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História Second Chance - Finding


Escrita por: CaissyMonteiro

Capítulo 7 - Finding


Fanfic / Fanfiction Second Chance - Finding

P.O.V's John

Eu estava intrigado com o fato de Meghan estar saindo com outro homem, ela foi para Nova York, meu Deus. A viagem para França foi tranquila, Ruth dormiu o tempo todo, quando chegamos a França nos deparamos com o clima frio de lá, estava nevando. Fomos para minha casa, era uma mansão, ganhamos do meu pai de natal quando eu tinha dez anos. Quando adentrei os portões nossa empregada veio me receber. Era uma loira, alta, com olhos azuis, que eu conheci há anos atrás, tinha quase a minha idade, uma linda mulher, éramos amigos.

– Boa noite senhor John, como foi a viagem? – Disse com um sorriso meigo no rosto.

– Foi calmo até demais Judith, e você como está? Estão explorando você? – Disse me aproximando dela lhe depositando um beijo na testa.

– Não senhor John, estão me tratando muito bem.

– Fico feliz, estava com saudades de você, sabe da minha querida e digníssima família?  – Judith riu da minha ironia, ela sabia que eu era afastado da família, mas incrivelmente o único que era altruísta.

– Eles estã... – Antes dela poder terminar foi interrompida pela voz de Candice que descia as escadas.

– Ora ora, o bom filho à casa torna. – Era nítido o seu cinismo.

– Boa noite, Candice. – Falei logo após peguei minha mala e convidei Ruth para a direção dos quartos.

– Isso tudo é felicidade por me ver John? – Ela esbravejou com raiva quando passei por ela.

– Tenho uma reunião amanhã cedo, Candice, a não ser que tenha algo muito importante para dizer, tenho que ir.

– Eu estava com saudades maninho.

– Fico feliz em saber. – Logo após isso segui em direção aos quartos, apontei o quarto para Ruth dormir e segui para o meu, estava como eu tinha deixado antes.

Após um longo tempo no banho eu saí e me sentei na cama, quando meu celular vibrou, era Sophie.

" Chuchu, ela está voltando para casa, deve chegar aqui amanhã de manhã,  pelo que fiquei sabendo ela vai pegar o avião das 4 horas da manhã.

E você? Chegou já? Está tudo bem? "

Respirei fundo e fechei meus olhos, estava de toalha ainda, caminhei até o guarda roupa e peguei uma boxer preta a vesti e fui me deitar na cama. Eu amava aquele quarto, era enorme, tinha umas vinte prateleiras de livros, tanto de advocacia quanto de romances. Tinha uma televisão grande, uma cama enorme. Peguei meu celular e digitei uma resposta para Sophie.

" Eu estou ótimo,  cheguei agora. 
Amanhã tenho que acordar cedo, no intervalo da reunião, eu te ligo. "

Adormeci, estava exausto.
No outro dia de manhã eu amanheci e fui para o banheiro tomar um banho, estava com muito sono, vesti um paletó preto com marcas de giz e uma gravata azul que combinara com meus olhos. Desci e caminhei até a copa, estavam todos lá reunidos, Ruth, Candice, Christian e minha mãe.

– Nem me esperou para comer comigo amor. – Eu disse para Ruth que estava comendo uma torrada com geleia.

– Perdão, achei que não fosse tomar café. – Disse ela enquanto eu me sentava e apanhava salada de frutas e um copo de cappuccino.

– Estou brincando, Ruth.

– Bom dia para você também John, como foi a viagem? – Perguntou minha mãe com um ar triste.

– Foi tranquila mãe, bom dia. – Respondi sem mostrar interesse em iniciar uma conversa.

– Achei que fosse resolver o problema sozinho John. – Disse Christian com um tom amargo.

– Confio nele, eu não poderei ficar por muito tempo, e não quero que tenha um prejuízo grande na sua empresa.  E afinal não foi ele quem tentou tirar meu nome do testamento de papai. – O silêncio pairou sobre aquele lugar e eu estava fingindo que não estava acontecendo nada.

– Você não vai se esquecer disso não é irmão? – Christian disse com amargura.

– Eu? Não sei do que está falando, veja já esqueci. – Sorri com a minha ironia e me levantei, dei um beijo em Ruth. – Com licença,  Ruth, te esperarei no carro, pode demorar não se preocupe comigo,  farei uma ligação para o Ben e ver se Stefan já chegou lá.

Me retirei daquele lugar, não suportava o fato de ficar junto com todos eles, me dirigi até o carro, fiz a minha ligação e fui informado que Stefan estava lá me esperando. Minutos depois de eu ter chegado ao carro Ruth chega e entra no carro comigo, quando chegamos a empresa todos me receberam com abraços, eu era querido naquele lugar. Me dirigi para a sala de reunião com Ruth, ao entrar vi Stefan em um terno azul,  estava sério, eu temia por aquele momento, indiquei a cadeira para Ruth e coloquei minha maleta em cima da mesa, abri e retirei os papéis até que Stefan falou.

– Não tem nada a dizer?  – Fechei os olhos e pude sentir o peso de suas palavras, a dor pelo meu abandono.

– Eu sinto muito Paul, não era para eu ter feito aquilo, eu não tinha o direito de te abandonar, você sempre foi o meu melhor amigo, o meu irmão e no momento em que apertou as coisas eu simplesmente fugi, e não lhe dei notícias, não foi gentil. – Ele parou e considerou minhas palavras, se aproximou e quando pensei que ele me daria um abraço, ele me lançou um soco que me fez cair no chão,  minha boca sangrando, mas ele não veio para cima, só queria me dar aquele golpe, eu não revidei. Ruth pensou em vim me levantar mas a impedi com a mão. Me levantei e com os olhos cheios de lágrimas ele se aproximou e sussurrou.

– Nunca mais cometa esse erro! – Sibilou ele com mágoa. – Fiquei sabendo o que fizeram com você em relação ao testamento, sinto muito.

– Não sinta Stefan, está tudo bem, afinal foi eu quem ficou com a grana toda. – Eu falei colocando a mão em seu ombro.

– Eu não vejo mais aquela série John. – Disse rindo. – Agora me diga, que caso é esse e por que não pode resolver?

Após horas de reunião, Paul já havia entendido tudo direitinho e concordara em pegar o caso.

– Então alguém laçou o coração do John Williams? – Disse ele caindo na gargalhada.

– Não me zombe, Paul. Eu preciso ficar em Nova Jersey. – Disse quase implorando ele.

– Quando a conhecerei?

– Quando eu estiver com ela.

Conversamos por mais alguns minutos até que decidimos dar uma pausa, peguei meu celular e imediatamente liguei para Sophie. Conversamos até que ela disse que Meghan havia acordado, desligou a ligação. Senti um pouco de agonia ao saber que Meghan estava lá. Foi então que meu telefone tocou era Meghan,  estremeci, conversamos por alguns minutos até que eu vi Paul me chamando para ler algo que estava no seu papel, tive que encerrar a ligação, não fui simpático com ela pois eu estava muito chateado, depois fui terminar a reunião.

P.O.V's Narrador

Meghan e Sophie estavam no quarto assistindo televisão.

– Posso perguntar uma coisa? – Perguntou Sophie se sentando na cama, sua irmã a olhou curiosa ela estava com tanta raiva há algumas horas atrás e agora parecia calma, então assentiu. – O Drake já falou algo sobre mim? – Meghan riu ao ouvir aquela pergunta e entendeu o porquê de tanta raiva, ela não estava com raiva por Meghan ter trocado John, estava com raiva porque ela iria com Drake.

– Na verdade, sim. Uma vez me perguntou se você tinha namorado. – Ao ouvir isso Sophie arregalou os olhos e ficou paralisada até que Meghan a sacudiu rindo. – Não vá enfartar menina, foi por isso que ficou com raiva de eu ter ido para Nova York?

– Também, mas por John, ele realmente ficou chateado Meghan. – Meghan ponderou o que ouvira.

– Não temos nada Sophie, ele não tem que ficar chateado com isso. – Disse Meghan se levantando e caminhando em direção a porta.

– Vocês já se beijaram? – Meghan parou ao ouvir aquela pergunta, se virou com as sobrancelhas arqueadas. – Quero dizer, você e John? – Disse sem retirar os olhos de Meghan.

– Você nos viu se beijando Sophie, que diabos de pergunta é essa? – Meghan tentou fugir da verdadeira pergunta de Sophie.

– Então não vai me dizer que ele não esteve aqui outro dia? Meghan não sei porque insiste em dizer que não tem nada rolando entre vocês. – Ela disse.

– Do que está falando? Ele lhe contou? Nós não dormimos juntos, bem dormir dormimos mas não dessa forma. –  Meghan tentou se explicar,  Sophie arregalou os olhos.

– Na verdade, eu deduzi pela comida que tinha na mesa quando cheguei segunda feira, mas agora você vai me contar que história foi essa de dormirem juntos. – Meghan espraguejou e explicou tudo.

– Depois dessa eu vou tomar um banho, me deu calor.

Meghan não sabia o que fazer, seu domingo estava terminando e ela queria achar algo para se distrair, então subiu até o terraço do apartamento e pegou seu celular.

John estava descansando no quarto quando Christian entrou, fazendo ele se sentar.

– Não bate mais antes de entrar não? Achei que esse quarto fosse meu.

– John vai ficar implicando comigo?

– Não, sente-se. – Christian se sentou.

– Senti sua falta John. – John o olhou e viu sinceridade em seu olhar, sabia que mesmo ele tendo o traído o amava.

– Sabe que não ficarei mais do que dias, não sabe? – Ele assentiu, e logo seu celular tocou, quando ele pegou o celular viu que não conhecia o número que ligara e indicou para que seu irmão lhe desse licença.

– John? – Ao ouvir aquela voz, rapidamente reconheceu.

– Meghan? Duas ligações em um único dia? Estou começando a acreditar que você não está bem. – John tentou ao máximo parecer bem humorado.

– Na verdade eu estou ótima, queria lhe dar meu número de telefone. – Isso pegou John de surpresa.

– Por qual motivo?

– Porque eu deveria ter feito isso, mas eu não o fiz.

– Tudo bem, me ligou só para isso? – Perguntou com um tom de voz rude.

– Quando irá voltar? – Ao ouvir aquela pergunta John sentiu vontade de estrangular Sophie.

– Sua irmã te contou então? – Suspirou – Não sei, dentro de dias, talvez. – John caminhou até um aparelho de som que estava perto de seu closet, o ligou e deixou baixinho, caminhou para a cama de volta e se deitou. – É impressão minha ou está com saudades?

– Na verdade eu estou no tédio, e não sei como começar um assunto. – John riu ao ouvir aquilo.

– Se estivesse aqui no meu quarto ouviria a minha música favorita, está tocando na rádio, na verdade ela me lembrou você agora.

– Sério? Aumenta aí. – John correu para aumentar o som, estava tocando Richard Marx. – Não conheço a música,  qual nome?

Right here waiting, quer que eu cante um pedaço para entender?

– Por favor. – John esperou chegar na parte que ele gostava e então começou a cantar.

" Oceanos nos separam dia após dia
E vagarosamente estou enlouquecendo
Escuto sua voz ao telefone
Mas isso não para minha dor

Se te vejo quase nunca
Como podemos dizer para sempre?

Onde quer que vá
O que quer que faça
Estarei bem aqui esperando por você
O que quer que aconteça
Ainda que machuque meu coração
Estarei bem aqui esperando por você"
– Um silêncio pairou sobre a ligação. Meghan se perguntou por que aquela letra de amor o faria lembrar-se dela. Sentiu seu coração gelar, ele gostava dela? Como era possível em tão pouco tempo? Enfim Meghan decidiu quebrar o silêncio.

– Então você lembrou de mim ao ouvir essa música?

– Sim, ela diz exatamente o que eu queria lhe dizer agora. – John disse calmamente, ela não sabia se era sincero ou se ele estava brincando.

– Então, não sei o que lhe dizer.

– Não diga nada, pode me dar um beijo se quiser, se eu não gostar te devolvo. – Disse com um tom safado.

– Eu nunca irei lhe beijar. – Provocou Meghan.

– Nunca?

– Nunca!

– Não deveria ter dito isso, pode deixar Meghan, não a beijarei, até que esteja louca de tesão e que me deseje tanto a ponto de enlouquecer caso eu não atenda seus desejos insaciáveis e me implore por um beijo meu, caso contrário,  nada feito. – Meghan engoliu seco, sentiu uma excitação. – Mas me diga, como foi seu encontro ontem?

– Não foi um encontro, mas foi perfeito, tocaram Beethoven lá.

– Chato demais para ouvir, o que fizeram de interessante?

– Depois teve uma dança clássica, e depois partimos.

– Conheço essa dança clássica, corpos colados. – Meghan não respondeu, John começou a sentir ciúmes do que ela havia dito. – Preciso descansar Meghan.

– Ele quer te conhecer. – John pensou e pensou e finalmente disse.

– Quando eu chegar, marcamos, falo com você quando acordar, pode me mandar mensagem se você quiser.

– Tudo bem, bom descanso.

No dia seguinte John amanheceu com uma mensagem de Meghan.

" Advinha quem voltou a trabalhar hoje? Boa sorte para mim!

Beijinho de caramelo, MC"

John sorriu ao ler aquilo, ligou para ela.

– Está tentando me comprar com mensagens fofa Meghan? Seu pretendente não vai gostar disso. – John disse com sarcasmo.

– Pergunte ao espelho mágico e veja se o reflexo não irá gostar. – Provocou ela.

– O que quis dizer com isso? – Foi nesse momento que ela percebeu o que acabara de dizer e precisou rapidamente fugir do assunto.

– Quis dizer que eu preciso desligar porque a loja está cheia.

John ficou parado na sua cama, tentando entender o que acabara de ouvir, ela flertou com ele? A mesma mulher que o chamou de Sr. Gelo flertou com ele? Estava perdido em seus pensamentos quando seu irmão bateu na porta o tirando de seu transe. Christian pergunta se pode entrar e John concorda.

– Estava pensando que a gente podia ir assistir ao jogo de basquete que terá na quinta, vai ser aqui no estádio principal e eu sei que você ama esses jogos. – Disse Christian entrando no quarto, John o encarou e pensou em uma forma de responder aquilo.

– Eu volto hoje à noite. – Christian pareceu desapontado ao ouvir aquilo.

– O que está acontecendo com você?  Eu já pedi perdão, me expliquei, você disse ter perdoado, por que vai continuar com isso? – John ponderou o que seu irmão lhe falava mas não respondeu, então Christian continuou. – Primeiro eu fui até você e pedi que viesse em dois meses, daí você vem antes disso, lá você disse que passaria um mês, e agora você me diz que irá embora? Você chegou sábado. – Christian jogou as palavras na cara de John, mas ele não ficou por baixo, se levantou e caminhou até seu irmão,  ficou muito próximo a ele a ponto de seus narizes quase se tocarem.

– Só vou dizer uma vez, você precisa muito mais do que um simples perdão Christian, eu confiei em você de olhos fechados, e na primeira oportunidade, tentou me ferrar, eu venho e volto quando eu quiser, se reclamar muito eu fecho esse caso e te deixo no prejuízo, você diz que eu ficarei no prejuízo mas não ficarei porque eu tenho outras empresas e tenho uma conta no banco com tanto dinheiro que não tenho tempo de gastar tudo, te garanto que essa empresa não fará diferença, se ela fechar eu não terei motivos para voltar aqui. Eu não posso ficar mais do que dois dias, sinta se grato por isso, é insuportável viver no mesmo lugar do que vocês, então me desculpe se ainda continuo com isso.– John esbravejou e se virou, mas aí lembrou de algo e se virou com lágrimas nos olhos. – Mas eu ainda espero que a pessoa que me defendia quando vinham me bater quando eu era criança, a pessoa que ficava comigo quando eu tinha pesadelos, ou que me tirava de roubadas, aquela pessoa, eu espero que esteja em algum lugar dentro desse casco de ganância, ambição e amargura. – Christian se sentiu péssimo ao ouvir aquelas palavras e saiu imediatamente de seu quarto.
John se aprontou e desceu para o café, estavam todos sentados à mesa.

– Vejo que me esperou, mama. – Disse quando viu que Ruth ainda não comera nada. Sua mãe não ficou alegre em ouvir aquelas palavras.

– Sim, esperei. – Disse Ruth com um sorriso. – Vamos voltar hoje à noite? – Ao ouvir aquela pergunta John rapidamente olhou para Christian que estava olhando para  seu café.

– Vejo que um passarinho já contou. Sim, voltaremos hoje à noite. – Respondeu ele comendo salada de frutas.  

– John, não vá. – Disse a mãe de John do outro lado da mesa.

– Deixa ele ir mãe,  se fosse o querido irmão dele bastardo, ele já teria desembolsado um milhão como fez da última vez, mas como é a gente, ele não pode ficar mais do que dois dias. – Candice cuspiu aquelas palavras na cara de John que bufava ao ouvir tudo de novo.

– Ele é seu irmão Candice, fale com ele direito. – Repreendeu a mãe de John.

– Mas ele sempre preferiu ele mãe, sempre nos rejeitou, escondeu da gente tudo o que estava acontecendo, e o protegeu, aquele garoto imundo. – No momento que Candice finalizou aquilo,  John se levantou e bateu forte com a mão na mesa.

–  Chega, eu não quero ouvir ninguém falar dele aqui, eu não troquei nem rejeitei ninguém, absolutamente ninguém,  vocês que são uns egoístas. Ele era uma criança, o que tinha a ver? Papai que não a respeitou. – Disse apontando para sua mãe que estava  ao lado de Candice. – O filho não tinha nada a ver com aquilo, agora você mãezinha, acha que agiu certo em proibir meu pai de ir vê-lo? Ele só era uma criança,  como acha que foi sua vida? Meu pai despediu sua mãe,  ela teve que se mudar para Manhattan, tentou seguir a vida lá até que EU os achei. – Deu ênfase ao "eu". – Ele só tinha dez anos, não me conhecia e nem conhecia seu pai, eles viviam uma vida de miséria, passavam fome, enquanto isso meu pai desfrutava do melhor scargot da cidade, em uma casa riquíssima, dono de empresas. Eu a implorei que me deixasse participar da vida dele, que me deixasse cuidar dele, e ela viu sinceridade em mim, e diferente de vocês eu o acolhi. – John colocou as mãos no cabelo, suspirou e continuou. – Prometi a ele que o enriqueceria,  então comecei a ajuntar dinheiro, e dei a ele um milhão de dólares e o ajudei a abrir sua empresa que hoje fabrica bolsas femininas e masculinas. Ao invés de me apoiarem quando descobriram vocês fizeram um golpe baixo, eu só tinha vinte anos, o menino só tinha quinze, a empresa não poderia ser tocada por ele, então arranjaram uma forma de tentar destruir aquilo, papai se acidentou depois de uma discussão nossa, estava entre a vida e a morte, vocês correram até o melhor advogado para retirar meu nome do testamento, porque sem a herança, como eu colocaria a empresa do meu irmão no meu nome e tocaria ela até que ele estivesse com dezoito? – John parou de falar e o silêncio era gritante naquele lugar, o ar estava tão pesado que poderia ser tocado com as mãos. As lágrimas correram pelo rosto de John, e de todos que ali estavam, então John continuou. – Mas vocês não esperavam que o testamento dele fosse definitivo não é mesmo? E lá estava escrito no final da folha... – Então ele fingiu que estava lendo uma folha imaginária em sua mão.

" Entrego a John R. P. Williams todas as minhas empresas, e 60% de toda a minha herança, os demais herdeiros dividirão entre si o restante do dinheiro. " 

 Quando terminou de ler, John saiu do lugar onde estava e caminhou de um lado para o outro.

–  Foi doloroso né?  Tudo ser meu agora? Até essa mansão que chamam de suas casas está no meu nome, dói né? Sentem ódio em saber que o bastardo agora também é rico, e no que me diz respeito, ele é muito mais do que vocês, porque pelo menos ele tem uma empresa no seu nome. Eu daria todo o meu dinheiro a ele se ele precisasse, sem medir esforços. Devem estar se perguntando se contei tudo isso a ele, bom contei há dois anos quando estive em Manhattan, ele me disse que iria se mudar, porque vocês já sabiam onde ele morava e ele não quer que saibam, e olha a surpresa nem eu mesmo sei. Mas mesmo ele distante durante dois anos, ele vale mais do que todos vocês juntos, porque me manda e-mail uma vez por mês e mantêm contato, e vocês? Qual foi a última vez que falaram comigo porque estavam com saudades? Então eu não admito que ousem a falar da integridade dele porque foi eu quem o criei, queiram vocês ou não. – Se aproximou de Ruth e disse em um tom calmo. – Arrume sua mala, voltaremos ao pôr do sol, finalizarei as coisas com Paul e te busco aqui às seis. – Ruth assentiu e John saiu de lá como um furacão,  com os olhos ainda marejados.

Todos na mesa se entreolharam e continuaram a chorar, Ruth se despediu e foi para o quarto fazer suas malas.

O dia seguiu calmo, John voltou e todos estavam calmos, ninguém mais lhe dirigiu uma palavra, ele arrumou suas coisas, enquanto estava mexendo em seu Closet, ele achou um colar, era lindo, tinha um coração que abria e dentro dele estava escrito "Endless love" John se lembrou que aquele cordão seu pai havia dado para seu primeiro amor, e que estava na família há cinco gerações, ele colocou o cordão no bolso da mala e terminou de fazê-la. Pegaram o primeiro vôo que tinha para Nova Jersey. Quando chegou deixou Ruth em casa e foi direto para o seu apartamento, que também era luxuoso, digitou uma mensagem para Meghan e dormiu até o outro dia.

Meghan estava em casa, se preparando para dormir quando recebeu duas mensagens. A primeira era Drake. 

" Eu chego aí amanhã,  tudo deu certo e eu posso voltar mais cedo.

Beijos boneca, DA."

E a segunda era John.

" Lar doce lar.

Como é que você diz? Beijos de caramelo, pequena.

John Williams. "

O dia amanheceu nublado, Meghan e Sophie saíram de casa com o céu escuro ainda. Ao chegarem no Josh o abriram, foram lá trás e deram bom dia aos padeiros,  e foram ajeitar as cadeiras e mesas. Drake entrou pela porta o que fez Sophie suspirar, quando Meghan ouve sua irmã suspirando ela olha para a porta e ri.

– Chegou bem cedo, venha, sente-se aí vou pedir que Sophie lhe atenda que eu estou ocupada. – Sophie o atendeu com maior prazer, era visível a atração de ambos. Meghan pegou seu celular e digitou uma mensagem a John.

" Meu amigo está  aqui no Josh, se quiser conhecê-lo."

Meghan voltou para a mesa de Drake e conversou com ele sobre como fora a viagem e tudo o mais, foi quando uma voz a chamou atenção, era John dando bom dia a Sophie, ele caminhou em direção deles,  Drake estava de costas e quando John parou em frente a eles, ele estava olhando Meghan.

– Bom dia Meghan. – Ao ouvir aquela voz, Drake que estava olhando para baixo levanta a cabeça e nesse momento John olha para ele. Os dois congelam, até que Drake se levanta, então John retira seus o óculos escuros.

– Ryan? – Disse Drake surpreso mas rindo.

John não conseguia acreditar no que estava vendo então esbravejou com raiva.

– Você está saindo com o meu irmão Meghan? – Meghan e Sophie paralisaram ao ouvir isso, então Drake era o irmão bastardo de John?


Notas Finais


Boooooooooooooooooooooooooooooooa noite amores de minha vida, eis que surge um cap em meio ao nada... Sinto cheiro de treta. e vocês?


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