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História Second Chance - Clues


Escrita por: Love_Bookss e Tawani_won

Capítulo 3 - Clues


Fanfic / Fanfiction Second Chance - Clues

A casa era grande e bonita, uma das maiores do quarteirão, eu diria, a família parecia ter muito dinheiro, porém poucos amigos segundo o que pesquisamos nas redondezas. A sala era espaçosa com paredes brancas e uma só tingida de preto, os moveis pareciam ter saído de algum antiquário do século passado, e o mais estranho de tudo era que tudo ali estava impecavelmente organizado, como se não mexessem ali há meses, porém a limpeza era extrema. Sam observava tudo de perto, seus olhos corriam de uma poltrona a outra, no tapete a teto a procura de alguma evidência, mas nada.

A mulher que nos permitira a entrada guiava-nos até o lugar do acontecido, subimos escadas e entramos por corredores apertados, outros largos. Não conseguia entender, se era assassinato, porque parecia tudo tão ... quieto. Respirei fundo e tirei meu EMF (aparelho de ondas eletromagnéticas) do bolso, lógico que disfarçadamente, se a mulher me visse com aquilo me faria muitas perguntas desnecessárias, deixei que fossem um pouco mais na frente enquanto via o ponteiro alternar, sua vibração aumentava a maneira que entrávamos no quarto da vítima onde acontecera o crime, com toda certeza tinha algo de inumano naquilo, e eu descobriria.

 – Bom, senhores, foi aqui que o que restou do corpo foi encontrado, garanto a vocês que não tinha muito do que se usar pra reconhecer o cadáver. Mas com o DNA deu-se que era o dono da casa, não se tem notícia da mulher ou do filho. Estamos acreditando veemente de que foi um assassinato e que a mandante tenha sido a esposa. A criança infelizmente não tem ideia onde está envolvida. – disse a ruiva com pesar, ela provavelmente prezava pela criança e acusava a mulher com todas suas forças e eu não a julgava, ninguém ali além de mim e Sam sabia que aquilo não era um assassinato e sim uma busca, e que a tal mulher era tão vítima quanto o resto do morto.

 – Isso é uma gama magnífica de informação senhora! – sorri surgindo atrás de Sam, com o EMF no bolso, muito bem escondido – Será que poderíamos ficar sozinhos na cena do crime para analisamos algumas coisas e quem sabe ter um palpite de como tudo aconteceu?

 – Claro, sem problema algum, qualquer coisa, eu estarei na cozinha com os outros oficiais.

– Obrigado, senhora – disse Sam, com aquele rosto expressivo demais – qualquer dúvida, chamamos. – ela piscou para ele ao sair, eu não entendia porque era ele quem sempre recebia as cantadas.

Samy voltou a ficar sério enquanto chegava à área com mais fita amarela, existia no chão algumas poças de sangue já coaguladas, o “assassinato” tinha ocorrido no dia anterior. Eu tentava procurar na minha cabeça a ligação entre tudo, como alguém simplesmente é despedaçado em sua própria casa, não poderia ser um demônio, eles o torturariam, mas nada de despedaçar. Aquilo parecia obra de um animal, daqueles que estão famintos, loucos por um pouco de carne fresca, porém não poderia ser nada físico, ou além do homem a casa teria sido arrombada e a porta do quarto estaria no mínimo estragada, se fosse um lobisomem só o coração seria arrancado, só podia ser...

 – Cães do Inferno .. – disse Samy e me virei para encará-lo surpreso com a sincronia de pensamentos – Ninguém os viu, porque até então ninguém estava com ele, disseram que o cara estava muito estressado esses dias, qualquer coisa o assustava, os cachorros estavam perseguindo-o, isso explica todo o pânico...

– Sem contar que pensam na possibilidade de ter sido um ataque de animal, porque o corpo estava despedaçado – eu continuei com o raciocínio - mas não há arrombamento e os vizinhos só escutaram os gritos do homem, e julgando pela casa, mobília e o desaparecimento da mulher e filho, ele era cheio do dinheiro e isso podia ser parte do acordo com um demônio da encruzilhada, tudo faz o maior sentido, se for realmente isso, não tem muito o que ser feito Sam...

– Além de matar o demônio?

 – Me diz para quê matar o demônio, ele só cumpriu a parte dele do acordo, ninguém colocou uma arma na cabeça do cara para que ele aceitasse...

 – O que deu em você? – Sam perguntou sem muita paciência – Até ontem amaria a ideia de matar qualquer demônio que fosse, até se ele parecesse tropeçando na sua frente e agora você simplesmente quer deixa-lo escapar sem mais nem menos Dean?

– Claro que não Samy, eu só quis dizer que mesmo o demônio sendo uma desgraça por natureza, ele não obrigou ninguém a fazer o pacto, na verdade foi bem o contrário, a pessoa que já estava com más intenções invocou seja lá quem for esse demônio. Ele só quis sua parte do acordo e me parece que o senhor gordurinha não quis facilitar as coisas. – tentei fazer com que ele não olhasse para meu rosto, eu estava nervoso e realmente encarando o fato que deveríamos sim encontrar esse demônio, mas não para mata-lo. – olha, só estou sendo realista, tudo bem? As vezes o mal vem de nós mesmos...

Sam me olhava de forma esquisita, como quem interroga sem perguntar, como quem sabe que a pessoa, no caso eu, está a esconder alguma coisa. Ele parou na minha frente e levando a mão no meu ombro tentou encontrar meus olhos.

 – Você sabe que foram essas criaturas, esses cachorros que tentaram matar a Jo, certo? Que elas tiveram que se matar para não serem mortas por seres como eles e levadas direto para o inferno... – eu tentava me controlar, porém os olhos já estavam marejados -  ... então não me venha com essa de que não merecem ser mortos, eu concordo que as vezes o ser humano pode ser bem pior que um demônio, mas são eles a quem salvamos, esse é o nosso trabalho. O que há de errado com você Dean? – ele estava irritado, mais que o normal.

 – Não o há nada de errado comigo! Oras, agora se sou, um pouco que seja, misericordioso, eu que sou o monstro? – me ajeitei, mexendo no paleto – Só estou tentando ser prestativo aqui, mas se quer tanto atrás desse demônio, então vamos colocar o pé na estrada. – dei as costas, indo para a porta. Sam me seguiu e descemos para a cozinha onde estavam todo o resto dos outros oficiais criminais, parecia que estava acontecendo algum tipo de entrevista coletiva com as pessoas que moravam dentro da casa e com possíveis suspeitos. Fomos até perdo da mulher da vítima e pigarreei para ser notado. – Sra. Blington, poderia conversar comigo por um momento?

– Desculpe oficial, mas tudo o que eu sabia já contei para seus colegas de trabalho, talvez deva pedir para eles um relatório ou coisa do tipo... – quando fazia cena para se virar segurei em seu braço.

 – Não – olhei bem nos olhos dela, uma mulher que não aparentava ter mais de trinta e cinco anos, de cabelos claros e olhos verdes – escuta, temos suspeitas que seu marido possa ter sido vitima de uma armadilha, só não quero que meus colegas saibam disso ainda porque não tenho nenhuma prova ao meu favor. – respirei fundo e soltei seu braço, ela se endireitou e me seguiu para outro comodo da sala, enquanto Sam foi ter com os oficiais.

– O que quer saber? – ela tinha os olhos marejados, provavelmente amava o marido, ou era uma excelente atriz.

 – Seu marido tinha inimigos?

– Mas que pergunta sem pé nem cabeça, todo mundo tem inimigos.

– Sim, mas o que quero saber é se ele tinha inimigos poderosos, ou se andava muito ocupado ou em muitas reuniões ou coisas do tipo?

Ao me escutar, sua postura já mudara, queria colaborar, porém era notório que também escondia alguma coisa, algo muito além da compreensão de cidadãos comuns. Endireitou o cardigan em seu corpo e pendurou os olhos em mim.

 – Sim, ele andava muito ocupado e estranho ultimamente, qualquer coisa era motivo de se alterar, por isso começou a beber mais do que geralmente fazia – engoliu saliva olhando para os lados – mas isso é o maximo que posso contar para o senhor aqui, encontre-me no Cardin’s às dezoito horas que contarei o que sei.

 – Eu agradeço a ajuda senhora, não irá se arrepender. – ela sorriu e voltou para sala, Sam voltou me avaliando, e sem nem perguntar eu já fui falando.

 – Ela sabe.


Notas Finais


Desculpa a demora gente, mas vou postar com mais frequencia!
Beijinhos :*


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