interior.

Louis permaneceu parado com o menino ofegante em seu peito refletindo. Por Deus, acabara de fazer sexo em um santuário! E seus amigos estavam mortos próximos a si! E ele havia fodido – no melhor e mais prazeroso sentido da palavra – com o causador de tantos males!

Voltou seu olhar para a face de Styles vendo-o com os lábios entreabertos ainda um tanto ofegante, os olhos piscavam lentamente dando a entender que as pálpebras estavam pesadas e o sono estava o dominando. Não resistindo abraçou-lhe firme e possessivamente beijando o topo de sua cabeça e sentindo Harry sorrir em seu peito. Permitiram-se ficar por alguns momentos naquela posição até Harry levantar-se e vestir suas roupas sendo acompanhado pelos olhos atentos do cavaleiro. Louis – depois de observar o menino – também começou a vestir suas roupas.

- Desculpe a bagunça. – pediu Styles apontando para os corpos estirados no chão.

- Tudo bem. – disse Louis se aproximando do menino lentamente.

- Eu não vou parar a Peste. – Harry avisou. – Não irei parar até todos os que eu julgar culpados estiverem mortos. – sussurrou.

- Eu sei. – disse e segurou o rosto de Styles carinhosamente unindo os lábios e viu Harry fechar os olhos enquanto seus dedos acariciavam os cachos presentes em sua nuca.

- Preciso ir. – disse o menino rompendo o beijo e se afastando do cavaleiro.

- Eu irei vê-lo novamente? – perguntou esperançoso.

- Quer me ver novamente? – provocou com um sorriso bobo nos lábios.

- Quero... Muito. – afirmou o de olhos azuis.

- Então irá me ver novamente. – confirmou rindo doce e Louis o viu tornar-se o menino que era. Harry caminhou até a saída da igreja e abriu as portas pesadas de madeira talhada indo ao lado de fora, mas não antes de olhar para o cavaleiro por cima de seus ombros delicados para não se esquecer de sua aparência. Louis correu para dar um beijo de despedida, no entanto ao sair do santuário não o encontrou. Harry havia desaparecido.

Sentiu um estranho pressionar em seu peito e uma tristeza invadir seu coração. Recompôs-se de tal declínio tão rapidamente que semelhava sua destreza com a espada. Sabia que o veria novamente. Louis o veria novamente. – Até logo. – sussurrou.


Notas Finais


Espero que tenham gostado comentem pfv! Eu tenho outras Fics no meu perfil se quiserem conferir! Beijos, até mais!


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