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História Second Chance - Capítulo único


Escrita por: syofgg_s

Notas do Autor


olá, é minha primeira fic chaera e ela é um presente para a minha fã nº 1, a pessoa que mais apoia e mais incentiva sobre as fics e foi também uma promessa que fiz a ela caso ela adivinhasse algo que perguntei a ela, então aqui está essa pequena compensação por tudo que você faz por mim, ~Cindyyy <3 obrigada por tudo, eu te amo!

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Second Chance - Capítulo único

“- Você não deveria ter dado atenção ao que elas disseram! Elas só querem nos atrapalhar, nos separar, será que você não consegue perceber isso, Dara?!


  - É claro que eu percebo! Mas por que elas sempre tem que usar o Taeyang nesses assuntos?! É claro que já houve, ou ainda há, algo entre vocês, Chaerin!- ela respondeu, nervosa, socando o volante do carro.


  - Você percebe o que está dizendo?! Você está completamente louca se acha que eu seria capaz de te enganar dessa maneira! Eu amo você, Dara, mas parece que você não tem confiança nenhuma em mim!


  - Não é que eu não confie em você, Chaerin, é que  você é jovem, uma adolescente ainda, eu fico insegura, achando que algum moleque vai te roubar de mim e você  e o Taeyang são muito próximos...
 

- Claro, nós somos amigos, crescemos juntos! Houve curiosidade quando éramos mais novos, não passou de alguns beijos, mas nada que me fizesse sentir por ele o que eu sinto por você! Eu posso ser jovem, mas eu sei o que eu sinto e eu amo você como jamais amei ou vou amar outra pessoa.

-Eu também amo você, babyrin... Amo muito, me perdoe por ser assim, é que morro de medo de te perder.


  - Isso não vai acontecer, boba. – respondi sorrindo e ela sorriu também. 

Essa foi a última coisa que vi antes da luz ofuscante de um farol me cegar e eu ser envolta pela escuridão da inconsciência...”

Acordei assustada pelo mesmo pesadelo que tenho a 5 anos... Bem, na verdade não é um pesadelo, é uma lembrança, a última que tenho dela. Senti alguém se remexer ao meu lado e, por um momento insano, cheguei a pensar que fosse ela e sorri ao me virar para encará-la. Mas meu sorriso logo morreu ao ver uma garota que nem ao menos lembro o nome deitada, nua, ao meu lado... É sempre assim, acordo com alguém ao meu lado, depois de mais uma noite de loucuras tentando esquecê-la, e sempre penso ser ela, mas nunca é e nunca será.

Levanto da cama, indo para o banheiro do quarto de motel barato aos tropeços, evidenciando o quanto exagerei na bebida na noite anterior. Lavei meu rosto e voltei para o quarto, me vestindo rapidamente, não quero que a garota acorde e faça perguntas que não quero responder, tipo “quando nos veremos novamente?” e prefiro evitar uma cena, então logo sai do quarto, paguei pelas horas e fui em busca de um táxi para me levar para casa, preciso urgentemente de um banho!

Menos de uma hora depois, entrei em minha casa, uma casa simples, de 2 andares, em um bairro familiar, corri para meu quarto, peguei uma blusinha azul e um shorts jeans, já que o dia está quente, um conjunto de lingerie preto, e fui tomar banho. Não demorei muito, tenho coisas a fazer e ainda quero ir passear no Central Park, me distrair um pouco, então logo sai e me vesti, indo para cozinha para comer algo e tomar algo para a dor de cabeça causada pela ressaca e poucas horas de sono.

 

Já passava da uma da tarde quando cheguei ao parque, o sol estava alto, o calor quase insuportável de um dia de fim de verão, mas isso não impediu que as pessoas viessem passar uma tarde agradável no parque com suas famílias. Caminhava distraída, com meus fones de ouvido soando uma música relaxante e suave, os óculos escuros protegendo meus olhos do sol forte, quando uma figura pequena e fofa surgiu, pulando em cima de mim.


 - Mamãe!! – ela gritou, animada, e eu sorri, pegando-a no colo, tirando os fones e os óculos.


  - Oi, meu amor! O que está fazendo aqui?


 - Papai me trouxe pra brincar com a Lisa e tomar sorvete. – a pequena respondeu, sorridente.


  - Então, está sendo divertido ficar com o papai?


  - Sim, ele é legal.


  - Mais legal que a mamãe? – perguntei, fazendo bico.


  - Nãaaaao, a mamãe é mais divertida e sabe fazer biscoitos! E o papai não sabe contar histórias. - disse baixinho, como se fosse um segredo.


  - E falando nele, onde está seu pai?


  - Ele foi comprar cachorro quente, eu tava com ele e ai te vi, vim correndo. – ela respondeu. Respirei fundo.


  - Jisoo, você não deveria ter saído de perto dele sem avisar, vai deixá-lo preocupado! – briguei e ela se encolheu, seus olhos enchendo de lágrimas. – Hey, pequena, não precisa chorar, eu não estou brava, só quero que você entenda que é perigoso fazer isso.


 - Dicupa, mamãe. – a pequena disse, escondendo o rosto em meu pescoço.


  - Tudo bem, meu anjo, já passou, agora vamos procurar seu pai.

Mal dei 3 passos quando o Jiyong surgiu correndo, seu olhar assustado e preocupado se suavizando ao ver nossa filha em meus braços e ele parou em frente a nós, passando as mãos pelo rosto e respirando fundo, na tentativa de se acalmar.


  - Jisoo, eu não pedi para você ficar ao meu lado? Por que você sumiu assim? – ele falou, calmo.


  - Dicupa, papai, é que vi a mamãe e eu tava com saudade, ai eu quis abraçar. – ela respondeu, na inocência de seus 3 anos, sem nem imaginar o risco que correu.


  - Filha, isso é perigoso, não faça mais isso ok?


  - Escute o seu papai, meu amor. Eu também estou com saudades, mas amanhã você volta pra casa e eu prometo que vou te dar muitos abraços e fazer biscoitos, hum? – tranquilizei-a e olhei irritada para ele, que logo entendeu.


  - Chaerin, sinto muito por isso, eu deveria ter ficado mais atento a ela.


  - Sim, deveria, mas infelizmente essas coisas acontecem e não adianta discutir sobre isso, principalmente na frente dela. Eu só espero que isso não se repita, Jiyong, lembre-se que, apesar de ser muito esperta, ela tem apenas 3 anos.


  - Eu sei, eu sei, não tenho desculpas para esse erro. Não sei o que faria se algo acontecesse com ela...


 - Mas nada aconteceu, então vamos focar nisso. – falei, e ouvi uma mulher chamando por ele. – Bem, sua amiga está te procurando, é melhor vocês voltarem. – falei e ele tentou pegar a Jisoo de meus braços, mas a mesma se recusou a ir com ele.


  - Filha, vamos, a Lisa está te esperando.


 - Não quero, papai, a Nana é chata, ela não gosta de mim e diz que sou um in... in – tentou dizer e se enrolou.


 - Incômodo? Ela diz isso? – perguntei, franzindo a testa.


 - Sim, sempre que ficamos sozinhas.


 - Isso é um absurdo! Jiyong, acho melhor você dar um jeito nisso, ou você nunca mais ficará com ela!


 - Eu não sabia disso! Ela nunca agiu errado na minha frente e a Jisoo pode estar dizendo isso por ciúmes. – ele disse, dando de ombros.


 - Ciúmes? Ela tem 3 anos! É uma criança, pelo amor de Deus!


 - Vocês vão brigar? – a criança em questão falou, a carinha de choro acabando com a minha raiva.


 - Não, meu amor, não vamos. Vai com o papai, brinca com a Lisa, a Nana não vai ser má com você, eu prometo. – falei, acariciando seu rosto, e beijando sua testa.


 - Tá bom, mamãe... – ela disse amuada, indo para o colo do pai.


 - Não se preocupe, Chaerin, eu vou resolver isso, se isso realmente estiver acontecendo, ela nunca mais chegará perto da nossa filha.


 - Acho bom mesmo, Jiyong, eu não quero problemas entre nós. Aproveite seu passeio. Tchau pequena, eu te amo. – me despedi dela e coloquei os óculos.


 - Também te amo, mamãe.


Me afastei dos dois e voltei a caminhar pelo parque, distraída, com os fones novamente no ouvido, que agora soava uma batida forte, daquelas que dá vontade se sair dançando e, sem me importa com o que as pessoas pensariam de mim, arrisquei alguns passos, sorrindo feito uma colegial boba, a tensão da manhã tendo sumido após o breve encontro com a minha filha. Ela é minha maior alegria, meu conforto que me impediu de afundar na tristeza que me consumia após ela ter me deixado sem aviso, sem explicação.

A música acabou e começou outra, o mais recente sucesso de uma estrela pop em ascensão e cantei junto, animada: “Hey, you, get ou of my cloud, you don’t know me and don’t know my style...” – estava tão distraída com a música que nem notei alguém parada em minha frente, até esbarrar com ela. Meu coração a reconheceu antes da minha mente, o choque de revê-la após 5 anos me deixou estática.


 - Você continua sendo a mesma garota alegre e despreocupa de anos atrás, Chaerin... – ela disse e sua voz me causou arrepios, exatamente como a  5 anos atrás.


 - Sandara... – o nome saiu em um sussurro.


Ela também não mudou nada, a não ser pelos cabelos, que estavam loiros naquela época e agora estão castanhos, o que não diminui nem um pouco a sua beleza., seu sorriso ainda é o mais encantador que já vi e ali, frente a frente com ela, após todos esses anos sem ter nenhuma notícia dela, era como se o tempo não tivesse passado e eu fosse novamente aquela adolescente de 17 anos apaixonada pela primeira vez na vida.


  - É bom te ver, Chaerin.


  - Queria poder dizer o mesmo, Sandara, mas , após 5 anos sem saber ao menos se você estava viva após o acidente, seria querer de mais.


  - Eu sei que te machuquei quando fui embora mas...


 - Me machucou?! – interrompi. – Você me destruiu! Não há uma noite que eu não passe sentindo sua falta! Não faz ideia de quantas vezes acordei nos braços de alguém que nem conhecia desejando que fosse você! – falei alto, chamando a atenção das pessoas para nós e tentei me controlar.


 - Chaerin, eu... só fiz o que fiz para te proteger!


 - Me proteger?! Me proteger do que, Sandara? Você foi egoísta, fraca! Não me venha com essa! Quer saber? Eu nem deveria estar te ouvindo, eu vou embora! – falei e virei as costas para ela, que não tentou me impedir.

No caminho para casa, vários pensamentos e sentimentos confusos me tomaram, coisas que eu tentava a todo custo manter afastadas invadiram minha mente, de modo que foi um milagre chegar em casa sem problemas. Sempre quis saber o motivo que a levou a me abandonar sozinha no hospital, sem saber se ela estava bem, sem dizer nada, simplesmente sumiu da minha vida. Nunca vou esquecer a dor que senti ao acordar no hospital, perguntar por ela e receber a notícia que ela havia ido embora enquanto eu estava em coma, foi tão difícil lidar com isso que atrapalhou minha recuperação.

Quando entrei em casa e me vi sozinha, tudo que contive nos últimos anos, por causa de minha filha, saiu num rompante, os sentimentos tão intensos que foi impossível me manter em pé, então me encostei na porta, sentei, abracei meus joelhos, abaixei minha cabeça e deixei que as lágrimas caíssem, chorando como a muito tempo não chorava, cada lembrança dela passando como um filme em minha mente, cada sonho que tivemos, cada plano fizemos, tudo perdido de uma hora para outra.

Em algum momento, consegui me acalmar e caminhei até o sofá, me deitei e acabei dormindo ali mesmo, exausta pelo excesso de emoções e acordei algumas horas depois, com o som da campainha. Levantei, esfregando meus olhos e caminhei até a porta, abrindo-a sem nem me importar em ver quem era a pessoa do outro lado e meu coração quase parou ao vê-la parada ali.


  - Como descobriu onde eu moro? – perguntei, irritada.


  - Eu falei com a Bom e a Minzy, elas relutaram um pouco, mas acabaram me dizendo. – ela respondeu, tranquila. – Nós precisamos conversar, Chaerin.


  - Não, não precisamos! O que existia entre nós acabou quando você me abandonou naquele hospital!


 - Chaerin, por favor, me escute, eu juro que te deixo em paz depois, mas me deixa explicar o que aconteceu. – ela suplicou.

Pensei por um momento. Minha mente dizia para fechar a porta na cara dela e seguir minha vida, como tenho feito, mas, meu coração diz “É a Dara, a mesma por quem você sofre a anos! Continuar seguindo frente como se você nunca fez isso?” e acabei cedendo, dei um passo para o lado e permiti que ela entrasse. É a hora de colocar um ponto final nessa história para poder realmente seguir em frente.


 - Okay, então vá em frente, diga o que tem a dizer, Sandara, quero ver se tem uma explicação razoável para o que fez comigo. – falei, assim que nos acomodamos no sofá.


 - Primeiramente, quero dizer que sofri tanto quanto você, ou até mais, ao ter que te deixar e foi a decisão mais difícil que tive que tomar na vida, mas não menti quando disse que foi para o seu bem.


 - Para o meu bem? Como perder a pessoa que mais amei na vida foi para o meu bem?! Sandara, eu quase enlouqueci, te procurei por todos os lugares possíveis, passei e dias e mais dias chorando, gritando seu nome ao acordar de pesadelos onde eu te via caminhando e não conseguia te alcançar! É essa a sua definição de bem?! – perguntei, a dor e a raiva óbvias em minhas palavras.


 - Eu não tive escolha! Me disseram que se eu não me afastasse de você, iam fazer com que eu fosse presa por estar saindo com uma menor e por dirigir após ter bebido e fariam você perder a bolsa que conseguiu para a faculdade, tirariam você do programa de música e te afastariam de tudo que você ama! Transformaria você em alguém que você não era nem queria ser, e eu não poderia permitir isso!


 - Mas olha pra mim agora, olha onde estou! Você acha realmente valeu a pena?! Eu acabei largando a música de qualquer jeito, desisti da bolsa e me mudei para outro país, tudo na tentativa desesperada de te esquecer!


 - Bem, você parece bem, vi você no parque com aquela garotinha linda e o rapaz, pareciam uma família feliz... – ela disse sorrindo, mas era um sorriso triste.


 - Uma família feliz? Eu e a Jisoo somos mesmo, o pai é dela é apenas isso, o pai dela. – falei, sorrindo só pela menção do nome da minha garotinha.


 - Então a relação de vocês não deu certo?


 - Relação? Nunca existiu, foi apenas uma noite que eu bebi além da conta e acabei ficando com ele, algo que nunca aconteceria se eu estivesse sóbria. Ele foi o primeiro e único homem que me envolvi  e foi um erro.


 - Você se arrepende?


 - Por que eu me arrependeria? Foi o melhor erro que cometi na vida! Graças a ele, tenho a minha pequena Jisoo, que foi a minha salvação, o que me impediu de afundar cada vez mais ou cometer alguma loucura. – respondi, calma. – Mas a questão aqui não é a minha filha, somos eu e você e os motivos que levaram você a me abandonar e ainda não me parece razoável. Eu poderia ter enfrentado tudo com você, mas você não me deu essa opção.


 - Eu não queria que você fosse contra seus pais, Chaerin! Você era muito nova ainda, como seria um erro causar atrito entre vocês e fazê-los virar as costas para você, eu não poderia fazer isso! Você precisava deles para cuidar de você, para te dar a vida que você merece e que eu não poderia te dar.


 - Eu fiz 18 anos no ano seguinte, você poderia ter esperado, eu não precisaria mais dos meus pais!


 - Chaerin, eu não tinha estrutura para cuidar de você, minha situação financeira era instável, minha carreira ainda não estava sólida e eu poderia perder meu contrato com a editora a qualquer momento, eu não poderia arriscar te tirar da vida confortável que tinha com eles para viver comigo.


  - Mas essa era uma escolha que tínhamos que fazer juntas! Você foi egoísta e covarde, Sandara! Você me destruiu por causa do seu medo!


  - Não foi fácil pra mim também! Eu sofri muito, ainda sofro! Eu me afundei no meu trabalho, vivi só para isso, correndo atrás de firmar minha carreira como escritora e ganhar dinheiro e prestígio para poder ser alguém digna de seu amor!


  - Você ainda não entendeu que eu nunca dei importância para dinheiro e essas frescuras como meus pais?! Eu amava você com todo meu coração, amava mais do que a minha mesma, seria capaz de enfrentar qualquer coisa para estar com você, para dormir nos seus braços todas as noites e acordar ao seu lado todas as manhãs! – gritei, as lágrimas correndo por meu rosto em um choro desesperado. Olhei para ela, que também chorava. – Você era tudo que eu queria, que eu precisava  mas você me deixou... Me deixou! – ela me abraçou.


  - Eu realmente pensei que seria o melhor para você, que você seria mais feliz assim, que logo me esqueceria e, se isso não acontecesse, talvez eu pudesse voltar e recomeçarmos. Eu te procurei dois anos atrás, mas fui informada que você havia se mudado para o exterior, então perdi as esperanças, achei que você havia conseguido realizar seu sonho de ser cantora e já nem pensava mais em mim. – disse, me apertando mais forte quando eu tentei me afastar.


  - Eu me mudei para cá na tentativa de me afastar de tudo que me lembrava você, mas foi em vão, porque, mesmo aqui, sua presença ainda me assombrava dia após dia, noite após noite, pois, mesmo longe, você estava em meu coração.

A sensação de estar nos braços dela após tanto tempo acelerando meu coração, despertando as sensações que ninguém além dela é capaz de me fazer sentir. Era como mágica, como se os últimos 5 anos não houvessem existido e só existisse eu e ela no mundo.


  - Me perdoe, Chaerin, eu sinto muito, seu eu pudesse mudar as escolhas que fiz, jamais teria saído de perto de você. – ela disse, a voz embargada pelas lágrimas.


  - Eu tentei tanto te esquecer, fiz de tudo, mas nada adiantou! Tudo me lembra você! Não importa com quantas pessoas eu fique, eu sempre acabo desejando que fosse você! Por que?! Por que após toda a dor e sofrimento que me causou nesses anos todos, eu ainda faço isso?! Por que eu não consegui te esquecer?! – perguntei nervosa, conseguindo me afastar dela e dando leves socos em seu peito.


  - Eu também não consegui te esquecer, Chaerin, eu não poderia! Você sempre foi e sempre será o amor da minha vida, jamais poderei amar outra pessoa porque você é a única para mim. – ela disse, um sorriso leve surgindo em meio as lágrimas. – Eu farei qualquer coisa, mas me perdoe, por favor! Eu não espero nada além do seu perdão, mesmo que eu ainda te ame loucamente. Talvez um dia, quem sabe, poderemos ser amigas e...


  - Não! – interrompi. – Não tem como sermos amigas.


  - Mas... – começou, mas parou, olhando para baixo. – Tudo bem, eu entendo. – Disse, se levantando. – Espero que agora você seja feliz. Adeus, babyrin. – disse, começando a se afastar e meu coração parou.

O amor da minha vida está bem ali, dizendo que me ama, que nunca me esqueceu, pedindo perdão por tudo, por que eu reluto? Por que eu estou deixando-a ir embora novamente e me condenando a uma vida de solidão e tristeza quando sei que jamais poderei amar outra pessoa além dela? Passei anos desejando estar com ela e agora estou abrindo mão disso assim? Eu não posso fazer isso, eu não posso deixá-la ir embora dessa vez. Corri atrás dela, abraçando por trás, impedindo-a de sair porta afora.


  - Não podemos ser amigas porque eu amo você e sempre vou te amar! Por mais difícil que seja te perdoar, é mais difícil ainda viver sem você! Não importa mais o que aconteceu no passado, o que importa é que você está aqui agora e podemos recomeçar. Não me deixa novamente, Dara, fica comigo! – pedi desesperada.


  - Eu não poderia fazer isso, mesmo que quisesse, pois meu lugar é com você e eu prometo que vou fazer de tudo para compensar todo mal que te fiz! – ela disse, se virando e me abraçando fortemente, me fazendo sentir em casa pela primeira vez em 5 anos.


  - Você não precisa fazer nada, se você estiver comigo, já é o suficiente. – falei.

Ela me encarou por alguns momentos, procurando algum resquício de mágoa e dúvida, mas, não encontrou nada, então fez aquilo que venho sonhado a tanto tempo: me beijou e foi como na primeira vez, um carinho tímido no começo, nossos lábios se roçando, se reconhecendo, e no minuto seguinte, era como se nunca houvéssemos nos separado! Ela aprofundou o beijo, mordendo levemente meu lábio inferior e o acariciando com a ponta da língua antes de introduzi-la em minha boca, se enroscando com a minha, me fazendo tremer e sorrir em meio ao beijo.


  - Pensei que eu nunca mais teria a chance de fazer isso... – ela disse ofegante, ao interromper o beijo por causa da necessidade de ar.


 - Eu também... Eu sonhei tantas vezes com isso! – falei e a beijei novamente.

De algum modo, acabamos parando no sofá, ela deitada por cima de mim, as mãos traçando cada contorno do meu corpo, me causando arrepios, enquanto as minhas passeiam por suas costas, por baixo da camisa, redescobrindo a maciez da sua pele, o calor que o contato entre nossos corpos provoca. De repente, ela se afastou de mim, sorrindo de modo brincalhão quando a encarei de forma interrogativa e, por instinto, saí do sofá, me afastando dela porque, mesmo após 5 anos afastadas, eu ainda sei o que aquele sorriso significa!


  - Ah não, nem ouse fazer isso Sandara Park! Eu odeio e... – não consegui terminar a frase, pois ela me alcançou, me fazendo explodir em risos por causa das cócegas. – Para, Dara! –pedi entre risos.


 - Como eu senti saudade de te ouvir rindo assim! Seu sorriso sempre foi a minha luz no fim do túnel. – ela disse, fazendo meu coração disparar e fiquei um pouco sem jeito. – Você sempre ficou linda quando está envergonhada, mas agora que está mais madura, tudo em você fica ainda mais lindo.


  - Você sempre foi boa com palavras, não é de se admirar que seja uma escritora de sucesso agora. – falei e ela me olhou surpresa. –  O que foi? Claro que eu sei, você é um fenômeno mundial, seu último livro rendeu ótimas criticas e acabei lendo por curiosidade. – admiti.


  - E não achou nada familiar nele? – perguntou, séria.


 - Eu achei parecida com a nossa história, mas não quis me iludir, pois os personagens tiveram um lindo final e eu não tinha esperança nenhuma de voltar a te encontrar... – respondi.


 - É a nossa história do jeito que eu sonhei que acabaria, como eu quero que seja. – ela falou, me olhando intensamente. – Chaerin, quando eu te vi no parque, percebi que o destino havia me dado mais uma chance de ser feliz, quase desisti ao te ver com sua filha e aquele rapaz, mas algo me fez vir até aqui e tentar. Eu quero uma vida com você, uma família, quero te fazer feliz. Não vai ser fácil, vai ter os momentos que vamos ter problemas, que vamos brigar, mas, de uma coisa eu tenho certeza: jamais vai chegar o momento que vou deixar de te amar, de te querer. Então, aqui e agora, eu te pergunto: você tem certeza de que é isso que quer? – ela perguntou e notei uma ponta de insegurança.

Sorri ao perceber que, mesmo mais velha e sendo uma pessoa famosa, a insegurança ainda é sua fiel companheira. Mas, dessa vez, eu não vou deixar que isso nos atrapalhe, que nos afaste, dessa vez, eu vou fazê-la ficar.


 - Eu seria louca se deixasse você escapar novamente! Você é a única pra mim desde a primeira vez que te vi, eu sempre soube que você é a pessoa que vou sempre amar e com quem eu quero e vou passar o resto da minha vida! – respondi e ela me abraçou.


  - Eu só tenho duas dúvidas... – ela disse.


  - Ai meu deus, que dúvidas? – perguntei, aflita.


 - Será que sua filha vai gostar de mim? – ela perguntou, com um bico e eu acabei rindo.


 - Claro que vai, a Jisoo é uma menina adorável e ela é bem sociável, costuma se dar bem com minhas amigas.


 - Mas eu não sou sua amiga, talvez ela não goste disso...


 - Não apresse as coisas, meu amor, vocês vão se dar bem, eu tenho certeza disso. – falei, e ela sorriu bobamente. – O que foi?


 - Você me chamou de “meu amor”... senti falta disso. – disse, feliz.


 - Não vai sentir mais, pois a chamarei assim todos os dias.


 - Fico feliz com isso, minha babyrin. – ela me chamou pelo apelido dado a tantos anos e, mesmo não sendo a primeira vez que ela o faz hoje, agora que estamos em uma nova relação, o sentimento foi diferente, me fazendo suspirar.


  - Eu amo quando você me chama assim... É tão único e tão especial.


 - Combina com você, porque é exatamente o que você é para mim: única e especial.


 - E qual sua outra dúvida?


 - E os seus pais? Eles nunca aprovaram nosso relacionamento. – disse, suspirando. Esse ainda era um assunto doloroso pra mim.


 - Não se preocupe com isso, eles pararam de falar comigo quando me recusei a abortar a Jisoo e após uma discussão, eles saíram furiosos e bateram o carro, nenhum dos dois sobreviveu... nem chegaram a conhecer a neta... – falei triste.


  - Sinto muito, meu amor, deve ter sido difícil pra você. – falou, carinhosa.


  - No começo foi, mas depois eu tive a Jisoo e cuidar dela era mais importante do que a minha dor, então segui em frente pela minha filha, para ela poder ter o melhor.


  - Admiro você por isso e sinto orgulho... Minha doce garota se tornou uma mulher incrível. – falou, me beijando em seguida.

O clima romântico logo se tornou quente, intenso, tornando nossas carícias ousadas novamente e teríamos ido mais longe se não fosse pelo som da campainha. Estranhei, já que as únicas pessoas que poderiam vir seriam minhas amigas Bom e Minzy, mas já que foram a elas que passaram meu endereço para a Dara, duvido que sejam elas, então fui abrir a porta e dei de cara com o Jiyong com uma expressão contrariada com uma Jisoo adormecida em seu colo, com rastros de lágrimas recentes em seu rosto e... UM BRAÇO ENGESSADO!


 - O que aconteceu?! – perguntei, nervosa, pegando minha filha de seus braços.


 - Ela estava correndo com a Lisa e acabou  tropeçando, caiu de mal jeito e teve uma leve torção no pulso. Ela pediu pra voltar pra casa e não quis esperar até amanhã. – ele respondeu. Então é por isso que ele está contrariado.


  - E onde você estava quando isso aconteceu? – perguntei e ele me olhou sem graça. – Ah, nem precisa responder, estava se pegando com aquela mulher, com certeza!


 - Olha como fala dela e o que diz na frente da menina! – ele respondeu, nervoso.


 - Chaerin, o que houve? Ouvi vozes alteradas. – a voz da Dara soou e ela surgiu no corredor.


 - Ah vejo que está acompanhada. Trouxe a aventura da vez pra casa que cria a minha filha, Chaerin? – ele disse, ácido.


  - O que eu faço não é da sua conta e não foi sob a minha supervisão que ela acabou com um braço engessado!


  - Foi um acidente, essas coisas acontecem. – ele disse, dando de ombros.


  - Cala a boca, Jiyong, vá embora que hoje está sendo difícil olhar pra você! – falei, irritada, batendo a porta na cara dele e caminhando até a sala, seguida pela Dara.

Me sentei no sofá e minha garotinha acabou acordando, sorrindo feliz ao me ver.


 - Mamãe! Eu fiz dodói. – disse, fazendo bico e mostrando o gesso.


  - Eu vi, meu amor. Você tem que tomar mais cuidado quando for correr, okay? Promete pra mamãe?


    - Prometo mamãe! – respondeu, se aninhando mais em meu colo, e só então percebendo a presença da Dara na sala. – Mamãe, quem é essa moça bonita?-

- Eu me chamo Sandara Park, uma... amiga da  sua mãe. – a própria respondeu. – E você, anjo, como se chama? – perguntou, mesmo já sabendo.

- Kwon Lee Jisoo! Eu sou a filha da minha mamãe! – disse, orgulhosa, fazendo a mais velha rir.


   - Você é muito parecida com a sua mãe, sabia? Linda, assim como ela.


  - Você também é linda e é muito legal, gostei de você. – minha bebê disse, fazendo a Dara sorrir.


  - Que bom, fico feliz, eu também gostei de você.


  - Eu vou fazer algo para jantarmos. Filha, fica aqui com a Dara enquanto isso okay? – disse e ela acenou, concordando.

Fui para a cozinha, peguei as coisas para fazer para fazer a comida favorita da minha pequena, sorrindo feliz enquanto escuto as risadas das duas mulheres da minha vida se divertindo juntas na sala. Voltei 15 minutos depois, para ver como estavam, enquanto o jantar está no fogo e as encontrei entretidas no sofá, a menor no colo da outra  prestando atenção atentamente no que ela  dizia. Sorri e me aproximei.


  - O que estão fazendo? – perguntei.


 - A tia Dara tá contando uma história! Ela é melhor que o papai! – a menina disse, feliz.


  - É mesmo? – perguntei, sentando no sofá e a menina logo passou para meu colo. – E você gostaria que ela te contasse histórias todas as noites? – continuei, e percebi que a Dara ficou tensa, então peguei sua mão, tranquilizando-a.


  - Sim, seria muito legal, mas ela teria que morar aqui né, mamãe.


  - E como você se sentiria se isso acontecesse?


 - Não sei... Acho que seria como ter duas mamães, então acho que seria legal! – disse empolgada.


  - Filha, a mamãe vai te dizer algo, talvez seja um pouco complicado pra você entender agora, mas prometo que nada vai mudar okay?


  - Tudo bem, mamãe, pode falar, eu sou muito esperta!


  - Eu sei que é, minha pequena. – respondi rindo. – A Dara não é apenas minha amiga, eu e ela nos conhecemos antes de você nascer e ela é uma pessoa muito especial pra mim, alguém que eu amo tanto quanto eu amo você, mas de uma forma diferente.


  - Ela é sua namorada, mamãe? 


  - É mais ou menos isso... – falei.


  - Isso significa que você não vai mais chorar enquanto dorme? – ela perguntou, me deixando surpresa.


  - Não, meu amor, eu não vou mais chorar. – respondi, abraçando-a.


  - Então, tudo bem, eu deixo a Tia Dara ser sua namorada! – ela disse, sorrindo, então se virou para a mais velha. – Tia Dara, você promete que vai cuidar da minha mamãe e não vai mais deixá-la triste?


  - Eu prometo, pequena, vou fazer de tudo para fazer sua mãe muito feliz e cuidar dela. E de você também! – ela respondeu.


  - Então tá! Agora eu tenho duas mamães! Não vejo a hora de contar pra Lisa! – disse, e troquei olhares e sorrisos com minha namorada.

Após a conversa, jantamos tranquilamente e logo depois a pequena reclamou de sono e dor no braço, então dei banho nela e a coloquei na cama. Ela quis que a Dara contasse uma história para ela e assim ela o fez, logo fazendo minha filha pegar no sono, com um sorriso nos lábios, apesar do braço machucado. A cena tão linda me emocionou, ainda mais por saber que seria a primeira de muitas.

Dara ainda ficou por mais algumas horas comigo, conversamos, trocamos beijos e caricias, tranquilas por saber que não há obstáculos no caminho da nossa felicidade e, quando ela teve que ir embora, eu deixei com o coração aliviado por saber que a despedida não duraria muito e, logo logo, não haveria mais despedidas em nossa vida. Nós temos  uma segunda chance de viver o nosso amor e, dessa vez, não iremos desperdiçar, iremos viver intensamente esse amor que é verdadeiro e único.


Notas Finais


é isso ae gente, espero que tenham gostado ^^
perguntas, opiniões, criticas? podem ir no meu tt @syofgg_s ou no >> https://curiouscat.me/syofgg_s1
kisses


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